terça-feira, 3 de novembro de 2009

PMS homenageia São Raimundo

A entrega da bandeira de Santarém e de medalhas de honra ao mérito a jogadores e membros da diretoria do São Raimundo Futebol Clube fizeram parte da festa organizada pela prefeitura municipal ao time consagrado campeão da série “D” do campeonato brasileiro no último domingo. As homenagens aconteceram hoje à tarde no Palácio Jarbas Passarinho.

O presidente do São Raimundo, Rosinaldo do Vale, após ofertar uma camisa do time à prefeita, ofereceu a conquista do campeonato aos torcedores e à família Martins, em nome de seu patriarca Everaldo de Sousa Martins, que foi um dos grandes incentivadores do clube.

Em seu pronunciamento, a prefeita Maria do Carmo falou sobre o orgulho que o time proporcionou a todos os santarenos através da conquista do título. “Vocês nos fizeram viver e acreditar na magia do futebol, sendo hoje, exemplo para meninos e meninas que enxergam nesse esporte, uma grande possibilidade de inclusão social. A vitória de domingo foi o ápice de uma história que começou há 65 anos. A imagem que vocês passam é de um time guerreiro, que soube enfrentar as dificuldades e trabalhar a unidade. Em nome do povo santareno, agradeço a dedicação, pois vocês vestiram a camisa não por obrigação de ofício, mas por amor ao time. Sabemos do nosso compromisso e de nossa responsabilidade, por isso, contem conosco em 2010, que também será um ano de vitórias. Tenho orgulho de ser prefeita em um momento como esse”, afirmou Maria do Carmo.
(Fonte: PMS)

Medicina como profissão

Leitor que se assina Médico Mocorongo deixou este comentário sobre a postagem "Pro-Saúde cobra 20 vezes mais caro por um exame no...":

Estudamos 14 anos de colegial, vencemos um vestibular lutando contra milhares, passamos 6 anos longe de casa virando noites de estudos e estágios em nossas faculdades. Uma formatura vitoriosa. Mais uma luta vencida nas provas de residência (3, 4 ,5 anos ) de especializações.

Alguns ficaram por lá outros decidiram voltar pra casa, Santarém, com o objetivo de aqui aplicar a melhor medicina aprendida lá fora. Nos apresentaram um Hospital com estrutura para isso, HRPO, bonito, moderno, bem equipado, justo e perfeito, mas faltava pessoal. Equipes de médicos, enfermeiros e técnicos foram montadas, acreditamos e começamos uma revolução da medicina prestada no serviço publico na região, exames, consultas e cirurgias que nunca haviam sido feitas pelo SUS na região e até mesmo em todo o interior do Pará aqui foram iniciados.

Enfrentamos falta de equipamento (levamos os nossos quando foi preciso), não pagamentos de salários ( Abril de 2008 + 10 dias de Maio), mudança de administração, mudanças de fornecedores, influencias políticas em áreas totalmente técnicas, demissão de funcionários e demissão de colegas.

Fomos obrigados a grevar, suspender cirurgias, consultas (gente vindo de viagem 3 dias de barco e não sendo atendido após esperar meses pelo dia).

Somos pressionados por administradores, políticos, pacientes, familiares. Passamos dias de plantões, consultamos centenas, operamos dezenas e ainda nos dizem que não cumprimos metas.

Estou fazendo uma medicina altamente técnica depois de anos de estudos, cursos e títulos. Estou no interior da Amazônia em Santarém-Pará em um hospital que tem tudo pra ser uma marco de revolução de saúde em toda essa região, mas estou aqui revoltado e perdendo minhas forças, mas não minha esperança de que tudo aquilo em que acredito não morra.

Sou ético respeito meus colegas, meus superiores e meus pacientes, mas estamos numa terra em que se domina o Patrimonialismo em que alguns são donos do público e não os nobres cidadãos eleitores.

Sou médico como profissão mas acima de tudo por um DOM, por uma VOCAÇÃO que nunca deixarei de lado, pois me foi dado para curar e salvar e aqui estou tentando salvar e curar nosso hospital, nossa saúde.

Ainda os Mototaxistas clandestinos

Antenor Pereira Giovannini

Lamentavelmente nossa Prefeita confirmou algumas semanas atrás que ela não tinha condições de acabar com essa onda de "moto-taxistas clandestinos".

Apelamos para o Sr. Secretário de Transportes do Município e se foi efetuada alguma blitz, alguma operação de repressão, nos pareceu pífia.

Creio que o jeito é apelar para a Polícia:
Alô Dr Jardel .. Alô Dr Jamil ... Alô Major Risuênio .. . Alô Sr Comandante do Tático .. Alô Cel Mardock ... alô autoridades policiais.

Já que não se consegue coibir essa nova "profissão", mesmo que ela não seja legalizada, mas pediria aos nossos amigos policiais civis e militares que busquem uma maneira de que se tenha contínuas volantes nos pontos de estacionamento onde alguns desses moto-taxistas clandestinos param à espera de eventuais passageiros, principalmente no centro da cidade.
O comportamento de alguns diante das estudantes, moças, e até mesmo senhoras é criminoso e não é de alguém que esteja trabalhando. Assédio e constrangimento ainda se encontram no Código Brasileiro como crimes e essas pessoas os cometem a todo instante, quando surge alguma delas andando em suas direções.
Nesses mesmo espaço já acusamos o que alguns fazem na esquina do Banco Real. Como de vez em quando aparece algum fiscal, algum carro do SMT, eles descem e ficam na esquina da XV de Novembro próximo do INSS e nem se perturbam em ficar em frente as lojas, atrapalhando o comércio. Chegam a fazer um verdadeiro corredor polonês, onde caso alguma moça queira passar é obrigada a ouvir uma série de adjetivos que esses mesmos pilantras não falam para suas irmãs ou mãe (se é que têm).
Muitas senhoras deixam de frequentar as lojas exatamente pela presença desses cidadãos, que junto com os autorizados , uma vez que o ponto é próximo, formam um exército de homens parados a espera de passageiros ..
Senão nessa esquina, outros ficam na Rui Barbosa com Barão e da mesma forma, atrapalhando o comércio, sentando na porta das lojas e ainda por cima, bastam moças se deslocarem pela proximidade, para ouvirem uma série de "gracinhas" nada agradável de ser escutada.
Creio que alguém com autoridade tem que fazer alguma coisa antes que algo de mais grave aconteça.
Se 8/10 desses elementos travestidos de "moto-taxistas" fôssem processados por assédio, perturbação da ordem, e constrangimento, talvez os demais começem a raciocinar e se limitem apenas a trabalhar mesmo que de forma ilegal.



Pro-Saúde cobra 20 vezes mais caro por um exame no Hospital Regional

Miguel Oliveira
Repórter

A Pro-Saúde, organização social que administra o Hospital Regional do Baixo-Amazonas, cobra preços superfaturados por serviços prestados para a secretaria de Estado de Saúde Pública(Sespa). Por um exame de fezes é cobrado R$ 32,00 no hospital regional enquanto na rede de laboratórios conveniada ao SUS o mesmo procedimento custa R$ 1,45, cerca de vinte vez mais barato. Esses dados fazem parte do levantamento dos custos de manutenção do referido hospital apresentados, quarta-feira, no Barão Center Hotel, aos secretários municipais de saúde da região Oeste do Pará pela diretora-técnica da Sespa Domingas Alves.
A revelação foi feita quase que por um acaso. Domingas tentava convencer os secretários municipais de saúde a não encaminhar pacientes ao hospital que necessitem de atenção básico ou de média complexidade. " Cada paciente que é internado no hospital regional paga os custos como se fosse de alta complexidade e quem perde com isso sãos municípios. Um exame de fezes, por exemplo, no hospital regional custa R$ 32,00, afirmou.
O debate esquentou ainda mais quando o médico Valter Sinimbu, responsável pela regulação do atendimento no hospital regional, cotejou alguns números apresentados pela Sespa durante a reunião. " A Sespa está pagando a mais para a Pro-Saúde, que está oferecendo serviço de atendimento de urgência e emergência, sem estar credenciado para isso, a um custo muito maior do que praticado pelo hospital municipal", reclamou Sinimbu.
Segundo o médico, a Pro-saúde não tem como fazer urgência e emergência e usa de um artifício de considerar estes procedimentos no lugar de 'acolhimento de pacientes", que são aquelas pessoas que ingressam no hospital na véspera para exames ou internações. Segundo dados apresentados por Domingas, no último semestre a Pro-Saúde fez 7.200 atendimentos de urgência e emergência enquanto o hospital municipal, segundo Sinimbú, que recebe a maior demanda, fez 12 mil.
Outro exemplo de superfaturamento dos preços repassados a Sespa pela Pro-Saúde está no custo médio de internação para atendimento de cobrado pela OS para procedimentos similares ao hospital municipal. Enquanto o custo médio de um paciente é de cerca de R$ 1.300,00, no hospital regional esse custo sobe para R$ 7.200,00. Segundo Sinimbu, enquanto o município gasta R$ 800 mil para fazer 600 internações, a Pro-Saúde cobra da Sespa R$ 2,9 milhões para atender a 413 pacientes.
"É por isso que estamos revendo as metas com a Pro-Saúde", reagiu a secretária Sílvia Comaru, também presente à reunião acompanhada do coordenador dos hospitais regionais Roberto Carepa.

Parlamentares questionam

Na sessãoda Câmara de Vereadores, terça-feira, Silvia Comaru foi alvo de inúmeros questionamentos que exigiam esclarecimentos a respeito das demissão dos funcionários, da paralisação de serviços médicos hospitalares, do não pagamento em dia do salário dos médicos e do não chamamento dos concursados que até hoje esperam ser chamados para trabalhar no Hospital.
Os vereadores cobraram da secretária Silvia Comaru, transparência na gestão do Hospital e a regularização dos salários dos médicos e pediram que de três em três meses a Secretaria de Saúde do estado preste contas aos vereadores de Santarém e da região do dinheiro investido, detalhando em que e como está sendo gasto. Os médicos pediram a volta imediata dos serviços hospitalares que foram paralisados em função da demissão dos profissionais que atuavam nessas áreas.
O deputado Alexandre Von (PSDB), cobrou o funcionamento pleno e imediato do Hospital Regional. e o deputado Carlos Martins (PT), que é médico sugeriu como solução a criação de um mecanismo junto à 9ª Regional de Saúde, para acompanhar a atuação do Hospital no cumprimento dos serviços de um modo geral. O deputado Antonio Rocha (PMDB), cobrou da secretária Silvia Comaru o pagamento imediato dos médicos que atuam no Hospital.
Foi o vereador Nélio Aguiar em sua fala, que contextualizou a crise por qual passa o Hospital Regional: "Esperamos muitos anos por esse hospital, ele é uma conquista nossa e o que está acontecendo hoje é um retrocesso".

Concursados não serão chamados

A secretária de saúde do estado, médica Sílvia Comaru,descartou a municipalização do hospital, garantiu o retorno de algumas especialidades que foram canceladas pela Pro-Saúde, mas deixou claro que serviços de média complexidade terão que ser atendidos pelo hospital municipal de Santarém.
Sobre a volta dos concursados para vagas no hospital regional e a proposta de municipalização ,a titular da Sespa foi enfárica ao descartar essa possibilidade.
“Quando a gente diz alta complexidade, a gente diz cirurgia cardíaca, hemodiálise e outros procedimentos e fazer os procedimentos de média complexidade que nós temos capacidade instalada. A nossa idéia é que esse hospital seja regional”, afirmou.

Pantera quer segurar base

No AMAZÔNIA:

Depois da ressaca da conquista do título da Série D do Campeonato Brasileiro, o São Raimundo vai pensar em segurar a base de sua equipe para disputar as próximas competições: a Copa do Brasil, o Parazão 2010 e o Brasileirão 2010. Para isso, a diretoria do clube vai ter de superar propostas de outros clubes interessados nos jogadores do seu atual elenco.
O meia Michell, considerado o craque do time, sendo inclusive artilheiro da Série D com 10 gols, está sendo assediado pelo Clube do Remo. Ele diz que o contato foi feito apenas por telefone antes mesmo da final do Campeonato Brasileiro. 'Fui sondando apenas por telefone. Perguntaram quanto eu ganhava no São Raimundo e apenas isso', diz a reportagem.
Não houve confirmação, no entanto, o meio de campo afirma que a questão financeira vai pesar bastante, pois, diz ele, já está em uma fase amadurecida de sua carreira. Michell tem 28 anos de idade. 'Na atual fase de minha carreira tenho de pensar na questão financeira. Vou esperar a proposta, mas por enquanto nada foi acertado', disse Michell, que teve uma rápida passagem pelo Paysandu.
Outro jogador, considerado craque do jogo final, o atacante Rafael Oliveira está sendo pretendido pelo Macaé (RJ), que demonstrou bastante interesse no jogador. Rafael pertencia ao Paysandu e foi emprestado ao Pantera santareno. Ele diz ainda não pensar em propostas, mas não quer voltar ao Paysandu. 'Ainda é cedo para pensar em sair, mas tenho propostas boas', diz.
O goleiro Labilá é outro que pode deixar o elenco alvinegro. Ele tem propostas de pelo menos três clubes, mas por enquanto o defensor evita falar em mudança de clube. 'Ainda é cedo para falar nisso.'
Os diretores evitam falar no assunto, mas Alberto Tolentino deixa bem claro que os jogadores podem ficar livres para escolher as melhores propostas para suas vidas. Nos bastidores da diretoria fala-se em trazer jogadores do Alecrim (RN) para a próxima temporada. O Alecrim foi o adversário do Pantera na semifinal da Série D. Também foi o clube onde o técnico Lúcio Santarém foi campeão estadual em 1986.

Após o jogo que deu o título de primeiro Campeão da Série D do Campeonato Brasileiro ao São Raimundo, a torcida seguiu em várias carreatas improvisadas para a orla da cidade, onde os heróis desfilaram em cima de um carro do corpo dos Bombeiros.
Já que ontem era feriado (Dias dos Finados), muitos torcedores aproveitaram para emendar a comemoração e virar a noite. O resultado foi visto ontem durante o dia. As ruas de Santarém vazias, sem trânsito, casas fechadas até o meio dia e muita gente procurando balneários ou analgésicos para matar a ressaca. 'Optei pelas duas opções. Vou para Alter do Chão, mas levo um analgésico para matar a minha dor de cabeça. Já que exagerei na cerveja ontem (domingo) à noite', confessa Mário Araújo, torcedor que ainda veste a mesma camisa do Pantera que foi ao jogo no domingo. 'É para eternizar o momento', justifica.
A diretoria do clube não informou se os jogadores teriam alguma atividade ainda relacionada à comemoração do título inédito. Os atletas que possuem família em Santarém puderam descansar em casa até a última ordem. Os outros ficaram no hotel se recuperando da festa que só encerrou na madrugada de ontem. 'Temos de comemorar. É um titulo inédito para o nosso Pantera. Trabalhamos muito para isso', disse o meia Michell, ainda em cima de trio elétrico na orla da cidade. Michell foi o artilheiro da competição com dez gols.
Confessando que ainda estava sob o efeito do álcool, o torcedor Guilherme Lopes, diz que o São Raimundo colocou Santarém no mapa do futebol nacional. 'Antes o Pará só era lembrado no futebol pelos times da capital. Hoje (ontem), todos ao canais de televisão do Brasil disseram o nome de Santarém avisando que o nosso São Raimundo é campeão', explica Lopes, ainda sob a empolgação da conquista do título.

Bom dia fotográfico

Bajara singra o revolto rio Amazonas, em frente a Santarém.
Foto: Miguel Oliveira