terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Serviço Florestal Brasileiro vai apoiar ações da Sema de Santarém

O chefe da Unidade Regional do Distrito Florestal Sustentável da BR 163, Ângelo Francisco recebeu ontem (18) na sede do Serviço Florestal Brasileiro, em Santarém o secretário municipal de Meio Ambiente, Podalyro Neto. 
O encontro teve como propósito firmar parcerias entre as duas entidades ambientais, visando capacitar e beneficiar a partir do acordo um maior número de beneficiários.  As primeiras ações da parceria entre o Serviço Florestal Brasileiro e Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Santarém devem começar a partir do mês de março.

Pela parceria, o Serviço Florestal Brasileiro ofereceu técnicos para auxiliaram nas capacitações a serem realizadas pela SEMA dentro das atividades previstas no Fundo Municipal de Meio Ambiente. 
O SFB irá apoiar também em outros trabalhos que abranjam as áreas de atuação correlacionadas a entidade, principalmente no campo de manejo e identificação de espécies, uma vez que a Secretaria deve implantar nos próximos meses um programa de desmatamento zero no âmbito do município com a execução de um amplo processo de rearborização da cidade. (Com informações de Danie Oliveira(SFB)

Usina do Madeira começa produzir energia

Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal


A hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondônia, começou a funcionar em março do ano passado, com nove meses de antecedência em relação ao cronograma original. Em janeiro, antes de completar um ano de atividade comercial, a 10ª máquina entrou em operação na usina, assegurando a geração de 713,5 megawatts. É energia suficiente para abastecer mais de três milhões de residências, cinco vezes acima do total de moradias de todo o Estado. A conclusão é óbvia: grande parte da energia vai atravessar os limites territoriais de Rondônia.
A energização já parte para a segunda casa de força da barragem. Até o final de 2013 estarão em linha 27 turbinas, o equivalente a 60% do potencial hidrelétrico de Santo Antônio. O cronograma prevê que a usina alcançará todos os seus 3.150,4 MW até novembro de 2015. Ela iniciou a operação comercial em março de 2012.
Enquanto Santo Antônio, que fica bem perto de Porto Velho, acelera sua motorização, Jirau, mais acima no Madeira, entrará em operação em maio deste ano. As duas primeiras das 50 unidades que a usina terá serão instaladas até o próximo mês, mas a operação efetiva será dois meses depois, para coincidir com a conclusão da linha de transmissão. Assim, a energia sairá das turbinas para os fios e seguirá no rumo do sul do país. Nesse ritmo, a conclusão da obra será antecipada da data inicial, que era dezembro de 2016, para meados de 2015.
Assim, apesar de todos os problemas que aconteceram nos dois canteiros, o Madeira já é uma das principais fontes de energia do Brasil, mesmo localizado a grande distância dos principais centros consumidores. A Amazônia se consolida como província energética nacional.

Morre Almir Gabriel


Morre ex-governador Almir Gabriel (Foto: Diário do Pará)
(Foto: Diário do Pará)

Diário do Pará 

Faleceu na manhã desta terça-feira (19), o ex-governador do Estado, Almir Gabriel, de 80 anos.
O político estava internado desde o último dia 6 em um hospital particular de Belém, vítima de um enfisema pulmonar, uma doença degenerativa, que provoca a perda de capacidade respiratória e oxigenação insuficiente, tendo como uma de suas causas a exposição prolongada ao fumo de tabaco. Ele também enfrentava um edema, que representa um acúmulo anormal de líquido nos pulmões, o que leva à falta de ar. O local do velório do ex-governador ainda será divulgado. O enterro ocorrerá no município de Castanhal.
TRAJETÓRIA
Formado em medicina pela Universidade Federal do Pará, Almir Gabriel iniciou sua trajetória política em 1979, quando foi secretário de Saúde e, depois, secretário de Segurança no segundo governo de Alacid Nunes (1979-1983).  Em 1982, aproximou-se do PMDB e apoiou Jader Barbalho ao governo do Estado. Eleito, Jader nomeou Almir como prefeito de Belém, de 1983 a 1986. Em 1986, ainda pelo PMDB, elegeu-se senador e ajudou a elaborar a Constituição Brasileira de 1988.
Após deixar o PMDB, foi um dos fundadores do PSDB às vésperas das eleições municipais de 1988, quando concorreu à vice-presidência na chapa de Mário Covas, em 1989. Almir governou o Pará por dois mandatos consecutivos, entre 1995 e 2002.
Em 2002, Almir Gabriel, com a teimosia pela qual ficou conhecido, enfrentou aliados e tucanos e todas as plumagens para fazer do então secretário de Produção, Simão Jatene, o governador do Pará. Numa eleição disputadíssima com a candidata petista Maria do Carmo, Jatene se elegeu, mas quatro anos depois, não concorreu à reeleição, embora pesquisas encomendadas pelo PSDB apontassem alto índice de aprovação do governo.
Gabriel foi o candidato e acabou derrotado por Ana Júlia Carepa. Então, mudou-se para a cidade de Bertioga (SP) e só voltou ao noticiário político no início de 2009, lutando para fazer de Mário Couto o candidato ao governo contra Simão Jatene, de quem o ex-governador se tornou desafeto. Almir Gabriel culpava o ex-pupilo pela derrota em 2006, a quem acusava de ter feito “corpo mole” durante a campanha.
Aos 77 anos, esta é a segunda vez que Almir pede desfiliação do PSDB. Em dezembro de 2009, ele explicou, em comunicado ditado pelo telefone ao DIÁRIO DO PARÁ, que tomou a decisão em razão dos atuais desvios dos princípios políticos e éticos que alicerçavam” o PSDB do Pará.
(DOL)

Yoani Sánchez e os "democratas" brasileiros

Nossos intimoratos democratas protestam, em liberdade, contra a cubana que defende Yoani Sánchez a liberdade
Mas que coisa, hein, meus caros?
No país da democracia, no país da liberdade, no país em que a divergência deveria ser um sinal de inteligência, no país em que o confronto de ideias deveria ser a luz para consensos e não para unanimidades, execra-se quem sonha com a democracia, com a liberdade, com a divergência e com o confronto de ideias.
Esse país é o Brasil.
A execrada é Yoani Sánchez.
Yoani Sánchez, sabem vocês, é a blogueira e jornalista cubana que execra as ditaduras, que sonha com a liberdade, que anseia pela transparência, que não se intimida em denunciar a violação dos direitos humanos em Cuba, onde, acreditem, ainda há presos políticos por delitos de opinião (ceús!).
Yoani Sánchez, com edita o blog Generacion Y, está no Brasil.
Já ouviu chamarem-na de "mercenária", de "vendida", de "instrumento do imperialismo", "de representante dos interesses yanques" - essas baboseiras todas.
Abram-se, no entanto, passagem para as baboseiras.
Até para elas.
Abram-se alas para as os bordões d'antanho (huuu!), para os lugares-comuns pré-queda-muro-de-Berlim.
Até para eles.
A democracia acolhe, é claro, os protestos, as divergências, as insatisfações externadas pública e tonitruantemente (huuu! - outra vez).
Democracia sem contrastes não é democracia, né?
Pois é.
Uma coisa é a liberdade de protestar até contra quem, como Yoani Sánchez, luta pela liberdade e contra a ditadura.
Outra coisa é, no país da democracia, cercear o debate e impedir, mais ou menos à força - força bruta, vale dizer -, que eventos se realizem.
Ontem à noite, a blogueira estava em Feira de Santana (BA), para o lançamento do documentário Conexão Cuba-Honduras, razão primeira de sua vinda ao Brasil.
Houve protestos contra ela.
Até aí, nada demais.
E aí?
E aí que grupos de manifestantes impediram a exibição do documentário.
Mesmo assim, Yoani permanecia, até o final da noite de ontem, tentando conversar com os manifestantes.
Ela e o intrépido senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que a acompanhava e chegou a discutir com um manifestante.
Grande Suplicy!
Pelo menos ele para mostrar à blogueira cubana, sonhadora das liberdades, que no Brasil da democracia há gente tolerante.
Tão tolerante que até cultiva o dissenso.
Mas a maior lição foi mesmo a de Yoani.
Em vez de ser avessa a protestos, ela os acolhe com a naturalidade do maior dos democratas.
Yoani Sánchez já foi presa e torturada em Cuba simplesmente por denunciar violações execráveis dos direitos humanos. Ela sabe o que é viver sob um regime ditatorial.
Os manifestantes que bradam contra a blogueira e a execram só sabem o que é viver em liberdade. Que bacana, não é?
Esse é o país da democracia.
Esses não os nossos democratas.
Putz! ( Espaço Aberto)