segunda-feira, 28 de abril de 2008

Líderes patronais se unem contra o governo e os entraves que emperram o Pará

ADRIANA NICACIO
Isto É Dinheiro

Há algo de preocupante no Pará. O setor produtivo do segundo maior Estado em área do País, um dos mais ricos em recursos naturais, está atormentado e resolveu se levantar contra a governadora Ana Júlia Carepa e os órgãos ambientais. Apenas nos dois primeiros meses do ano, a indústria da madeira perdeu 656 empregos com carteira assinada. A indústria de transformação registrou saldo negativo de 677 demissões, a construção civil e a agropecuária também tiveram queda nos empregos formais nesse período. O setor de alimentos e bebidas manteve a tendência e, nos últimos 12 meses, a indústria cresceu apenas 2,8%, colocando o Pará em 11º lugar entre as 14 regiões pesquisadas pelo IBGE. Isso dá uma idéia do humor dos empresários e trabalhadores paraenses. E faz parte dos motivos que levaram 94 entidades de classe a se unir no movimento "Alerta Pará".
"Queremos atrair investidores, mas há uma resistência grande", disse José Conrado Santos, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará. "Nos últimos meses, perdemos fábricas de leite em pó, de móveis, de calçados e de aproveitamento de resíduos de madeira."
Os empresários reclamam da ausência de incentivos fiscais. Ana Júlia assumiu o governo sem concessões e assim o manteve. Segundo Conrado, empresas como Vale e Alcoa têm projetos minerais de US$ 20 bilhões, mas o Estado perde a oportunidade de novos negócios que essa expansão atrairia, por falta de incentivos.
O presidente da Federação do Comércio, Carlos Tonini, diz que no setor atacadista, por exemplo, os comerciantes paraenses são obrigados a pagar 17% de ICMS pela mesma mercadoria que os vizinhos Maranhão e Tocantins cobram 1%. "Não tenho preço para competir com eles", desabafa. A governadora, contudo, alega que os incentivos não distribuíam renda e que muitas empresas perderam o benefício por comprar produtos de mão-deobra escrava. "Criamos o Fundo de Desenvolvimento Sustentável, que tramita na Assembléia", disse Ana Júlia, por meio de nota oficial.

ANA JÚLIA CAREPA: sem uma política de incentivos, a governadora é alvo de críticas generalizadas

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária, Carlos Xavier, diz que o agronegócio é o setor mais ameaçado. No momento, há 200 fazendas invadidas e 49 pedidos de reintegração de posse que o Executivo não cumpre. "É a banalização do crime", reclama. Os agropecuaristas denunciam lentidão na liberação de planos de manejo, demora na concessão de licenças ambientais - há mais de seis mil processos parados - e ainda no plano de macrozoneamento ecológicoeconômico, que não foi implementado. Por falta dessa regulamentação, há 20 milhões de hectares de áreas degradadas que não podem ser usadas.
"A Secretaria de Meio Ambiente licenciou três milhões de metros cúbicos em 2007", responde a governadora. Mas os empresários mantêm a lista de insatisfações e acrescentam a falta de segurança. No mesmo Estado em que mulheres ficam presas com homens, o bispo dom José Luiz Azcona, da ilha de Marajó, está ameaçado de morte por denunciar o narcotráfico e a prostituição infantil.

Titulação coletiva em área de várzea mantém polêmica

ALESANDRA BRANCHES
REPÓRTER


Há cerca de um ano o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) havia anunciado que a Colônia de Pescadores Z -20 ficaria responsável pelo controle de assentamentos coletivos que seriam criados nas áreas de várzea. Atualmente o Incra descarta esta possibilidade, mas está elaborando projetos de utilização coletiva das áreas e aponta vantagens, mas o Sindicato Rural de Santarém (SIRSAN) continua discordando da idéia e quer uma reunião com o superintendente Luciano Brunet para discutir o caso.
De acordo com o assessor de comunicação do Incra, Luís Gustavo, a superintendência regional do Incra em Santarém está elaborando, juntamente com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), planos de utilização e projetos básicos, para licenciamento ambiental de 15 projetos agroextrativistas. Os projetos e planos de utilização prevêem o mapeamento e o uso das áreas da várzea na região oeste, incluindo Santarém. O convênio assinado entre o Incra e o Ipam tem validade até dezembro do ano que vem. O valor total de investimentos nos projetos será de R$ 2.280.441,20, deste valor R$ 228.045,20 serão pagos pelo IPAM.
Ainda está em discussão de quem será a responsabilidade pelo controle dos assentamentos, mas de acordo com o Incra, não existe a possibilidade de que a Colônia de Pescadores tenha esta responsabilidade. A entidade, assim como outras tiveram e ainda têm espaço para contribuir com as decisões tomadas em relação ao uso da várzea. De acordo com Luís Gustavo, desde o anúncio da criação dos projetos, diversas reuniões foram realizadas nas comunidades com o intuito de esclarecer e encaminhar a implantação destes assentamentos.
Como benefícios dos assentamentos coletivos o Incra destaca que a criação de assentamentos e a concessão real de uso coletivo permite que as famílias varzeiras tenham acesso a créditos que a titulação individual não prevê. “O interesse do Incra é adequar as atividades das comunidades à capacidade ecológica da várzea” destacou o assessor.
Quanto aos créditos, apenas os assentados recebem, o Apoio Inicial e Fomento, cada um no valor de R$ 2.400 por família que é para a aquisição de bens de primeira necessidade e o incremento de atividades produtivas. Para a compra de material de construção são destinados até R$ 7 mil por família. De acordo com o assessor, o título individual, gera encargos que algumas famílias não teriam condições de assumir.
Apesar das explicações Adinor Batista, presidente do Sirsan ainda quer uma reunião com o superintendente do Incra, Luciano Brunet, para discutir a questão do uso da várzea. “Uma reunião ainda não foi confirmada, queremos falar com este novo superintendente e dar o nosso parecer sobre o assunto, levantando os problemas das pessoas que vivem na várzea” destacou Batista.
De acordo com o presidente, a várzea santarena possui comunidades instaladas há mais de 100 anos e ele acredita que os direitos destas comunidades devem ser preservados. Batista afirma que alguns produtores estão recebendo ameaças de perder o direito de viver e usufruir do território das várzeas, por não se enquadrarem no perfil de pequenos produtores. Quanto aos assentamentos o presidente foi taxativo em afirmar que várzea não é lugar para tal. “Não tem condições de fazer assentamento em várzea, nesta época, por exemplo, a mesma está completamente embaixo d’água, não adianta encher de gente para ficar em cima de marombas. Acredita que a várzea deve ser utilizada na sua época que é de seca e ser preservada em sua totalidade quando o rio está cheio” relatou Adinor.

Cronistas esportivos dão vexame

Lamentável, para não usar outra qualificação, a atitude destemperada da maioria dos cronistas esportivos e apresentadores de programas policiais ao criticar o árbitro auxiliar Jailton do Vale pela anulação do gol do São Raimundo contra o Remo, ontem, no Barbalhão, quando o Pantera foi derrotado por 1 x0.
O argumento usado por esses boquirrotos é que o bandeirinha, que é santareno, teria de deixar passar essa irregularidade - afinal, o gol foi feito em completo impedimento de dois atacantes do São Raimundo - porque no entendimento desses maus profissionais, se fato idêntico a esse tivesse acontecido contra o São Raimundo em outra cidade esse impedimento não seria marcado por um árbitro prata da casa.
Trocando em miúdos: Jaílton teria que ser desonesto porque presumivelmente outro colega seu o seria.
Correta a atitude do bandeirinha.
Lamentável a verborragia de certos locutores de Santarém.
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P.S: Na transmissão da Rádio Rural o narrador Oti Samtos afirmou que o gol foi ilegal e mereceu ser anulado.

Memória de Santarém - por Lúcio Flávio Pinto


Ontem como hoje(1959)

A Comissão de Serviços à Comunidade do Rotary Clube de Santarém fez, em setembro de 1959, pela imprensa, um apelo que é um retrato da cidade nessa época. Em linguagem contida e com muito tato, era uma crítica às autoridades e uma censura aos hábitos da população, especialmente à sua inércia. Também um diagnóstico da perda de qualidade da cidade e da existência de problemas, que, sob outras formas e intensidade, persistem até hoje.
Dizia o apelo:
Dentro de um clima de respeito, devemos confessar que Santarém ainda precisa de mais reajustamento de suas necessidades.Sem o menor respeito à comunidade, o leite, principal alimento das crianças, é vendido com bastante água por alguns elementos alheios ao senso de responsabilidade.
O pão, alimento sagrado, indispensável à mesa do pobre e do rico; infelizmente, agora, estamos adquirindo manufaturado de véspera e até mesmo de dois dias. Não se compreende que outras cidades muito mais atrasadas que Santarém, tenham o pão fresco e saboroso pela manhã.
Oxalá os proprietários de padarias, pessoas esclarecidas, procurem contornar essa lamentável situação, oferecendo à população pão fresco e bom, como outrora.
A nossa sala de visitas, o coração da cidade, está com suas calçadas superlotadas de vendedores ambulantes e caixas de engraxates, que obstruem o livre trânsito das vias públicas.
Seria oportuno que as autoridades competentes tomassem mediante atitude para regularizar o que nos parece tão fácil, Para isso, a Comissão de Serviços à Comunidade do Rotary Club de Santarém está à disposição para colaborar no sentido de melhor servir.
Resposta
A Associação Profissional dos Trabalhadores nas Indústrias de Panificação deu o troco. Em nota oficial, assinada pelo presidente, João Roberto Pimentel, procurou justificar a situação. Alegou que a fabricação do pão durante o dia decorria da impossibilidade de os proprietários das padarias manterem duas turmas de trabalho, "o que implicaria no aumento do produto". Explicaram ainda que o tempo normal de fermentação do pão exigiria trabalho noturno para poder oferecê-lo pela manhã, "o que implicaria no aumento do salário", com o acréscimo de 20% sobre o valor da jornada diurna.
Essas alternativas eram inviáveis porque a associação não concordava "em abrir mão de qualquer direito de seus associados, assegurado em lei. Lamentava "não poder tomar qualquer medida contrária ao atual processo de fabricação do pão, que decorre da razão direta da angústia que atravessa as indústrias e o comércio, face a restrição do crédito". Mesmo que pudesse, porém, "somente tomaria qualquer atitude se não viesse a onerar ainda mais o produto. Que se tornaria então proibitivo para a classe pobre, pois o direito de comer pão não pertence a classes privilegiadas, mas ao povo sem qualquer distinção".
Apesar de todas as ressalvas, logo depois a Padaria Vitória começou a vender de novo o pão fresco.
Carne
Apesar de não ter tido as respostas esperadas, a comissão prosseguiu na sua campanha comunitária. O passo seguinte foi um "veemente apelo" ao prefeito, que já era Ubaldo Corrêa, "para que tome medidas enérgicas contra o conhecido abuso à nossa pacífica comunidade de alguns gananciosos açougueiros que, além de venderem a carne por preço que bem entendem, ainda primam pela inexatidão das pesadas". Os rotarianos da comissão deixavam de sugerir as medidas a serem tomadas por estarem bem certos de que o prefeito "bem as conhece e saberá pôr em prática o zelo que tem pelos seus munícipies".

Fadesp divulga gabarito de concurso para técnico da Seduc

A Fundação de Amparo ao Desenvolvimento da Pesquisa já colocou no site o gabarito preliminar (aqui) da prova do concurso para técnico em educação da Seduc aplicada no domingo (27).
O concurso foi anulado em fevereiro passado, depois da constatação de que um envelope de provas lacrado apresentava fissura na parte lateral.

Pai de Helenilson Pontes perde R$ 100 mil em assalto

Dois homens armados invadiram no final da manhã de hoje o escritório do empresário Francisco Pontes, localizado em um posto de gasolina, e levaram cerca de R4 100 mil.
O empresário, pai do advogado Helenilson Pontes, não esboçou qualquer reação.
Chama atenção o fato de Chico Pontes, como é conhecido, dispor de quantia tão alta em dinheiro em plena manhã de segunda-feira, quando o movimento no final de semana nos postos de combustíveis é considerado fraco.

PMDB e PT se confrontam nos escalões médios e inferiores

Do Espaço Aberto

Voltou a ficar quente – aliás, quentíssimo – o clima entre peemedebistas e petistas que se aboletam nos escalões médios e inferiores do governo do Estado.O PMDB reclama que o fluxo de decisões em algumas secretarias tem sido seriamente afetado porque as ordens que partem de cima não se efetivam nos andares debaixo.
De outro lado, os petistas estão insatisfeitos porque acham que há muitas funções DAS que bem poderiam estar sendo ocupadas por gente filiada ao PT. Se não estão, é porque existem filiados, indicados e apadrinhados do PMDB ocupando os lugares.
A governadora Ana Júlia já sabe das faíscas. Não apenas sabe, como já sentiu o efeito das faíscas. Resta saber o que fará quando voltar de seu roteiro europeu que incluirá Londres e Paris. Pelo que oferecerem as duas belas capitais européias - sobretudo a segunda -, a governadora deverá voltar com a cabeça frigidíssima.
E ela precisa mesmo disso. Porque há procelas à vista. E procelas temperadas com ingredientes pré-eleitorais, vocês sabem, são bem mais pesadas.

Falta de fiscalização em lan houses deixa menores à vontade


Gisele de Freitas
Repórter


Os menores de idade continuam proibidos de freqüentar lan houses após a meia noite, como determina uma portaria do juizado da infância editada em 2003. O Juizado de Menores, juntamente com o Conselho Tutelar e a Polícia realizou várias fiscalizações em lan houses e outros estabelecimentos da cidade em anos anteriores, mas neste ano, apenas denúncias estão sendo atendidas, pois a viatura utilizada apresentou problemas mecânicos. De acordo com a juíza da Infância e Adolescência, Mônica Maciel, as denúncias estão sendo atendidas através do carro do fórum, que é liberado para atender estes casos.
Segundo a juíza, a Portaria continua vigorando e enquanto o carro não é liberado as denúncias continuam sendo atendidas em outro veículo. Além da fiscalização noturna, a juíza destaca que os agentes também irão aos locais durante o dia, para inspecionar se os jovens não estão deixando de ir à escola para ficarem em lan houses jogando. "A Portaria está vigorando, estamos atendendo às denúncias e assim que estivermos com a viatura voltaremos a fazer as fiscalizações noturnas e até diurnas" assegurou Mônica.
Para a conselheira tutelar Antonia Padilha Moraes, a maior responsabilidade deve ser dos pais, mas os órgãos públicos e os proprietários deste tipo de estabelecimento também devem tomar atitudes para que a lei seja cumprida. "Quando uma criança ou adolescente fica a noite toda na rua ela prejudica a sua de saúde e não tem nem ânimo de ir à escola no outro dia. A maior responsabilidade é dos pais, que devem impor limite aos filhos, ainda que para alguns seja melhor que os filhos saiam para não ficarem em casa incomodando" destacou Antonia.
A conselheira ainda assegurou que os donos dos estabelecimentos devem tirar os adolescentes do local quando o horário encerrar, para ela, alguns visam apenas o lucro e permitem que os jovens fiquem, estes, podem inclusive ser punidos na forma da lei. A portaria está em vigor desde 2003 e já foi atualizada algumas vezes. Ela estipula que menores de 16 anos podem permanecer em lan houses até a meia noite acompanhados ou não dos pais, para quem tem 17 anos e está acompanhado pelo responsável não há horário limite.

Portal 2008 - José Olivar

Há precedentes do TSE e do STF que tornam elegíveis quem for condenado em Ação Civil Pública por ato de improbidade se este não teve objetivo eleitorais, mesmo com sentença transitada em julgado. * O encontro realizado no auditório da sede da OAB local, para reinstalação do Comitê Anti-corrupção Eleitoral, iniciativa da Ordem em parceria com a Comissão de Justiça e Paz da Diocese de Santarém, foi bastante concorrido, contando inclusive com a presença dos Juizes Drs. Silvio César (83ª Zona Eleitoral) e Gabriel Veloso (20ª Zona, a partir de 1/5/08). Na oportunidade tracei alguns comentários sobre os aspectos legais da moralidade no processo eleitoral. * Espera-se que o novo Superintendente Regional de Polícia Civil, Del. Jardel Filho, implante uma política de inteligência policial para diminuir a circulação de drogas e onda de assaltos na cidade. * As chuvas que caem em Santarém danificam as ruas e avenidas e tornam intransitáveis as estradas da colônia, até porque, elas nunca receberam melhorias da SEMAB. * Aproximam-se as eleições e já começam a usar de baixarias e expedientes rasteiros, até mesmo o aforamento de ações em duas esferas de jurisdição, tentando fazer com que o acusado responda duas vezes pelo mesmo fato, criando uma situação de repercussão política. * A Des. Albanira Bemerguy participou nesta semana de solenidades de posses dos Presidentes do STF e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, em Brasília, passando a Presidência do TJE ao Des. Rômulo Nunes, Vice Presidente. * Comenta-se, nos meios políticos, que uma boa escolha para ser candidato a Vice Prefeito seria a do vereador José Maria Tapajós, pelas bases políticas que possui e pela sua postura de equilíbrio. * O poder é passageiro, e as benesses que ele propicia são como nuvens no deserto, as chuvas que elas produzem amenizam o clima por pouco tempo, logo depois volta o calor escaldante. Não esqueçam disto! * No mês de maio estarão em Santarém o Des. Ricardo Nunes e o Procurador Geral de Justiça para palestras abordando a problemática do processo eleitoral, iniciativa da Subseção da OAB e de outras entidades. * A Comissão de Advogados que cuida do intercâmbio entre advogados santarenos e de Santarém de Portugal, projeta para outubro vindouro a vinda de uma delegação daquele País à nossa cidade, havendo a possibilidade de que uma delegação saindo de Santarém, visite a homônima cidade no ano de 2009, num processo de interação cultural e jurídica. * Há uma revolta geral dos candidatos ao concurso de Juiz Substituto do Estado do Pará, em razão da forma de como foram elaboradas as provas e dos critérios de correção. Alegam os irresignados, que a instituição encarregada de realizar o concurso vem reprovando maciçamente para ter a chance de realizar novo certame com novas inscrições, pagamento de taxas etc., já que nos três últimos anos a média de aprovação no Pará foi de apenas 5%, enquanto noutros Estados esta média sobre muito. Dizem até que vão recorrer ao Conselho Nacional de Justiça. * No mês de maio estarei em Fortaleza tratando de assuntos pessoais, por isso a coluna não será editada neste período. *O Partido Verde (PV), realiza encontro regional hoje, com seus filiados, onde tratarão de assuntos ligados à ideologia do partido. * A OAB, Subseção de Santarém, com certeza indicará representantes para acompanhar a correição ordinária na Vara Federal, a ser realizada em maio, sob a responsabilidade do novo Corregedor Geral, Des. Federal Olindo Herculano de Menezes. Com certeza alguns processos merecem do Corregedor exames mais acurados no que diz respeito à celeridade. * Há muita especulação sobre os candidatos a Prefeito e Vice de Santarém, principalmente na escolha dos concorrentes (a Prefeita já disse que é candidata à reeleição), com vistas a nomes que possam e tenham capacidade de dirigir o nosso Município. * Uma coisa podem ter certeza: pelas palavras do Dr. Silvio César, Juiz da 83ª Zona Eleitoral - propaganda eleitoral - nestas eleições não serão permitidas práticas abusivas tendentes à capitação de votos com manipulação do eleitorado. Conseqüentemente, o abuso do poder econômico que já se detecta atualmente, será alvo de investigação judicial com cassação de registro ou de diploma, se for o caso. * Por falar nisso, uma certa agremiação partidária está colhendo provas que testificam que um certo parente de um candidato, está distribuindo bens na busca de votos para o seu protegido. * Se a Prefeitura, em convênio com o Governo do Estado, iniciar e concluir a reforma dos mercados Modelo e Municipal, em tempo recorde como prometem, será muito bom e será a primeira vez que num ano eleitoral se cumpre uma promessa de tal envergadura. Vamos aguardar! * O Presidente Lula, sancionou ontem, a lei que estabelece o novo fuso horário para a Região Norte. Por ela, Santarém e outras regiões passam a ter o mesmo horário de Brasília, ou seja, os relógios serão adiantados em uma hora, daqui a 60 dias.

O Brasil depois do novo milagre

Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal e articulista de O Estado do Tapajós

Não comprar carro era uma atitude política na época do “milagre econômico” brasileiro, durante o governo do general Médici (1970-1974). A classe média se motorizava desbragadamente (assim como comprava televisão colorida e jogava na loteria esportiva). As taxas de crescimento da economia gravitavam em torno de 10%. A indústria de bens de consumo se expandia de vento em popa. O Brasil ia “pra frente”. Quem discordasse, por não amá-lo, deveria deixá-lo. Éramos uma ilha de prosperidade num mar internacional encapelado.
Quem dizia isso? O mago do milagre, o então todo-poderoso ministro da fazenda, Delfim Neto. Só o Japão, que também fazia o seu milagrezinho, conseguia nos ombrear. Eu estava em Brasília quando o ministro do comércio exterior, Saburo Okita, perguntou ao onipotente ministro Delfim qual era a taxa de poupança do Brasil. Sabendo o que o esperava, pois competente ele é, Delfim desconversou: o Brasil não tinha poupança compatível com seu célere crescimento, mas tinha a Amazônia. A imensa fronteira de recursos naturais ia compensar nossa insuficiente poupança.
O que compensou mesmo foi o endividamento externo, que iria cobrar a conta quilométrica na década seguinte, ainda sob o império, já atenuado, do mesmo Delfim. Ele galgara ministérios (da agricultura ao planejamento) porque quem (também) entendia do riscado, como Simonsen e Rieschbieter, pulou do barco em menos de um ano de gestão do general João Batista Figueiredo (que o atual comentarista da Rede Globo, Alexandre Garcia, tentara popularizar como “o João”, imitando o “seu” Arthur, cunhado por Ibrahim Sued para o marechal Costa e Silva).
Ainda vivo (vivíssimo, aliás), aos 80 anos, Delfim Neto sai-se com mais uma boutade: Lula salvou o capitalismo. É verdade. Lula emprestou sua estampa e seu carisma para continuar o “milagre” de três décadas atrás. A classe média enriquecida compra mais carros (de dois a quatro por família, que nem quer saber sobre o congestionamento que provoca lá fora, no espaço público), acumula imóveis, viaja pelo mundo, se cosmopolitiza (e agora, uma vez tirado o bolo do forno monetário, distribui fatias aos sans-coulote, tratando de tocá-los com rédeas curtas estatais, subvenção direta e mais-valia relativa). Com base em qual taxa de poupança interna? Ora, debocha o nosso guia, um boneco competente: isso é detalhe.
No fundo, a base é a mesma: endividamento externo. Ao invés de formar poupança para investir num plano de desenvolvimento (individual, familiar ou social), acumulam-se ativos. A variação patrimonial de todos é notável, mas a liquidez depende da poupança dos outros, que chega ao país por falta de opção ou pela melhor taxa de juros do mercado mundial. Um terço da riqueza que circula pelo Brasil Grande de Lula, pai dos pobres e mascote dos ricos, é crédito. Um quarto do crédito é dinheiro estrangeiro, que rende no taxímetro do Banco Central ou pela absorção patrimonial, que se desnacionaliza. O anunciado feito da Petrobrás rende mais para a Espanha, na bolsa de Nova York, do que ao Brasil na Bovespa.
Na época do “milagre econômico” manu militari protestava-se andando a pé, resistindo às tentações das vitrines, ao apelo consumista, ao carro facilitado pelo crédito. Hoje, no prosseguimento da mesma novela, o país pode ser surpreendido e desabar do seu sonho de grandeza por falta de causas e de princípios. A esquerda, que era a fonte das utopias e a depositária das esperanças, negociou sua consciência em troca da “bolsa-ditadura”, do cargo no fundo de estatal, na ante-sala da multinacional ou no biombo da burocracia.
O que virá depois desses truques inteligentes e sofisticados dos Delfins? Talvez caiba, na antevisão, a resposta que Einstein deu a quem lhe perguntou, logo depois do fim da Segunda Guerra Mundial, sobre como seria travada a conflagração bélica seguinte: com arco e flecha, respondeu o sábio. É o que restará ao Brasil, depois de ter queimado seu patrimônio moral no baile plutocrata-proletário da ilha Fiscal?

Pedágio criminoso

Bandidos amanheceram cobrando 'pedágio' no bairro da Área Verde, na periferia de Santarém.

Renda misteriosa

Mesmo não se tratando de espetáculo de mágica, o ilusionista David Coperfield apareceu na bilheteria do jogo São Raimundo 0 x 1 Clube do Remo.

Salão do livro caro (2)

A realização do salão do livro em Santarém merece elogios.
Estudantes e professores frequentram um espaço onde puderam entrar em contato com escritores, conheceram novos títulos e assistiram a vídeos educativos.
Mas o evento foi um garimpo sem malária para editoras e livrarias diante da exorbitância dos preços dos livros ali comercializados.
Os expositores não se mostraram nenhum pouco interessados em praticar preços mais acessivos para a difusão de boas obras literárias.
Até porque a verba do Cred Livro e o bônus da prefeitura dados aos professores foram suficientes para aplacar a ganância dos editores.
Quer dizer: o professor foi subsidado para adquirir títulos a preço que o expositor bem quis, isto é transferiu seu crédito quase que obrigatoriamente a uma bem montada e predadora estratégia comercial que aparenta ter um flair play de benemerência.

Melô do preguiçoso

No Reporter Diário, hoje:

O muito anunciado e sempre adiado asfaltamento da rodovia BR-163 está na base do “melô do preguiçoso”, aquele que diz que quem espera sempre alcança. Anuncia-se agora que o governo federal pretende transferir ao 8o Batalhão de Engenharia e Construção (BEC), sediado em Santarém, a missão de pavimentar integralmente os quase 1.000 quilômetros do trecho paraense da Cuiabá-Santarém.
Ocorre que o Exército fez seus cálculos e sinalizou que só consegue asfaltar 30 quilômetros por ano. Nesse ritmo, a estrada vai levar 30 anos para ficar prontinha para a inauguração. Em 2038!

Jatene já admite discutir candidatura a prefeito de Belém

Do Espaço Aberto:

O ex-governador Simão Jatene, antes resistente em aceitar a candidatura a prefeito de Belém, continua resistindo, mas não tanto como há um dois meses. “Ele já admite, sim, conversar sobre o assunto”, garantiu ao blog à noite, depois de chegar de Barcarena, o senador Flexa Ribeiro, presidente regional do PSDB.
Os dois – Flexa e Jatene – conversaram neste final sobre o assunto, até porque participaram em Barcarena de mais um encontro regional dos tucanos, o quarto de nove que estão programados para se realizar em cidades-pólo do Estado. O último está marcado para Belém, no dia 15 de junho, portanto apenas 15 dias antes do prazo fatal de 30 de junho para que os partidos, por meio de suas convenções, homologuem as candidaturas a cargos majoritários e proporcionais ao pleito de outubro.
Flexa informou que Jatene não deverá decidir se será ou não candidato até esta quarta-feira, 30, conforme pretende segmento do PSDB que se mostra incomodado com a demora numa definição. Mas afirma que, ao contrário do que pode parecer, o partido não está “em cima do muro” e nem indeciso.“Nós estamos conversando e temos conversado sobre o assunto constantemente. Não estamos parados, não. Temos conversado com todo mundo, inclusive com o senador Mário Couto, um grande companheiro”, disse Flexa.
Quando confrontado com a indagação sobre qual é a opção e quais são as pretensões do PSDB hoje, Flexa não mede palavras e repete o que já havia adiantado ao blog no início em meados de março: “Hoje, final de abril, nossa pretensão é lançar o ex-governador Simão Jatene como candidato a prefeito de Belém, tendo como vice na sua chapa a ex-governadora Valéria Pires Franco, do DEM. Assim, repetiríamos a chapa vitoriosa ao governo do Estado nas eleições de 2002”, resume o senador.
Resta saber se já combinaram com os russos, no caso os democratas, que até agora, a exemplo do PSDB, não cogitam outra chapa que não uma que tenha na cabeça a ex-governadora Valéria Pires Franco.