domingo, 27 de julho de 2008

Nova radioterapia contra o câncer de mama

Maria Vitória
Correio Brasiliense

O câncer de mama é o tipo da doença que mais mata mulheres no Brasil. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que cerca de 49.400 novos casos serão registrados em 2008 no país. A reincidência, na maioria das vezes (por volta de 85%), ocorre perto do local onde o primeiro tumor apareceu. São nódulos em fase inicial e que exigem tratamento imediato. Para esse grupo feminino, surge um novo tipo de radioterapia: a intra-operatória. O procedimento consiste em uma única aplicação de radiação, feita durante a cirurgia para retirada do tumor, em substituição às 20 sessões normalmente exigidas.
No Brasil, o tratamento é oferecido em poucas cidades — Belo Horizonte, Campinas, Porto Alegre e São Paulo. Em agosto, uma clínica de radioterapia de Taguatinga passará a oferecer o serviço no Distrito Federal. “A terapia ainda é tida como experimental, mas apresenta bons resultados”, diz o mastologista Sílvio Bromberg. Segundo o médico, para se tornar uma opção definitiva, falta a publicação de um estudo de grande escala, com mais de mil casos, conduzido pelo médico italiano Umberto Veronesi, que foi quem desenvolveu a técnica.
A desvantagem é o custo: a radioterapia intra-operatória não está na lista de procedimentos pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou pela maioria das seguradoras de saúde, e a paciente precisa desembolsar cerca de R$ 8 mil. Para Bromberg, a intra-operatória será a radioterapia do futuro e apresenta um custo-benefício grande para a paciente. “A mulher passa por um trauma muito grande quando lida com um câncer de mama. Fazer duas coisas ao mesmo tempo ajuda a superar isso.”

Cobaia morre de hepatite ao capturar anofelino na Amazônia



CHICO ARAÚJO


BRASÍLIA — O uso de ‘cobaias humanas’ e o combate a malária continuam a fazer vítimas no Acre. Manoel Vitorino da Silva é mais um caso. Ele morreu no dia 4 de novembro de 2007, vítima de hepatite, cirrose hepática, insuficiência renal e insuficiência respiratória. Um detalhe intrigante é que Silva nunca fumou nem ingeriu bebidas alcoólicas. Mesmo assim, consta no seu atestado de óbito, ao qual a Agência Amazônia teve acesso, que ele contraiu cirrose e hepatite, e veio a falecer em decorrência dessas doenças.
A história de Manoel Vitorino da Silva é idêntica à dos demais agentes de endemias em atividades em Cruzeiro do Sul, no Acre. Todos, sem exceção, expõem seus corpos nus para capturar do Anopheles, o mosquito transmissor da malária, e contraem a malária — alguns, até doze vezes seguidas; outros, um pouco menos. O drama de Silva não foi diferente.

Inscrições para 1.520 vagas de fuzileiro naval só até este domingo

A Marinha encerra neste domingo (27) as inscrições para 1.520 vagas para o curso de formação de soldado fuzileiro naval.As inscrições podem ser feitas até as 23h59, no site www.mar.mil.br/cgcfn, link “Concursos”.
O candidato deve digitar seus dados no formulário de pré-inscrição e imprimir o boleto bancário para pagamento da taxa de inscrição, que é de R$ 20. No preenchimento do formulário de pré-inscrição, o candidato, obrigatoriamente, deverá especificar o local onde deseja realizar as etapas do concurso.
Os cursos começam em 2009. Os candidatos devem ter no mínimo 18 anos e no máximo 21 anos até a data de apresentação prevista para cada turma do curso de formação, terem ter concluído, com aproveitamento, o ensino fundamental, e altura mínima de 1,62m e máxima de 1,95m.Os candidatos aprovados no concurso e classificados dentro do número de vagas serão matriculados na condição de recruta fuzileiro naval e receberão R$ 450 por mês durante o curso, que durará 17 semanas. Após aprovação, os selecionados serão nomeados a soldado fuzileiro naval e receberão a remuneração inicial de R$ 990,00.
Os selecionados serão designados para servir em qualquer Organização Militar da Marinha no território nacional.
O concurso terá seis etapas: exame de escolaridade, verificação de dados biográficos, verificação de documentos, inspeção de saúde, teste de suficiência física e exame psicológico.
A prova escrita (exame de escolaridade) será aplicada no dia 2 de setembro.

Muy amigo

Era visível o constrangimento de algumas pessoas quando eram cumprimentadas pelo vice-governador Odair Corrêa, ontem à noite, no parque de exposições da feira agropecuária.
Há quem aposte que a rejeição de Odair em Santarém é maior que a da governadora Ana Júlia.

Pesquisa eleitoral vira jogo de cartas marcadas

Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal e articulista de O Estado do Tapajós

A pesquisa de opinião se tornou uma espécie de santo graal no ambiente pré-eleitoral em Belém. Todos estão atrás dos seus resultados, como se eles fossem uma exata antecipação dos votos que serão depositados nas urnas em outubro. Como há uma quantidade desproporcionalmente maior de pesquisas na boataria que se espalha pela cidade do que no protocolo do TRE, ter acesso a números se tornou um troféu, quase um talismã.
A supervalorização das pesquisas tem uma causa bem visível: a falta de informação na imprensa. Os grupos de comunicação tratam a eleição municipal deste ano, sobretudo a da capital, como tema secundário. A cobertura é burocrática e fraca. A razão? Os dois principais grupos, o Liberal (dos Maiorana) e a RBA (de Jader Barbalho) têm candidatos da “casa”, in pectori, na disputa. Como fazem tudo para prejudicar o outro lado, mas não querem expor seu próprio lado, esvaziam o noticiário enquanto intensificam a movimentação nos bastidores. O (e)leitor é deixado ao Deus dará, desinformado e ansioso. É terreno fértil para o jogo das pesquisas, nem sempre praticado com regras claras (freqüentemente, sem qualquer regra).
Toda informação que escapa ao redil é vista com desconfiança ou hostilidade, como um balão de ensaio dos adversários ou, quando verdadeira, como uma ameaça que cumpre evitar. Daí a troca de acusações e as medidas para impedir a divulgação de pesquisa, quando ela é montada em bases técnicas. Finalmente, vencendo a barreira que lhe antepôs o PTB, o partido que está na prefeitura, a primeira pesquisa desde a homologação oficial dos candidatos, encomendada pelo DEM (ex-PFL), foi apresentada.
Estranhamente, ela apareceu apenas em O Liberal e, ao contrário do que se podia esperar, não foi para a primeira página do jornal, nem com uma simples chamada, e não teve continuidade no dia seguinte. O jornal teria resistido o quanto pôde a reproduzi-la e só concordou em noticiá-la porque o segundo colocado também recebe suas bênçãos. O Diário do Pará ignorou a pesquisa, o que talvez possa indicar que o jornal de Jader Barbalho vai tentar colocar o candidato da “casa”, o ex-deputado José Priante, no 2º turno. E, não conseguindo essa façanha, apoiará o atual prefeito, se ele passar pela primeira prova de fogo.
A pesquisa do Ibope, dando 29% a Duciomar Costa contra 24% de Valéria Pires Franco, do DEM, em empate técnico em função dos 4% de margem de erro (sempre alta quando realizada em período mais distante da eleição), praticamente coincidiu com muitas das especulações que estavam sendo feitas na cidade. Também confirmou as previsões de que o atual prefeito sofrerá uma queda no 2º turno se enfrentar um candidato mais forte (na simulação do Ibope, Valéria venceria por uma diferença de 14 pontos percentuais). Mas há tanta sonegação de informações adicionais que mesmo essa sintonia entre os boatos e a mensuração técnica ainda deixa muita desconfiança.
A cautela é ainda maior em função do fato mais importante nesse início de corrida à prefeitura de Belém: o índice de rejeição de Duciomar Costa, que não foi divulgado por O Liberal. Se ele tem uma rejeição cristalizada em um patamar elevado, ainda que seja candidato forte a passar para o 2º turno, na nova eleição suas possibilidades deverão se tornar muito menores, qualquer que seja o seu concorrente.
Como é que um prefeito no exercício do cargo pode ter rejeição tão forte nas ruas e aparecer na mídia como um nome credenciado à reeleição? O aparente paradoxo tem uma explicação: Duciomar comprou o apoio da grande imprensa. Esse compadrio oneroso lhe permite projetar uma imagem positiva, que reduz as possibilidades de iniciativas contra ele canalizando a hostilidade que provoca.
A ênfase é mais acentuada nas camadas mais pobres da população, justamente nas quais recrutava antes a sua clientela. O prefeito trocou de parceiro e agora usa a conivência da elite para tentar escapar aos efeitos de sua administração desastrada. Até agora, conseguiu essa façanha: a lava de maus feitos que circula pelos ambientes informais da sociedade, nas ruas e nos lares, não transborda para as vitrines, a mais vistosa das quais é a mídia. Bonitinha, mas ordinária, como na famosa peça de Nélson Rodrigues.
De nada adiantou o engenheiro Luiz Otávio Mota Pereira, na condição de secretário de saneamento e também de urbanismo durante um ano na administração de Duciomar, ter ido ao Ministério Público do Estado fazer cinco graves acusações contra o prefeito, quase um ano e meio atrás, juntando documentos comprobatórios dos fatos alegados. Até hoje não houve a apuração das irregularidades e ilegalidades apontadas na coleta de lixo, em contratos de serviços superfaturados ou em serviços realizados sem contrato. Diante desse histórico, mais importante do que especular sobre se o prefeito conseguirá se reeleger é inquirir sobre como conseguirá se manter como candidato.

Todo cuidado é pouco

A cúpula operacional da Polícia Civil, em Belém, já está antenada nas ameaças de morte sofridas por dois jornalistas em Santarém.

Duas apostas acertam a Mega-Sena de R$ 53 milhões

Duas apostas acertaram neste sábado (26) as seis dezenas do concurso 990 da Mega-Sena, que pagou um prêmio de R$ 53.172.281,02. O sorteio aconteceu em Jequeri (MG).
Cada aposta vencedora - uma em Belo Horizonte (MG) e outra em Ji-Paraná (RO) - vai receber um prêmio de R$ 26.586.140,51, segundo a Caixa Econômica Federal.
Confira os números sorteados: 02 - 10 - 15 - 18 - 29 - 39.
(Fonte: G1)