domingo, 6 de novembro de 2011

Redivisão do Pará: Compartilhe essa verdade.


Por Leandro Marôpo


Dizer não, hoje me perguntei, porque não dizer não? Talvez eu não tenha bons motivos para dizer sim, mas eu tenho sérios motivos para não dizer não.

Dizer não, pois pessoas de outros estados que nunca vieram ao Pará ou que jamais virão, acham que sabem alguma coisa sobre nós, não mostra que eu penso de uma forma inteligente, mas sim que eu me preocupo mais com o que pessoas maldosas estão pensando do que em como eu realmente deveria pensar sozinho.

Dizer não, pois a maioria das pessoas estão falando que isso só beneficiariam novos políticos e o aumento da corrupção, não faz de mim uma pessoa bem informada, mas sim alguém que não consegue distinguir entre uma necessidade real, urgente e imediata, à uma jogada política de outras regiões que não querem que o NORTE tenha poder de voto nas decisões federais, pois se o NORTE tiver mais dois estados, logo o NORTE terá mais poder para votar nos assuntos que a nós também interessa em nível nacional, daí eu vejo que, dizer não por este motivo, irá mesmo beneficiar alguns políticos, mas definitivamente não será os que defendem o NORTE.

Dizer não, porque eu sou paraense, mas NUNCA visitei nenhuma das regiões separatistas, e assim como eu não faço ideia dos reais motivos que talvez eles possam realmente ter, e acho, apenas por achar, que o Pará precisava ficar ‘Grande’ por um sentimento puramente egoísta, não faz de mim uma pessoa melhor, mas sim alguém alienado que acima de tudo, prefere desconhecer a realidade dessas centenas de milhares de pessoas à abrir minha mente para algo que está a porta e bate.

Dizer não, porque eu tenho na minha região hospitais de referência, escolas que funcionam sem as paredes caírem (literalmente) nas cabeças dos alunos, eu tenho lazer em qualidade e quantidade, porque eu tenho aeroportos, segurança, porque eu tenho meios de fazer acontecer, e eu não tenho qualquer conhecimento sobre essas verdades: No sul do Pará ou nós escolhemos ir pra outros estados quando precisamos de hospitais, ou nós arriscamos ir de caminhão viajando por mais de 18 horas no barro e na lama até chegar na região metropolitana, pois nós também não temos estradas na prática (apenas no papel), nós levamos nossas crianças para estudar embaixo de árvores, pois a verba para que deveria vir para escolas foram desviadas para a reforma do mangueirão (há, nós também não temos esporte), beneficiando única e exclusivamente os paraenses da gema (ninguém vai viajar 900km pra ver jogo no mangueirão), em detrimento de todos os outros espalhados nesse estado de tamanho físico gigantesco, menos APENAS que sua própria desigualdade e desconhecimento pelos conterrâneos da metrópole. Bom isso certamente não fará de mim uma boa pessoa, que vai todo ano no círio pela fé, mas que decreta a continuação de uma barbárie para com meus irmãos pois o meu orgulho é maior que minha consciência.

Enfim, dizer não por qualquer outro motivo que eu desconheça sua real utilidade, porque eu vejo essa necessidade mais como um jogo entre Leão x Papão, não faz de mim um paraense, faz de mim um hipócrita, faz de mim um egoísta, uma pessoa alienada, um católico que não é carismático, mas sim inquisidor, dizer não por esses e outros motivos, verdadeiramente, para mim que sou e continuarei sendo paraense com meu novo Pará ainda mais forte do que nunca é, na mais amena das hipóteses, desumano.

É por isso que eu voto SIM 77, e SIM 77. Para que eu posso continuar Paraense de coração, mas para que acima de tudo, meus irmão que sofrem, possam ter as mesas oportunidades que EU TENHO, e para que o nosso NORTE, seja forte não apenas CABRA MACHO, mas um norte representativo.

Extorsão no Ministério do Trabalho: assessores de Lupi são acusados de cobrar propina de ONGs para liberar repasses

Veja OnLine

Relatos de diretores de ONGs, parlamentares e servidores revelam que caciques do PDT transformaram órgãos de controle da pasta em instrumento de extorsão

Para escapar das investigações, entidades precisam 'doar' entre 5% e 15% do valor do contrato ao PDT de Carlos Lupi

Para escapar das investigações, entidades precisam 'doar' entre 5% e 15% do valor do contrato ao PDT de Carlos Lupi (Obritonews)
Reportagem de VEJA desta semana revela que caciques do PDT comandados pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, transformaram os órgãos de controle da pasta em instrumento de extorsão. Conforme relatos de diretores de ONGs, parlamentares e servidores públicos, o esquema funciona assim: primeiro o ministério contrata entidades para dar cursos de capacitação profissional, e depois assessores exigem propina de 5% a 15% para resolver 'pendências' que eles mesmos criam.

Deputado federal Weverton Rocha, ex-assessor do ministro Carlos Lupi
Deputado federal Weverton Rocha: "equipe muito profissional"

O Instituto Êpa, sediado no Rio Grande do Norte, foi um dos alvos do achaque. Após receber em dezembro de 2010 a segunda parcela de um convênio para a qualificação de trabalhadores no Vale do Açu, a entidade entrou na mira dos dirigentes do PDT. O ministério determinou três fiscalizações e ordenou que não fosse feito mais nenhum repasse. Ao tentar resolver o problema, os diretores do instituto receberam o recado: poderiam regularizar rapidamente a situação da entidade pagando propina. Para tanto, deveriam entrar em contato com Weverton Rocha, então assessor especial de Lupi, ou Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de qualificação. Ambos respondiam a Marcelo Panella, então chefe de gabinete, homem de confiança do ministro e tesoureiro do PDT.

De acordo com os relatos obtidos por VEJA, Weverton era um dos responsáveis por fixar os valores da propina, e a Anderson cabia fazer o primeiro contato. Feito o acerto, o dinheiro era entregue a um emissário do grupo no Rio de Janeiro. "Você não tem defesa. Já prestou serviço e sofre a ameaça de não receber. Se o sujeito te põe contra a parede, o que você faz?", diz um dos dirigentes da ONG Oxigênio, outro alvo de achaque, que admite ter desembolsado 50 mil reais para resolver 'pendências'. 

"Quando você tenta resistir, sua vida vira um inferno."
O Palácio do Planalto monitora o caso. Deputados federais do próprio PDT contaram a Giles Azevedo, chefe de gabinete de Dilma, que Panella estaria cobrando propina de ONGs. Por ordem da Casa Civil, Panella foi demitido dias depois, em agosto. Panella nega. "Saí porque não me adaptei a Brasília", diz o ex-chefe de gabinete de Lupi por quatro anos. Weverton, que assumiu em outubro mandato de deputado federal, também nega. "Quando uma entidade te procura, é porque ela tem problema, mas nossa equipe sempre foi muito profissional", diz.
 
Escândalos em série - Em dez meses, escândalos em série já derrubaram cinco ministros de Dilma Rouseff: Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esporte).