segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A dor da impunidade


O relato abaixo é de autoria de Maria José Buchalle Silva e foi enviado ao Blog do Estado para publicação.
O texto está sendo reproduzido sem correção ortográfica para não influenciar no ânimus da autora, uma mãe desesperada com o que aconteceu com seus familiares e revoltada com tanta impudinade.
Eis o relato:

Na última sexta-feira - 26.11 - tive dois momentos mrcantes na minha vida, que jamais serão esquecidos

1. Meu filho de 15 anos recebeu o sacramento da Crisma, na Igreja de Aparecida, as 19h, em uma linda celebração realizada pelo Bispo da nossa diocese. Momento único na vida dos cristãos católicos, e eu, como mãe, muito feliz estava ali, agradecendo a Deus pelo filho maravilhoso que me deu e ao meu marido e, que naquele momento, recebia tão importante sacramento e renovava sua fé de cristão. Eu e minha familia agradecemos a Deus por aquele momento.

2. Após a missa fomos juntos, sorrindo, alegres e realizados jantar no famoso "churrasco da Dora", na av. Borges Leal, entre Prof Carvalho e Antonio Justa e lá comemoramos, juntamento com os padrinhos de crisma do meu filho, meu marido e minha sogra a alegria daquele momento. Até então, não sabíamos o que nos aguardava logo em seguida.

3. Os padrinhos do meu filho, entraram no seu carro, que estava estacionado do outro lado da rua, em frente a uma residencia, e  convidaram para que o novo afilhado seguisse com eles até a nossa residencia. Meu filho André buchalle Silva, de 15 anos, juntamente com a avó, Mãe do seu pai Nerivaldo Cesar, atravessou a rua para seguir com seus padrinhos. Parou atrás do carro, ainda estacionado, tomou a bença de sua avó e em seguida ambos se dirigiram para o carro. O André para o carro de seus padrinhos e sua avó para o carro de seu filho, Nerivaldo Cesar, que juntamente comigo,  sua esposa, a esperavam dentro do outro carro.

4. No momento em que meu filho pegou a maçaneta da porta para abri-la, do lado do motorista, apareceram dois loucos, fazendo pega em altíssima velocidade naquele local, e no exato momento em que meu filho ia abrir a porta do carro para entrar e ir para sua casa, foi brutalmente atingido por um dos carros, dirigido por ERICSON GIL COELHO SILVA, que frontalmente atingiu o carro dos padrinhos do meu filho, Gilmar e Rosi Sales e arremessou meu filho e minha sogra,  a mais de dois metros, caindo os dois na calçada da residência ali em frente.

5. Que desespero senti, ao ver meu filho estirado no chão. Quantas coisas passaram na minha cabeça naquele momento.

6. foram 4 vítimas atropeladas pela barbaridade brutal de dois irresponsáveis ERICSON GIL COELHO SILVA (38anos) e JOSE RICARDO COSTA SOUSA NETO (20anos).

7. Após uma noite inteira de agonia no hospital com meu filho, minha sogra e meus compadres, amanhecemos o sábado no IML fazendo exames.

8. Os dois motoristas se recusaram a fazer exame do bafômetro e também exame de sangue do IML aonde se colheria o teor alcóolico dos dois.

9. No amanhecer do sábado os dois, após pagarem fiança de 2 SALÁRIOS MÍNIMOS, foram soltos e estão aí, prontos para tentar matar outros pessoas.

10. A dor da impunidade doeu tanto quanto a dor que senti ao ver meu filho estirado no chão, sem sentir sua perna esquerda. Saber que dois irresponsáveis, alcoolizados, quase tiraram a vida de QUATRO PESSOAS, entre elas meu ÚNICO FILHO, estão a sorrir por aí, DÓI MUITO.

11. Mas não vamos ficar de braços cruzados. Faremos o possível para impedir que esses loucos possam colocar em risco a vida de outras pessoas.

12. ISSO NÃO VAI FICAR SEM PUNIÇÃO. 

MARIA JOSE BUCHALLE SILVA

Lula inaugura eclusas de Tucuruí amanhã

O presidente Lula inaugura, amanhã, a primeira etapa das eclusas de Tucuruí. 
Foto:Rita Soares

Atendimento do SUS no Pronto Socorro Municipal - Vereador repercute noticiário do Blog do Estado

O vereador Valdir Matias Jr. repercutiu hoje, na sessão da Câmara Municipal de Santarém, a série de notícias a respeito da grave situação por que passa o novo Pronto Socorro Municipal, recentemente inaugurado. 
Leia o pronunciamento do vereador:

“A Saúde pública em Santarém é deprimente, conversamos com vários médicos, que inclusive estão ameaçando pedir demissão coletiva, por que faltam remidos básicos e eles não estão conseguindo curar e até salvar os pacientes”. Essa foi a  afirmação feita na Tribuna pelo líder do PV, na sessão desta segunda-feira, 29/11.   

O vereador lamentou que muitas pessoas tenham morrido por falta de socorro, falta de procedimentos básicos. “É preciso que se tome uma atitude, estou pedindo em caráter de urgência, uma reunião com a prefeita Maria do Carmo Martins Lima, com a presença do secretário municipal de Saúde José Antonio Rocha, para ver de que forma a Câmara pode ajudar”, prontificou-se. 

“A gente precisa fazer alguma coisa, porque a população está sendo mal atendida, isso tem um reflexo ruim para a gestão municipal e é necessária uma ação o mais rápido possível, para evitar a demissão de bons médicos; possamos abastecer o hospital municipal com o mínimo necessário de remédios e equipamentos e haja treinamentos constantes, motivações para os funcionários, que na sua maioria estão estressados, desmotivados e muitos deles ameaçados pela própria população nas suas questões pessoais, a Câmara não pode fechar os olhos para isso, precisamos atuar e buscar solução para esse problema grave em nosso município”, descreveu. 

Matias Júnior disse ainda que o novo pronto socorro municipal foi inaugurado, mas não tem laboratório, não tem agencia transfusional de sangue, “que se precisa a toda hora dentro de um hospital, nas cirurgias principalmente, o raio X, é do hospital antigo, são alguns dos problemas graves e sérios, que precisamos melhorar, como; equipamento no hospital, qualificação de pessoal, chamar os concursados, para que possamos dar  qualidade no atendimento à população na área da saúde”, observa. 

Jornalista é só jornalista. Não é herói. Nem celebridade.

Paulo Bemerguy:

Tudo muito bom, tudo muito bem.
Jornalista vive de notícia.
Ela é a matéria-prima de qualquer jornalista.
Jornalista que não gosta de notícia é como torcedor que não gosta de gol.
É impossível encontrar-se um torcedor que não goste de gol.
É impossível, portanto, jornalista ser jornalista se não gostar de notícia.
Buscar notícias significa, muito frequentemente, enfrentar riscos.
Não raro, riscos graves.
Gravíssimos.
É o que acontece com coleguinhas que cobrem essa guerra no Rio.
Estão expostos a riscos de toda ordem.
Estão perto dos tiros, ainda que em tese - apenas em tese - protegidos contra eles.
Coleguinhas que fazem a cobertura ao vivo, sobretudo pela televisão, das batalhas dessa guerra demonstram uma natural ansiedade muito grande quando transmitem as informações.
Nota-se pela voz deles - e delas - que estão tensos, nervosos.
Estão com a adrenalina a mil.
Isso é bom. Isso é jornalismo.
Enfrentar certos riscos para buscar a notícia é algo prazeroso para jornalistas.
Mas tudo tem limites.
Em tudo devem ser adotadas precauções.
Inclusive quando jornalistas estão à caça de notícias.
Ontem, um repórter, microfone em punho, corria atrás de um tanque durante a invasão do Complexo do Alemão.
Enquanto o tanque entrava nas vielas, com o repórter atrás, ouviam-se tiros.
Muitos tiros.
Muitíssimos.
O repórter, esbaforido e com a voz trêmula, fazia o relato do que via.
E o mais impressionante: nenhum militar - nem da polícia, nem do Exército, nem da Marinha, nem da Aeronáutica, nem das Forças Armadas de Pasárgada - se dignou ordenar ao cara, ao jornalista, para que saísse de onde estava.
Ninguém, entre os militares, mandou que fosse exercer o seu jornalismo em lugar de menores riscos.
E isso precisava ser feito, porque o jornalista, o cara, poderia levar um tiro no meio da cara e morrer.
Morto, perderia a sua notícia e viraria ele mesmo notícia.
E jornalistas, vocês sabem, não devem ser notícia.
Nunca.
Mas não é o que se vê hoje, infelizmente.
Há coleguinhas - muitíssimos - que não gostam muito de produzir a notícia.
Mas adoram ser eles próprios a notícia.
Sentem nisso um prazer quase orgástico.
Não perdem a chance de ser as estrelas da ocasião. De todas as ocasiões.
Jornalistas que tais se tornam mais arrogantes do que a arrogância que se permite a jornalistas.
Eles - e elas -, investidos na condição de celebridades, se acham os caras - ou as caras.
Ótimo!
Isso é ótimo!
Pra eles, os coleguinhas que adoram a notoriedade, é ótimo!
Mas não é bom para a notícia.
Não é bom para o jornalismo.
Não é bom para a necessária reserva que jornalistas devem preservar e cultivar, para evitar que virem celebridades, que virem heróis.
Jornalistas, pelo bem do jornalismo, deveriam sempre sentar nas últimas cadeiras.
É de lá que eles podem ver melhor e não ser vistos.
Devem sempre ficar pelos cantos, meio às esconsas, meio às escondidas - mas nem tanto.
Se não forem percebidos, aqueles a quem ele observa farão coisas, falarão coisas que não fariam e nem falariam se soubessem que estão sendo vistos por jornalistas.
Jornalistas não devem ficar bem na foto.
Nem bem, nem mal.
A foto deve ser sempre a daqueles que são notícia.
Claúdio Augusto de Sá Leal foi um dos maiores jornalistas do Pará em todos os tempos.
Se alguns o considerarem o maior, não estarão correndo tanto risco de errar.
Na mestria - e com a maestria - de seu ofício, formou gerações de jornalistas.
Foi diretor redator-chefe de O LIBERAL durante a maior parte de sua carreira.
Quando havia eventos em que era chamado a participar - e aos quais só comparecia quando era praticamente convocado, intimado, obrigado, tangido à força -, logo depois, feitas as fotos, inclusive dele próprio, Leal mandava buscar no laboratório do jornal os rolos de negativos.
Guardava com ele todas as fotos suas que haviam sido tiradas.
Não deixava que nenhuma fosse publicada.
Raríssimas - contadas nos dedos mesmo - foram as vezes em que uma foto sua foi publicada no jornal.
Quando faleceu, foi um trabalhão para a redação encontrar, em seus próprios arquivos, fotos dele para publicar.
Quase não foram encontradas.
Foi preciso recorrer a arquivos de terceiros para obtê-las.
Esse era o Leal.
Esse era o jornalista.
Essa é a dose de reserva necessária para se fazer jornalismo
Porque, acreditem, jornalista é apenas um jornalista.
E não é herói.
Com certeza, não é.
Ou pelo menos não deve ser.
Mas nem todos os coleguinhas acham isso.
Por isso é que saem correndo atrás de tanques em plena guerra.
Por isso é que muitos - não todos, é claro - se expõem mais do que qualquer celebridade.
É assim.

Serventia para a passarela do mercado Modêlo

No Blog do Betinho:


A passarela em frente ao Mercado Modêlo foi enfim descoberta para que serve: para os fiéis verem a passagem da Santa às próximidades da Igreja da Matriz.

Banco da Amazônia descumpre o plano de custeio da CAPAF


Com o título Belém, a denúncia está
registrada no blog do Castagna Maia:

Estive, no início da semana, em Belém a convite da AEBA – Associação dos Empregados do Banco da Amazônia. Em pauta modificações que foram propostas para a CAPAF, o fundo de pensão dos funcionários do Basa. Há uma curiosidade na CAPAF: a esta hora, neste exato momento em que você estiver lendo esta notícia, o plano de custeio da CAPAF está sendo descumprido.

Abertamente, escancaradamente, o plano de custeio está sendo descumprido. A patrocinadora não paga aquilo que contratou voluntariamente. E isso é registrado pelo atuário da própria entidade. O BASA é um banco federal.

Usina de São Luiz do Tapajós será postergada


Josette Goulart 
Valor Econômico

São Paulo - O processo de licitação da megausina hidrelétrica de São Luiz do Tapajós será atrasado em pelo menos um ano. O Plano Decenal de Energia de 2011, que está sendo finalizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), remanejou o projeto para entrada em operação das primeiras turbinas para o ano de 2017. O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, diz que grandes blocos de energia devem entrar nos anos anteriores, sem grande prejuízo do planejamento.

O problema é de licenciamento ambiental. A usina que será construída no conceito de plataformas de petróleo será instalada no Pará e terá capacidade de gerar mais de 6.000 MW de energia e faz parte de um complexo que poderá gerar mais de 10 mil MW. Algumas fontes da EPE informam inclusive que é possível que o processo licitatório fique para o fim de 2012 e poderá até mesmo só ser possível de ser realizado em 2013. Tolmasquim não quis falar sobre os problemas ambientais e disse apenas que o prazo está apertado para licenciar a usina no próximo ano.

A dificuldade de licenciar ambientalmente as grandes e também as pequenas hidrelétricas associada à expectativa da grande oferta de gás que deve baratear o custo de termelétricas, deve levar o governo a licitar esse tipo de usina já no próximo ano.

Tolmasquim diz que em algum momento vai ter que usar térmica. Mas ele reforça que quanto mais se atrasa projetos hidrelétricos, mais difícil de concretizá-los. O PDE que está sendo elaborado por Tolmasquim ainda não trata do gás do pré-sal para o uso de geração de energia elétrica, mas ele diz que parte desse gás terá que ser direcionado para térmicas. "Mas terá que ser uma equação que o torne interessante", diz Tolmasquim.

De acordo com Marcos Tavares, diretor da Gas Energy, a oferta de gás, sem contar o pré-sal, terá um adicional de 50 milhões de metros cúbicos por dia a partir de 2015. E como no mundo inteiro as descobertas de poços de gás têm sido frequentes, existe uma tendência mundial na queda de preços, o que vai favorecer o uso do combustível não só pela indústria mas também para geração de energia. Mesmo os 30 milhões de metros cúbicos que vêm da Bolívia tendem a ficar mais baratos. O contrato acaba em 2019, mas os gasodutos já estarão amortizados.

Nos últimos anos, as usinas térmicas movidas a gás natural ficaram praticamente de fora dos leilões em função da falta de oferta da Petrobras. A empresa se negou a fornecer combustível nos preços-teto estabelecidos pelo governo nos leilões de energia. O grande problema para a estatal é que o modelo atual não permite que as térmicas operem durante todo o tempo. Um executivo do setor comenta que a Agência Nacional do Petróleo proíbe que se retire gás que não seja usado. Há um limite para a queima. Mesmo assim, a Petrobras queima hoje 5 milhões de metros cúbicos por dia, o que daria para gerar 1.000 MW de energia.

Mas o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, diz que, para aproveitar o gás do pré-sal, as térmicas deverão gerar na base, ou seja, grande parte do ano, melhorando a condição para se obter contrato com a estatal. Segundo Hubner, as térmicas a gás estavam mais caras que as eólicas nos últimos anos. "Mas a grande oferta de gás deve mudar isso", afirma.