sexta-feira, 23 de maio de 2008

Plataforma de Obama: Amazônia é "recurso global"

O senador Barack Obama, provável candidato do Partido Democrata à Casa Branca, propôs hoje uma "Nova Parceria para as Américas", em que pretende "restabelecer a liderança americana no hemisfério".
O papel dos Estados Unidos seria o de defender a "liberdade política", "a liberdade das necessidades" e a "liberdade do medo".
Sobre o Brasil, a plataforma do candidato inclui o seguinte texto:"O caso do Brasil:O Brasil é um exemplo do grande potencial das energias renováveis na América Latina, além dos riscos que devem ser evitados. O Brasil é o décimo consumidor mundial de energia. O poder hidrelétrico tem sido a fonte de energia do Brasil e cobre hoje 83% da demanda por eletricidade. O Brasil também é um dos maiores produtores de etanol do mundo. O etanol do Brasil vem da cana-de-açúcar, que prospera no clima tropical do país. Nos anos 70, ex-ditadores militares do Brasil decidiram subsidiar a produção de etanol e garantir a distribuição. Mais da metade de todos os automóveis do país são flex, significando que podem usar etanol ou gasolina. Toda gasolina do Brasil contém etanol.
A liderança do Brasil na área de renováveis não veio sem preocupações. A região da Amazônia, um importante recurso global na batalha contra o aquecimento do planeta, cobre quase 60% do Brasil. Perdeu 20% da floresta - 1,6 milhão de milhas quadradas - para o desenvolvimento, a exploração da madeira e a agricultura.Enquanto o cultivo da cana não causou desflorestamento maciço da mesma forma que a soja, ambientalistas se preocupam que a crescente demanda poderia empurrar os produtores de cana para a Amazônia. Os produtores domésticos de etanol nos Estados Unidos se preocupam com razão com a competição do Brasil, que é o maior exportador de etanol do mundo.
Os Estados Unidos, no ano passado, se engajaram na Parceria de Biocombustíveis com o Brasil para ajudar os dois países a produzir biocombustíveis e procurar mercados globais para esses produtos. Esse acordo envolve parceria tecnológica entre Estados Unidos e Brasil, o avanço global do desenvolvimento de biocombustíveis e ajuda terceiros países para desenvolver suas próprias indústrias domésticas de biocombustíveis.
Barack Obama quer expandir a produção de energia renovável por toda a América Latina de forma a que ao mesmo tempo promova a auto-suficiência e a criação de mercados para os fabricantes americanos de energia verde e de biocombustíveis."

Indignada, sim. Surpresa, nem tanto.

A ex-secretária Lúcia Penedo tomou conhecimento de que fora exonerada pela governadora Ana Júlia Carepa por uma funcionária da Secretaria Estadual de Esporte e Lazer (Seel). E se disse surpresa com seu afastamento.
Foi o que informou o Globo Esporte, da TV Liberal.
Admita-se o incômodo da ex-secretária por ter sido informada da exoneração por uma subordinada. Mas dizer-se surpresa, aí a ex-secretária já não é tão digna de crédito.
Porque se todo mundo já sabia que ela estava na base do cai-não-cai, desde que entrou em confronto com Otávio Carepa, irmão da governadora, como é que só Lúcia Penedo não sabia disso?
(Fonte: Espaço Aberto)

Leilão florestal: mais um desvio?

Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal e articulista de O Estado do Tapajós

O primeiro leilão de madeira ilegal do Brasil foi realizado no dia 15, em Santarém, pelo governo do Pará, através da sua secretaria de meio ambiente. Dois dos três lotes oferecidos, contendo pouco mais de 3,6 mil metros cúbicos de madeira, foram arrematados por duas empresas por 1,3 milhão de reais. A madeira leiloada foi apreendida em ações de fiscalização do Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama). Dentre várias espécies havia ipê, maçaranduba, tauari, angelim, jatobá e jatuarana.
Os lances superaram em 15 a 20% o preço mínimo definido para o leilão. Foi bom negócio para quem comprou e atendeu a exigência legal feita ao governo pela justiça para autorizar o leilão, seguindo a pauta de valores estabelecida pela Secretaria da Fazenda. Aparentemente, não houve um cartel entre os pretendentes, embora poucos se apresentassem e a disputa tenha sido pequena. Uma das madeireiras vencedoras, a do lote maior, com 3.585 metros cúbicos, era do Rio de Janeiro. Espera ter bom lucro na comercialização em Macaé, onde o preço é bem mais alto do que o que ela pagou. O outro arrematante é de Itaituba, que levou apenas 63 m3. Um terceiro lote, ainda menor, não teve interessado. Vai ser usado em um novo leilão, já marcado para o dia 10 em Anapu, no Xingu.
Foi então uma boa experiência? Diante da alternativa de deixar a madeira apodrecer nos depósitos do Ibama ou ser doada, segundo critérios e formas nunca completamente conhecidos, como vinha acontecendo, não há dúvida que foi melhor. Mas não é solução para o problema da exploração ilegal de madeira na Amazônia. Sempre pode se repetir em relação à madeira procedimento adotado correntemente no Pará décadas atrás para fazer introduzir no Estado carros, perfumes, uísques, sandálias e outros produtos. O próprio contrabandista denunciava a sua carga para que a alfândega a apreendesse e depois a arrematava no leilão, legalizando-a. Claro que esse processo só era adotado no caso de produtos de maior valor e que possibilitassem ao contrabandista ser o único ou o mais poderoso pretendente à arrematação, como os automóveis (ou “cutias”, na linguagem da época). Ele tirava uma peça vital do carro, afastando os possíveis concorrentes.
Seria possível reeditar esse método nos leilões de madeira? No primeiro, não houve esse expediente. Mas se as vendas de avolumarem e se amiudarem, a possibilidade poderá começar a se tornar factível. Determinadas empresas ou madeireiros individuais podem se interessar por atrair a apreensão, principalmente se puderem também armar licitações combinadas. Mesmo que o processo for limpo e seguro, a rotina dos leilões provocará o aparecimento de predadores, que se apresentarão nessas vendas. O melhor mesmo é promover o fomento florestal.
O dinheiro arrecadado com o leilão será usado no aparelhamento e na infra-estrutura da secretaria estadual e do Ibama, para fortalecer a recomposição florestal e o combate ao desmatamento no Pará. A questão é a criação de uma dependência desses recursos, que pode ser acentuada pela pouca prioridade de fato que o governo dá à floresta amazônica, colocada de lado a decoração retórica. O governo pode achar que agora não precisa mais destinar ao setor as verbas que são necessárias para montar um serviço florestal à altura da tarefa, com uma guarda florestal de respeito (e que hoje inexiste) e um corpo técnico competente, além de meios materiais para que o Estado realmente assuma o controle da atividade florestal na Amazônia.
Sonho de uma noite de verão? Por enquanto, sim. E os leilões não vão ajudar a tornar esse sonho em realidade.

Memória de Santarém - Lúcio Flávio Pinto

Congresso eucarístico
Foi "um dos mais belos e impressionantes espetáculos de fé" o encerramento do congresso eucarístico realizado em Santarém, em 18 de dezembro de 1960, que reuniu aproximadamente 40 mil pessoas. Alto-falantes colocados ao longo do percurso da procissão permitiram aos participantes do cortejo rezar as mesmas canções em harmonia. Impressionou aos observadores "o número de associações religiosas e o número elevado de associados presentes".
O Apostolado da Oração era o mais destacado: além da confraria de Santarém, tinha representações de outros lugares, com presença mais numerosa do Arapixuna. Numerosas também eram as congregações marianas, "com representações de todas as cidades do Baixo Amazonas". As bandeiras dessas associações "formaram bonito fundo para o altar monumento, com sua variedade de cores".
Quando a romaria chegou à praça do Congresso, "um mar de braços" ergueu-se para saudar a imagem de Jesus: "Véus, lenços, bandeirinhas, mãos, tudo se agitava no ar", enquanto "a usina apitava, rufavam os tambores, vivas, cantos, lágrimas, risos". Da comunhão, na véspera, participaram sete mil homens. No encerramento, o bispo, D. Thiago Ryan, proclamou que o santareno é "o melhor povo do mundo".
-------------------

Curto e grosso

Geraldo Pereira fez o que se pode classificar de discurso curto e grosso ao tomar posse como secretário municipal do prefeito Ubaldo Corrêa, em outubro de 1960. Disse simplesmente: "Na função pública não há amigos. Peço a cada um dos auxiliares que cumpram com suas obrigações e deveres a fim de que não me obriguem a usar das leis e regulamentos".

Canoístas vão repetir aventura pelo rio Amazonas em 2009

Gisele de Freitas
Repórter


Os quatro canoístas que partiram de Santarém para Belém no início do mês completaram com sucesso a aventura pelo rio Amazonas. Os santarenos Jaime Godinho e Ivaldo Rostande retornaram para casa na manhã da última terça-feira (20) e trouxeram consigo diversas homenagens que receberam na capital, além do troféu de terceiro lugar em uma competição que participaram em Tocantins a convite da Associação Ecológica de Canoagem e Vela de Belém (AECBEL). O desafio foi tão apreciado pelos atletas que deverá acontecer uma vez por ano, sempre no mês de maio. Para 2009 os canoístas já esperam poder contar com a participação de atletas de outros estados ou até países. Os atletas ainda reclamam da falta de incentivo por parte do governo e empresariado santareno.
A aventura pelo rio Amazonas durou 16 dias. Ivaldo relata que já havia feito o percurso em 1997 com outro companheiro e os dois bateram o recorde de nove dias remando até Belém. Já Jaime está na canoagem há 11 anos e nunca tinha participado de aventura de tantos dias. Ele relata que o máximo que já havia remado foram quatro dias, vindo de cidades como Parintins, Terra Santa e Porto Trombetas. Nos primeiros dias de viagem até Belém os atletas afirmaram que sentiram dores musculares e que no final das tardes já estavam cansados. Era a hora em que paravam em cidades ou comunidades ribeirinhas paras passar a noite e descansar, pois pegavam cedo no remo no outro dia. Nesta viagem os canoístas não tinham data certa para chegar, pois entre os atletas de Belém um tem mais de 50 anos e o outro tem uma perna amputada, o que os impedia de remar excessivamente durante o dia.
"O mais legal destas viagens é conhecer as comunidades ribeirinhas. Lá nós dormimos, experimentamos a culinária local e fizemos até amizades, pena que as deixamos para trás, mas um dia queremos voltar e rever estas pessoas" destacou Ivaldo. Os atletas contam que ensinaram aos ribeirinhos a fazer coletes salva vidas usando garrafas pet.
A aventura agradou tanto aos atletas que em 2009 está programada outra viagem até Belém, mas desta vez os atletas esperam contar com a participação de mais companheiros e receber mais patrocínio. "O convite já está de pé para quem se interessar. Vamos fazer de novo no ano que vem e em todos os anos. Os canoístas que querem conhecer a Amazônia e as comunidades ribeirinhas devem participar" destacou Jaime. O novo percurso deverá ser feito por volta do mês de maio, época em que o Amazonas está mais cheio e os canoístas encontram melhores condições para remar.
No total, os canoístas remaram 114 horas, descontando o tempo que paravam para almoçar. Eles afirmam que a rotina era de cinco horas pela manhã e mais quatro na tarde, houve momentos no caminho em que a equipe pegou tempestades, chuvas fortes e ventos, mas não teve problema para realizar o percurso. Eles comemoram a boa recepção que tiveram na capital, e de lá partiram para Palmas, onde participaram de uma competição pela Confederação Brasileira de Canoagem (CBC) e ficaram em terceiro lugar. Entre os atletas que receberam premiação apenas o quarto colocado não era paraense.
Para 2009 as paradas nas comunidades vão contar com palestras sobre educação ambiental. Nos próximos dias os atletas vão voltar a Belém para receber da prefeitura da capital uma medalha de condecoração pela travessia. Eles já receberam certificados e troféus da CBC e AECBEL. Nos próximos meses as aventuras deverão acontecer na região oeste, pois os canoístas estão se preparando para competir em setembro no Rio de Janeiro nos jogos da CBC.

Santarém registra melhor saldo de emprego formal em 4 anos

Paulo Leandro Leal

A julgar pelos números do emprego formal de janeiro a abril deste ano em Santarém, 2008 poderá ter o melhor resultado dos últimos quatro anos na geração de emprego com carteira assinada.
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego registrou nos primeiros quatro meses deste ano um saldo positivo de 271 postos de trabalho no município, melhor resultado desde 2005, quando iniciou a uma das maiores crises econômicas da região.
O saldo do emprego formal é o resultado da diferença entre o número de contratações e demissões em um período. De janeiro a abril de 2004, o saldo foi positivo, com a geração de 295 novos empregos com carteira assinada em Santarém. Em 2005, o resultado no mesmo período foi negativo, com o fechamento de 183 vagas. No primeiro quadrimestre de 2006, o resultado foi positivo em 149 vagas. E de janeiro a abril do ano passado, o saldo foi novamente negativo, com perda de 124 postos de trabalho.
A expectativa da classe empresarial é que o resultado deste ano signifique uma recuperação da economia regional. O que mais anima o setor é que em nenhum mês deste ano houve resultado negativo segundo os dados do Caged. Em janeiro, foram registradas 624 contratações, contra 610 demissões, um saldo de 14 novos empregos em um mês em que geralmente as demissões são maiores que as admissões. Em fevereiro, foram 663 admissões, contra 587 demissões, gerando saldo de 76 empregos. Em março, o Caged registrou 825 contratações para 750 desligamentos, com saldo de 75 postos de trabalho.
Em todos os meses, as ocupações ligadas ao setor da construção civil foram as que tiveram os melhores resultados. Em abril, segundo os dados do Caged, o único setor que registrou saldo negativo foi o agropecuário, com a perda de 28 postos de trabalho. O setor com melhor resultado é a Construção Civil, com saldo de 55 postos de trabalho, seguido pelo setor madeireiro, que registrou saldo positivo de 38 empregos. O comércio registrou saldo de 27 novas vagas e o setor de serviços teve saldo de 15 contratações.
Recuperação - Apesar dos números do Caged não servirem para medir o nível de desemprego, já que registra apenas as contratações e demissões com carteira assinada e não leva em consideração a população que está desempregada, eles servem como um termômetro da economia. Maior geração de empregos formais significa uma aceleração econômica, o que anima os empresários de Santarém.
O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES), Olavo das Neves, avalia que os dados do emprego formal registrados até agora são bastantes positivos comparados aos dos últimos anos, criando a expectativa de que este ano haja um grande superávit de vagas no mercado de trabalho. "A região vem sofrendo uma crise econômica devido às restrições impostas ao setor agropecuário e florestal", diz Olavo, acrescentando que os investimentos do setor mineral têm contribuído para a recuperação econômica de alguns municípios do oeste do Pará.

Combate à propaganda ilegal será rígido


Gisele de Freitas
Repórter

O juiz eleitoral da 20ª zona Gabriel Veloso afirmou que o combate à propaganda eleitoral ilegal deverá ser rígido nas eleições para prefeito e vereadores de Santarém neste ano. Veloso garante que já há uma força-tarefa pela cidade fazendo a fiscalização da propaganda extemporânea, da qual participa pessoalmente. Para o juiz, a preocupação agora é com a propaganda fora de tempo, mas quando houver liberação para que a propaganda comece a fiscalização não deverá diminuir, visando encontrar irregularidades. O juiz acredita que a Força Federal deverá ser enviada a Santarém para dar tranqüilidade ao pleito.
O magistrado garante que juntamente com agentes da justiça eleitoral já iniciou fiscalizações pela cidade. A justiça está de olho nos possíveis candidatos ao pleito e em suas atitudes, visando não permitir qualquer tipo de propaganda antecipada ou que fuja as regras a partir do mês de julho, quando a propaganda for liberada. "O tratamento será igualitário e eu não vou permitir que haja irregularidades nas propagandas eleitorais, o que consiste em crime. Já estou trabalhando com poder de ofício e força policial para tomar as atitudes necessárias" afirmou o juiz.
Em relação ao envio da Força Federal que foi solicitada pela juíza Mônica Maciel há meses atrás, o magistrado entende que a mesma é necessária em Santarém para garantir que o pleito será tranqüilo e seguro. Ele afirma que a união ainda está analisando o pedido e ainda não se pronunciou a respeito. "Acredito que esta força deva sim vir para Santarém e concordo com meus colegas que a solicitaram, acho que será realmente necessário para garantir que teremos umas eleições tranqüilas" afirmou Veloso.
PROPAGANDA DA PREFEITURA - O juiz preferiu não comentar a liminar que concedeu na semana passada proibindo as imagens e voz da prefeita Maria do Carmo Martins Lima de aparecerem em programas e propagandas da prefeitura de Santarém. Para Veloso, a liminar foi concedida para que as propagandas fossem retiradas do ar, mas o processo ainda não acabou e está sob julgamento. O processo foi encaminhado a Justiça pelo partido Democratas, pedindo além da retirada das propagandas que a prefeita pagasse multa de R$ 53.205,00, decisão que deverá ser anunciada no final do processo. Maria está sujeita a pagar multa de R$ 5 mil para veiculação da prefeitura que conter sua voz e imagem.

Senador Jefferson Péres morre de infarto em Manaus

O senador Jefferson Péres (PDT-AM) morreu nesta manhã em Manaus (AM). O líder do PDT no Senado tinha 76 anos e sofreu um infarto em sua residência.
Péres foi também professor e advogado. Teve uma longa carreira como vereador em Manaus, sua cidade natal. Ele ocupava vaga no Senado desde 1995 e exercia seu segundo mandato como senador.
O senador Jefferson Péres nasceu em 1932, na cidade de Manaus (AM). Filho de Arnoldo Carpinteiro Peres e Maria do Carmo Campelo Peres, ele se formou em Direito em 1959 e em Admnistração de Empresas em 1967. Péres foi eleito vereador por duas vezes a partir de 1988 e eleito senador pela primeia vez em 1995. Filiou-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT) desde o inicio de 1999 e foi reeleito senador em 2002. Em 2003, o senador se recusou a participar do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, época em que foi escolhido líder da bancada do PDT no Senado.
(Fonte: G1)

Sai Lúcia Penedo, entra Carlos Alberto Leão

No Espaço Aberto:

O Diário Oficial desta sexta-feira publica dois decretos assinados pela governadora Ana Júlia Carepa que alteram o comando da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel). Um deles exonera Lúcia Penedo do cargo de secretaria. O outro nomeia Carlos Alberto da Silva Leão para exercer o cargo.Não é de agora que se prenunciava a saída de Penedo da Seel. Sua situação começou a ficar delicada na secretaria quando ela deu de encontro com ninguém menos que Otávio Carepa, um dos irmãos de Ana Júlia e que exerce o cargo de secretário-adjunto.
O desentendimento entre ambos chegou a tal ponto que se estabeleceu, como modus vivendi – precaríssimo, vale dizer -, uma divisão informal de atribuições: Lúcia Penedo cuidava do dia-a-dia administrativo da secretaria e do estádio Mangueirão, enquanto Otávio Carepa tomava conta da área de projetos sociais e dos eventos.
A nomeação de Lúcia Penedo mostra um pouco dos nossos costumes políticos. Ela sempre foi engolida a seco por Ana Júlia e pelos petistas em geral. É que ela tem sangue tucano em seu DNA político, já que chegou a exercer o cargo de adjunta de José Ângelo Miranda, o secretário de Esporte do governo Simão Jatene (PSDB).
E por que vias Lúcia Penedo foi parar no primeiro escalão de um governo petista? Por causa de seu genro Alessandro Novelino, que é deputado estadual do PMDB. Só por isso. Mas, ao que tudo indica, Ana Júlia vai manter a ex-secretária em outro cargo, para não contrariar o acordo com o PMDB.