sábado, 27 de março de 2010

Amazônia: Prêmio Raimundo Pinto de Jornalismo

Do Blog da Franssi:

O I Prêmio Amazônia de Jornalismo Raimundo José de Faria Pinto será lançado pelo Sindicato dos Jornalistas do Pará no próximo dia 10, em solenidade no Hangar, a partir das 13 horas, em homenagem ao saudoso jornalista santareno.

Raimundo Pinto foi presidente do Sinjor-PA entre os anos de 1990 a 1993. Reconhecido pelo profissionalismo e ética, arrebatou o Prêmio Esso em 1976 com a reportagem "Assim vivem os nossos superfuncionários", publicado no O Estado de São Paulo e, em 1977, recebeu a menção honrosa do mesmo prêmio, o maior da carreira jornalística, com a série de reportagens "Amazônia, a ocupação ilegal".

Pintão também ganhou o Prêmio Aimex de Jornalismo em 2003, 2004 e 2005. Foi editor e repórter nos jornais A Província do Pará, O Liberal, Diário do Pará, Gazeta Mercantil, Jornal da Tarde, Bandeira 3 e O Jornalista. Autor do livro "Repórter" (1995) e co-autor de "Panará - A volta dos índios gigantes" (1997) e "O Novo Brasil" (2002), nos últimos anos de sua vida se dedicou ao site "Pará Negócios", referência no noticiário de economia e meio ambiente no Estado. Faleceu em 3 de setembro de 2009, vítima de câncer.

Renato Russo, 50 anos

Por Fernanda Catania & Patrícia Colombo – da Rolling Stone

Neste sábado, 27, os fãs da Legião Urbana têm mais um motivo para relembrar a banda. Esta é a data em que Renato Manfredini Júnior, o Renato Russo, completaria 50 anos. Quase 15 anos após a morte do cantor, a banda, que acumula cerca de 14 milhões de álbuns vendidos, ainda é lembrada como uma das mais importantes do rock nacional – e Renato como um compositor ímpar, com letras que marcaram gerações e que até hoje mantém um fiel séquito de fãs e admiradores.


Nascido no Rio de Janeiro, Renato Russo passou grande parte de sua vida em Brasília, local onde a Legião foi formada. O cantor morreu cedo, em 1996, aos 36 anos, em decorrência de complicações de saúde por conta do HIV. Logo após sua morte, os outros dois integrantes do grupo, Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos, anunciaram o fim oficial da Legião Urbana.

Aos 13 anos, o cantor, junto à sua família, deixou o Rio em direção a Brasília. A contextualização da trajetória de Renato Russo com a cidade foi retratada na biografia Renato Russo – O Filho da Revolução, do jornalista Carlos Marcelo Carvalho, lançada no ano passado. O fato de Renato ter nascido no mesmo ano em que Brasília foi inaugurada atraiu o autor, que decidiu então elaborar o livro, fruto de nove anos de pesquisa e mais de 100 entrevistas. “Renato era um símbolo de um processo muito intenso que aconteceu no Brasil na segunda metade do século XX. Isso era muito simbólico, mas nada teria importância se ele não tivesse refletido esse aspecto nas suas letras, especialmente na primeira fase da Legião”, disse o autor, em entrevista ao site da Rolling Stone Brasil.

LEIA UM TRECHO da biografia Renato Russo – O Filho da Revolução.

O amigo, guitarrista e ex-parceiro de banda, Dado Villa-Lobos, concorda com o jornalista em relação às composições do Renato. Para Dado, “a força que suas canções atingiram é o maior legado” deixado pelo cantor. “Ele conseguiu fazer com que as pessoas cantassem músicas que têm Camões e a Bíblia na mesma letra. Sem contar o privilégio que é poder ouvir aquela voz”, relembra.


A primeira formação da Legião Urbana contou com Renato (que além de cantar, também atuava como baixista), Marcelo Bonfá (baterista), Paulo Paulista (tecladista) e Eduardo Paraná (guitarrista). Dado Villa-Lobos entrou em 1983, quando Paulista e Paraná saíram. O baixista Renato Rocha entrou no mesmo ano em que Dado, deixando a banda no lançamento do quarto álbum, As Quatro Estações, em 1989 – considerado o maior sucesso da Legião, tendo alcançado a marca de 1,8 mi de cópias vendidas.

O legado dos treze álbuns lançados pela banda – oito de estúdio, três ao vivo e duas coletâneas -marcou a música brasileira, com composições, em geral, de autoria do vocalista. Entre os maiores sucessos estão “Geração Coca-Cola”, “Eduardo e Mônica”, “Ainda É Cedo”, “Pais e Filhos”, “Será” e “Índios”, para citar apenas alguns.

Para celebrar os 50 anos de Renato Russo, a EMI lança neste sábado o álbum Renato Russo: Duetos. O CD, idealizado por Marcelo Fróes, com o aval da família Manfredini, traz 15 gravações de Renato com amigos e pessoas de seu convívio. Também neste sábado, Dado e Marcelo irão tocar sucessos da Legião Urbana no programa Altas Horas, exibido pela Rede Globo. Rogério Flausino, Dinho Ouro Preto, André Gonzáles, Catatau e Toni Platão são os cantores convidados para se juntar à dupla.