segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Zico, o sessentão

Na sede do CFZ, com a camiseta em comemoração ao seu aniversário:
Na sede do CFZ, com a camiseta em comemoração ao seu aniversário: "Nunca me achei uma celebridade" 





 

Do Correio Braziliense 


Rio de Janeiro — Às vésperas de completar 60 anos, Zico está desempregado da profissão de treinador após a saída da seleção iraquiana, e poderia apenas ficar em casa, curtindo a vida confortável que o futebol lhe deu. Mas não. Sempre que está no Rio, ele vai ao centro de treinamento do CFZ, no bairro do Recreio dos Bandeirantes. Normalmente, fica no local durante todo o horário comercial e dá expediente como a maioria dos brasileiros. Ao contrário de vários jogadores do presente, muito distantes do mesmo status de craque, atende pessoalmente todos os pedidos de reunião e distribui autógrafos a quem vai a seu encontro.

“As portas estão abertas para quem quiser entrar e conversar. Nunca me escondi de ninguém e tento atender todos da melhor maneira possível. Nunca me achei uma celebridade e nunca me posicionei assim”, diz o camisa 10 mais importante da história do Flamengo e maior artilheiro do maior estádio do país, ao Correio.

Não é discurso. Basta uma simples ida ao CT para constatar o que ele diz. Não há seguranças ou pessoas com crachá pedindo identidade. O acesso é livre aos campos (se não houver ninguém treinando, claro), à sede, à loja e até a uma galeria com fotos e notícias sobre a carreira de Zico. Tudo isso, é claro, correndo o risco (bom) de dar de cara com o ídolo.

Dentro e fora do clube, todos atestam o fácil acesso a Zico. “Ele é muito parceiro. Muitos jornalistas vêm aqui. Ele se preocupa em atender todos. Há dias em que sai às 21h ou 22h, depois de dar seis ou sete entrevistas. É um cara sério e sempre cumpre com o que diz”, testemunha José Matos, gerente administrativo do CFZ. O funcionário trabalha com Zico há 32 anos e também ajudou a cuidar dos filhos do Galinho de Quintino. Nas ruas, as pessoas também não desmentem. Mesmo torcedores de times rivais admiram a postura de Zico. “Sou vascaíno, mas a maneira com a qual ele atende as pessoas é sensacional. Não há como não aplaudir”, diz o administrador Rodrigo Amorim.

Júlio César, o Uri Geller, é outro que fala sobre esse lado de Zico. Ponta-esquerda titular na conquista do primeiro título brasileiro do Flamengo, em 1980, teve algumas dificuldades após pendurar as chuteiras e procurou o companheiro. “Na época em que jogamos, o futebol não dava muito dinheiro. Quando me aposentei, o Zico abriu as portas para mim e eu fiquei 13 anos como professor nas escolinhas do CFZ”, recorda.

O que ele disse...

“...tenho dito e repetido que Zico é o maior jogador do mundo. Há os que negam, cegos pelo óbvio ululante. Mas, se a evidência quer dizer alguma coisa, não cabe dúvida nem sofisma”

Nelson Rodrigues,
em sua coluna no jornal O Globo, em 9/3/1976


Trajetória

1953
» Nasce Zico, em 3 de março, na Rua Lucinda Barbosa, nº 7, em Quintino, subúrbio carioca.

1967
» Chega ao Flamengo, aos 14 anos, levado pelo radialista Celso Garcia, que o viu em ação pelo Juventude de Quintino, time do seu bairro.

1971
» Estreia pelos profissionais do Flamengo, em
29 de julho, e dá o passe para Fio Maravilha fazer o gol da vitória por 2 x 1 sobre o Vasco.
O rubro-negro jogou com: Ubirajara; Murilo, Washington (Onça), Fred, e Tinteiro; Liminha e Tales (Chiquinho); Nei, Zico, Fio e Rodrigues Neto. O primeiro gol do Galinho é marcado em 11 de agosto, contra o Bahia, na Fonte Nova, em Salvador.

1976
» Debuta pela seleção principal contra o Uruguai e marca, de falta, o gol da vitória brasileira por 2 x 1.


 (Arquivo CB/D.A Press)


1978
» Convocado para a Copa do Mundo, Zico é titular da Seleção Brasileira com a camisa 8. A 10 era de Rivellino. No mesmo ano, cobra o escanteio para Rondinelli, o “Deus da Raça”, marcar de cabeça o gol do título carioca do Flamengo, que ajudou a afirmar toda a sua geração.

1980
» O Flamengo é campeão brasileiro pela primeira vez. Zico faz um gol e dá uma assistência na vitória por 3 x 2 sobre o Atlético-MG na final disputada no Maracanã.


 (Sebastião Marinho/Agência O Globo - 13/12/81)


1981
» O Flamengo alcança a maior de suas glórias, aquelas conquistas que formaram a maior torcida do país. O time leva, no mesmo ano, a Libertadores e o Campeonato Mundial de Clubes. Zico é responsável direto pelos dois títulos e se consagra de vez na história do futebol brasileiro.


 (Alfredo Manente/AE - 14/7/82)


1982
» O Flamengo é bicampeão brasileiro em cima do Grêmio. Zico dá o passe para o gol de Nunes, que decretou a vitória por 1 x 0 na final. Na Seleção, disputa a Copa do Mundo com a camisa 10. É o cérebro do time que encanta o mundo, mas perde para a Itália por 3 x 2 e acaba eliminado.

1983
» É tricampeão brasileiro com o Flamengo. Marca um dos gols na vitória por 3 x 0 sobre o Santos na decisão. No mesmo ano, é vendido para a Udinese, da Itália.


 (Sport Press/Divulgação)

1985
» Retorna ao Flamengo, com direito a festa no aeroporto e desfile em carro aberto por toda a cidade. No mesmo ano, sofre uma entrada criminosa de Márcio Nunes, do Bangu, e fica quase um ano parado.

1986
» Parcialmente recuperado, disputa a sua terceira Copa do Mundo com a Seleção Brasileira. Fica marcado por ter perdido o pênalti nas quartas de final, contra a França. Converte a cobrança na decisão de penalidades, mas o Brasil é eliminado.



 (Arquivo/CRF - 13/12/87)

1987
Ganha a Copa União com o Flamengo. É quarto e último título brasileiro.

1989
Realiza seu último jogo com a camisa do Flamengo, na goleada por 5 x 0 sobre o Fluminense, em Juiz de Fora-MG. Marca um gol de falta.

1990
Em mais uma festa de despedida, reúne amigos no Maracanã. Ao deixar o campo pela última vez, ouve de mais de 100 mil torcedores, em 6 de fevereiro: “Por que parou? Parou, por quê?”

1991
Acerta a sua ida para o Japão, a fim de comandar um projeto de desenvolvimento de futebol. Mas decide entrar em campo e conquista de vez os japoneses.

1994
Aposenta-se definitivamente dos gramados e tenta a sorte como técnico, sem muito sucesso.

IPTU de Santarém poderá ser pago em 9 parcelas

Da Redação de O Estado do Tapajós

Em função do lançamento da campanha do IPTU 2013 só acontecer no próximo mês de março, o número de parcelas para quem optar pelo pagamento fracionado do Imposto Predial Territorial Urbano será de, no máximo, nove. A Prefeitura Municipal espera arrecadar R$ 4 milhões neste ano de 2013. 

Os descontos para quem fizer a opção pelo pagamento em cota única continuam. Quem fizer o pagamento em cota única até a data do primeiro vencimento terá desconto de 30% sobre o valor total do imposto. 

Quem fizer o pagamento no segundo vencimento terá direito a 20% de desconto e aqueles que pagarem em cota única no terceiro vencimento terão desconto de 10%.

Os carnês do IPTU só serão enviados aos imóveis dos contribuintes após o lançamento da campanha. Por enquanto, os contribuintes continuam recebendo correspondências com informações sobre base de cálculo e taxas que incidem sobre o imposto.
Desde que iniciou a distribuição das cartas, em média 200 contribuintes têm procurado diariamente a Central de Atendimento ao Contribuinte - CAC, da prefeitura municipal de Santarém, em busca de esclarecimentos ou para solicitar correção de nome, endereço e metragem dos imóveis.

Posto da Polícia Rodoviária na Br-163 é desnecessário?

José Olivar
Coluna Portal 2013
 
Várias opiniões convergentes no sentido de considerar um desperdício do dinheiro público a manutenção em Santarém (BR 163), de um posto da Polícia Rodoviária Federal, principalmente com o contingente ali lotado de vários policiais. 

É que essas mesmas pessoas dizem que a PRF praticamente nunca apreendeu um carro roubado em Santarém, nunca prendeu qualquer bandido que se desloca na BR 163, enfim, só serve para multar e nunca orienta os motoristas numa primeira abordagem. 

Por isso, o que o Governo gasta com esse pessoal é por demais desnecessário para uma região que nem estrada asfaltada tem.

Presidente do Basa responde a processo

Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal

O presidente do Banco da Amazônia, o gaucho Valmir Pedro Rossi, assumiu o cargo no dia 18, em Belém, sob a ameaça de ser condenado pela justiça federal por crime contra o sistema financeiro nacional. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal em 2003, por conivência com o desvio de finalidade de um empréstimo rural concedido entre 1991 e 1992, quando era superintendente do Banco do Brasil em Teresina, no Piauí.

Parte de mais de 12 milhões de cruzeiros (em moeda da época), que recebeu do banco, Luiz de França Barros aplicou em Certificados de Depósitos Bancários (CDB), que rendem juros, quando deveria manter o dinheiro em conta corrente, que não oferece rendimentos financeiros, caracterizando o desvio de crédito.

Advogados do Banco do Brasil tentaram trancar o processo através de habeas corpus, mas perderam tanto no Tribunal Regional Federal quanto no Superior Tribunal de Justiça. A ação está pronta para ser sentenciada pelo juiz Lucas Rozendo de Araújo, da 5ª vara da justiça federal do Piauí.

Os defensores de Rossi alegaram que ele desconhecia a aplicação dos recursos porque o dinheiro do empréstimo foi depositado na mesma conta que abriga os recursos próprios do cliente. Disseram também que o dinheiro foi depositado em CDBs para preservar o seu valor, numa época em que a inflação era de 20% ao mês.

Mas tanto o principal quanto os rendimentos teriam sido investidos integralmente no projeto rural financiado pelo banco. Argumentaram ainda que a denúncia, por ser inepta, ofendia os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.

Nenhum dos julgadores dos recursos acatou as razões dos advogados de Rossi. Sustentaram que a denúncia era válida e estava bem fundamentada. Era suficiente para a instauração da ação penal. O réu devia provar sua inocência na instrução processual. Mas que a aplicação integral dos recursos do Banco do Brasil, caracterizando o desvio de finalidade, não seria capaz de anular o ilícito praticado. E que o funcionário aprovou uma operação no mercado financeiro “sabidamente ilegal”.

Valmir Pedro Rossi era gerente para a América Latina do Banco do Brasil em Buenos Aires, quando foi nomeado para a presidência do Banco da Amazônia, no dia 8. Substituirá Abidias José de Sousa Júnior, que ocupava o cargo desde abril de 2007. Os outros diretores do Basa que chegaram aos cargos junto com Abdias, Gilvandro Negrão e Eduardo Cunha, também pediram demissão. Serão substituídos por José Roberto de Lima, que atualmente está em Brasília, e Nilvo Reinoldo Frias, que está na superintendência do banco no Amapá. 

Tanto os diretores que entram como os que saem são funcionários de carreira do Banco do Brasil. Rossi está completando 30 anos de serviço na instituição. Mais do que nunca, o Banco da Amazônia parece ser uma etapa na carreira de servidores do BB.

Abidias Júnior deixou o cargo, segundo a versão oficial, "manifestando motivos pessoais”, para ficar mais perto da família e participar do tratamento de saúde de um filho.