Anticorpo extraído de pacientes recuperados da infecção pelo vírus pode ser nova arma para o controle da doença
Cientistas
da National University of Singapore identificaram um anticorpo humano
capaz de neutralizar e matar o vírus da dengue dentro de duas horas.
A pesquisa abre portas para novas
terapias e para a cura de pacientes infectados com a doença que mata 20
mil pessoas por ano, muitas delas crianças.
Ao estudar um grupo de linhas celulares
de pacientes de Singapura recuperados da dengue ao longo de um período
de dois anos, a equipe identificou um anticorpo recombinante que pode se
unir fortemente a uma parte específica do vírus da dengue e o impedir
de atacar outras células.
O anticorpo destroi o vírus a uma
velocidade muito mais rápida que os compostos anti-dengue existentes e
parece capaz de matar todas as quatro estirpes conhecidas do vírus da
dengue de subtipo 1.
Segundo os pesquisadores, o anticorpo
neutraliza o vírus da dengue, antes mesmo que ele possa ter a chance de
infectar qualquer célula.
Em experimentos com camundongos, eles
observaram como o anticorpo se estendeu através das proteínas da
superfície do vírus bloqueando sua ação. "Quando o vírus quer infectar
as células, ele precisa respirar e expandir, por isso as proteínas de
sua superfície sofrem ligeiras alterações, mas este anticorpo liga-se a
essas proteínas, então elas não podem ser alteradas. O vírus é incapaz
de infectar", explica a pesquisadora Lok Shee-Mei.
"Sabíamos que o anticorpo existia
baseado no fato de que a maioria dos pacientes se recupera naturalmente a
partir de infecção por dengue, mas as chances de encontrá-lo seria como
encontrar uma agulha num palheiro. Estamos muito animados com esse
avanço. Isso representa a melhor terapia candidata atualmente para a
dengue e, assim, é provável que seja o primeiro passo no tratamento de
pacientes infectados que atualmente não passam por nenhum medicamento
específico", afirma o pesquisador Paul Macary.
A equipe acredita que, por ser um anticorpo totalmente humano, é provável que não a terapia não efeitos colaterais graves.
Eles planejam agora um ensaio clínico nos próximos meses e esperam que uma terapia esteja disponível nos próximos 6 a 8 anos.
Autor: Redação Fonte: Portal ISaúde.net |
terça-feira, 26 de junho de 2012
Identificado anticorpo humano que mata vírus da dengue em duas horas
Nélio Aguiar propõe título de Honra ao Mérito ao ministro Alexandre Padilha
O ministro da Saúde, o médico infectologista
Alexandre Padilha, será homenageado nesta terça-feira, 26, no Hangar-Centro de
Convenções e Feiras da Amazônia com o título de Honra ao Mérito. A proposta é
do deputado estadual Nélio Aguiar (PMN)(foto).
Aguiar defende que o atual ministro
da saúde tem contribuído muito com o Pará, inclusive levando cursos de
residência médica nas áreas de clinica médica, ortopedia, cirurgia geral e
obstetrícia para o Hospital Regional do Baixo Amazonas(HRBA) “ permitindo que o
profissional médico possa fazer sua especialização no próprio município, um dos maiores anseios da categoria”,
defendeu.
Uepa forma primeira turma de Medicina em Santarém
A Universidade do Estado do Pará (Uepa) outorga nesta quinta-feira
(28), o grau em Medicina a 16 alunos do campus de Santarém. Eles
integram a primeira turma da graduação no oeste do Pará. A solenidade
acadêmico-administrativa, marcada para às 19h, no salão nobre do
Barrudada Tropical Hotel, contará com a presença do governador Simão
Jatene, paraninfo da turma e chanceler da universidade.
Implantado há seis anos na região do Tapajós, durante a primeira gestão
de Jatene à frente do Governo (2003-2006), este foi o primeiro curso de
Medicina a ser interiorizado no Estado. Diferentemente da metodologia
aplicada na capital, em Santarém os alunos vivenciam a sala de aula por
meio da Aprendizagem Baseada em Problemas (Problem-Based Learning) - uma
espécie de conhecimento por meio da problematização. A PBL dá a
liberdade de o aprendizado vir do próprio aluno, que busca conhecimento
para discutir em sala de aula. A Uepa é a segunda instituição do Estado e
a primeira pública a aplicar o modelo.
A proposta da Uepa é formar um médico que vivencie as diferentes
especialidades médicas. Para isso, em Santarém, a formação acontece na
grande escola, que é o SUS, e conta com parcerias com o Hospital
Regional do Baixo Amazonas (HRBA) Dr. Waldemar Penna, que em
2011 tornou-se polo de Residência Médica e Hospital de Ensino; com a
Unidade de Ensino e Assistência em Saúde do Baixo Amazonas (Ueasba),
gerenciada pela própria universidade; além das firmadas com o município,
por meio das Unidades Básicas de Saúde e do Pronto Socorro Municipal.
Entretanto, o grande desafio de todos e também a maior preocupação do
Governo do Estado, é manter os médicos na região do Tapajós depois de
formados. Frente a isso, em 2012, a Uepa e entidades parceiras ofertaram
vagas, pela primeira vez, para Residência Médica no oeste do Pará. Já
estão em funcionamento nas áreas de Ortopedia, Cirurgia Geral e Saúde da
Família. Assim, os concluintes poderão optar por fazer sua
especialização médica na região, não precisando ter que ir para outros
estados completar sua formação.
(Com informações da Agência Pará)
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