quinta-feira, 22 de julho de 2010

Gil Serique, o embaixador do windsurf em Santarém

Aritana Aguiar

Muitos não sabem o que fazer durante as férias. Em Santarém é possível praticar o windsurf, um esporte pouco conhecido. Gil Serique, 45, santareno, pratica o esporte há mais de 20 anos. "Eu não tive um instrutor, apenas um amigo que montou o aparelho. Ele me deu a dica, embora ele não soubesse velejar", relembrou.

Windsurf é uma modalidade olímpica de vela. É praticado com uma prancha idêntica à prancha de surf e com uma vela entre 3 a 12 metros quadrados e consiste em planar sobre a água utilizando a força do vento.

No mundo, o Havaí, Ilhas Canárias e praias do Caribe são considerados ótimos lugares para a prática do windsurf, mas Santarém possui dois rios a sua frente considerados excelentes para a prática do esporte. "Eu não conseguiria ser tão feliz se eu não velejasse. Tenho vários amigos que foram para para Europa, Caribe, costa brasileira e acham que o Tapajós nao deixa nada a desejar", conta Gil.

A vantagem do windsurf ao surf é que a pessoa vai a uma determinada distância e pode ficar até seis horas velejando direto. A modalidade tem possibilidade de manobras bem maiores, exemplo, jybe e jumps. Destacando que pode chegar à velocidade de até 60 km por hora, e isso nos rios Tapajós e Amazonas. Para Gil, windsurf é um esporte incrível e afirma que as pessoas na cidade não entendem por que não praticam.

"Quando está a certa velocidade tem a sensação de liberdade", destacou Gil Serique. Como o esportista mora em frente aos rios, de janeiro a dezembro sua prancha e vela está montada, curiosos vêem e perguntam até quanto custa para uma aula e querem saber se é difícil praticar. Gil, não nega a dificuldade inicial, mas firma a importância e vantagens do esporte.

Para quem vai começar a praticar windsurf, necessitará de uma vela pequena e uma prancha bem larga, vai requerer menos equilíbrio da pessoa. Uma vela pequena terá menos pressão do vento, não terá muito esforço para segurar, pode aprender sozinho, mas é um pouco perigoso. "Nada melhor que um bom instrutor, pois saber voltar é uma maneira diferente. Para velejar contra o vento eu deveria está com a vela em 45° e esses detalhes fui aprendendo com o tempo e força de vontade", declara.

De acordo com Gil Serique, através de informações de amigos a Ponta do Cururu não deixa nada a desejar para velejar, pois de um lado tem várias ondas. Em Ponta de Pedras também. Tem o lago de Alter-do-Chão, que é pequeno, e o restante do Tapajós que nunca foi explorado.

Como os rios Tapajós e Amazonas são excelentes para velejar existem algumas curiosidades e diferenças o rio Amazonas tem uma correnteza mais forte e maior densidade em relação ao rio Tapajós. "Quando se troca de água sente a diferença, existem ondas diferentes entre os dois rios, é algo divertido e incrível", explica Gil.

Mas, para quem quer praticar o esporte a noite não é muito recomendável. Uns dos problemas em velejar a noite são os troncos que às vezes não é possível vê-los e corre risco de acidente. Se houver um impacto do aparelho com o tronco há 40 ou 50 km/h pode quebrar, e a pessoa provavelmente terá que largar o aparelho no meio do rio e voltar à margem nadando. Além disso, na frente da cidade que possuem pequenas ilhas é possível encostar para descansar e dar continuidade ao esporte.

Um aparelho seminovo, chega a custar de 2 mil a 2.500 reais. Para Gil Serique, é um dinheiro bem investido, pois quantos pais não compram vídeos games caros para os filhos, e com o windsurf, estarão praticando o esporte, em que não há a necessidade de ir para o mar praticar.
Gil, conta quando conheceu a campeã européia de windsurfe, Sarah Hebert. "Ela viu minha prancha na praia e achou que era uma miragem, pois seu maior sonho era velejar nos rios da Amazônia. Velejou no Tapajós, encontro das águas, achou maravilhoso", relembrou. Sarah escreveu um artigo para uma revista sobre windsurf referente ao esportista Gil Serique, mostrando a pratica da modalidade em água doce.

41 pessoas ficaram mutiladas em acidentes e trânsito em Santarém no primeiro semestre

Aritana Aguiar

A cada dia aumenta o número de motocicletas em Santarém. Assim como as fraturas causadas por acidente de trânsito. E o número pessoas que tiveram membros amputados registrados no Hospital Municipal de Santarém subiu consideravelmente do ano passado para cá.

Em 2009, deram entrada no Pronto Socorro Municipal 2.203 pessoas vitimas de acidente de moto e de janeiro até maio deste ano houve 967 acidentados com motocicletas. Das vitimas que perdem algum membro do corpo, a grande maioria amputados perdeu a perna, trazendo grandes conseqüências para suas vidas.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde(Semsa), de janeiro a julhode 1010, 241 pessoas sofream fraturas e 41 tiveram membros do corpo amputados.

A pessoa que perde um membro em acidentes convive com grandes seqüelas. É o caso de Cleberson Barroso, 34 anos, que trabalhava como moto- taxista clandestino, e Francisco Pimentel, 59 anos, passageiro de um moto taxista também clandestino. Ambos perderam a perna esquerda. Um conseguiu a prótese e tenta se adaptar ao aparelho, enquanto o outro ainda espera pela perna artificial.

Registro de arma não dá direito a caçar aos comunitários de Resex

Aritana Aguiar

Até dezembro de 2009 foram registradas na Policia Federal de Santarém nove mil armas de fogo para posse legal. O registro permite guardar a arma dentro da residência ou estabelecimento de trabalho, mas moradores de comunidades rurais acreditavam que essa autorização também permitia o porte para caça de subsistência.

Durante o 1º Seminário Regional de Gestão da Fauna do Oeste do Pará, realizado na semana passada, em Santarém, o delegado da Policia Federal, Gecivaldo Ferreria, esclareceu a diferença entre posse e porte de arma de fogo. "Essa autorização de posse é dada somente para ter a arma dentro da residência ou estabelecimento, não é permitido que saia para caçar, mesmo que seja para subsistência", explicou o delegado.

O secretario da Resex Tapajós e Arapiuns, Leônidas Farias, desconhecia do verdadeiro objetivo do registro de arma de fogo. "Eu e os comunitários acreditávamos que poderíamos caçar nos locais permitidos, que isso a autorização permitia", afirmou. Preocupado, disse que iria comunicar imediatamente aos moradores da Resex sobre o registro para que ninguém fosse preso inocentemente.

Copa dá prejuízo aos lojistas

Com o término da Copa do Mundo 2010, e a eliminação antecipada do Brasil, o comércio sofreu alguns prejuízos na venda dos produtos da Copa do Mundo. Roupas, vuvuzelas, cornetas, perucas, gorros entre outros adereços não têm mais saída e mofam nos estoques. Em Santarém os lojistas sentiram esse impacto principalmente nas lojas de confecção, que não conseguem desencalhar nem camisas da seleção brasileira com 50% de desconto.

Reciclagem de lixo rende bom dinheiro em Santarém

Aritana Aguiar

Santarém não possui nenhum sistema da Prefeitura Municipal para a coleta seletiva de lixo. Mas existem empresas e sucatas que recolhem o material para revender, evitando que toneladas desses resíduos sejam jogadas no lixão de Perema. Mesmo assim em locais da cidade, principalmente em estabelecimentos particulares e, instituições de ensino encontram-se lixeiras seletivas, mas o problema é que nesse tipo de coleta tudo vai para o lixão.

Na cidade existem duas empresas que recebem sucatas e duas que colhem plásticos e papel. Nas sucatas são recolhidos latinhas, cobre, metal, alumínio, bateria de carros e motos, inox, magnésio e antimônio, entre outros.

Em uma dessas sucatas são recolhidos por dia 500 a 600 quilos de latinha.

A sucata chega a ter mensalmente 27 toneladas de latinhas que é enviada para a empresa Aluferro, em Minas Gerais. De lá, o material é enviado para as grandes indústrias para serem reciclados. Nos dias de segunda, quarta e sexta feira sãos recebido de cerca de duas toneladas de latinha.

Enquanto o alumínio tem um destino certo, é reutilizado para a produção de panelas. Em Santarém a sucata paga R$ 2,40 por quilo. No mês totaliza em 12 toneladas e tudo enviado para Minas Gerais.

O cobre recolhido é enviado para a empresa Condumig, em Minas Gerais, lá é recebido o cobre de todo o país e, é reutilizado da fabricação de produtos elétricos. Em Santarém a empresa paga R$ 8,40 pelo quilo, e chega a receber dos fornecedores e catadores oito toneladas no mês.

Jornalismo: Passado/Presente

Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal


A Segunda Guerra Mundial teve pelo menos um efeito benéfico para o Brasil: tornou o nosso país terra adotiva de grandes intelectuais europeus, que fugiram do totalitarismo nazista, como Otto Maria Carpeaux e Paulo Rónai. O francês Édouard Bailby veio depois, já em 1949, não numa onda de emigração para os trópicos, mas em aventura pessoal. Ficou 15 anos no Brasil, tornou-se exímio no português, lendo, escrevendo e falando, e escapou ao exotismo dos imigrantes. Além de muitos artigos e reportagens na imprensa, sobretudo em Última Hora, de Samuel Wainer, nos deixou um livrinho precioso, A Revolução devora seus presidentes, publicado pela Saga, excelente editora.

Bailby, aos 81 anos, de volta à França desde 1963, recorda sua "aventura brasileira" em artigo publicado no Jornal da ABI, agora com matérias de interesse e reportagens mais longas, no melhor estilo jornalístico. Com 19 anos e apenas o que hoje chamamos de 2º grau, Bailby diz que tinha só um caminho: "entrar para o curso de Jornalismo recém-criado na Faculdade Nacional de Filosofia, na Avenida Presidente Antônio Carlos", que não exigia a revalidação do baccalauréat, o diploma do curso secundário. Com professores como Josué de Castro e Danton Jobim, conseguiu o diploma de bacharel em jornalismo. Mas não ficou nisso: iniciou logo um curso de línguas neolatinas com Alceu Amoroso Lima, Manuel Bandeira e Celso Cunha.

Basta este trecho do artigo para fazer algumas proveitosas observações. Qualquer um podia ser jornalista quando, no fim da década de 40, surgiu o curso de jornalismo na FNFi, no Rio de Janeiro, que ainda era a capital federal. Mesmo sem precisar do curso para se profissionalizar, Bailby foi para a redação com seu diploma de bacharel. Seus professores não tinham títulos acadêmicos, mas que professores!

Evoluímos desde então?

Atualizações em julho

A partir de hoje o Blog do Estado entra em ritmo lento de atualização por causa da curta temporada de férias do pessoal da redação.

E ficará assim até o dia primeiro de agosto.

Notícias extraordinárias serão postadas apenas via twitter.

Benvindo, João Júlio

Nasceu ontem o primogênito do casal Nivaldo Pereira e AnaLu.

Chama-se João Júlio o filho do diretor da TV Ponta Negra de Santarém.

Vida longa ao mais novo santareno do pedaço.

Nivaldo não pára de espocar os champanhes.