terça-feira, 19 de março de 2013

Extrativismo não prejudica castanhais, aponta estudo


Após sete anos de pesquisa, o Projeto Kamukaia – rede de pesquisa coordenada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) – divulga resultados sobre a ecologia das espécies de castanha-do-Pará, andiroba e copaíba, na segunda edição Seminário e Workshop Kamukaia, em Macapá.


Uma das grandes descobertas do projeto foi achar nas áreas de capoeira (vegetação secundária) uma quantidade considerável de castanheiras. Estudos de campo contestaram as pesquisas publicadas sobre o tema que diziam que a coleta intensiva da castanha prejudicava a regeneração dos castanhais. A equipe técnica observou através de vários experimentos e dinâmicas que o extrativismo, ao contrário do que se pensava, não compromete a estrutura populacional do fruto.

O encontro contou a participação de pesquisadores da Embrapa Amapá, Acre, Roraima, Rondônia, Amazonas e Pará. Durante o seminário, foram realizadas apresentações e debates sobre os resultados das pesquisas, a integração com políticas públicas e projetos de desenvolvimento baseados nos produtos florestais não-madeireiros, produtos da floresta.


A pesquisa apontou, ainda, que a maioria dessas espécies florescem no período de menor precipitação (verão) e produzem frutos no período mais chuvoso. No Amapá, há queda de sementes e frutos de andiroba durante todo o primeiro semestre, com pico de produção no mês de maio. No caso da castanheira, não existe um padrão para a Amazônia, com variações entre os Estados. (Com informações do Portal Amazõnia)

Mapará apreendido em Santarém é doado a instituições

O Ibama apreendeu 35 toneladas de peixes no período do defeso na Bacia do Amazonas, em dez dias de fiscalização na Operação Rios Federais II, em Santarém, no oeste do Pará. Cinco embarcações envolvidas na pesca predatória foram apreendidas e R$ 780 mil em multas aplicadas. Todo o pescado está sendo doado a instituições sem fins lucrativos, entre as quais Exército, Corpo de Bombeiros, Programa Mesa Brasil e Polícia Militar. 

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A segunda fase da Rios Federais começou na sexta-feira (08/03) e vai até o encerramento do defeso do tambaqui e do acari nos municípios do Médio Amazonas no domingo (31/03). Para as demais espécies, exceto o pirarucu que prossegue com o período de reprodução protegido até 31/05, o defeso no estado do Pará terminou na sexta (15/3).
 
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A grande maioria das apreensões do Ibama foi de mapará, um dos peixes mais ameaçados e visados pela pesca industrial, que o comercializa em filé nos centros urbanos do Brasil e exterior. 

Imagem inline 4Um dos barcos foi flagrados quando retornava à Santarém pelo rio Tapajós, carregado com quatro toneladas da espécie, apenas sete horas depois do fim do defeso no  Pará. "Não era possível pescar tantas toneladas de mapará em tão pouco tempo naquelas condições", disse o coordenador da operação, o analista ambiental Paulo Lopes, que multou o responsável em R$ R$ 73,6 mil por transportar pescado fruto de pesca proibida. 

A outras quatro embarcações  foram abordadas no rio Amazonas, na altura de Santarém, quando seguiam para Belém e Macapá. Também estavam carregadas com 30 toneladas de mapará e em torno de uma toneladas de espécies diversas.  Na primeira fase da Operação Rios Federais, entre 24/01 e 07/02, o Ibama apreendeu 16,5 toneladas de peixes e dois barcos. (Texto e foto: Nelson Feitosa Jornalista e Analista Ambiental do Ibama)

Concurso do Ministério da Agricultura é autorizado pelo Governo Federal

O preenchimento de vagas por meio de concurso público no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi autorizado pela Portaria nº 74, publicada nesta segunda-feira (18), no Diário Oficial da União. Estão previstas 422 vagas. 

Foram autorizados os preenchimentos de 172 vagas para os cargos de fiscal federal agropecuário, além de 100 para o de agente de inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal e mais 50 para agente de atividades agropecuárias. 

Outros cargos descritos na portaria são os de administrador (23), agente administrativo (50), bibliotecário (2), contador (6),economista (4), engenheiro (3), engenheiro agrônomo (2), geógrafo (3), psicólogo (2) e técnico em contabilidade (5).

Recursos do Fundeb de Mojuí são recebidos por Santarém

Miguel Oliveira
Repórter

Foto: Vilberto Sá
 
Os prefeitos Jailson Duarte, de Mojuí dos Campos, e Alexandre Von, de Santarém, põem o pé no jato esta madrugada em direção ao Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação(FNDE), em Brasília, para resolver um imbróglio que vem causando desconforto na relação ene os dois tucanos.

Por causa da base de cálculo do repasse de verbas da educação considerar o ano anterior, quando ainda Mojuí era distrito de Santarém, o novo município, implantado no dia 1º de janeiro deste ano, ainda não recebeu nenhum centavo do Fundeb, que continua sendo depositado na conta da prefeitura de Santarém.

Além dos recursos do Fundeb, o repasse da cota-parte do ICMS também não está sendo feito nas contas de Mojuí, o que só vai ocorrer após a Assembléia Legislativa aprovar lei do executivo determinando o recálculo e repartição do ICMS entre todos os 144 municípios paraenses.

Em Brasília, Jailson e Von vão tentar convencer os técnicos do FNDE que o repasse do Fundeb pode ser feito com base na metodologia da transferência do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), calculado pelo Tribunal de Contas da União(TCU), o que vem ocorrendo normalmente desde o dia 3 de janeiro de 2013.

Abuso na orla tem a complacência da prefeitura


Fábrica de gêlo usa o calçadão da orla de Santarém para instalar geleira em frente à feira do pescado, desde dezembro do ano passado.

Entra governo, sai governo, o abuso continua. 

Até parece que Santarém é terra de ninguém.

Foto: Miguel Oliveira. 16.03.2013

Assembléia Legislativa do Pará devolve mandatos a ex-governador e deputados cassados pelo regime militar

Do blog do Parsifal

Em busca do tempo perdido

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A Assembleia Legislativa do Pará simbolicamente devolveu ontem (18) o mandato de deputados estaduais e do ex-governador Aurélio do Carmo, cassados pela ditadura militar.
A simbólica anistia, que o Congresso Nacional já providenciou aos mandatos federais cassados em 1964, não tem repercussão prática, mas traz à luz um encontro com verdades que o Brasil procura escrever na democracia.
> Os cassados
Tiveram os mandatos simbolicamente devolvidos o ex-vice-governador Newton Miranda (vice de Aurélio do Carmo) e os ex-deputados estaduais Hélio Gueiros, Laércio Barbalho, Álvaro Kzan, Benedito Monteiro, Dionísio Bentes de Carvalho, José Manoel Ferreira, Maravalho Belo, Nagib Mutran, Ney Brasil, Ney Peixoto, e Amílcar Moreira.

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Os únicos vivos são o ex-deputado estadual Amílcar Moreira e, aos 91 anos, o ex-governador Aurélio do Carmo, ambos presentes no evento.

A busca da verdade ampla, geral e irrestrita

Presente, o presidente da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, advogado Wadih Damous, cobrou a instalação da comissão no Pará, à exemplo do que vários estados vêm fazendo, na esteira da Comissão Nacional.
Passados 28 anos do fim dos 21 anos de ditadura, (e só acham que ela foi branda quem com ela não conviveu ou quem dela foi cúmplice) a verdade deve ser perseguida não com revanchismo histórico ou jurídico: perfilo-me com os que opinam que a Lei da Anistia foi ampla geral e irrestrita para os dois lados (temos uma presidente da República que praticou atos que alguns taxam de terroristas), mas com o objetivo de escrever a história como ela ocorreu.

A verdade providencia a paz

O Brasil precisa entregar aos descendentes dos que sucumbiram na guerra contra a ditadura, pelo menos o atestado de óbito, com a verdadeira causa, dos desaparecidos.
Só quem nunca teve um corpo amado para prantear antes do sepulcro, pode entender o quanto dói o eterno luto da incerteza.
Os que sucumbiram, e seus familiares, precisam encontrar paz e essa só virá com a verdade de como se deu cabo a milhares de homens e mulheres que saíram um dia de casa e até hoje estão no limbo da história.
Não me paga a pena a estultícia (desculpem-me) de argumentar que tombaram combatentes de ambos os lados e por isso estamos quites: sim, era uma guerra e na guerra soldados matam e morrem, mas os que morreram pela ditadura estão todos, devidamente, condecorados.

Reforma do Barbalhão começa pela análise da estrutura do estádio

Começaram esta semana os trabalhos de compatibilização dos projetos de arquitetura e estrutura(fundações) do estádio Barbalhão, em Santarém.

Foto: NoTapajós
O consórcio construtor da obra está analisando, desde ontem, a estrutura do estádio para dimensionar os cálculos do novo anel do Barbalhão.


Os dados coletados pelos engenheiros e arquitetos serão levados para o escritório do consórcio, em Belém. Só depois disso,  munido desses estudos, é que o canteiro de obras será instalado.

Operários batendo marreta só serão vistos trabalhando no estádio dentro de, no mínimo, quinze dias.

A reforma e ampliação do Barbalhão é uma obra do governo Simão Jatene, orçada em R$18,9 milhões e tem prazo de execução de 18 meses.

Boataria levou Jatene de Belém aos Estados Unidos

Paulo Bemerguy
Do Espaço Aberto

Foto: Agência Pará/Arquivo
Uma boataria danada tomou conta de Belém, no último final de semana.
Para o poster, dois ou três telefonemas sustentavam com ênfase que o governador Simão Jatene estaria viajando aos Estados Unidos, para submeter-se a uma bateria de exames que poderiam deixar, como diríamos, mais transparente seu estado de saúde depois dos procedimentos recentes, em São Paulo, para a implantação de mais um stent - o quarto, desde 2009 - em seu aparelho cardíaco.
Mas que nada.
No sábado ainda, Jatene já se encontrava em Belém, mas observando um repouso que só tem sido interrompido para alguns contatos com o governador em exercício, Helenilson Pontes, com quem ele fala frequentemente.
No mais, o governador lê, assiste televisão e relaxa o mais que pode, recarregando as baterias para voltar ao batente no início de abril, depois de passar a Semana Santa em Salinópolis.
E quando retornar ao batente, Jatene, por recomendação médica, precisará mudar alguns de seus hábitos, o que incluirá fazer mais exercícios, de preferência caminhadas assíduas, que nada têm a ver, como se sabe, como as marchas batidas eventuais de políticos durante campanhas eleitorais.
Jatene implantou seu primeiro stent em 1999. Dez anos depois, portanto em 2009, implantaria mais dois. E agora em 2013, o quarto, implantado apenas quatro anos após o último procedimento.
Mesmo antes do falecimento do ex-governador Almir Gabriel, já havia indicações que Jatene precisaria submeter-se à quarta implantação.
A morte de Almir, que deixou Jatene bastante abalado emocionalmente, não chegou a precipitar a viagem do governador a São Paulo, mas a tornou irreversível, até mesmo porque a hipertensão que o acomete não estava mais sendo controlada eficazmente por meio de medicamentos.
Depois da implantação do quarto stent, e considerando que o cargo exercido por Jatene tem um relevante potencial de estresse, os médicos recomendaram que ele retornasse a Belém e ficasse, como se diz, na muda por algumas semanas, para voltar a plena carga.
Eis a razão do repouso.
Em Belém, e não nos Estados Unidos, seja bem dito.