domingo, 14 de novembro de 2010

O show dos bilhões

Do Blog do Parsifal

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A “Veja" desta semana entrevista Silvio Santos sobre a bancarrota do PanAmericano, o braço financeiro do Grupo que o apresentador construiu ao longo da sua vida.
Silvio Santos, 80 anos, confessa que havia programado se aposentar em 2011, mas, por causa da fraude no banco, resolveu adiar a intenção.
Para resolver o problema penhorou a alma: negociou pessoalmente com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) o aporte dos R$ 2,5 bilhões no banco, hipotecando na operação o Baú da Felicidade, o SBT e outras 42 empresas de seu grupo.
O empresário imita o presidente Lula na defesa: declara que não sabia de nada e foi surpreendido pela notícia do rombo quando gravava seu programa: "Foi um baita susto. Como o Banco Central estava havia três semanas em meu banco e não me informaram nada?"
Sobre os detalhes da negociação com o FGC, Silvio revela o jogo duro: "Eu disse que juros eu não pagaria. Aceitei apenas corrigir o desgaste inflacionário em cima do dinheiro. Tenho dez anos para pagar, com três anos de carência”.
E acusa o golpe: “É uma pancada, mas posso pagar desde que venda algumas de minhas empresas.".
Silvio Santos alterna entre a disposição de vender ou não a menina dos seus olhos, o SBT - "A televisão não vendo" -, mais à frente, a resolução arrefece: "Vou fazer de tudo para não vender".
Não seria possível ao empresário, com a diversidade de negócios que tem, e a dedicação quase exclusiva ao SBT, colocar-se a par do que ocorria no PanAmericano.
A empresa responsável por auditar o balanço não acusou a fraude durante um período de cinco anos e o próprio Banco Central só a detectou quando ela se tornou insustentável.
O Brasil tem um sistema financeiro bem regulado. Casos como o do PanAmericano não podem ser analisados como grave deficiência do sistema, mas, devem servir para estabelecer mecanismos mais efetivos nas auditorias.
No caso especifico, as auditorias foram lenientes com as fraudes que ocorriam ou ineficientes no trabalho que deveriam desenvolver.

Em braços fortes

Texto e Foto: Carlos Bandeira Jr.

Presenciei essa cenas no Porto dos Milagres onde o pescador divide a atenção em vender seu peixe e em cuidar do filho.
No Porto dos Milagres os pescadores acordam antes mesmo até do sol e saem bem cedo para uma rotina de remo, linha, céu, água e água. Conhecem o rio como a palma de suas mãos e com botes certeiros de tarrafa conseguem seus produtos, os peixes, para no fim da tarde comercializa-los no porto milagroso.