terça-feira, 22 de junho de 2010

Valéria será vice de quem?

A ex-governadora Valéria Pires Franco sempre aspirou ser candidata ao Senado Federal.

Negociações mal conduzidas por seu marido e presidente do Democratas, Vic Pires Franco, levaram-na ao isolamento político, tendo as coligações das chapas majoritárias de Ana Júlia, Domingos Juvenil e Simão Jatene lhes fechado as portas para uma composição ao Senado.

Mas Valéria pode dar a volta por cima, por amor ou ódio políticos, informam as fontes bem posicionadas da política paraense.

Se não for candidata a vice de José Serra(PSDB), no plano nacional, poderá ser a vice de Domingos Juvenil, no plano estadual.

Para um bom entendedor, meia vice-candidata já basta!

Santarém ganha livro de memórias

Será hoje, as 20 horas, no Museu João Fonna, o lançamento do livro Memória de Sanarém editado pelo jornal O Estado do Tapajós. A obra é um trabalho coletivo que reuniu cerca de uma dezena de profissionais. Pra que a Memória de Santarém se tornasse um suplemento encartado quinzenalmente, há 5 anos, no jornal O Estado do Tapajós, foi decisivo o apoio e o entusiasmo do seu editor-chefe, Miguel Nogueira de Oliveira. Para que o suplemento jornalístico passasse às páginas de livro, a esse empreendimento se juntaram Lúcio Flávio Pinto, Cristovam Sena, Rute Sena, Paulo Sérgio Bastos e Rejane Jimenez, diretora de O Estado do Tapajós e gráficos liderados por Elivaldo Feitosa, da Gráfica Tiagão.

O Memória de Santarém [Editora O Estado do Tapajós, 420 páginas] representa para o seu redator e pesquisador, o jornalista Lúcio Flávio Pinto, “o esforço de salvar a história recente de Santarém da dilapidação, da diluição e do esquecimento. À falta de iniciativas sistemáticas e aglutinadoras, aqui há um conjunto de dados e análises que servem de trilhas para que o leitor se identifique e se situe no passado e o utilize como ferramenta para se posicionar hoje e amanhã”, escreveu Lúcio na apresentação do livro.


O livro é conjunto de informações, extraídas de jornais e outras fontes cotidianas, mostra que Santarém tem história e tem inteligência. De acordo com Lúcio, “Santarém não é um acampamento montado às pressas para abrigar pessoas em trânsito, em busca de sucesso ocasional e individual. Os personagens que surgem destas histórias e estórias participaram ou continuam a participar da construção de uma comunidade, de uma cidade, de um município e de um Estado, transmitindo entre si suas experiências e anseios”.


O diretor-editorial do Memória de Santarém, jornalista Miguel Oliveira, classifica a obra como “um livro de consulta sobre fatos e personagens marcantes da história de Santarém”. Ele explica que a publicação não é um álbum fotográfico: “O conteúdo livro é quase que documental. Tivemos a preocupação de incluir no livro, por exemplo, a transcrição de documentos oficiais ou eclesiásticos que estavam condenados ao limbo. Esse mérito o livro tem, que é de resgatar acontecimentos a partir do testemunho de personalidades e pessoas do povo".

Santarém, 349 anos

Imagem de Santarém, em aquarela de Hercules Florense, desenhista da Expedição Langisdorff.
A pintura retrata a Pérola do Tapajós, em 1828, vista do alto do morro da Fortaleza, atual praça do Mirante.


A 30 de agosto de 1825, o barão Georg Heinrich von Langsdorff e sua equipe, da qual faziam parte o botânico alemão Ludwig Riedel, o astrônomo e cartógrafo russo Nester Rubtsov, os pintores franceses Amadei Taunay e Hercules Florence e o médico e zoólogo alemão Christian Hasse, deram início à Expedição Langsdorff que, a partir de São Paulo, percorreria regiões hoje compreendidas pelos estados do Mato Grosso do Sul , Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Pará. Mantendo como eixos os rios Tietê, Paraná, Pardo, Taquari, Paraguai, São Lourenço e Cuiabá, alcançaram Corumbá e a seguir Cuiabá. A partir deste ponto, subdividindo-se pelos sistemas Guaporé-Mamoré-Madeira e Arinos-Juruena-Tapajós, alcançaram o rio Amazonas e mais tarde o porto de Belém, ali chegando em setembro de 1828.O planejamento original previa o retorno por terra à capital do Império. No entanto, desde o Mato Grosso a maior parte dos viajantes foi acometida por moléstias muitas vezes desconhecidas. O próprio Langsdorff, vítima de febre, fatigado e com fome, já no Tapajós demostrava sinais de amnésia. Quando a expedição alcançou Santarém, no Pará, seu estado de saúde era desesperador. Restava à expedição retornar por via marítima ao Rio de Janeiro. Langsdorff jamais recobrou sua saúde. Impossibilitado de retomar suas atividades, aposentou-se e foi viver em Freiburg, no sul da Alemanha, onde morreu em 1852.
* Hercules Florence, artista francês considerado como o integrante possuidor de maior rigor científico na Expedição, realizou 139 imagens, sendo os seus trabalhos botânicos qualificados como exemplares. francês presente na expedição original.
É de Florence aquarela dos índios apiacás, na divisa do Pará com o Mato Grosso, onde nasce o rio Tapajós.