sábado, 22 de setembro de 2012

Pesquisa eleitoral realizada esta semana será publicada domingo

Já foi concluída a segunda pesquisa BMP encomendada pela Editora O Estado do Tapajós que será publicada neste domingo pelo jornal O Estado do Tapajós, que circula excepcionalmente amanhã.

As duas pesquisas da BMP entrevistaram eleitores de Santarém, após o início da propaganda eleitoral gratuita.

A primeira pesquisa para aferir a intenção de votos dos candidatos a prefeito de Santarém foi publicada no dia 31 de agosto pelo jornal O Estado do Tapajós e a nova pesquisa será publicada neste domingo, 23 de setembro.

Candidatos serão reinscritos no concurso da Polícia Civial ou ressarcidos devido anulação


O Governo do Estado, diante dos inúmeros problemas de logística identificados na realização das provas dos concursos C-160 e C-161, que aconteceu no último domingo (17), para o provimento de vagas para Delegados, Escrivães e Investigadores da Polícia Civil, e por meio de um laudo técnico do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC), constatou, de fato, que houve violação dos lacres de três envelopes de provas. 
 
Os fatos não definem fraude, mas os envelopes deveriam ter sidos abertos na frente dos candidatos, tal motivo principal que levou a Secretaria de Estado de Administração (Sead), a procuradoria Geral do Estado (PGE), a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e a Delegacia Geral da Polícia Civil, em reunião, nessa sexta-feira (21), juntamente com a comissão de concurso e a representante Margareth Sarmento, da empresa MS Sarmento – vencedora da licitação para realizar o concurso - a reconhecer os ocorridos como lesão a um interesse público, afetando, assim, a lisura do concurso e tomando as providências administrativas necessárias para a sua anulação.
 
Os 23 mil inscritos no certame poderão se reinscrever sem ônus para um novo concurso que será realizado ainda esse ano, e, caso contrário, serão ressarcidos. Um comunicado oficial será enviado aos candidatos – através dos cadastrais que cada um inseriu na inscrição -, informando como serão os procedimentos. “O objetivo maior é preservar o interesse público, resguardar os direitos dos candidatos - no sentido da garantia da devolução dos valores de inscrição -, e também daqueles, que não quiserem ter os valores devolvidos, garantir que continuem inscritos para o próximo concurso que estaremos realizando o mais breve possível.”, assegurou a secretária de Estado de Administração, Alice Viana.
 
“Não estamos avaliando e nem podemos comprovar agora se houve uma tentativa de má fé, de fraude, de burlar o certame. O que importa é que objetivamente os envelopes não estavam intactos, e, por isso, há necessidade de se anularmos o concurso, exatamente pra preservar o interesse dos candidatos a garantia do interesse público”, explicou o Procurador Geral do Estado Caio Trindade.
 
A empresa MS Sarmento será responsabilizada pela falta de condições para realização dos concursos, pois a sua contratação foi objeto de licitação, e no edital continha uma série de critérios que a empresa deveria ter atendido. Pelas clausulas contratuais, era dever do Estado assegurar 50% - equivalente a cerca de 400 mil reais – e os outros 50% não serão repassados na conclusão do concurso. “O critério fundamental é de garantia, de lisura, de preservação do interesse público, de condições operacionais para essa realização. E, pelos fatos constatados, essas condições foram feridas.”, afirmou Alice.
 
“O prejuízo maior é o fato da insegurança para os candidatos, é o fato de demorarmos um tempo maior para estar provendo um quadro dos profissionais necessários da Polícia Civil”, disse a secretária. A novidade é que novos candidatos poderão ser inscritos, e uma nova empresa será contratada desde que tenham as condições dentro dos critérios exigidos pelo edital para estar se habilitando a realizar as provas. “É um novo concurso”, observou a secretária. A anulação do concurso será publicada oficialmente na terça-feira (25) e o contrato com a empresa será reincidido.(Agência Pará)
 

Réu do Mensalão do PT, Paulo Rocha ataca ministro e a Imprensa


 
No site de O Globo

Às vésperas de ser julgado pelo crime de lavagem de dinheiro no processo do mensalão, o ex-deputado Paulo Rocha (PT-PA) está tão pessimista com o resultado do julgamento que já não consegue esconder o seu estado de nervos. Na quinta-feira, ele xingou jornalista e foi o primeiro dos réus a criticar abertamente o trabalho do relator do processo no Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa.
Rocha acusou Barbosa de se mover pelo ego e não pelas provas do processo. Enquanto o relator pedia no Supremo a condenação dos deputados da base aliada por corrupção passiva, o petista, que terá seu caso analisado na Corte na próxima fase do julgamento, passeava num shopping de Brasília. Abordado pelo GLOBO, falou com irritação.
 
— O ministro Joaquim Barbosa está movido pelo ego. Não tem opinião pública. A opinião pública não sabe de nada, sabe o que vocês publicam. O ministro não tem prova de nada, só indícios. Semana que vem, ele vai condenar o José Dirceu e o Genoino por causa da eleição — atacou Paulo Rocha.
 
Questionado sobre o entendimento dos outros ministros, que estão acompanhando o voto do relator, Rocha disse que também eles estão influenciados pela mídia, e estão condenando os réus sem provas.
 
— Ninguém está negando que houve os empréstimos fraudulentos, os repasses, mas não teve compra de votos, foi para pagar conta de campanha. Não há prova do que estão dizendo. Os ministros do Supremo não foram colocados lá para apenar como estão apenando — disse o petista.
 
Em seguida, revelou o motivo de tanto nervosismo: ele acha que todos os réus serão condenados e presos. Suplente de senador e dirigente regional do PT no Pará, Paulo Rocha recebeu R$ 620 mil de repasses no esquema do mensalão. Os valores eram recebidos pelos assessores Anita Leocádia — também ré no mensalão — e Charles Dias. A pena para o crime de lavagem de dinheiro, se Rocha for condenado, é de três a dez anos de prisão.
 
— Não tem plano B nenhum! Vai ser todo mundo condenado e preso. Mas essa sempre foi a luta do PT — disse Rocha.
 
Ele reclamou que nunca foi ouvido pelos jornalistas para divulgar sua versão. E ficou nervoso ao ser questionado se estava preparado para ser preso.
 
— Você nunca me ouviu sobre o processo e agora quer saber se estou preparado para ser preso? Ah! Vai se foder! — reagiu Paulo Rocha, alterando a voz e chamando a atenção de uma vendedora da feirinha de artesanato que funciona no shopping.
 
Sem saber que Rocha era um ex-deputado réu do mensalão, a vendedora foi interpelada para dar sua opinião sobre o julgamento em curso.
 
— Estou amando! Finalmente está havendo justiça nesse país. Mas minha irmã é quem está mais bem informada, porque é cientista política — disse a moça.
 
— Ah! Você não sabe de nada, só o que lê na imprensa, na “Veja”, que só está fazendo esse papel sujo porque o presidente Lula abriu o mercado para os árabes. Sua irmã também não sabe de nada! Intelectual que se informa por livros e não sabe o que se passou de verdade nesse processo! — esbravejou Paulo Rocha, assustando também a moça.
 
Depois da discussão, o ex-deputado petista continuou seu passeio pelo shopping.