terça-feira, 15 de julho de 2008

50 mil acessos únicos em 5 meses

O site do jornal O Estado do Tapajós, o Blog do Estado como é conhecido, atingiu hoje, ao meio-dia, a marca recorde de 50 mil acessos de IP único em apenas 5 meses, o que dá uma média de 10 mil acessos únicos por mês.
Se levarmos em consideração que cada internauta de IP único visita o site, em média, três vezes por dia, calcula-se que já foram registrados mais de 30 mil acessos por mês e 150 mil acessos em 5 meses.
Obrigado, leitores.

Memória de Santarém - Lúcio Flávio Pinto

O novo mercado(1963)

A iluminação pública já era satisfatória e o abastecimento de água fora normalizado, mas em 1963 as obras do novo mercado municipal se arrastavam. Por isso, O Jornal de Santarém cobrava providências para permitir o fechamento do antigo mercado, na João Pessoa, a principal rua de comércio da cidade, que já não comportava "o volume de pessoas que procuravam nesse próprio municipal abastecer-se do alimento diário".
Segundo o jornal, "quem por descuido chegar um pouquinho mais tarde e tentar penetrar no interior do velho e acanhado mercado, sai dali com as carnes amassadas e os ossos doloridos".A luta para chegar junto ao balcão do açougue "requer sacrifícios tremendos, de tal sorte que as pessoas de idade, doentes ou senhoras em certas condições não podem suportar e o remédio para esses males e esses sofrimentos está no acabamento e inauguração do novo mercado, amplo, confortável, em condições de servir satisfatoriamente à população".
Além disso, era necessário "retirar da rua João Pessoa a feira livre que ao redor do mercado se estabelece diariamente e notadamente aos sábados e domingos, quando sitienses aparecem, expondo à venda suas criações, frutas e outros produtos do seu labor, deixando, é claro, essa movimentação de negócios uma sujeira, além de causar embaraço no trânsito de veículos e pedestres".
Com a conclusão do novo mercado, "todos os inconvenientes apontados desaparecerão da rua João Pessoa, sala de visitas da cidade, porque a venda de carnes, frutas, aves, etc. se deslocará para o novo e apropriado local".

Papagaios enfeitam o céu, mas são perigo aqui na terra

Alessandra Branches
Repórter


Aparentemente inofensível à vida da população, pipas e papagaios ganham o céu azul de Santarém, divertindo meninos, jovens e adultos que não abandonam a brincadeira de criança. Entretanto, cuidados devem ser tomados para que a diversão não se transforme em tragédia em virtude de uma mistura chamada de cerol que aplicada na linha que dá impulso ao papagaio, se torna objeto cortante.
Mesmo nos céus, problemas como curtos-circuitos e acidentes com motociclistas são freqüentes. No bairro da Nova República, a fiação da concessionária de energia está tomada pelas "rabados", fios enfeitados com fitas de sacola ou de vídeo cassete que dão sustentação à pipa. Entrelaçadas nos fios condutores de energia elas provocam curtos-circuitos que queimam eletrodomésticos e ocasionam outros problemas. Entretanto, o maior problema está com os motociclistas que passam em alta velocidade pelas ruas e são surpreendidos com as linhas cortantes que ferem pescoços e causam acidentes.
Nesta semana, uma mulher morreu após ser degolada por uma linha com cerol quando trafegava pela rodovia Raposo Tavares, em Sorocaba (interior de São Paulo).
De acordo com o boletim de ocorrência, Evelin Aparecida de Araújo Sales, 23, seguia de motocicleta pela rodovia quando, por volta das 13h30, no km 97, passou pela linha. A pessoa que estava na garupa da moto percebeu que algo aconteceu porque seu capacete foi atingido por um jato de sangue.

O perigo das pipas para o sistema elétrico

Devido os preocupantes números apresentados, a Celpa orienta que os pais e a população que fiscalize esse tipo de brincadeira, considerada saudável, mas que necessita de cuidados. Com o objetivo de alertar as pessoas para a necessidade de empinar pipas distantes da rede elétrica, a empresa especifica algumas atitudes que devem ser tomadas para evitar acidentes e desligamentos no sistema. Com esses cuidados, a brincadeira fica melhor e segura para todos.

Alguns cuidados:
* Evite usar linhas metálicas ou fitas magnéticas (de vídeo, K7), que são materiais condutores de energia elétrica e podem causar acidentes;
* Evite o uso do cerol na linha; Evite empinar papagaio próximo às redes elétricas. Empine em lugares abertos como praças, parque e campos de futebol;
* Evite empinar a pipa quando estiver chovendo ou relampejando, sob risco de levar choque elétrico;
* Não suba em postes ou entre em subestações para resgatar pipas, papagaios e rabiolas, além de proibido é muito arriscado. São áreas constantemente energizadas e o perigo de acidentes com choques elétricos é muito grande;
* Não tente retirar as pipas, rabiolas e papagaios engatados na rede elétrica, pois são responsáveis por boa parte das interrupções no fornecimento de energia elétrica no mês de julho.
* O cerol, usado na linha do papagaio, pode machucar a pessoa que está brincando, ou até mesmo, cortar os cabos da rede elétrica, devido à freqüência com que a linha encerada é puxada quando engata na fiação, ocasionando a suspensão do fornecimento de energia elétrica para milhares de pessoas e, em alguns casos, até a interrupção da energia para hospitais, aeroportos e outros locais importantes que dependem da eletricidade para funcionar, colocando vidas humanas em risco.

Conselho Tutelar registra 17 casos de violência sexual contra menores

Alessandra Branches
Repórter


Passadas duas semanas que uma menor de nove anos foi estuprada e o caso denunciado a delegacia da mulher, nenhuma pista do acusado foi encontrada. Seria o segundo estupro que o indivíduo com aparência de uns 28 anos de idade teria cometido no bairro da Floresta. No primeiro semestre deste ano foram registrados mais de 210 atendimentos no Conselho Tutelar, sendo 17 provenientes de violência contra o menor.
"É impressionante como os números crescem de forma significativa a cada mês. Para nós, que trabalhamos no conselho tutelar, o aumento é reflexo da confiança que adquirimos da população durante os últimos anos", comenta Antonia Padilha do Conselho Tutelar de Santarém, acrescentando que infelizmente, os pais, irmãos, tios e outros membros do círculo familiar das vítimas continuam sendo os principais agressores. O abuso sexual de menores acontece na maioria no próprio seio familiar, através do pai, do padrasto, do irmão ou outro parente qualquer. Outras vezes ocorre fora de casa, como por exemplo, na casa de um amigo da família, na casa da pessoa que toma conta da criança, na casa do vizinho, de um professor ou mesmo por um desconhecido", destaca Padilha.
A menina que ficou assustada com o ocorrido, em depoimento lembra que o homem tem uma longa tatuagem no braço esquerdo. "Ele tem o braço todo verde, um monte de ondas, desde a mão até o ombro", contou a menor para a delegada, desenhando o rosto do estuprador e a tatuagem que ele tem no braço. Dias depois do acontecimento, apenas dois homens foram presos acusados de serem o estuprador, contudo, a menor não os reconheceu e a delegada teve que os soltar.
Tanto as menores quanto às mulheres de mais idade sofrem com a violência, contudo a reclamação na delegacia especializada de crimes contra mulheres, aponta a desistência como motivo de indignação. "Dos mais de 40 casos registrados mensalmente, 15 deles não seguem, posto que as mulheres agredidas fazem as pazes com o marido ou companheiro, mentem para as testemunhas dizendo que o caso foi extinto e não voltam mais. Quando são agredidas de novo, choram e fazem o mesmo drama", comenta a delegada Márcia Rabelo acrescentando que esta porcentagem era maior não fosse a nova lei", conta acrescentando que "As mulheres conhecem o seu direito, mas preferem em alguns casos, ficar ao lado do agressor para garantir o bem estar de seus filhos e da família. Em vista disso, aceitam ser espancadas", comentou.

Desmatamento tem leve queda

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse ontem que os dados sobre desmatamento na Amazônia referentes a maio apresentam uma pequena queda em relação a abril. As taxas, medidas pelo sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), serão apresentadas hoje pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “Há uma queda modesta em relação ao mês anterior e ao mesmo mês do ano passado. Isso não é motivo de alegria, porque o desmatamento ainda está muito grande”, disse o ministro, durante a 60ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Campinas (SP).
Para ele, a devastação deve diminuir de forma mais acentuada nos próximos meses. A queda seria reflexo da medida adotada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de suspender o crédito para os produtores que não estão legalizados do ponto de vista fundiário ambiental. Depois de terem sua divulgação adiada por quase três semanas, os dados do Inpe serão apresentados pela primeira vez de forma desagregada — separando o chamado corte raso e a degradação progressiva. “Isso é importante sobretudo para as 20 regiões que respondem por mais da metade do desmatamento. Importante para nós, que usamos esses dados como instrumento de trabalho para prevenção e combate, e também para diminuir a tensão dos governadores que reclamavam que os números vinham de forma agregada, somando num mesmo dado duas coisas diferentes”, disse o ministro.
Madeira
Carlos Minc anunciou também que o governo pretende oferecer R$ 136 milhões para apoiar o extrativismo e R$ 1 bilhão para recomposição de reservas legais na Amazônia, além de terminar o zoneamento econômico e ecológico da região até 2009. Minc ainda afirmou que pretende participar pessoalmente de operações de grande porte do Exército Brasileiro no combate ao desmatamento na floresta.
Os anúncios foram feitos no mesmo dia em que a Organização das Nações Unidas (ONU) criticou o governo brasileiro por não adotar medidas suficientes para barrar a exportação ilegal de mogno. Segundo a ONU, a moratória imposta pelo Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não está funcionando.
A Convenção sobre o Comércio de Espécies Ameaçadas (conhecida pela sigla em inglês Cites) vai propor um debate sobre a exportação de mogno na Amazônia. “Ninguém sabe exatamente hoje quanto é exportado da região nem se as vendas saem de regiões certificadas”, afirmou o porta-voz da convenção, Juan Carlos Vazques. Segundo a entidade, ligada à ONU, a moratória imposta pelo Brasil na exportação da madeira está sendo violada graças a autorizações dadas pela Justiça. Além disso, há falsificação de certificados sobre a origem da madeira e a mudança de empresas que antes atuavam no país para o Peru, de onde continuam a comercialização ilegal das toras.

Pergunta indiscreta

De quem é o imóvel onde foi instalado o comitê central de campanha da candidata Maria do Carmo, na avenida Adriano Pimentel?

Pra não dizer que não falei de flores

Falta d'água em vários bairros da cidade.
Brigas de gangues infestam a periferia de Santarém.
Buracos e mais buracos nas estradas do município.
Aumento do preço da carne e do peixe.
Calor e poeira insuportáveis nesde verão.
Calma, resigne-se, seja tolerante, porque dá orgulho viver aqui!

Anac fecha pistas em Altamira Itaituba

Na Folha de São Paulo:

Os aeroportos de Altamira e Itaituba, no Pará, e Coari e Parintins, no Amazonas, serão fechados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) por falta de segurança. As companhias áreas que operam com vôos regulares nestes municípios já foram notificadas da decisão da Agência federal. No ofício circular expedido pela Anac na sexta-feira, 11, há solicitação de cancelamento da venda de passagens, já que a partir de 26 de julho os aeroportos estarão fechados para pousos e decolagens. O aeroporto de Parintins será interditado já na próxima sexta-feira, 18.
De acordo com a Anac, as administrações dos aeroportos de Itaituba, Altamira, Coari e Parintins não cumpriram com as exigências determinadas pelo órgão, que há dois anos vinha alertando para as normas de segurança. No mês de abril, a agência enviou carta dando prazo de sessenta dias para os aeroportos se adequarem as normas de segurança, o que na opinião da Anac não aconteceu.
A Anac relata que o aeroporto de Itaituba, que já chegou a ser o mais movimentado do mundo, possui irregularidades como a falta de lâmpadas infravermelho no balizamento da pista, o que acaba comprometendo a realização de pouso e decolagem durante a noite. Além disso, o farol da torre de controle não funciona, o Corpo de Bombeiros tem um veículo, mas não tem material e nem pessoal de combate a incêndios e o aeroporto não dispõe de ambulância para atender emergências. Como se não bastasse, uma torre do linhão de Tucuruí foi construída num local que coloca em risco a segurança das aeronaves em procedimento de pouso ou decolagem. Segundo a Anac, a decisão de fechamento poderá ser revista se a direção do aeroporto cumprir com os itens de segurança até o dia 26 de julho.
Aristeu Schimit, administrador do aeroporto de Itaituba, ficou surpreso com a decisão da Anac. Ele mostrou um documento da própria Anac, que diz que 'todas as irregularidades apontadas pelo órgão já foram sanadas'. Valdeci Nascimento, representante de uma empresa de linha aérea em Itaituba, contesta a versão do administrador e garantiu que a segurança da pista está comprometida. 'O farol da torre não funciona, o balizamento que é obrigatório para os vôos noturnos não está funcionando e falta ambulância', disse.
Os representantes das companhias aéreas Rico Linhas Aéreas e Meta Linhas Aéreas, que diariamente fazem a linha entre Manaus e Belém e pousam nesses aeroportos intermediários, lamentaram o ocorrido e afirmam que o cancelamento dos vôos vai trazer grandes problemas para os passageiros e afetar sensivelmente a economia do município. Centenas de pessoas que dependem das aeronaves vão ter dificuldades para se deslocar de Itaituba para outros locais. Com a decisão da Anac, o único transporte regular para os grandes centros da região será as embarcações, que normalmente viajam lotadas.