segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

PF mira nos navios bauxiteiros de Trombetas e Juruti para apurar roubo de água doce

A fiscalização da Polícia Federal para apurar denúncia de roubo de água doce (hidropirataria) na Amazônia, vai concentrar esforços no porto de Vila do Conde, onde, na análise da PF, há a maior movimentação de grandes navios, entre 40 a 45 por mês, de acordo com dados da Delegacia de Imigração da Superintendência no Pará.

A partir da experiência nesse primeiro porto, a PF vai estudar a possibilidade de estender as ações para os de Santarém, Porto Trombetas (município de Oriximiná) e Belém.

Acidente na Br-163 mata 3 soldados do 8o. BEC

Os soldados do Oitavo BEC Ronald Gonçalves Silva, Tarciano Ribeiro Jati e Nirlande da Silva Alves morreram ontem em acidente na rodovia Santarém-Cuiabá, no trecho Rurópolis-Itatiuba.

O caminhão em que viajavam e era dirigido pelo motorista Parminas da Silva, que sobreviveu e está internado no Hospital Municipal de Santarém, despencou de uma ribanceira e caiu em um bueiro às margens da Br-163.

Os três soldados não conseguiram sair do veículo e morreram afogados. Os corpos foram trazidos na madrugada de hoje para Santarém e já foram liberados para sepultamento.

Campanha de igrejas faz crítica à política econômica de Lula

Da Folha de São Paulo:

A Campanha da Fraternidade de 2010 levará para cerca de 50 mil comunidades cristãs discussões sobre economia. O texto-base do evento, que começa na quarta-feira, critica a crescente dívida interna do país, as altas taxas de juros, a elevada carga tributária, o sistema financeiro internacional e até mesmo o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), vitrine de Lula.

Realizada pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) desde 1964, a campanha deste ano reunirá, além da Igreja Católica, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, a Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e a Igreja Sírian Ortodoxa de Antioquia. Elas integram o Conic (Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil), o organizador do evento em 2010.

Será a terceira vez que a campanha terá caráter ecumênico, repetindo 2000 e 2005.

Com textos e gráficos, o material do evento propõe a conscientização sobre alguns temas econômicos que são pouco conhecidos por grande parte da população. Em relação à dívida interna, por exemplo, o manual da campanha diz: "Apesar de os gastos com juros e amortizações da dívida pública consumirem mais de 30% dos recursos orçamentários do país, essas dívidas não param de crescer. A dívida interna alcançou a gigantesca cifra de R$ 1,6 trilhão em dezembro de 2008, tendo apresentado crescimento acelerado nos últimos anos".

Segundo o texto, a dívida inviabiliza a aplicação de recursos na área social. Uma das tabelas do material mostra a elevação da dívida nos governos de FHC (1995-2002) e de Lula.

O documento cita o PAC ao atacar a má distribuição de renda: "O crescimento do PIB, expresso em médias nacionais, não é sinônimo de boa distribuição dos recursos entre os diversos grupos sociais. Os pobres continuam lesados nos seus direitos. O PAC é o exemplo mais recente no Brasil".

O secretário-geral do Conic e reverendo da Igreja Anglicana, Luiz Alberto Barbosa, diz que a meta do evento é fazer com que as comunidades reflitam sobre o que está dando certo e errado na economia do país, e possam cobrar mudanças dos políticos nas eleições.

"Escutamos o discurso oficial de que o país caminha para ser a quinta economia do mundo. Mas é preciso perguntar: "Se o cenário é tão bom, onde estão os recursos?" Ainda temos quase 40 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza e não há trabalho e saúde para todos."

O frade dominicano Carlos Josaphat, um dos principais intelectuais da Igreja Católica, diz que um dos objetivos do evento é fazer com que os cristãos deixem de ser omissos em relação a práticas econômicas socialmente injustas.

A campanha defende ainda a realização de um plebiscito sobre a limitação do tamanho das propriedades rurais do país.

Serviço privado ou público, o consumidor é sempre prejudicado

Eric Vasconcelos

Não é apenas no âmbito da esfera pública que se há a falta de "identidade", com a máquina pública sendo sugada pelos próprios agentes públicos, que além de procurar gerir os interesses da população de uma forma lenta, e ainda gerir interesses particulares de uma forma eficaz, cria um meio de se eximir de atividades, surgindo um novo modelo de gestão.

Eis que surge no cenário a privatização, justíssimo, o estado não consegue desempenhar suas ativades com eficiênca e delega a empresas que possam prestar o serviço de uma forma eficaz, fazendo investimento em tecnologia, porém, vamos observar alguns exemplos....

Rede Celpa: acompanhamos diariamente oscilações de energia, apagãos do nada, demora no atendimento, danos são causados aos usuários e poucos que ainda procurarm seus direitos conseguem adquirir seu produto de volta.

O outro é exemplo aqui no meu caso: comprei um modem 3G de uma determinada companhia de telefonia móvel, tudo estava indo bem, até que coincidentemente ao finalizada a promoção(3 meses como é anunciado na mídia), a prestação de serviço de internet móvel também caiu, hoje tenho apenas internet 3G das 22 hrs até às 10 hrs do outro dia, após este período ela se torna EDGE, e a tarde fica caindo constantemente após 5 min de conexão.

Aí eu me pergunto o que fazer?...

Será que vale mesmo a pena privatizar?

Não é apenas nestas situações, tanto o serviço público quanto o seviço privatizado deixam a desejar para com seus consumidores.

Para finalizar este comentário a internet caiu 20 vezes... (tá parencendo a Celpa)

A carne vale (ou o Mardi gras deles lá)

Raimundo Sodré

Este ano o meu carnaval foi todo na Cidade Velha. Cumpri o rito. Cordão do peixe-boi, Fofó do Elói e uma animada caminhada exploratória pelos segredos do entorno (culinários, inclusive). Confesso, porém, que bati perna atrás da bandinha bem pouco. A minha base foi ali, na praça do Carmo. Pertinho do busto de D. Bosco. Ali, entre um passinho escaleno de samba e outra obtusa tentativa, matutava:
Vivendo e aprendendo, né. Trago lá do “Bom dia” do padre Lourenço, na Escola Salesiana do Trabalho, o significado do carnaval.
Novesfora uma confusãozinha por causa de uma inglória morrinha contra o sol desafiador da manhã, ali, cedinho, na quadra da Escola, a festa de carnaval seria como um descarrilamento proposital de nossas, digamos assim, regras comportamentais. É a festa das permissões (por isso tantos lábios masculinos tingidos pelo mais alarmante carmim), dos intentos desprovidos de senso, do sorriso indecoroso, da coragem desmedida (boca pintada, saia rodada, corpete apertado, perna cabeluda e o nó na goela. Pode. Tudo pode no carnaval).
A festa tem este caráter mesmo de transbordamento, de inclinações libertinas, de prazer total exatamente por estar atrelada ao calendário cristão e por anteceder o tempo de contrição e penitências que se realiza na quaresma. Nos primórdios este clima foi associado ao esbanjamento, aos prodigiosos costumes. Como na quaresma a tradição prega a abstinência dos prazeres, da voz aguda, da carne (de pentear o cabelo e de varrer a casa), os dias que antecedem o compromisso de fé compensam a privação. A carne, então vale. Até a quarta-feira de cinzas, “a carne vale...Carnevale...Carnaval”, arrematava o fundador da EST.
Aqui pra nós, porque lá para o povo de Nova Orleans, é Mardi gras. Tem esse nome por causa do dia mais foguento do carnaval que é a terça-feira gorda, dia inspirado no folguedo parisiense antigo, que por matreiro que era, destacou-se como o vovozinho do carnaval moderno (um conceito, um jeito de ser feliz que acabou por dar um outro sentido para a palavra carne, aquela lá de cima, de ‘carnevale’, e que para nós quer dizer...Bom...Vá lá que seja, quer dizer pés em carne viva por causa de três dias de samba e de ginga).
Os americanos desfilam na avenida até com alguma alegria, mas divertem-se movidos por estranhezas e embaraços: esmeram-se em distribuir colares de contas para as garotas e em troca pedem que elas lhes mostrem os seios. Embaraçam-se em algumas centenas de cordões, penitenciam-se carregando um peso danado em só para sair trocando bijus de continhas por uma espiadela. Esses americanos me arrumam cada presepada!
O carnaval é um divertimento antigo, mas todo ano a gente se ‘apatralha’ com a data. Às vezes, é vupt, logo nas calendas de fevereiro, outras vezes vai dar lá nas águas de março. A data varia porque tem uma continha chata na parada. Como é uma festa ligada ao cristianismo, é subordinada ao calendário eclesiástico. E tem como referência a Páscoa, que é uma celebração com data variável (a Páscoa ocorre no primeiro domingo após a primeira lua cheia que acontece depois do equinócio. E por aí a gente tira. Dei uma pesquisada e vi que o equinócio este ano vai cair no dia 20 de março, a primeira lua cheia a partir dele será no dia 30, daí então é só...Ah, quer saber, eu vou é consultar a folhinha do ano pra saber quando é a Páscoa. Eu não falei que a conta era chatinha).
Entretanto, é bom se agendar para quando a quarta-feira chegar, receber as cinzas, tomar termo e procurar se emendar porque a essas alturas do campeonato já “acabou nosso carnaval”.

Belo Monte é mesmo necessária?

Do Blog do Parsifal:

Corredeiras no Xingu

Em entrevista a “O Estado de São Paulo”, o jornalista e consultor ambiental Washington Novaes, opina que a construção da Usina de Belo Monte não é necessária.

Fundamenta a afirmação na constatação de que a energia a ser gerada em Belo Monte poderia ser conseguida com a eficientização energética do Brasil.

Entenda-se com tal, a redução da perda na transmissão, que no Brasil chega a 15% da energia transportada (no Japão esta perda é da ordem de 1%), e a potenciação dos geradores antigos, que poderiam gerar 10% a mais se substituídos.

Eu acrescentaria à lista, a substituição dos equipamentos do varejo e a reformulação das plantas industriais com vistas à eficiência energética.

É fato que uma usina como Belo Monte atende muito mais aos interesses das grandes construtoras e da indústria eletro intensiva e, passada a festa da construção, onde todos comem e bebem à vontade, vem a ressaca de saber que a limpeza do salão ficará para o erário.

Em se colocando tudo isto na embarcação dos custos, Belo Monte deverá custar o triplo do que está sendo hoje intuído, portanto, é falaciosa a afirmação do setor elétrico de que o preço do quilowatt da usina em tela é um dos mais baratos do mundo.

Leia aqui, a entrevista de Washington Novaes.