Esta semana, o Supremo Tribunal Federal foi bastante claro: durante a 
gestão do PT à frente do governo federal houve compra de votos no 
parlamento brasileiro. O mensalão existiu à custa de dinheiro roubado do
 contribuinte.
Foram sete anos de mentiras, de tentativas de negar os fatos, de 
artifícios para reduzir um esquema de corrupção à simples briga política
 de governo contra oposição ou mesmo à conspiração midiática. O STF 
mostra que houve muito mais do que isso.
A choradeira do petismo e seus apaniguados continua, mesmo frente às 
evidências irrefutáveis. Nunca na história deste País tantos políticos, 
intelectuais e até mesmo jornalistas lamentaram ou protestaram dessa 
maneira contra a condenação de gente envolvida em desvio de dinheiro 
público. 
Até o ex-presidente Lula percebeu que essa tentativa de negar o 
inegável é um vexame e já muda de ideia. Para relembrar: primeiro disse 
que não sabia de nada, depois que o mensalão era apenas caixa 2 feito 
por todos,  em seguida chamou o  escândalo de 
farsa. Agora, mais uma vez rearranja o discurso e diz que o mensalão 
“não é vergonha”. Só falta dizer que é obrigação e orgulho.
Aos que ainda lamentam as condenações, é preciso ler as palavras do ministro decano do Supremo, Celso de Melo: “A
 conduta dos réus, notadamente daqueles que ostentam ou ostentaram 
funções de governo, maculou o próprio espírito republicano. Em assuntos 
de Estado ou de governo, nem o cinismo, nem o pragmatismo, nem a 
ausência de senso ético e nem o oportunismo podem justificar práticas 
criminosas, como as ações de corrupção do alto poder executivo ou de 
agremiações partidárias”.
Mas o auge do julgamento começa exatamente hoje. O ministro relator 
Joaquim Barbosa ira ler seu relatório sobre o núcleo político do 
mensalão. Estão em jogo o destino de figuras como o ex-ministro José 
Dirceu, considerado pela Procuradoria Geral da República como líder da 
quadrilha, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e o ex-presidente do 
partido, José Genoíno. Da absolvição à cadeia, tudo pode ocorrer.
Mas a grande chance para esquemas como o mensalão serem definitivamente
 varridos para a lata do lixo será oferecida nas eleições do próximo 
domingo. 
Eleitores de todo o Brasil terão a chance de escolher entre grupos 
políticos mais comprometidos com interesse público e aqueles que 
participaram do mensalão. 
A gravidade de se votar em candidatos petistas nesse pleito é passar o 
seguinte recado à classe política e a toda a população nestes momentos 
de mensalão: “podem roubar à vontade, podem comprar parlamentares, a 
gente perdoa”. Esse é um grande risco institucional para o Brasil. 
Deixar aberta a porta para esquemas futuros.(Rede Democratas)