sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Médico rebate críticas de leitores do Blog sobre artigo "Hospital Municipal: prédio novo, vícios velhos":

O medico Erik L. Jennings Simões escreveu esse comentário abaixo sobre as criticas que recebeu a respeito de seu artigo "Hospital Municipal: prédio novo, vícios velhos" publicado no Blog do Estado:

Aos anônimos:

1- Meu Salário na saúde indígena é de R$ 4 600,00 . As vezes chego a ir na aldeia 5 vezes ao mês. O mês que não tem indio doente, nao vou. Pois, não vou fabricar doença em indio de baixo contato, para justificar " produtividade" de branco.
2-Não tenho nada contra inaugurar uma obra e obter votos disso, desde que seja na hora certa e que a maior preocupaçao seja com a vida das pessoas e não primeiramente com o voto.
3-Não pretendo ser político, mas todo médico que trabalha no SUS deve exercer a política cidadã e não se omitir, para tentar ajudar. É isso que insisto em fazer.
4-Se eu sofrer um infarto, com certeza eu vou para o Pronto-socorro, mas JUSTAMENTE por isso que faço críticas, pois quero o mínimo de dignidade e competencia, quando eu e minha familia precisarmos. Alias todos nós, a qualquer momento podemos estar no PS.
5-Enquanto eu estiver sendo chamado quase todas as semanas, em minha casa, por familiares em desespero, para de alguma forma ajudar no Pronto-socorro, é sinal que algo está errado. Devemos lutar por um PS, no qual todos sejam atendidos sem maiores problemas e sem a necessidade da diretora acionar fulano ou beltrano.
6-Gostaria de ouvir críticas mais construtivas dentro do que escrevi, envolvendo a problemática em si.
Obrigado por de alguma forma participarem.
Erik L. Jennings Simões

Santarém 'importa' sangue de Belém

Aritana Aguiar
Free lancer


O enfermeiro Mauricio Tapajós, do Hemopa, revelou esta semana que aumentou em 50% a demanda de uso de sangue, mas o número de doadores vem diminuindo em Santarém. "O ideal seria que a fundação recebesse de 30 a 35 doações diariamente, temos recebido uma média de 18 doações diárias". Ele afirma que está preocupado com essa situação.
Semanalmente o Hemopa recebe uma média de 80 bolsas de sangue, mas com as campanhas realizadas as doações aumentam. Mensalmente a unidade do Hemopa no município chega a arrecadar 500 bolsas.
"Durante o mês chegamos a enviar uma média de 300 bolsas para o hospital Regional do Baixo Amazonas Dr.Waldemar Penna, e para o hospital Municipal de Santarém, uma média de 250. Além disso, o Hemopa de Santarém é quem abastece todo o Oeste do Pará. Excluindo o que fica em Santarém, são usados em torno de 200 bolsas", informou enfermeiro. O problema é que para conseguir esse estoque tem sido bastante difícil e solicitam do Hemopa de Belém, bolsas sanguíneas. Somente no mês de outubro, foram enviados de Belém 200 bolsas de sangue.
Mauricio explica que um dos grandes dilemas vividos pelo Hemopa é quanto a sangues raros, tipo AB. Ele conta que uma bolsa de sangue dura 45 dias. " Já aconteceu de termos em nossos estoques sangue B-, AB-,e termos que descartar por que não havia quem precisasse, passou do prazo, e com poucos dias alguém enfermo aparecia necessitando desse tipo de sangue que não era mais possível utilizar".
Outro problema que o Hemopa Santarém passa no período das férias é quanto à falta de doadores. "As férias é um período em que caem as doações, principalmente nos meses de julho e dezembro", explicou Mauricio. Ele conta que a partir de 20 de dezembro é quando a doação realmente reduz. " Depois dessa data só doa quem estiver com bastante necessidade", destacou.

Lançamento de shopping


O empresário Luiz Antônio Corrêa faz hoje à noite, no Barrudada Hotel, o lançamento do projeto do shopping center Alter do Chão.

Encontro político


Será hoje, as 19 horas, no auditório da ACES, em Santarém,o primeiro encontro das associações comerciais do oeste do Pará com parlamentares eleitos com base nessa região.

Belo Monte na berlinda


Muito embora os coordenadores do fórum pan-amazônico, que se realiza desde ontem em Santarém, insistam em alardear uma extensa pauta de debates, o pano de fundo do encontro é a hidrelétrica de Belo Monte.

Mais precisamente a não construção da barragem no rio Xingu.

O restante é, infelizamente, pirotecnia para dourar a pílula da diversidade cultural e ideológica.

Governo esconde intenções de controlar mídia

Sob o título abaixo, o resumo das intenções do governo federal em querer 'regular a mídia', da lavra de Parsifal Pontes.

Controle remoto


cont
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, em evento ontem em São Paulo, baixou o tom e resolveu massagear o ego da imprensa dando uma de coitadinho: "Eu faço parte de um governo que garantiu a liberdade de imprensa o tempo todo, mesmo apanhando muito", resmungou.
Esclareça-se ao ministro que a liberdade de imprensa no Brasil, pelo menos por enquanto, não é uma concessão do governo e sim uma garantia constitucional.
Martins repisou a “regulação dos meios”, só que esclarecendo o conceito: "Ao regular, você estará aumentando o que existe. Nós temos uma grande pulverização de grupos de comunicação no Brasil? É altamente concentrado. Não é bom para o País", explicou-se.
Neste estrito ponto o ministro tem razão, mas, ele ainda não deixou claro, e nem o esboço da regulação elucida, qual será o freio do governo caso ele queira usar a “regulação” para, a título de pulverizar o serviço de informação, não a controle ao seu prazer e conveniência.
O ministro defende a “produção regional independente”, mas não explica o que isto quer dizer e, em não explicando, pode-se pensar que a definição seja qualquer conveniência local de algum delegado não local.
Já que há esta intenção, que ela seja sincera e sem desejos escusos: o governo pode incentivar a produção local sem, necessariamente, vincular-se à ela, através de oferecimento de linhas de crédito para pequenos jornais, e concessão de emissoras de pequeno porte, como as rádios comunitárias, mas, com permissão comercial, para lhes dar sustentabilidade, como ocorre nos EUA.
Se isto for feito, a informação será efetivada com a diversidade e a independência que hoje é relativa.
A regulação nos moldes que o governo elabora, não passa de um controle remoto da informação nas mãos do Estado.