segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Descaso com idosos do asilo São Vicente de Paulo

Um flagrante feito pela reportagem de O Estado do tapajós na semana passada encontrou um idoso, interno do Asilo São Vicente de Paula, em Santarém, totalmente solto pela rua, trafegando com extrema dificuldade, na subida, sozinho em sua cadeira de rodas, em pleno sol de 16 horas e, após urinar na cadeira e mais: quase cair na vala que fica entre o asfalto e a calçada que margeia a Av. Barão do Rio Branco, o idoso continuou por bom tempo sozinho e sem nenhum cuidado, mesmo demonstrando sofrer de paralisia cerebral e muitos outros problemas de saúde, ele mesmo empurrava a sua cadeira para chegar até a sombra da esquina que fica entre o Asilo São Vicente de Paula e o Hospital Municipal.
Preocupados com a situação do idoso, alguns jovens que passavam pelo local e a equipe de reportagem do Estado do Tapajós foram até a direção do Asilo, que é dirigido pelo Padre Ronaldo, mas ninguém foi encontrado para buscar o idoso e no lugar onde deveria estar trabalhando o coordenador da instituição, que segundo informações, é também irmão do Padre Ronaldo, no lugar do funcionário estava apenas uma cadeira vazia. A única funcionária identificada naquele momento pela equipe de reportagem declarou que é comum o idoso andar sem qualquer acompanhamento profissional pelo lado externo do Asilo, correndo o risco de se acidentar ou de algum vândalo cometer atos que comprometam a segurança física e psicológica do ancião debilitado.
O estatuto do idoso, que foi elaborado pelo Governo Federal para garantir direitos básicos às pessoas com mais de sessenta e cinco anos no Brasil, em muito pouco contribui para a melhoria da qualidade de vida deste público, e, a cada ano, o INSS recebe mais pessoas que são cadastradas no sistema de previdência social que completam a idade suficiente para se aposentar o que torna o sistema previdenciário brasileiro complexo, ineficaz e muito custo para os cofres públicos, isto se reflete no atendimento público que os mais velhos recebem em todos os cantos do país, que vão desde maus tratos cometidos pelos próprios familiares chegando até a casos de violência extrema onde muitos acabam morrendo pela crueldade daqueles que um dia foram cuidados por eles.

Passar em concurso depende de tempo e dinheiro

Marco Antônio Uhl
Repórter

O sonho de se tornar um servidor público no Brasil é um desafio difícil de ser conquistado e além de tudo, muito custoso.
Muitos jovens recém formados e profissionais que não encontram colocação segura nos seus ramos profissionais optam por fazer um concurso público e ingressar nos quadros do funcionalismo municipal, estadual ou federal.
Hoje no Brasil não existe uma regra específica para quem deseja entrar para o funcionalismo. Segundo professores de cursos preparatórios, é preciso, porém, uma dedicação mínima de um a dois anos de estudos e provas para alcançar o objetivo, que é a aprovação no exame, ou seja, quanto mais estudo e dedicação, mais perto do objetivo o candidato fica.
Em Santarém os cursos preparatórios para os candidatos que desejam fazer provas em concursos públicos, são efetivados de acordo com os concursos divulgados pelas instituições públicas, o que nem sempre dá o tempo necessário para o candidato assimilar as matérias, apesar de toda a sua dedicação, já que na maioria das vezes os candidatos dividem seu tempo com o estudo, o trabalho e a família. No Oeste do Pará é alto o índice de jovens que constituem família cedo, e esta responsabilidade acaba tirando uma boa fatia do seu tempo que seria inicialmente dedicada aos estudos.
Além da falta de tempo e da necessidade de trabalhar para financiar os estudos, os candidatos têm custos altos para chegar até as provas, que são as mensalidades de cursinhos preparatórios, que variam de R$ 150 a R$ 500, geralmente, por, dois meses de estudo dedicado ao tema do concurso.
As turmas estudam durante a noite de 19 horas até as 22:30 horas de segunda a sábado e uma média de 130 alunos procuram todas as vezes que é divulgado o edital para um novo concurso. Além deste custo durante o curso em si, existe a possibilidade, para aqueles que possuem condições e sentem necessidade de ingressarem ainda, na turma de revisão do curso, que em média, aumenta o prazo de estudo em 2 semanas e onera ainda mais os custas antes do ingresso no sistema público de trabalho.

Gastos adicionais são contabilizados
Além do gasto direto que o candidato tem com o curso preparatório e a taxa de inscrição para realização da prova, outros gastos se somam durante o período que antecede o primeiro salário após a aprovação no concurso público.
Alimentação, transporte, Internet para consultas e pesquisas e compra de bons livros, são gastos que devem ser agregados ao investimento que o candidato tem que fazer antes de chegar ao seu objetivo que o início no trabalho desejado. Outro investimento, mesmo depois de aprovado no concurso é a autosustentação no período em que aguarda a convocação, que pode chegar a até dois anos dependendo do caso.
Recentemente, a prefeitura de Santarém realizou concurso público que mobilizou um grande número de interessados, que mesmo aprovados, ainda não foram chamados e não têm qualquer segurança de que de fato serão convocados, e até lá, todos terão que sobreviver por sua conta e risco, e nesta roda vida, muitos, mesmo tendo sido aprovados no concurso realizados pela Prefeitura de Santarém, acabam fazendo outros concursos enquanto espera a definição, o que gera mais custos e aumenta o desestímulo e a incerteza do que virá no futuro dos jovens estudantes do Baixo Amazonas.
"Nos que estudamos para entrar no funcionalismo público esperando mais segurança e rentabilidade no futuro e temos também a esperança de conseguir a aprovação. Eu gastei cerca de R$ 300 para o concurso dos Bombeiros, mas não fui aprovado, agora, estou investindo R$ 500 para a PM e acredito que vou atingir meu objetivo. Já o concurso da prefeitura eu não fiz, eu não acredito muito nele, acho o da PM é mais sério e sem muita influência política, até porque, é uma instituição do Estado", declara do comerciário Edigelson Farias, de 21 anos, casado e pai de um filho.

Emir assume prefeitura

Com a viagem do prefeito José Maria Tapajós, na manhã de hoje, em direção à Brasília, o presidente da Câmara Emir Aguiar assume a prefeitura de Santarém esta semana.
José Maria vai participar do encontro nacional dos prefeitos, que se realiza na capital federal até quinta-feira.
Tapajós viajou sem fazer, ainda, qualquer alteração na equipe de governo, que tem as secretarias de saúde e meio ambiente e a coordenadoria de desenvolvimento urbano sob comando dos secretários de saúde e infra-estrutura, respectivamente.
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Atualização às 09h38:
O prefeito José Maria Tapajós, leitor assíduo do site, liga para informar que na sexta-feira dará posse ao ex-vereador Luiz Alberto Cruz na coordenadoria de desenvolvimento urbano-CDU.

Sem impugnações

Nenhum partido ou coligação apresentou pedido de impugnações de adversários para as eleiões de 8 de março em Santarém.
Mas os registros de Alexandre Von/Nélio, José Antônio/Milton e Márci Pinto/Gean Carlos ainda não foram deferidos pelo juiz Sílvio Maria.

Madeireiros pressionam por liberação de planos de manejos ainda de 2003

No Amazônia

Os consultores de mais de 120 empresas perderam a paciência com a demora e pressionaram uma audiência com diretores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Segundo o grupo de mais de 20 representantes de empreendimentos de todos os segmentos da economia paraense, a lentidão do órgão estadual para liberar as licenças operacionais está obrigando os empresários a fecharem as portas e a demitir. Há pedidos, por exemplo, protocolados desde 2003 e que continuam sem respostas. Eles dizem que os prejuízos chegam a milhões de reais e reivindicam providências.
Na reunião de ontem, o diretor de Controle e Qualidade Ambiental da Sema, Paulo Palmas, garante que os casos serão avaliados individualmente e revela que a Secretaria está com dificuldades para fazer vistorias de projetos desde dezembro passado.
Graciele Mandorino, consultora presente na audiência, disse que já houve casos em que a empresa foi vistoriada duas e até três vezes, mas a desorganização resultou em perda de documentos que atrasaram ainda mais o processo. Outra reclamação, desta vez ressaltada pelo consultor Nazareno Alves, é que não há acesso ao acompanhamento da tramitação burocrática dos projetos. 'Ficamos sem saber o que está acontecendo. Não nos dão informações', diz.
Dentre as consequencias da demora, estão o lacre das empresas e as multas do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) devido a documentação incompleta dos empreendimentos. 'Eles fecham as empresas e não podemos fazer nada, porque não temos nenhuma forma de mostrar que a culpa não é nossa de não termos o documento', ressalta Rutelene Leão, também consultora.
'Sem a licença operacional não podemos registrar as empresas na Secretaria de Fazenda. Todo mundo perde. O Estado não arrecada, as empresas ficam paradas, fecham os postos de trabalho e quem depende desses empreendimentos fica sem renda e sem emprego. Só queremos trabalhar na legalidade. Não estamos pedindo nada demais', critica Nazareno. Ele espera pela liberação de licenças de operação protocoladas em 2006.