segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Jaime Silva lidera pesquisa em Óbidos com 46%

ALESANDRA BRANCHES
Repórter


O candidato da Coligação 'Óbidos no rumo certo' Jaime Santos, que concorre à reeleição, lidera a pesquisa do Instituto Perspectiva realizada no município de Óbidos no período de 19 a 24 de setembro. Jaime Silva tem pela pesquisa estimulada 46% dos votos, seguido pelo candidato da coligação PV/PDT Mário Henrique Guerreiro com 20%. Se as eleições fossem hoje, o candidato do PMDB José Mário teria 13%. Os votos brancos, nulos e os eleitores indecisos somam 21%.
A pesquisa ouviu 352 eleitores na zona urbana e zona rural do município de Óbidos e está registrada no cartório da 22ª Zona Eleitoral de Óbidos sob o protocolo 796/08. A margem de erro da pesquisa é de 3% para mais ou para menos.
Jaime Silva(PTB) lidera uma coligação formada pelo PTB, PT, PSC, DEM, e PR e tem como candidato a vice em sua chapa o atual vice-prefeito Rudimar Cardoso (PT).
Mário Henrique(PV) está coligado com o PDT e tem como candidato a vice o empresário Valmick Rocha(PDT.

Vamos brincando de roda

Bellini Tavares de Lima
Advogado


Todo e qualquer ser humano que ingressa na história se torna invariavelmente um polêmico. Talvez à exceção de Jesus Cristo, ninguém mais consegue se tornar um personagem história sem dividir as opiniões. E, ao se entronizar no reino da história, o homem vai, aos poucos, se tornando também um mito. Os exemplos são inúmeros, mas, por razões que se mostrarão óbvias, cito Rui Barbosa. Deixando de lado a afirmativa de que toda unanimidade é burra, Ao menos no quesito "inteligência" Rui Barbosa talvez seja a exceção que confirma a regra. Nunca ouvi ninguém colocar em dúvida a inteligência superior desse homem. Mas, isso não faz dele uma unanimidade no que diz respeito às opiniões a seu respeito. Há os que o veneram e os que o desprezam.
Pelo que se registra a seu respeito, Rui Barbosa foi, realmente, um polêmico. Seus pensamentos e frases refletem momentos de brilhantismo intelectual, verdadeiros diamantes de reflexão. Isso não impediu, no entanto, que Rui proferisse frases completamente incompreensíveis. Eu me lembro de um professor de português dos meus tempos de cursinho para a faculdade de direito que, para exemplificar um vicio de linguagem chamado "obscurantismo" (frases rebuscadas e escritas numa linguagem tão complicada que acabam prejudicando a compreensão do seu conteúdo). Mas, realmente há pérolas de sabedoria entre as riquezas de Rui Barbosa. Eu me recordo de uma que, apesar de um tanto sofisticada, é de uma profundidade exemplar: "Onde os meninos camparem de doutores, os doutores não passarão de meninos". Quem ninguém se assuste. Como qualquer sujeito comum, eu também tive que ir ao dicionário para saber o que significa o verbo "cambar". Diz o Aurélio: "Campar - vangloriar-se jactar-se, gabar-se". Rui Barbosa se utilizou dessa palavra com o significado de "se fazer passar por alguma coisa que não se é". Assim, "onde os meninos se fizeram passar por doutores, os doutores não passarão de meninos".
Rui Barbosa morreu em 1923. Neste ano, portanto, se completam 85 anos de sua morte. E, no entanto, como sua frase é oportuna e atual. Poderia ter sido dita ontem e teria plena aplicação ao nosso triste Planeta-Brasil. Se alguém duvida, basta abrir as páginas de qualquer jornal e escolher à vontade. Há uns poucos dias, diante da imensa crise financeira que assola o mundo, alguém por aqui se regozijou dizendo que as mesmas instituições financeiras que haviam dado palpites sobre o país agora estavam quebrando. E coroou-se a pérola com a observação de que sobre a crise, que fossem perguntar ao presidente norte-americano. Como se, no mundo real, esta nossa pobre nação emergente estivesse completamente imunizada contra os efeitos dessa conturbação mundial. Os comentários, por si só, já dão a dimensão exata de que os meninos definitivamente tomaram o lugar dos doutores. Mas, a estranheza é ainda maior porque, ainda recentemente, se proferiu uma enorme quantidade de bazófias a respeito da elevação deste mesmo Planeta-Brasil à categoria de "grau de investimento", resultado exclusivo da avaliação dessas mesmas instituições para as quais, agora, se mostra a língua e se diz um "bem feito!"
Num curtíssimo espaço de certa de 48 ou 72 horas os leitores de jornal desta terra descoberta por Cabral viram as declarações de um Ministro de Estado afirmando ou informando que o governo estava estudando e considerando retomar a estratégia de permitir que se utilizassem recursos do FGTS para aplicação na compra de ações da Petrobrás, como ocorreu em 2001.A intenção seria a de ajudar a financiar a empresa com vistas à nossa salvação nacional, a jazida de petróleo adormecida a dois quilômetros de profundidade e a 300 quilômetros das costas brasileiras (pois é, existe muito mais coisa nas costas brasileiras do que pode imaginar a nossa vã filosofia). Não foi preciso mais do que essas curtas 48 ou 72 horas para que outra ala do mesmo governo viesse a público negar isso tudo como se fosse o maior absurdo já trazido de toda a história da humanidade. Ou os jornais andam com molecagem ou os meninos agora estão querendo invadir a sala da pós-graduação e do doutorado.
Pelo jeito, os meninos é que dão as cartas agora. Aos doutores vai restar um joguinho de bolinha de gude nas ruas deste imenso, próspero e imune país, tudo sob o aplauso incontido da platéia que pede bis. E Rui Barbosa que continue morto lá no seu túmulo. Mortinho com farofa.

22 de setembro de 2008

Novo horário bancário divide opiniões

Alesandra Branches
Repórter


Questionados quanto à alteração do novo horários bancário em Santarém, empresários, servidores públicos, aposentados e empregados de empresas privadas têm opiniões diversas sobre a mudança do horário de atendimento ao público que passou, desde segunda-feira, de 9 as 14 horas para 10 a 15 horas. Alguns reclamam e dizem que a alteração favoreceu apenas os empresários e não a comunidade local. Outros comemoram e dizem que o horário é mais cômodo.
"Não vejo diferença. Sempre vim aos bancos neste horário (10h), por isso, não estranhei quando cheguei aqui", conta o aposentado Luiz Costa Sarmento, 70 anos, que foi pagar alguns boletos para a filha que não tem tempo para ficar na fila bancária. "O horário antigo era inviável para ela que sai ás 13h do trabalho, uma hora antes dos bancos fecharem. Até pegar um ônibus e chegar aqui não dava tempo. A partir de agora, ela já pode vir, vai ter mais tempo", destacou.
O gerente do Banco do Brasil, Martin Granja, avaliou o primeiro dia de atendimento em novo horário, segunda-feira, 22, de forma positiva. "O movimento foi normal. Tivemos alguns problemas com clientes que chegaram cedo para serem atendidos,posto que ainda não tinham conhecimento do novo horário,mesmo sendo ele exaustivamente divulgado pela imprensa e pelos bancos", contou Martin.
Para a dona de casa, Márcia Regina Lima, o horário foi bom. "Como esses pagamentos bancários demoram muito, agora dá tempo de deixar o almoço pronto para o marido e os filhos antes de ir para a fila", observou.
Para Martin Granja, a questão agora é adaptação. "O grande problema para as agências era o ajuste no horário de saída dos malotes bancários, mas isso já foi normalizado.Inclusive hoje eu recebi uma orientação de Belém, com os horários de malote já alterados, os horários já vão ficar com duas horas para que a gente processe os cheques", disse Granja.

Adepará mantém greve e preço da carne dispara em Santarém

Com dificuldades para emitir os Guias de Transporte Animal (GTA´s) em função da greve da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (ADEPARA), o preço da carne dispara nos açougues e supermercados da cidade. Apenas um funcionário está trabalhando no órgão em Santarém e diz que não há previsão para que a greve seja suspensa.
Diante disso, os empresários do ramo de frigoríficos em Santarém acreditam que se a greve da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) continuar, o abastecimento de carne do Pará será prejudicado. "Os animais só saem das fazendas para os frigoríficos com a GTA. Se não vende para os frigoríficos, não pode abater. Se a greve aprofundar, vai sim prejudicar", diz o empresário Enéas Ribeiro, explicando em que virtude disso, os abatedores estão vendendo o gado a preço altíssimo.
Nos mercados, o quilo da alcatra que antes era comercializada a R$ 8, 00, hoje é vendida a R$10, 00. O açougueiro reclama e diz que a freguesia não sabe mais o que fazer. "Além do preço da carne está aumentando a cada dia em função dos produtores estarem exportando para outros estados, agora, somos vítimas de mais uma greve. Desse jeito não dá. Os fregueses reclamam muito e não sabemos mais o que falar", comenta João Nélio Junior,açougueiro que trabalha no mercadão 2000, ressaltando que as carnes nobres estão ficando perdendo a vez para as carnes de segunda. "Os fregueses preferem levar uma carne de segunda do que comprar um quilo de filé que custa R$16,00", relatou.

A eleição do "novo" prefeito ... ou a eleição do novo "modo de ser urbano"

Paulo cal
Arquiteto


Como estamos em pleno período eleitoral, e deixando de lado as comidinhas e bebidinhas, penso eu ser possível eleger além do prefeito da cidade de Santarém, um novo pensamento urbano - um novo "modo de ser urbano". Não precisa ser alguém com visão exagerada do passado e nem tampouco só do futuro. Necessitamos alguém que compreenda os nossos dias, que vá à procura de novos caminhos, novas idéias e de novos territórios. É necessário que entenda que a cultura urbana atual não é simulacro, cópia, vacuidade, dissimulação, mas sim terreno de conflito. A cidade é contínua na memória, na morte ou no desejo de seus habitantes. E, ainda mais, é o espaço conquistado por ela própria - a cidade.
Nos últimos 30 anos não fizemos nada de significativo por nossa cidade. "Olhando" as cidades brasileiras do mesmo porte ficamos envergonhados com o nosso atraso. E nos perguntamos por quê? Por quê?
Primeiro, porque esquecemos as lições ensaiadas nos anos 60 e início de 70, de que a ferramentaria do planejamento urbano é fundamental para que se tenha uma visão realista da cidade. O planejamento era para que se pudesse, de forma mais acertada, decidir por investimentos urbanos que tivessem maior efeito multiplicador no bem estar de sua população. Talvez até mesmo para compreender que o urbanismo não é a arte de fazer, no imaginário, um lugar impossível, onde tudo esteja bem, mas de fazer o melhor de cada um de todos os lugares, especialmente do lugar onde vivemos. Chega de decisões politiqueiras copiadas em gabinetes fechados e de roubalheira generalizada.
Segundo, somos o tempo todo vítimas das brigas pelo poder e das contradições políticas entre as estruturas de poder do Estado e do Município que administra a segunda e a mais importante cidade do Baixo Amazonas - Santarém. Como é possível conceber que a administração da maior cidade do oeste do estado não encontre, na maioria das vezes, parceria adequada e lógica para a realização de investimentos necessários à satisfação de necessidades urgentes de seus habitantes mesmo quando a prefeita e governadora são do mesmo partido?
O que gostaríamos que acontecesse na eleição do "novo" prefeito ou do novo "modo de ser urbano" que aqui propugnamos é que ele possa ser fruto de um processo de reflexão e compromisso com a cidade de Santarém e não da mente de marqueteiros que destacam as mazelas da cidade e logo propõe soluções fantasiosas e irreais com o intuito certeiro de enganar, mentir, ludibriar, faltar declaradamente com a verdade e, quem sabe, considerá-lo - você morador desta cidade - burro, ignorante ou incapaz de perceber qualquer manobra politiqueira e eleitoreira.
Se o candidato já tem experiência anterior, pô ... É só refletir, e, interiormente ou quem sabe dizer abertamente: eu errei, não vai mais acontecer. A cidade não tem culpa das forças políticas sujas envolvidas, das formas mais diversas, nas suas entranhas urbanas. Se não tem experiência anterior, que seja capaz de ver e escutar a cidade com sinceridade. Ela mesma, a cidade, não é capaz de falar, de sussurrar; ela não conta o seu passado, ela o contém como as linhas da mão, escrito nos ângulos das ruas, nas fachadas de suas casas, nas grades das janelas, e até mesmo na face de seus habitantes. Olhem! Percebam!
Nas últimas páginas de "Tristes Trópicos" de Lévi-Strauss, o autor vê a humanidade precipitar-se na direção de "uma inércia cada vez maior e que um dia se tornará definitiva". As cidades também são "máquinas destinadas a produzir a inércia num ritmo e numa proporção infinitamente mais elevada do que a organização quantitativa que implicam".
Talvez, com a eleição do "novo" prefeito ou do "novo modo de ser urbano", possamos evitar a entropia, e desta forma os "Tristes Trópicos" transformarem-se numa ampla alegoria de naturalização de estruturas urbanas como as de Santarém, e de uma paradoxal metropolização de aldeias como as dos Bororós ou Nhambiquara, paroaras, tapajônicas ou quem sabe somente santarenas.

Choque elétrico em casa pode matar

Da Redação

Choque elétrico pode matar. Entretanto, é comum as pessoas minimizarem as causas, os efeitos e as conseqüências de um choque, que não precisa ser "forte" para provocar a morte.
Os exemplos de choques ou óbitos provocados por energia elétrica são os mais diversos. Crianças que soltam pipas perto da rede elétrica ou colocam o dedo em tomadas e pessoas que roubam cabos elétricos estão entre os casos comuns, mas os deslizes não param por aí. Instalações mal feitas e equipamentos irregulares são, muitas vezes, causas de diversos tipos de acidentes fatais, como o ocorrido recentemente em Santa Catarina, em que mãe e filha de quatro meses morreram após um choque elétrico causado pelo secador de cabelos que teria caído na pia com água.

Cuidados em casa

Os cuidados começam na obra, que deve respeitar uma distância mínima da rede elétrica pública. Dentro de casa, o contato indevido com a eletricidade ou aparelhos elétricos pode causar ainda queimaduras ou incêndios. Por isso, as boas condições dos equipamentos e a tomada correta para cada plugue são recomendadas. A limpeza e o reparo dos equipamentos devem ser realizados com os mesmos desligados e é importante não fazer uso de benjamim, que pode se incendiar devido a uma sobrecarga elétrica, além de consumir energia elétrica em excesso.
Água e eletricidade não combinam. Assim, é indicado que se mantenha qualquer aparelho longe de pias, banheiras, superfícies molhadas, mesmo desligados. Se um aparelho cair na água, é preciso desligá-lo da tomada antes de recuperá-lo; cabos e fios devem ser mantidos fora das áreas de circulação de pessoas e livres de óleo e de água. As tomadas externas devem ser específicas para este uso (grau de proteção adequado) ou necessitam de coberturas resistentes à chuva.

Outros cuidados importantes

As crianças são alvo de sérios acidentes com eletricidade. Algumas dicas para evitar estas ocorrências são, em primeiro lugar, orientá-las para que fiquem longe e não toquem em qualquer instalação ou aparelho elétrico, bem como não deixar os equipamentos ao alcance delas. Colocar um protetor plástico nas tomadas impede que elas coloquem os dedos nos orifícios, evitando choques.
As pipas são grandes vilãs das crianças quando se trata de energia elétrica, pois a linha pode conduzir a eletricidade até a criança; por isso empinar pipas próximo à rede elétrica ou tentar recuperá-las em postes ou árvores pode ser fatal. A linha deve ser sempre de algodão e nunca feita com materiais metalizados ou com cerol que também conduzem eletricidade.
O quadro de luz ou caixa de força deve conter fusíveis ou disjuntores que interrompem a energia nos casos de curto-circuito ou sobrecargas. Por isso, é importante saber onde ficam e como funcionam para desligá-los em caso de emergência. Em instalações elétricas mal feitas, no caso de sobrecargas, a energia poderá não ser interrompida, os aparelhos podem ser queimados e um incêndio iniciado. Deve-se, então, desligar os aparelhos e, em seguida, a chave geral.
Caso o fusível se queime, nunca se deve colocar moedas ou objetos metálicos em seu lugar. É recomendado trocar o fusível por outro semelhante. No caso de disjuntores, basta rearmá-los. Se o problema persistir, é necessário chamar um profissional qualificado. Nas instalações antigas, o cuidado deve ser redobrado, pois elas não foram dimensionadas para as cargas elétricas dos tempos atuais.