terça-feira, 8 de junho de 2010

Matéria polêmica sobre 'matança de botos' em Alter do Chão

Miguel Oliveira
Repórter


O programa Bom dia Brasil exibiu hoje uma matéria sobre o surgimento de mais uma ocupação para ex-pescadores de Alter do Chão, em Santarém: matador de aluguel de botos.

Segundo a reportagem, um dos pescadores da Amazônia, que prefere não se identificar, diz que deixou a profissão para se tornar matador de botos.

“Matamos cerca de 100 ou 200 botos por mês. A matança é muita. Puxamos o animal para dentro da canoa e matamos com facão, cassetete, essas coisas”, diz ele.

Segundo o matador, quem contrata o serviço, busca o comércio de órgãos do animal, como olhos e partes reprodutivas.

Até agora se acreditava que os matadores de boto agiam mais na região oeste do Amazonas, perto do maior mercado consumidor de Piracatinga: a Colômbia. Lá, fica Mamirauá, onde a diminuição do numero de botos já foi confirmada.

Mas denúncias do pesquisador português Antônio Migueis mostram que os matadores chegaram ao oeste do Pará, na região de Santarém.

A materia completa você lê aqui.

Para mim, a única novidade seria a presença de colombianos, que estariam traficando partes dos botos para a Colômbia.

Eu pesco no Tapajós e vejo pescadores com redes destruídas.

Quanto ao uso da isca com carne de boto, utilizada para a pesca da piracatinga, isso é verdade.

Pesquei há um mês no Cajutuba e os botos eram abundantes. Se voce sai de rabeta, eles te seguem. Há superpopulaçãode botos no rio Tapajós.

Em Cajutuba(Belterra) é quase impossível pescar de malhadeira, porque os botos destroem as redes.

Por causa disso, os pescadores trocaram malhadeiras de nylon por redes de fios de algodão 140 e os botos se enroscam nelas e morrem. Isso acontece na pesca de bubuia, uma espécie de arrastão.

Mas essa é uma boa pauta para mim. Prometo voltar ao assunto.

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Atualizada as 18h12:

Falei há pouco com delegada da Polícia Federal em Santarém. Disse que desconhece contrabando de 'partes' de botos abatidos em Santarém. Graça Malheiros informou que não há investigação da PF sobre o assunto. Já Bruno Iespa, do Ibama, classificou a matéria como sensacionalista.

Meia volta, volver

O comando do 8º BEC deve ter sido enquadrado pelo chefão da região militar por causa da perlenga sobre os buracos no trecho Santarém-Belterra da Br-163, que vinham provocando acidentes com vítimas fatais.

Na semana passada, o vereador Emir Aguiar cobrou do exército uma definição sobre quem deveria cuidar da manutenção da Br-163 no trecho urbano de Santarém.

O comandante do batalhão respondeu, em tom àspero, que nada tinha a ver com o assunto e transferiu a bola para o DNIT.

A prefeita Maria do Carmo, sexta-feira última, pegou o pião na unha e, polidamente, afirmou que competia sim ao BEC tapar os buracos da Br-163, já que se trata de rodovia federal e que o exército faz manutenção similar em Novo Progresso.

Na edição desta semana de O Estado do Tapajós, o capitão Ronaldo voltou a responsabilizar o DNIT pela falta de verbas para o 8º BEC cuidar da Santarém-Cuiabá.

Mas, hoje, parece que os militares santarenos foram 'enquadrados' pelo comando regional e de uma hora para outra apareceu dinheiro para o serviço tapa-buraco do km 0 até a serra de Piquiatuba e recapeamento do trecho em frente ao baralhão até o limite com Belterra, conforme informou o repórter Armando Carvalho, da 94 FM.

Um sítio arqueológico de vaidades

Deve remontar ao tempo da pedra lascada a obssessão da professora Denise Schan, contratada pela CDP para escavar sítios arqueológicos na área portuária de Santarém, por um gordo contrato com o setor público.

Embora seja integrantes dos quadros da UFPA, contratada pela CDP, mas paga pela Cargill, a professora quer porque quer também cobrar pelos mesmos serviços que executa na área onde a prefeitura está construindo o bosque da Vera Paz.

Não que seja, digamos, um sobrepreço, um aditivo, mas cobrar duas vezes pelo mesmos serviços é muito feito, né mesmo? - mais feio ( descuplem o vício de linguagem) que a cara de um pterossauro.