segunda-feira, 20 de abril de 2009

Relato de um repórter sobre o confronto no Pará

Relato escrito pelo jornalista Edinaldo Sousa, do jornal "Opinião", um dos jornalitas que ficou refugiado na Fazenda Espírito Santo, durante o tiroteio de sábado:

Edinaldo Sousa
De Xinguara

Seis feridos durante confronto na Espírito Santo Confronto ocorrido na tarde do último sábado entre integrantes do MST e seguranças da fazenda Espírito Santo em Xinguara, sudeste do Pará, teve como saldo seis pessoas feridas. Os sem terra: Abidiel Aires Vilarindo, Antonio Rodrigues Sabóia, Leandro Ferreira Pinto, o Euclides, ou Índio e o vigilante de prenome Edivaldo que trabalha na empresa Marca. Estes dois últimos foram socorridos em avião fretado pela Agropecuária Santa Bárbara, empresa que administra as fazendas do banqueiro Daniel Dantas e levados para Marabá onde foram socorridos no Hospital Regional. O vigilante foi atingido no rosto e corria risco de perder a visão, enquanto o Índio foi alvejado no abdome. Este foi operado na noite de sábado e não corre risco de morte. O tiroteio se registrou no retiro São José por volta das 16h30.
Os seguranças aguardavam o retorno de uma equipe de jornalistas de Marabá, que tinha ido conversar com os sem terra para ouvir a versão deles em relação a dois episódios ocorridos nesta fazenda que seria o confisco de um caminhão e a matança de bois. Estes jornalistas seguiram para o acampamento “Vladimir Maiakóvisk”, montado na entrada da fazenda à margem da PA-150, desde o dia 28 de fevereiro. Neste momento os sem terra seguiam gritando palavras de ordem e marchavam em direção aos seguranças que estava no retiro São José.
Os repórteres foram impedidos de gravar imagens dos sem terra durante a caminhada até o retiro e alguns sem terra tomaram os equipamentos e somente próximo do retiro São José, devolveram os equipamentos. Pra piorar ainda mais a situação os jornalistas foram feitos de escudo humano, mas nenhum profissional de imprensa foi ferido.
Após a refrega, seguranças da Santa Bárbara apreenderam dois sem terra. Jerônimo Ribeiro Magalhães, 56 e José Leal da Luz, 23 anos. Ambos foram levados para a Deca de Marabá. Um rifle calibre 22 foi encontrado no palco do crime, após o tiroteio.
A mídia nacional cobriu o caso como se fosse uma emboscada dos seguranças. Em verdade os sem terra seguiam em marcha para este retiro e gritavam palavras de ordem dando a entender que estavam dispostos a enfrentar os seguranças da fazenda.
Os repórteres ficaram no meio do fogo cruzado. Um projétil passou entre o cinegrafista João Freitas e este repórter e atingiu a camionete do gerente desta fazenda, Oscar Booler.
O cinegrafista Felipe Almeida ficou no olho do furacão e por muito pouco não foi atingido pelos tiros.

Alter do Chão, bonito até debaixo d'água

Fotos: Olavo Neves





Carro som proibido no centro comercial

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente proibiu, a partir de 1º de maio, a circulação de carros de propaganda no centro comercial de Santarém.
A medida atinge também motos e bicicletas dotadas de amplificadores de som.
Só falta agora proibir as lojas de manterem caixas amplificadas nas calçadas.

Área de Livre Comércio

Diretoria da ACES faz reunião hoje para ouvir o advogado Helenilson Pontes sobre as vantagens e desvantagens da implantação de uma Área de Livre Comércio em Santarém.
Os empresários santarenos defendem a criação dessa área como forma de competir com os concorrentes instados em Manaus e Macapá, que gozam de benefícios fiscais que não são oferecidos pelo governo para as empresas instaladas no Oeste do Pará.

Te cuida, São Raimundo!

Do Blog do Bogéa, sob o título acima:

Se a classe política, imprensa, formadores em geral de opinião e a diretoria do São Raimundo não se mobilizarem, já a partir desta noite, o segundo jogo contra o Remo será, de novo, em Belém.Até antes do jogo que terminou em 1 X 1, a diretoria do Remo acreditava numa vitória com boa diferença de gols. Mesmo assim, atuava em diversas frentes para forçar a FPF a mudar a programação da outra partida para a capital.Agorinha, amigo com forte trânsito entre diretores remistas relatou a dimensão do desespero espraiado entre os principais mandatários do clube tão logo terminou a partida no Mangueirão. Confirmou também o disparo de diversos telefonemas, do presidente da agremiação, a gente com poder de barganha , e de pressão, sobre quem pode decidir a questão.Se o São Raimundo vencer o returno - esse o dilema maior -, o departamento de futebol do Remo ficará desativado por nove meses.