segunda-feira, 1 de março de 2010

Comunidade em área de influência de mineradora ganha espaço para uso comunitário

Localizada há meia hora de lancha da sede das operações da Mineração Rio do Norte, a comunidade do Moura, no rio Trombetas, conta com uma novidade desde o último sábado, 27 de fevereiro. Nessa data, representantes do Departamento de Relações Comunitárias da MRN fizeram a entrega do novo barracão comunitário da comunidade, espaço de 198 m² composto por auditório, sala, cozinha e banheiros. O local será utilizado pelos moradores para atividades festivas, religiosas e educacionais, além de possibilitar que os atendimentos médicos realizados mensalmente por meio do Projeto Quilombo no local contem com instalações mais adequadas para atender os comunitários.

As obras de construção do espaço tiveram início no final de 2009, custeadas pela MRN. O barracão deverá suprir as necessidades de espaço para atividades em grupo da comunidade, anteriormente realizada em espaços improvisados, como reforça Ademar Cavalcanti, gerente de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Relações Comunitárias da MRN. “Esse local poderá ser utilizado em todas as atividades que forem realizadas em prol da comunidade, de forma segura e adequada”, afirmou o gerente durante a entrega.

De acordo com Edinelson Constantino, que mora há 16 anos na comunidade é presidente da Cooperativa do Moura, o barracão será importante no dia a dia da comunidade. “Vínhamos lutando por esse espaço e, para todos nós, foi um privilégio receber um local desses para as necessidades que a gente tem. Espero que a gente possa continuar trabalhando juntos e contando sempre com o apoio da MRN”, reforçou.

Melhoria nos atendimentos de saúde – Um dos grandes diferenciais que a construção do novo barracão comunitário do Moura trará aos moradores refere-se ao atendimento do Projeto Quilombo, realizado pela Fundação Esperança, de Santarém, em parceria com a MRN, onde são oferecidos atendimentos médicos mensais na comunidade. As consultas, que antes só podiam ser realizadas em salas de aulas ou no barco do Projeto, hoje passam a contar com uma sala que permite boas condições de higiene e privacidade. É o que explica José Haroldo Chaves Paula, gerente do Departamento de Relações Comunitárias da MRN. “Todos os meses, durante dois dias, o Projeto Quilombo atende os comunitários aqui no Moura e a construção desse novo prédio já previa esse tipo de atendimento médico. Teremos melhores condições de higiene e da própria espera pelo atendimento”, finaliza.
(Com informações da assessoria de imprensa da MRN)

Divisão do Pará é pejudicial à mente de doutor da USP

O deputado e blogueiro Parsifal Pontes escreveu interessante artigo para se contrapor às teses expostas pelo doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP), André Roberto Martin, em entrevista ao jornal O Liberal domingo último.

A entrevista tem por objeto a demonstração de que a divisão do Pará é prejudicial ao Estado.

Leia a entrevista de Martin aqui e o artigo de Parsifal abaixo:


Parsifal Pontes

Arrepia os cabelos a leitura da entrevista, publicada em “O Liberal”, neste domingo, concedida pelo doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo, André Roberto Martin.

O objeto da entrevista é apresentar o prejuízo que seria a divisão do Pará em três estados.

O pensamento de Martin, contrário à divisão, tem fundamentos tão capciosos que chegam às raias do proselitismo ariano.

Martin acusa o pacto federativo getuliano (compensação de representatividade política a quem tem menor poder econômico, que visava equilibrar a lógica proto colonialista do eixo norte-sul), como o grande beneficiado na operação.

Afasta a oportunidade da divisão do Pará, alegando, estoicamente, que o fato só aumentaria a representatividade do Norte, pobre, em detrimento do Sul, rico.

O seu pensamento de consolidação de conglomerados econômicos repete a cínica tese delfiniana de que é necessário concentrar riqueza para que ela vaze moedas em distribuição: nada mais anacrônico para um mundo em que o Consenso de Washington está cremado.

Para fundamentar a sua tese de que é preciso privilegiar o valor econômico, Martin comete uma inverdade geopolítica, ao dizer que “O modelo dos Estados Unidos é exemplar nesse ponto de vista, porque primeiro o território novo adquire uma certa densidade demográfica e econômica para depois ascender à condição de Estado membro da União”.

A formação territorial da federação norte americana não obedeceu a esta lógica: não se esperou colônia alguma ter consolidação econômica pois elas foram divididas do ponto de vista puramente estratégico territorial. Os demais estados seguiram o mesmo juízo e o último deles simplesmente foi adquirido com um cheque.

Notem o que o Doutor Martin diz em certo ponto: “Olha só, criou-se o Estado, a União é responsável pelos investimentos em educação, criam-se universidades federais nessas áreas. Será que Roraima e Amapá precisam de universidades? Será que está certo o governo federal fazer esse tipo de investimento? Não é um desperdício? Será que não seria mais vantajoso concentrar os investimentos em educação e universidades nas áreas mais densas da região, como Belém e Manaus?”

Ao ler isto eu levantei da poltrona, fiquei meio atordoado e fui olhar a paisagem para pensar: será que tudo o que eu aprendi sobre democratização e universalização do ensino está errado?

Eu sempre achei que a escola tem que sair dos seus muros e alcançar o estudante onde ele estiver. A República não pode medir esforços para colocar uma faculdade aonde exista gente a educar. Não é desperdício educar.

Se alguém que mora em Tucuruí, no Pará, não pode vir para Belém para cursar uma universidade, como um estudante de Roraima pode fazê-lo? Onde mora o doutor Martin, para achar que é possível vir de bicicleta de Macapá ao Campus do Guamá?

A entrevista então caminha para um anacoluto: Martin admite melhora nos índices gerais dos estados que se emanciparam, mas argumenta que é só porque eles se emanciparam...!?

Ato contínuo, como a querer corrigir o círculo, afirma que olhar somente a melhora do estado emancipado é descontextualizar a vista do país como um todo, e não ver o que ocorre a nível nacional.

Meu caro Doutor Martin, eu desconheço que o Rio Grande do Sul, ou o Piauí, tenham tido algum problema porque o Tocantins virou Estado.

Impressiona a pobreza conjuntural do doutorado de Martin, que o faz imaginar que, dividido o Pará, as duas unidades federativas originadas cortarão imediatamente o contato político econômico e financeiro com o originário, e Belém, como o maior centro da região, não mais receberá o fluxo cotidiano natural que já consolidou.

Ao contrário, a exemplo do que houve em outras divisões, o fluxo não só permanece como aumenta, pois com o aumento da circulação econômica do todo, o centro nervoso, que era a capital do estado, ganha valor agregado, passando a ser o ponto de convergência do aglomerado regional.

Daí pra frente a entrevista cai nos clichês: divisão é coisa das pequenas elites; o poder político destes novos estado será exercido pelas elites microrregionais e et caterva.

Termina a entrevista com falácias e má informação ao dizer que, nas divisões do Mato Grosso e Goiás, os estados originários saíram perdendo: não é verdade.

Ambos, desde a divisão, não perderam 1 centavo sequer de PIB e mantiveram o crescimento econômico médio que vinham obtendo, no caso de Goiás, com maior pujança.

Sinceramente, aos bizarros argumentos do doutor, chocam-me menos aqueles que se baseiam puramente no sentimento de que não devemos dividir porque somos a terra de ricas florestas fecundadas ao sol do Equador.

Quem é Odair Corrêa, segundo Parsifal Pontes

Sob o título Calabar, um dos melhores textos sobre quem é Odair Corrêa, o vice-governador do Pará.

calabar Cartaz da peça “Calabar – Elogio da Traição” de Ruy Guerra e Chico Buarque

Ao que parece a governadora Ana Júlia andou prometendo repartir o 366 por mais gente do que se pensava.

Pelo andar do andor, ela deve ter prometido retornar à vice-governadoria as mordomias que Odair Corrêa já teve, desde que ele fizesse coro no estribilho de aprovar o empréstimo.

Odair anda cometendo seus retorcidos discursos pelo Pará afora, afirmando que “os deputados têm a obrigação de aprovar o empréstimo”.

O desbotado vice foi escolhido ao cargo por obra do vereador Ademir Andrade. Logo depois de tomar posse o Calabar conspirou para defenestrar seu benfeitor da presidência do PSB.

Não tendo conseguido tirar a cabeça do seu mecenas de cima do respectivo pescoço, saiu do PSB, tentou filiar-se ao PMDB, onde não foi recepcionado, e acabou no PDT onde apronta as suas presepadas, que já fazem parte do anedotário político paraense.

Odair não foi o Calabar somente de Ademir Andrade: traiu, igualmente, a confiança do povo de Santarém, pois, ao chegar no veludo, ele que defendia radicalmente a emancipação do Oeste do Pará, passou a escamotear-se da convicção.

Como o vice-governador costuma confundir alhos com cebolas e estas com bugalhos, esclareça-se ao dito cujo que deputados estaduais não têm obrigação de aprovar coisa alguma.

Deputados sequer têm a obrigação de votar: eles se podem abster de fazê-lo em qualquer escrutínio.

O Pará, de fato, é um Estado injustiçado: governadora e vice vivem a cometer pecados e o povo é que é condenado ao purgatório.

Dupla de trapalhões prejudicou São Raimundo no caso STJD

Nas 'Expressas' da Coluna do Estado, edição impressa de O Estado do Tapajós:

A dupla de trapalhões André Cavalcante e Sandiclei Monte, que se auto-intitulam dirigentes do São Raimundo, é a única responsável pela perda de 3 pontos decretada pelo STJD ao Pantera pelo uso jogadores não inscritos para a Copa do Brasil. *** Essa dupla pernóstica, ao invés de fazer o serviço em benefício do clube, deixando de lado a vaidade, usa o clube apenas para promoção pessoal. *** Se essa diretoria do Pantera tivesse vergonha na cara mandava Sandiclei e André pra bem longe do clube para evitar maiores estragos junto ao elenco do Pantera. *** Ainda no assunto: a tentativa de atribuir a falta de registro a uma falha da FPF não isenta de culpa essa dupla desastrada que, ao invés de consultar o BID, antes do jogo contra o Botafogo, estava usufruindo das mordomias que a liberalidade da diretoria permite que os mesmo desfrutem.

8º BEC mantém lixão a céu aberto na serra do Piquiatuba

O 8º Batalhão de Engenharia e Construção, com sede na serra do Piquiatuba, em Santarém, mantém há mais de 40 anos um lixão a céu aberto.

O lixo produzido pelos moradores das vilas dos sargentos e dos oficiais do exército é queimado em um terreno localizado no pé-da-serra, sem nenhum tratamento adequado.

O lixo hospitalar produzido no ambulatório do quartel também é incinerado naquele local, mas o batalhão não possui incinerador e nem requereu licença ambiental para esse tipo de serviço.

Somente na semana passada, após o setor de relações públicas do batalhão receber pedido de informações sobre o lixão o enviado pela reportagem de O Estado do Tapajós, o comando do 8º BEC enviou pedido à seminf para que o lixo produzido no interior do quartel(incluindo a vila militar) seja recolhido pela Clean.

Leia a matéria completa na edição impressa de O Estado do Tapajós que está nas bancas ou com o seu jornaleiro.
De 10 mil carteiras de pesca canceladas pelo ministro Altemir Gregolin, aqui no Pará - 'furo' de O Estado do Tapajós - 435 são de pescadores filiados à Colônia de Pescadores Z-20.

Desses, 43 já estão com o seguro-defeso supenso em Santarém.

Tudo por dinheiro

O presidente da Câmara José Maria Tapajós diz que a prefeitura de Santarém deveria repassar o duodécimo ao legislativo em cima da verba de R$ 3, 6 milhões que entrou nos cofres da PMS como ressarcimento pela queda do FPM no ano passado.

Em crise financeira por causa do corte de 1% do duodécimo, a mesa da Câmara já demitiu 16 funcionários.

Prefeitura deve reativar usina de asfalto

A prefeita Maria do Carmo está descontente a performance da empresa que processa o asfalto para a prefeitura de Santarém.

Esse é um dos motivos que atravacam uma maior agilidade da Seminf diante da buraqueira que toma conta do sistema viário da cidade.

Por isso, não será surpresa se a velha usina de aaasfalto da PMB, desmontada, volte a ser ativado no bairro do Amparo.