sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Radialista condenado por assassinato transferido para presídio federal

O radialista Luiz Araújo, condenado pela participação nas mortes dos irmãos Ubiratan e Uiaraquitã Novelino, que estava preso no presídio de Marituba, foi transferido hoje para uma penitenciária federal de segurança máxima do estado do Mato Grosso.

Linha dura no Hospital Regional

Baixou a linha dura na administração terceirizada do Hospital Regional do Baixo-Amazonas.
Funcionários estão proibidos de comer no interior do hospital nem que seja um bombom de chocolate.
Desde segunda-feira as bolsas dos funcionários estãos sendo abertas e revistadas pela segurança do HR.

Quando o amor vira ódio e pura brutalidade

Crimes passionais como o que terminou na morte de Eloá Pimentel assustam pela banalidade e ocorrem em todas as faixas sociais

Pedro Rocha Franco
Do Estado de Minas

O coração esconde mais que o amor, o respeito e a nobreza da tolerância. Angustiado, ele mostra a face do egoísmo, do ódio e de um vil sentimento de posse. Crimes passionais trazem à tona identidades obscuras muito bem guardadas no porão da cumplicidade entre casais. Assassinatos, agressões e ameaças ganham destaque nas páginas policiais e chocam a sociedade com o grau de brutalidade. Casos como da adolescente Eloá Cristina Pimentel, 15 anos, mantida em cárcere privado, no ABC Paulista, por mais de 100 horas e, em seguida, assassinada com dois tiros pelo ex-namorado, Lindemberg Alves, 22, inconformado com o término do relacionamento.
Pelo mesmo motivo, Fortunato Regino da Costa, 32, matou a mulher, Vanessa de Oliveira, 26, com dois tiros, em frente aos dois filhos, de 5 e 7 anos, no Bairro Pindorama, na Região Noroeste de Belo Horizonte. Por causa do consumo excessivo de cocaína e crack do marido e amigos, ela tinha o sonho de abandonar a casa e levar as crianças, mas, para concretizar a idéia, era preciso arrumar um emprego em que os filhos pudessem passar a noite com ela. Sempre que ela ameaçava mudar de endereço, o casal brigava.
No começo do mês, Vanessa esteve perto de realizar o sonho. Conseguiu um emprego como doméstica e, ao sair da creche, as três crianças seguiriam para a casa na qual ela trabalharia. Na noite do mesmo dia, Vanessa juntou algumas peças de roupa e seguiu para a casa da patroa. Foi a primeira noite, depois de muito tempo, longe do companheiro, ainda sem os filhos. Na manhã seguinte, ao voltar para buscá-los, ela se deparou com o marido revoltado e, logo, sentiu no peito a dor dos tiros.
Motivos
O que leva o amor a se transformar em ódio, em casos como os de Lindemberg e Fortunato e outros tantos? Para o médico especializado em psiquiatria forense e pós-graduando em criminologia Paulo Roberto Repsold, a associação de fatores sociais e individuais pode levar a pessoa a cometer crime passional. Banalização da violência, sensação de impunidade e a sociedade na qual estão inseridas os agentes são apontados como motivadores comuns a todos. Somados a eles, estão características pessoais, entre as quais quatro pontos principais: doença mental; transtorno de personalidade, como baixa tolerância à frustração e falta de controle da impulsividade; dependência de álcool e drogas; e pessoas que enfrentam momentos particulares difíceis.
Não há como determinar o perfil da pessoa propícia a cometer crime por amor, mas duas características prevalecem: a idade e o sexo. Segundo o especialista, homens jovens são os mais presentes nas estatísticas dos assassinatos passionais. “O machismo da nossa sociedade induz o homem a se sentir possuidor da mulher. Por isso, ele se sente no direito de saber o momento de terminar a relação. Enquanto os mais novos, teoricamente, são mais imaturos e têm maior dificuldade para controlar as emoções. Não pensam duas vezes antes de agir. Os hormônios estão em alto nível e não se tem muito o que perder”, diz

11 menores fogem do abrigo da Funcap

Já foram recapturados dois dos 11 menores que fugiram esta madrugada das dependências do abrigo da Fucap em Santarém.
Dos fugitivos, nove são menores de Santarém e dois de municípios vizinhos.

PF retém lancha cheia de coca embarcada em Santarém

No AMAZÔNIA:

A Polícia Federal apreendeu, na tarde de ontem, em um porto de Belém, uma lancha recheada de pasta base da cocaína. Escondidos no interior do casco da embarcação havia 103 tabletes, totalizando pouco mais de 70 quilos do entorpecente. Foi a maior apreensão desse tipo de droga efetuada pela PF do Pará este ano. Três pessoas que aguardavam para receber a carga foram presas em flagrante.Os presos foram identificados como Acendino Santos, de 33 anos; Everton Serrão de Souza, de 22 anos; e Cléber Rogério Souza, de 29 anos, único a confessar que estava no local por causa da droga.

Segundo o delegado Eduardo Passos, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da PF, a prisão de ontem foi resultado de cerca de dois meses de investigações e trabalho intenso da inteligência da polícia no monitoramento de grupos e pessoas nos Estados do Pará e Amazonas.

A droga apreendida estava escondida no casco de uma pequena lancha. A embarcação chegou a Belém por volta das 15 horas, em cima de uma carga de madeira beneficiada, que atracou em uma balsa em um porto do bairro da Condor, na capital paraense.

Segundo as investigações da polícia, o início da viagem da balsa teria ocorrido na cidade amazonense de Tabatinga, rota usual da droga que chega ao Brasil vinda de Letícia (Colômbia), mas a lancha com a droga só teria sido embarcada em Santarém, cidade do oeste paraense.

Com a droga sendo monitorada passo-a-passo, a PF esperava para o início da tarde de ontem a chegada da balsa em Belém.

O destino da droga e o comprador são questões que a PF ainda tentará descobrir partir do depoimento dos acusados.

A lancha foi levada para a sede da PF em Belém e lá, com a ajuda do Corpo de Bombeiros, o veículo foi 'descascado', revelando as dezenas de pequenos pacotes que recheavam o casco.

De acordo com a assessoria de imprensa da PF, os 103 tabletes apreendidos ontem configuram a maior apreensão de pasta base de cocaína feita este ano. No acumulado de janeiro até ontem, a PF paraense conseguiu tirar circulação cerca de uma tonelada e 100 quilos de cocaína e derivados.