sábado, 11 de abril de 2009

São Raimundo tem defesa menos vazada

Uma defesa que faz a diferença: sinônimo da zaga do São Raimundo de Santarém. A equipe interiorana tem no seu setor defensivo um dos pontos fortes para a bela campanha realizada no Campeonato Paraense 2009.

Agora os defensores da Pantera partem para o jogo que pode definir o futuro do clube no Parazão.

E se a pressão por um resultado positivo é grande jogando dentro do Barbalhão, diante do seu torcedor, qualquer vacilo pode significar desclassificação prematura da Taça Estado do Pará.

Compacta e entrosada, a defensiva do alvinegro tem a segunda defesa menos vazada no Estadual ao lado do Clube do Remo, com apenas 21 gols sofridos em 17 jogos. A média é elogiável: apenas 1,23 gol por partida. A maior goleada sofrida pela defesa do time santareno foi no primeiro turno, ambas pelo Paysandu: 3 a 0 na sexta rodada e o mesmo placar pela primeira partida da final da Taça Cidade de Belém.

Agora a história é outra. Os elogios são frutos do bom posicionamento da retaguarda da Pantera, graças aos zagueiros Preto Marabá, Filho e do volante Marabá, que de vez em quando dá uma recuada para o setor.

Os jogadores garantem a despreocupação do técnico Válter Lima. Os volantes Cléberton e Marcelo Pitbull, além do goleiro Labilá, também contribuem para o sucesso da retaguarda. (Fonte: Diário do Pará)

Reforma da rodovia BR-163 terá que respeitar meio ambiente



Depois de 33 anos, o Exército volta à rodovia BR-163, que liga Cuiabá, em Mato Grosso, a Santarém, no Pará. A missão deles é terminar o asfaltamento da rodovia, que está em péssimas condições.

Para dar conta da tarefa, os militares foram buscar ajuda de quem participou da primeira etapa da construção da estrada, na década de 1970. “Eu esperava que esse asfalto tivesse saído na época em que nós fizemos a BR, porque deixamos tudo no jeito quase só para asfaltar”, afirma Fernando Pedroso da Silva, coordenador de pessoal de campo. Mas o asfalto só chegou a pouco de mais de 700 dos quase 1.800 quilômetros da rodovia.

Três décadas depois, o manual de construção para a Amazônia é outro. As árvores devem ser preservadas. A área aberta para o trânsito dos caminhões terá de ser reflorestada.

Outra preocupação de hoje, em que a preservação do meio ambiente é prioridade, é garantir condições para que os animais possam atravessar a estrada sem correr risco de morte. Para isso vão ser construídos corredores por baixo da rodovia.

O maior desafio, contudo, não é proteger a travessia de animais. O mais difícil será conter a voracidade do homem. O apetite dos desmatadores foi sentido assim que o Ministério do Meio Ambiente deu o sinal verde para o asfalto.

“Desde a licença prévia da BR-163, em 2005, até hoje, triplicou o desmatamento da região, e isso antes do asfalto”, relata o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Ele admite que faltou fiscalização, e sabe que o asfalto vai atrair mais gente.

A previsão é de que a população na área de influência da BR 163, cresça dos atuais 2,1 milhões para 2,9 milhões de pessoas até 2015. “A única possibilidade de defender o bioma amazônico é instalar a legalidade ambiental com planejamento”, afirma Minc.

Há dois anos, a lei determina que quase metade da região não pode ser modificada. São unidades de conservação, terras indígenas e áreas do Ministério da Defesa. Terras hoje ocupadas pela agricultura e pecuária devem ser regularizadas, sem expansão.

Colaboração de empresários

“Não faz nenhum sentido para a pecuária derrubar um hectare a mais. E para a área de produção de grãos, nós não precisamos avançar o bioma amazônico, ao contrário, ele nem é adequado”, defende o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.

O equilíbrio da Amazônia depende também da colaboração dos empresários, que devem dizer “não” para quem produz carne e madeira ilegal. Pessoas que saibam valorizar esforços como o das mulheres da Floresta Nacional do Tapajós, no Pará. Há dez anos, elas transformam o látex extraído das seringueiras em bolsas.

“A gente vende para os turistas, para a fábrica, para São Paulo. Já foi também para o Rio, Inglaterra, França...”, comemora Elgesi Alves Dias, costureira da comunidade da Floresta de Tapajós. Na Flona Tapajós estão oito mil pessoas.

Enquanto isso, na Floresta Nacional do Jamanxim, criada pelo governo há três anos, só há dois funcionários para tomar conta de uma área de 1,3 milhão de hectares, o equivalente a metade do estado de Alagoas.

A falta de apoio também compromete dezenas de assentamentos.

No trecho de 113 km em que a Transamazônica coincide com a BR-163, a natureza foi devastada. Pequenas comunidades estão em processo de extinção por falta de assistência.

Uma fábrica de farinha, por exemplo, foi doada à comunidade São Francisco pelo governo do Pará em 1994, mas os colonos só tiveram dinheiro para fazê-la funcionar em novembro de 2008, 14 anos depois.

Na longa espera pelo asfalto, o próprio representante do Ibama no município de Sinop, em Mato Grosso, alerta: o estado tem que estar presente. 'Que a sustentabilidade seja uma opção concreta e real para as pessoas, não seja só a degradação da floresta através da pecuária e da soja. E isso, sem a presença do estado, sem a fiscalização, é impossível”.

(Fonte: Globo Amazônia)

Arapongagem na base de foguetes

Agentes da Abin sugerem que o Centro de Lançamentos de Alcântara foi espionado por franceses

TIAGO PARIZ, RICARDO BRITO E MIRELLA D´ELIA
Correio

Militar en frente aos destroços do veículo lançador de satélites, que explodiu em agosto de 2003 e matou 21 pessoas, em Alcântara

Braziliense

Boias de captação de dados sigilosos instaladas em locais suspeitos e comunidades de quilombolas com conhecimento técnico e específico sobre lançamento de foguetes espaciais. Num mercado que gira US$ 1 bilhão por ano e já foi expressão da corrida tecnológica na Guerra Fria entre Estados Unidos e Rússia, a sombra de espionagem é cada vez maior. Com esse roteiro na cabeça, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) garante ter coletado indícios de que a Base de Alcântara, no Maranhão, foi espionada por franceses.

No Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA), há uma base militar e uma área reservada à Alcântara Cyclone Space, uma empresa binacional Brasil-Ucrânia, comandada pelo ex-ministro da Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, filiado ao PSB. Próximo da costa, foram encontradas, em outubro do ano passado, as boias que carregavam equipamentos de telemetria capazes de captar e enviar dados à distância. Foi a terceira vez. Como a disputa entre os países é a cada centímetro pela capacidade de possuir tecnologia própria para colocar satélites em órbita, os arapongas concluíram, preliminarmente, que esses equipamentos estavam sendo monitorados “possivelmente por um grupo de franceses”, segundo fontes do setor que leram o documento da Abin.

As boias são de fabricação japonesa e espanhola. Elas transmitem dados via satélite e por ondas VHF e UHF. Uma das pessoas que teve acesso ao informe da Abin foi Roberto Amaral. Ele teve conhecimento dos dados da espionagem durante uma reunião no começo de março. Procurado pelo Correio, Amaral negou o encontro e a informação recebida. Como há toda uma trama internacional, o governo brasileiro trata o assunto com a máxima delicadeza. O documento da Abin não faz qualquer menção a governos, mas a grupos.

Os militares brasileiros vendem a Base de Alcântara como o local mais adequado para se lançar um foguete, por estar mais próxima da Linha do Equador, mais ainda do que a Guiana Francesa, onde está instalada a Agência Especial Europeia. Quanto mais próximo da linha que divide a Terra em duas metades, menos combustível o veículo gasta para chegar ao espaço por percorrer uma distância menor. O governo brasileiro estima que se possa economizar até 30% do valor de colocar um satélite em órbita quando a base estiver funcionando. No papel, então, há uma clara competição entre Alcântara e a Agência Espacial Europeia. Por isso, o cuidado extra do setor de inteligência e dos militares.

A sombra da espionagem ronda o CLA desde a explosão, em agosto de 2003, do terceiro protótipo do Veículo Lançador de Satélites (VLS), que matou 21 pessoas. Jamais se provou nada e o episódio ficou creditado a uma fatalidade. O fracasso com o VLS foi um baque para o governo, que patina nas tentativas de retomar o programa espacial. A Cyclone espera lançar seu primeiro foguete em julho do ano que vem. O problema é que esse cronograma já foi atrasado diversas vezes por uma disputa de terras com os quilombolas.

No fim do ano passado, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) reconheceu o direito dos quilombolas a 65% do território do município de Alcântara, de 115 mil hectares. A suspeita apurada pelos arapongas é a de que organizações não-governamentais (ONGs) que atuam na defesa dos direitos das comunidades negras venham recebendo nos últimos anos contribuições de entidades estrangeiras para emperrar propositadamente o programa espacial. Os serviços de inteligência do Exército e da Aeronáutica também investigam essa suposta sabotagem financeira.

“Sabotagem”
Funcionários do serviço espacial brasileiro relatam que alguns líderes das comunidades demonstram conhecimento sobre técnicas de lançamento de foguetes além do esperado para pessoas humildes. Servidores da Abin infiltrados na região estranharam o incomum conhecimento de algumas lideranças quilombolas sobre detalhes técnicos do programa espacial brasileiro. Os arapongas descobriram ainda que o líder de uma das comunidades da região vive na Praia do Calhau, o famoso ponto turístico de São Luís, distante 50km de Alcântara.

Em fevereiro de 2008, os quilombolas bloquearam as estradas de acesso à Base de Alcântara, expulsaram técnicos e apreenderam as máquinas e isso causou um prejuízo ao cronograma de lançamento do foguete brasileiro ucraniano, segundo o diretor-geral da Cyclone. Houve uma negociação com os quilombolas e Amaral. “Hoje, temos uma excelente relação com os quilombolas. Antes não considerávamos a importância deles. Eu tinha que ter tido competência para saber que o bom relacionamento com a comunidade ia pesar”, afirmou Amaral. A Cyclone espera lançar o primeiro foguete em julho de 2010.

Vaias e aplausos suspeitos em Itaituba

Não é novidade o mesmo coro se formar para brindar visitantes políticos em Itaituba.
Aplausos para uns, vaias para outros.
Mas não pense que são grupos antagônicos que dão esse tipo de show.
O mesmo grupo vaia e aplaude.
Durante a inauguração do Linhão, antes do show da Roberta Miranda, em 2000, um grupo aplaudia o então governador Almir Gabriel. A mesma claque vaiava o então prefeito Edilson Botelho.
Na semana passada, os que vaiaram a governadora Ana Júlia são os mesmos que aplaudiram o vice-governador Odair Corrêa.

Papel de palhaço


Torcedores do São Raimundo à espera do milagre da multiplicação dos ingressos que não existem mais, a não ser nas mãos dos cambistas.
A cena foi registrada as 10h50 deste sábado.

Águas do rio invadem orla de Alter do Chão


O nível das águas no canal do rio Tapajós que liga a vila à ilha do amor registrou sua maior alta na última década em Alter do Chão.
A foto é de Olavo Neves, que registra a cena na sexta-feira santa.

Diretoria do São Raimundo faz torcedor de palhaço

Já está formada a fila nas bilheterias do estádio Panterão desde a madrugada de hoje.
Mas não há ingresso à venda pelo preço normal.
Dez mil ingressos estão nas mãos do cambistas desde terça-feira.