sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Por-do-sol em Santarém


Daqui a pouco esse espetáculo se repete na orla da cidade de Santarém.
Foto: Olavo das Neves.

Estados brasileiros ignoram poluição automotiva

Danielle Santos
Correio Braziliense

Todos os estados brasileiros - com exceção do Rio de Janeiro e de São Paulo - desobedecem a uma resolução do Código de Trânsito Brasileiro que determina a criação de programas estaduais de inspeção e manutenção de veículos automotores em circulação. A falta de interesse das unidades da Federação preocupa o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) porque impacta diretamente a política de redução de emissões de poluentes do governo federal.

A inspeção e a manutenção veicular seguem uma norma do Conama que mede, por exemplo, a quantidade de poluentes como monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e de enxofre que cada veículo pode emitir, de acordo com a sua tecnologia e data de fabricação. "Se houvesse uma preocupação maior em torno dessa fiscalização, acredito que diminuiríamos cerca de 30% da emissão de poluentes hoje no país", afirma o professor Francisco Emílio Nigro, do Departamento de Mecânica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).

A idade média dos carros brasileiros é de 9,5 anos, mais ou menos a mesma da frota norte-americana. Mas ainda há em circulação um número considerável de modelos de tecnologia ultrapassada, que, segundo o professor, precisam de uma atenção especial quando for medido o nível de poluição emitido. "O problema é que os carros mais velhos podem poluir por 10 ou 20 carros que já contenham na sua tecnologia essa preocupação com o meio ambiente e isso impacta e muito nos resultados da qualidade do ar", explica.

A preocupação foi sentida também pelo Conama. Até o mês que vem, o órgão deve apresentar novas normas para ajudar a cobrar dos governos estaduais uma atitude em relação à fiscalização desses veículos. "A falta de sensibilidade dos governos estaduais nos obriga a editar uma resolução sobre esse assunto para enquadrar a todos no cumprimento de metas para redução dos poluentes emitidos pelos carros nas cidades", critica o gerente de Qualidade do Ar do Ministério do Meio Ambiente, Rudolf Noronha.

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Socorro Coelho assume a Seduc agora à tarde

Quem conta é o especialista em kits escolares.

Proposta de senador acaba com remuneração dos vereadores de Santarém

Cidades com menos de 200 mil eleitores teriam Câmaras Muncipais transformadas em conselhos municipais, cujo os representantes não receberiam nenhuma remuneração.

Leia no Blog do Antenor.

MP instaura procedimento para apurar possível contaminação de lençol freático pela Alcoa em Juruti

O Ministério Público de Juruti, por meio da promotora de justiça Lilian Regina Furtado Braga, instaurou procedimento para apurar possível contaminação do lençol freático nas regiões de Jabuti e Santo Hilário, causada pelas obras da empresa Alcoa, a partir de denúncias dos comunitários da Associação Comunitária da Gleba Curumucuri. Programas de Controle Ambiental (PCA) relacionados ao monitoramento das águas na região estão dentre as condicionantes da empresa para obtenção da licença de operação da mina de exploração de bauxita.

O MP considerou as informações dos moradores das comunidades de Jabuti, Santo Hilário e adjacências, no município de Juruti, que costumavam utilizar normalmente as águas de poços oriundas dos igarapés da região. Com a construção da rodovia e da ferrovia pela empresa Alcoa Omnia Minérios, os comunitários denunciam a contaminação dos igarapés, cujas águas tornaram-se impróprias para o consumo humano, causando segundo eles, diversos problemas de saúde aos moradores.

De acordo com as informações prestadas à promotoria, a empresa construiu poços artesianos nas comunidades afetadas, na tentativa de minimizar o problema. Porém, não houve êxito devido à possibilidade de contaminação do lençol freático.

Para apurar as denúncias, em março de 2009, o MP requisitou informações da Secretaria de Estado de Meio Ambiente acerca dos procedimentos relativos ao licenciamento ambiental da empresa, que possui até agora as licenças prévia e de instalação do projeto. A licença de operação ainda não foi concedida, embora a empresa já tenha marcado a primeiro embarque de bauxita para o dia 15 de setembro.
(Fonte: Assessoria de imprensa do MPE)

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Médicos do HR só voltam na terça-feira

Mesmo com salários em dia, médicos do Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém, só voltam ao trabalho na terça-feira, após o feriado do dia 7.
A Pro-Saúde pagou os salários atrasados dos médicos nesta sexta-feira, mas não houve retorno imediato ao trabalho.
Esse seria um caso para o Ministério Público apurar responsabilidades de quem ganha, mas não está disposto a atender à população.

Desfile militar começará as 8 horas dia 7 de setembro

Houve um mudança no horário do desfile no dia 07 de Setembro.
O desfile terá início as 8 horas da manhã com a incorporação e asteamento da bandeira ao Pavilhão Nacional, na Praça do Pescador, e as 8:20 desfila o Clube dos Desbravadores, logo em seguida as instituições militares.

MP recomenda as farmácias exibição de lista de genéricos em Santarém

O Ministério Público do Estado em Santarém , por meio dos promotores de justiça Danyllo Pompeu Colares e Hélio Rubens Pinho Pereira, emitiram recomendação aos proprietários ou responsáveis por farmácias e drogarias do município, para que no prazo de trinta dias afixem em local visível a lista atualizada de medicamentos genéricos disponíveis ao consumidor.

O MP recomenda ainda que a lista seja atualizada com a periodicidade máxima de 45 dias, e que os proprietários informem por escrito o cumprimento da medida.

A recomendação visa garantir o cumprimento da Lei nº 7.038/2007, artigo 1º, pelo qual “as farmácias e drogarias ficam obrigadas a afixar listas com a relação dos medicamentos genéricos em local de fácil visualização pelo público consumidor”. A promotoria informa que já solicitou à Vigilância Sanitária para que informe se os estabelecimentos de Santarém estão cumprindo a determinação.

(Fonte: Assessoria de imprensa do MPE)

Santarém na fotosfera

Pescador, pescador, por quê foi, que no mar não tem peixe-boi?....
Foto de Alfonso Jimenez. Direitos reservados.

Çairé terá apenas festival dos botos no sábado

Por falta de recursos financeiros, a diretoria dos botos Cor de Rosa e Tucuxi já avisaram à coordenação da festa do Çairé que haverá apenas uma única apresentação das agremiações no lago dos botos este ano. Ao contrário das edições anteriores do festival, os botos Cor de Rosa e Tucuxi se apresentarão somente no sábado, dia 12.
Desde que foram fundados, os botos Cor de Rosa e Tucuxi faziam duas apresentações no Çairé, uma na sexta-feira e outra no sábado. " Se não conseguirmos todo o patrocínio pleiteado, nosso boto vai se apresentar apenas no sábado, já que para dois dias o custo é de mais de 300 mil reais. Se for apenas uma noite esse custo cai em 30%", explica Nivaldo Coelho, diretor do Cor de Rosa.

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Leia a matéria completa na edição impressa de O Estado do Tapajós, já nas bancas ou com o seu jornaleiro.

Câncer

Estreante na web, Alamir Marinho lançou seu blog.
E de saída faz um post interessante sobre a ajuda que se pode dar aos doentes de câncer.
Leia o post aqui.

Pintão, o repórter


Lúcio Flávio Pinto
Articulista do Blog do Estado


Logo que assumi (por curtíssimo período, de três meses) a chefia de reportagem de A Província do Pará, em 1971, decidi dar um curso de jornalismo para recrutar novos repórteres. Três foram aprovados nessa iniciação, desenvolvida na própria redação do jornal: Ademir Silva, Guilherme Augusto Pereira e Raimundo José Pinto (José Augusto Potiguar tomou outros rumos, tornando-se procurador da República). Meu irmão estava então com 20 anos, dois anos mais novo do que eu. Ficaríamos juntos na profissão pelos 18 anos seguintes.
Ele me sucedeu como correspondente de O Estado de S.Paulo quando fui para a sede, um ano e meio depois. Voltei a Belém para criar a primeira sucursal regional da empresa e ele se manteve no lugar. Permaneceu quando o projeto fez água e a brilhante equipe formada foi se desfazendo. Ninguém jamais questionou a relação de parentesco: Zé se firmara por seu valor. O mesmo valor que o credenciou a ser presidente do sindicato dos jornalistas, em 1982. Quando deixei o cargo, ele foi vice-presidente de Emanoel Ó de Almeida, mas podia ter sido o meu candidato sem o risco de nepotismo. O intervalo, porém, foi importante. Nunca mais ocupei qualquer posição na diretoria, cargo de sacrifício, que só os mal intencionados (ou masoquistas) querem bisar na íntegra. Raimundo ganhou a eleição sem precisar da minha participação.
Durante 15 anos dividimos o escritório do Estadão em Belém, cobrindo o Pará e, às vezes, a Amazônia toda, para aquele que era o mais influente jornal do país (posição que perdeu, não por acaso, quando a família Mesquita, fragmentada, deixou o topo da empresa e permitiu que sua mística virasse pó). Saí em 1989, mas ele ainda ficou por dois anos, até que a base física fosse desfeita e o serviço voltasse a ser como era antes: um único correspondente, acionado pela pauta paulistana. A transformação que operamos na cobertura jornalística da Amazônia, buscando dar-lhe autonomia e paridade, virou miragem. O exotismo amazônico voltou a ser a marca da linha editorial imposta de cima para baixo.
Quando desisti de assumir a sucursal da Gazeta Mercantil em Belém, repassei-lhe o lugar, que ele ocupou com a naturalidade das outras vezes, impondo-se na função por seu desempenho, sem abandonar o seu modo discreto e afável de exercer a chefia, como um colega e igual. E sem deixar de acompanhar os fatos, como repórter, que sempre foi, nas ruas e nos gabinetes. Dedicando mais tempo ao jornalismo científico.
Em tantos anos de parceria profissional, a relação fraterna sempre foi um detalhe. Tratávamo-nos como dois repórteres, sem diferença hierárquica, sem favorecimentos. Havia respeito entre nós, admiração recíproca. Como pessoas, éramos bastante diferentes, mas uma coisa nos unia: o humor. Quando as rodas se formavam, com outros irmãos e amigos, ou mesmo estranhos, a ironia ficava solta. Ninguém estava protegido da gozação, do chiste, da maledicência inofensiva.
Posso dizer que a maior característica de estarmos juntos na mesma profissão e na mesma empresa por tanto tempo foi a de jamais imaginarmos e arquitetarmos o mal a qualquer personagem, mesmo o mais ignóbil da cena pública. Os gostos (e desgostos) pessoais nunca contaminaram nossa pauta nem se infiltraram em nossos textos. Raimundo fez o melhor dos jornalismos de 1971 até uma semana atrás, quando o câncer, que combateu durante longos e sofridos quatro anos, o derrubou numa cama de hospital, colocando-o à mercê de sua crueldade e fatalidade.
Abracei e beijei meu irmão, dividi com ele nossas lágrimas, numa intimidade rara no nosso cotidiano de trabalho pesado. Ele sempre encarou a doença com a indestrutível vontade de viver, o sempiterno amor pela vida, pela fruição da existência, a boa conversa, a mesa apetitosa, os amigos, as pessoas queridas e o jornalismo, que foi a sua paixão. Ele superou todas as expectativas, mesmo as mais otimistas, quando da sua internação, para travar o maior combate da sua vida com altivez, com muita seriedade e, ao mesmo tempo, como se estivesse dançando o carnaval pelas ruas de Belém, num bloco, com seu pareô, seu colar de flores, seu boné, sua barba e aquele jeito característico de ser Raimundo José de Faria Pinto, marca pessoal, intransferível e que vencerá todas as formas de morte. O Pintão de todos os seus muitos amigos e admiradores, como eu. Nosso patrimônio comum.
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Artigo publicado originalmente no dia 21 de junho de 2009

Manhã musical

Comece o dia ouvindo "Poema de Amor", na voz de Kayla Almeida.
Letra de Wilson Fonseca.
Música integrante do CD Cordas do Tapajós.
Cique aqui: http://bit.ly/2TxvI1

Manchetes desta sexta de O Estado do Tapajós

BOTOS SE APRESENTAM APENAS NA SEXTA-FEIRA

OPERAÇÃO DA ANVISA E PF FECHA FARMÁCIAS E PRENDE 8 PESSOAS

CONCURSADOS DE SANTARÉM GANHAM, MAS NÃO LEVAM

PREFETIURA DE SANTARÉM ABANDONA TERMINAL DA PRAÇA TIRADENTES

SEMA VAI DAR SELO VERDE PARA CARROS DE PROPAGANDA VOLANTE

CELPA DEMORA A RESOLVER CASOS DE PIQUE DE ENERGIA

NEM PROCON CONSEGUE SOLUCIONAR RECLAMAÇÕES CONTRA A COSANPA

Ex-presidente do sindicato dos jornalistas morre em Belém

O jornalista santareno Raimundo José Pinto, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará, faleceu ainda há pouco, em casa, ao lado de familiares.
Raimundo José lutava contra um câncer nos ossos há vários anos e havia deixado o hospital há cerca de 10 dias.
Filho do ex-prefeito de Santarém Elias Pinto, Raimundo era irmão dos também jornalistas Lúcio Flávio Pinto(articulista de O Estado do Tapajós e do Blog do Estado), Elias Ribeiro Pinto e Luiz Pinto.
Raimundo foi repórter de A Província do Pará, O Estado do Pará, O Estado de São Paulo, Visão e Gazeta Mercantil.
Antes da doença se agravar, Raimundo editava um site de notícias econômicas e regionais.