quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Encerrado: São Raimundo 3 x 1 Sport Belém

O São Raimundo conquistou os primeiros três pontos na primeira fase do campeonato paraense. Após a vitória de 3 x 1 contra o Sport Belém o Pantera está em 7º lugar na tabela de classificação.
A última partida do São Raimundo em Belém será contra o Pedreira, sexta-feira.
No dia 3 de dezembro, o Pantera joga pela primeira vez em Santarém enfrentando o time da Tuna Luso Brasileira.
Ao contrário do que foi divulgado, o São Raimundo foi dirigido por Osvaldo Montealegre. Carpegiane continua como preparador físico.

São Raimundo 3 x 1 Sport Belém

Vanderley, aos 43 do segundo tempo: São Raimundo 3 x 1 Sport Belém.

Renda de São Raimundo x Sport Belém é de apens R$ 219,00

Apenas 73 torcedores pagaram ingresso para assistir ao jogo São Raimundo x Sport Belém, hoje à tarde, no campo do Ceju, em Belém.
A renda da partida foi de duzentos e dezenove reais.

Tentativa de fuga na Funcap de Santarém

A Polícia Militar acaba de ser acionada para conter uma tentativa de fuga de menores do prédio da Funcap em Santarém.

Relatórios mostram que urnas eletrônicas foram violadas, mesmo depois de lacradas

A Rede Bandeirantes de Televisão exibiu ontem(24) no Jornal da Band e no Jornal da Noite reportagem informando que a Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar suspeita de fraude nas eleições em Caxias, estado do Maranhão. Relatórios mostram que urnas eletrônicasforam violadas, mesmo depois de lacradas. Um vereador não teve o próprio voto computado.
A matéria revela ainda que as urnas foram ligadas antes da eleição, tiveram lista de códigos digitais e programas alterados. Dois técnicos da USP (Universidade de São Paulo), acionados pela emissora, confirmam as suspeitas. A PF mandou as urnas para perícia técnica e caso seja comprovada a violação promete punir os autores do crime. Uma possível anulação da eleição vai depender do Ministério Público Federal (MPF).
A reportagem lembra que dos 12 vereadores de Caxias, 11 se elegeram com apoio do prefeito reeleito Humberto Coutinho (PDT), que não quis falar sobre o caso. A presidente do TRE do Maranhão, desembargadora Cleonice Silva Freire, e o presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Brito, também não quiseram se pronunciar.
O diretor de informática do TSE disse que a fraude é impossível.
Fonte: Imirante

São Raimundo 2 x 1 Sport Belém

Hugo de León, aos 5 minutos do segundo tempo: Sport 1 x 2 São Raimundo.

São Raimundo 2 x 0 Sport Belém

Vanderley, aos 2" do segundo tempo: São Raimundo 2 x 0 Sport Belém.

Sessão Especial debaterá Hidrovia Tapajós - Teles Pires

Na Sessão Ordinária da Assembléia Legislativa do Estado do Pará desta quarta-feira, 26 de novembro de 2008, foi aprovado o requerimento Nº 327/2008, proposto pela Frente Parlamentar Pró-Hidrovias e Portos do Pará, para a realização de uma Sessão Especial destinada a debater a implantação da Hidrovia Tapajós - Teles Pires - Juruena. Dentre os objetivos da Sessão Especial está o de conhecer e debater o estudo de viabilidade para a implantação da referida hidrovia, elaborado por um consórcio empresarial, e que encontra-se em análise na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). O consórcio empresarial interessado em investir na implantação da hidrovia, batizado como VAMONT, é formado pelas empresas Vanguarda (produtora de alimentos no Estado de Mato Grosso) e Montana (fabricante de máquinas agrícolas).

Desde 1994, através do Ministério dos Transportes, Administração das Hidrovias da Amazônia Oriental - AHIMOR e Companhia Docas do Pará - CDP, vários estudos e projetos acerca da Hidrovia Tapajós - Teles Pires já foram elaborados. Porém, nenhum destes dado como conclusivo em função de empecilhos e restrições de ordem econômica, ambiental e até mesmo jurídica.

Para o Consórcio Vanguarda-Montana, \"é possível afirmar que a rota adequada liga Santarém (PA) até Sinop (MT) e, existindo viabilidade econômica e viabilidade ambiental, deve ser implantada em duas fases:
FASE 01: Alta Floresta (MT) - Santarém (PA)
FASE 02: Sinop (MT) - Alta Floresta (MT)\"

De acordo com o deputado estadual Alexandre Von (PSDB/PA), vice-presidente da Frente Parlamentar Pró-Hidrovias e Portos do Pará, além da proposta de investimentos privados apresentada pelo Consórcio Empresarial Vamont e em análise na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), é necessário conhecer o posicionamento do Governo Federal, através dos ministérios diretamente envolvidos com o projeto hidroviário, do Governo do Estado do Pará, dos municípios e demais órgãos e entidades diretamente envolvidos e/ou atingidos com a implantação da Hidrovia Tapajós - Teles Pires.(Fonte: Assessoria parlamentar)

Emancipação

A Associação Comercial e Empresarial de Santarém(ACES) desfiliou-se da Federação das Associações Comerciais do Pará(ACIAP), com sede em Belém.
A partir desta semana a ACES está oficialmente associada à Câmara das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Pará, com sede em Santarém.

Primeiro tempo encerrado

São Raimundo 1 x 0 Sport Belém.

Santarém vota em Juvenil

Os três deputados estaduais eleitos por Santarém - Antônio Rocha(PMDB), Alexandre Von(PSDB) e Carlos Martins(PT) vão cravar o nome de Domingos Juvenil(PMDB) para a presidência da Assembléia Legisltiva do Estado.

São Raimundo 1 x 0 Sport Belém

Elson, aos 5' do primeiro tempo: São Raimundo 1 x 0 Sport Belém.

PMDB indica Sandro Lopes para a SMT

O diretório municipal do PMDB indicou à prefeita Maria do Carmo o nome de Sandro Lopes para ocupar o cargo de secretário municipal de transportes que vinha sendo ocupado interinamente por Joaquim Azevedo, que volta ao Hemopa, onde vai atuar como chefe do setor administrativo-financeiro daquele órgão estadual.

Novo diretor da Diretran anuncia emissão de DUT em Santarém

Erlon Rocha assumiu a Gerência da 2ª Agência Regional do Detran (Oeste do Pará), na última quinta-feira (20) e já anunciou que a partir de janeiro a CRLB, documento mais conhecido como "DUT" será emitido na hora pelo Detran de Santarém, assim como a Carteira Nacional de Habilitação, o que será um grande avanço para os motoristas da região, que chegam a esperar até 90 dias para receber os documentos, no modelo que ainda hoje é utilizado pelo Detran de Santarém.
Erlon anunciou que vai ser lançado pelo Detran de Santarém o "DETRAN MÓVEL", que vai atuar em parceria com as auto-escolas das cidades onde existem agencias do Detran, fazendo com que a cada dois meses os coordenadores de Santarém, visitem cada uma das cidades na tentativa de legalizar o maior número de veículos e motoristas possível.
O prédio onde hoje funciona o Detran de Santarém na Avenida Cuiabá, que era alugado, foi recentemente comprado e passara por um grande processo de reforma e modernização tecnológica do sistema para se adequar à emissão de documentos de veículos e habilitações e que pode dar a Santarém o mesmo padrão de atendimento e estrutura da capital paraense. Além do prédio, uma nova viatura foi comprada para uso do Detran.
Outro investimento importante na região Oeste do Pará será a construção em Juruti de uma nova Agência do Detran, prevista para 2009. O projeto da Alcoa tornou necessário o investimento devido ao grande aumento no número de veículos e a pouca organização do trânsito que existe hoje em Juruti.

Manchetes da edição de quarta-feira de O Estado do Tapajós

MORTES NOS TRÂNSITO CRESCEM 71% EM 2008

DANIEL COHENCA É DEMITIDO DA GERÊNCIA DO IBAMA EM SANTARÉM

CÍRIO REÚNE CERCA DE 100 MIL PESSOAS EM LOUVOR A VIRGEM

APREENDIDAS MAIS DE 9 TONELADAS DE PEIXES EM PERÍODO DE DEFESO

ATIVISMO CONTRA VIOLÊNCIA LANÇADO NA CÂMARA

COMEÇA TRIAGEM PARA CIRURGIAS DE LÁBIO-LEPORINO

Santarém é vice-campeã em casos de dengue

Marco Antônio Uhl
Repórter


A cidade de Santarém pode enfrentar uma epidemia daqui a alguns meses se as autoridades de saúde e toda a população não tomarem providências urgentes quanto ao combate aos focos do mosquito "Aedes aegypti", transmissor da Dengue.
Segundo o levantamento divulgado esta semana pelo Ministério da Saúde, Santarém só perde em quantidade de focos do mosquito para Benevides - município da região metropolitana de Belém.
O Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), do MS também mostra que entre as capitais brasileiras, o Pará tem um dos piores índices quanto ao combate aos focos da doença.
Apenas a cidade de Abaetetuba apresentou índice satisfatório dentre os municípios pesquisados. Outras seis cidades, além de Belém, Benevides e Santarém aparecem em situação de alerta, com índice de infestação entre 1% e 3,9%, que são: Ananindeua, Cametá, Castanhal, Marabá, Marituba e Santa Bárbara. Em Belém, que aparece com 1,6% de focos do mosquito as infestações chegam à 7,3% tornando o caso um pouco mais complexo devido ao maior número de habitantes e a maior extensão territorial do município.
O Ministério da Defesa já disponibilizou um efetivo de 240 militares (50 da Marinha, 150 do Exército e 40 da Aeronáutica) para ajudar a combater os focos de mosquitos no Pará.

ABASTECIMENTO DE ÁGUA É O VILÃO

Em Santarém o índice de infestação predial mostra que o criadouro predominante é identificado nos sistemas de abastecimento de água do município, o que levou a cidade em 2008 aos 1,8% colocando-a em situação de alerta, de acordo com a metodologia de risco aplicada pelo Ministério da Saúde.
A conscientização da população e o trabalho preventivo de todos têm que ter início o quanto antes, para que as vidas de pessoas inocentes não sejam colocadas em risco, já que essa pode ser uma tragédia anunciada. Nos anos anteriores, muitas famílias perderam pessoas devido ao avanço da doença para o nível de "Dengue Hemorrágica", e o que se mostra mais interessante no estudo do Governo Federal é quanto a diversidade de tipos de criadouros do mosquito, por exemplo: em Abaetetuba, Ananindeua e Marituba os depósitos domiciliares são os maiores responsáveis pelos focos; Belém, Benevides, Castanhal e Santa Bárbara, o lixo acumulado nas vias públicas é o problema; já em Cametá, Marabá e aqui em Santarém os depósitos de água são os maiores vilões e principais responsáveis pela proliferação do mosquito transmissor da Dengue.
O objetivo do (LIRAa) é identificar com antecedência as áreas de maior risco de formação de criadouros do mosquito transmissor. Os resultados permitem o planejamento e a intensificação de ações de combate ao vetor da doença, assim como as atividades de mobilização, comunicação e de educação.
Para ser realizado, o município é dividido em grupos de 9 mil a 12 mil imóveis com características semelhantes. Em cada grupo, também chamado estrato, são pesquisados 450 imóveis. Os estratos apontam três situações: até 1% de infestação, significa que o município está em condições satisfatórias; de 1% a 3,9% indica situação de alerta; e superior a 4% aponta risco de surto de dengue.

O leão da Receita Federal é meio vesgo na Amazônia

Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal e articulista de O Estado do Tapajós



José Tostes Neto provavelmente foi o superintendente que por mais tempo esteve à frente da 2ª Região Fiscal da Receita Federal, a maior e mais complexa do país. Durante os quase 15 anos em que se manteve no cargo enfrentou ameaças à sua integridade física, "tentativas de intimidações, representações, acusações falsas, calúnias, injúrias, difamações (todas repelidas através de processos judiciais), queixa crime e estratégias sórdidas para tentar desmoralizar-me". Ao transmitir a função ao seu sucessor, no mês passado, porém, podia apresentar resultados quantitativos e qualificativos atestando que enfrentou e superou as barreiras para cumprir sua missão.
No período em que foi superintendente, a arrecadação da Receita Federal na Amazônia cresceu 674%%, contra a média nacional de 595%%, um desempenho 79 pontos percentuais acima da arrecadação total do Brasil. Este seria apenas um número se não houvesse uma história para explicar como ele se tornou possível. Na solenidade de transmissão do cargo, Tostes disse ter em seu poder, como um trunfo, inúmeros documentos sobre todas as reações que precisou enfrentar em defesa da renda pública. Dentre esses documentos há a cópia de um inquérito instaurado pela Polícia Federal no Amazonas, em 2003, para apurar um esquema de tráfico de influência "que utilizou serviços profissionais de lobistas com dois objetivos: o primeiro era desacreditar-me e conseguir minha exoneração do cargo de superintendente; o segundo era garantir a nomeação para os cargos de comando da Receita Federal na 2ª Região Fiscal de pessoas comprometidas com o esquema que pretendia movimentar ilegalmente mercadorias nos portos da região em montante, segundo peças desse inquérito, de R$ 10 milhões mensalmente".
O esquema descoberto - lembrou Tostes - "oferecia vultosa premiação em espécie para quem conseguisse viabilizar seus objetivos". O manuseio desse processo, "onde desfilam personagens ilustres da elite política e econômica de nosso país", revelará, a quem o consultar, "um panorama decepcionante sobre os valores éticos condenáveis que movem as ações dessas pessoas, que tanta influência e poder exercem na vida do nosso país", garantiu o ex-superintendente. Ele não tem dúvida de que "serão necessários muitos anos de trabalho em educação fiscal para que a nossa sociedade possa tomar consciência do quão perniciosas são essas práticas e passe a agir contra elas".
Para Tostes, não foi surpresa, "depois que esses fatos foram descobertos e desmascarados seus personagens", aparecerem, pouco tempo depois, alguns deles mesmos "flagrados num dos maiores escândalos de nosso passado recente, o famoso caso do 'mensalão', tendo que vergonhosamente renunciar aos seus mandatos políticos para não serem cassados ou serem exonerados de suas funções".
Ele não citou outros dois episódios também marcantes. Um deles se relacionou com a aprovação do tristemente famoso projeto da Usimar, durante reunião do Conselho Deliberativo da Sudam, em São Luís do Maranhão, em 2002. O então governador de Mato Grosso, Dante de Oliveira, apresentou queixa-crime contra Tostes, justamente o único dos conselheiros contrário à aprovação do projeto, sobre o qual pesavam denúncias de prevaricação. Era uma ousada tentativa de inverter a verdade e deslocar o foco do fato principal, que acabou não dando, graças à persistência de Tostes. O Ministério Público Federal denunciou a aberração, que contribuiu para a extinção da Sudam, A ação civil pública, porém, continua engavetada no Supremo Tribunal Federal, à espera de julgamento. Provavelmente o crime prescreverá.
O segundo episódio foi a aplicação à Mineração Rio do Norte da maior multa que uma empresa já sofreu no Brasil. A MRN, uma das maiores produtoras de bauxita do mundo, estabelecida em Oriximiná, reduziu em 30% o seu capital sem considerar que parte dele foi resultante da colaboração financeira do governo federal, que lhe concedeu incentivos fiscais. Como não foi consultada, a Receita Federal autuou a mineradora, que precisou depositar em juízo um grande valor. O processo tramita no Tribunal Regional Federal da 1ª região.
Ao repassar essas experiências, Tostes admitiu sua surpresa "ao constatar como foi possível enfrentar tantos combates e resistir a todos eles". Mas também estava convencido "de ter valido a pena passar por esses dissabores, pois os resultados compensaram". Ainda assim, não podia deixar de "constatar com inquietação" que a Amazônia "continua a receber um tratamento incompatível com sua importância e seu potencial de desenvolvimento. Sabemos que ela não representa problema, como equivocadamente muitos imaginam, mas sim solução para inúmeras questões nacionais.
Por desconhecimento e por diversas outras razões, são definidas políticas públicas e adotadas decisões inteiramente equivocadas em relação aos anseios e necessidades da região".
No seu pronunciamento, Tostes apontou "alguns exemplos desses equívocos" da política tributária nacional, que merecem ser considerados na íntegra, porque dificilmente aparecem de forma tão clara e incisiva. Disse ele:
"- Como entender e muito menos aceitar como racional a concessão de incentivos fiscais para a extração dos recursos naturais que representam as maiores riquezas da região? Alguns desses recursos são de qualidades inigualáveis a nível mundial e assistimos sua exploração desenfreada ser feita à custa de renúncia fiscal e sem que a região receba uma justa recompensa pela extração desses recursos.
- Como é possível tolerar a criação de mais áreas de livre comércio, como a de Boa Vista/Roraima, que está em vias de ser regulamentada? Quem aqui vive sabe perfeitamente que essas áreas foram concebidas no passado dentro de um cenário de economia fechada inteiramente diverso da realidade de hoje e que elas são muito mais instrumentos de fraudes, outros ilícitos tributários e aduaneiros, de geração de distorções econômicas e até mesmo de proselitismo político do que efetivamente uma estratégia para promover desenvolvimento regional.
- Como explicar a existência da Zona Franca de São Paulo? Algumas das senhoras e senhores irão perguntar. Mas não seria Zona Franca de Manaus? Não, é isso mesmo. Zona Franca de São Paulo. Explico melhor.
A distorção é tamanha que, pasmem, na criatividade ilimitada em inventar incentivos, sob pretexto de favorecer a região, existe hoje um conjunto de incentivos fiscais maior para a produção fora dela do que propriamente para geração de emprego e renda na própria região.
No conjunto de incentivos fiscais estabelecidos para a Zona Franca de Manaus, com o intuito de proporcionar condições melhores de preço às indústrias e ao comércio em geral naquela área incentivada, foram concedidos benefícios fiscais aos fornecedores de outras regiões do país que comercializassem produtos para Manaus, equiparando tal operação a uma exportação brasileira para o exterior. Com isso, qualquer indústria de outra região, quando vende seus produtos para a Zona Franca de Manaus, tem direito a mais incentivos do que se estivesse produzindo na própria Zona Franca de Manaus.
Como preponderantemente as empresas industriais que vendem para a Zona Franca de Manaus estão localizadas em São Paulo, esses incentivos são conhecidos como incentivos da zona franca de São Paulo.
Posteriormente, alguns desses benefícios foram estendidos para as vendas efetuadas não só para a Zona Franca de Manaus, mas também para toda a Amazônia Ocidental e para as Áreas de Livre Comércio.
Na verdade, hoje, eles estão inteiramente desvirtuados e não mais atendem aos objetivos que levaram as suas criações. Esta convicção manifesta-se principalmente pelos seguintes aspectos:
1) Empresas localizadas fora da região incentivada têm mais incentivos do que as que estão dentro na região, o que se constitui num absurdo, pois é a política de incentivos praticada às avessas. Com essa política, a região mais necessitada jamais terá um parque industrial ou comercial que lhe proporcione condições de desenvolver-se, e estará condenada a ser uma eterna consumidora das regiões mais desenvolvidas.
2) A esperada redução de preço com a desoneração tributária, que proporcionaria melhores condições para a aquisição dos produtos na região incentivada não ocorre na prática, pois os fornecedores não vendem seus produtos mais baratos, o que significa que o incentivo se traduz em maior lucro para eles. É uma inversão completa de um dos objetivos pretendidos com o incentivo que seria promover desenvolvimento nas regiões mais carentes e diminuir as desigualdades regionais. Na verdade, está tendo efeito contrário, pois concentra mais renda e riqueza nas regiões mais desenvolvidas. Já ocorreu o inacreditável de produtos serem vendidos mais baratos sem incentivo do que com incentivo fiscal, provocando o envio de consulta à nossa Superintendência por uma entidade de classe empresarial indagando se poderia renunciar aos incentivos de seu Estado para poder comprar mais barato seus produtos.
3) O mecanismo tem propiciado condições para inúmeras fraudes, pois pela dificuldade de controle, e pela estrutura inadequada de fiscalização, inúmeras mercadorias são faturadas para a região e aqui nunca chegam sendo desviadas para comercialização no restante do país, representando uma elevada sonegação de tributos".
Tostes citou "duas observações muito pertinentes", feitas pelo tributarista Vasco Guimarães, da União Européia, durante um seminário sobre a nova proposta de reforma tributaria, em análise pelo Congresso, que "deveriam ser assimiladas por aqui".
A primeira é sobre a incrível incapacidade que o Brasil tem demonstrado para unificar sua tributação, criando uma tributação única sobre o valor agregado, capaz de pôr fim à guerra fiscal perniciosa praticada por seus Estados. Essa impotência é tanto mais grave por ser o Brasil um país que tem uma única língua e poucas diferenças culturais significativas. Já a União Européia alcançou esse objetivo, mesmo sendo formada por 26 países, com 16 línguas e culturas muito distintas, que geram conflitos históricos, inclusive guerras.
A segunda observação diz mais respeito à Amazônia em particular. É sobre a inadequação de política de desenvolvimento e de diminuição de desigualdades regionais, promovida através de incentivos fiscais, por meio de desoneração tributária. O melhor seria seguir o exemplo da União Européia, "através da política de gastos, com a criação de fundos regionais promotores de desenvolvimento que possam financiar projetos e onde somente os melhores projetos recebem recursos.
O Brasil custa e teima em não aprender essa lição, pois para cada problema que o país tem que enfrentar uma das primeiras propostas de solução quase sempre é a criação de incentivos fiscais".
Com base na sua experiência de 26 anos de trabalho na Receita Federal, Tostes aprendeu que, criado um incentivo fiscal, "surge imediatamente ou quase que simultaneamente a fraude, o desvio de finalidade, e as distorções, que provocam desequilíbrio econômico". E se cobrar tributos não é uma tarefa fácil, controlar a renúncia fiscal e os incentivos fiscais "é muito mais difícil, trabalhoso e complexo. E o pior, pouco valorizado e muito cobrado". Por isso, as palavras do superintendente que deixava a Receita depois de tanto tempo no cargo e tantos problemas foram solenemente esquecidas.

Pontuando - José Olivar

Mojui dos Campos nessa nova legislatura parte com um representante (vereador Jailson), que tem muito a oferecer mesmo pertencendo a um partido que não se alinha com a orientação política da nobre Prefeita. Ao contrário do que muitos pensam, para manter a liderança e o respeito adquirido, não precisa o Jailson e outros da oposição, se curvarem aos interesses do Executivo. Não é a subserviência que traz os louros da glória. Ao contrário, a independência e a honestidade sempre desembocam no respeito por quem as tem. *** Assim como o Jailson, o vereador eleito Chico da Ciframa é outro que formará fileiras na oposição com independência e fidelidade ao seu partido. Nestes, com certeza, as pretensões de muitos serão barradas, até porque, quem hoje deseja atraí-los, nunca os conheceu no passado. *** Alguns políticos estão identificando um político mercenário que fica buscando vantagens em tudo. *** Só faltava esta! Os delegados da Polícia Civil do Pará entraram em greve. Se antes da greve a questão da Segurança Pública já era um Deus nos acuda, quanto mais agora. *** Amanhã, os católicos santarenos e das cidades circunvizinhas estarão participando de mais um Círio de Nossa Senhora da Conceição. Espera-se que o ato religioso não sirva de palco para muitos aparecerem, inclusive alguns políticos que nada querem com a religião. *** Um amigo perguntou-me porque Santarém tem tantos colunistas sociais, ou assim se intitulando. Não soube responder, mas penso que alguma vantagem o título deve trazer. Será? *** Parando ao lado do Hospital Imaculada Conceição, fiquei a observar a mudança no visual do mesmo, todo reformado, com blindex nos acessos, num estilo bem destacado. Ao meu lado passava um amigo e indagou-me: Por que será que de repente se deu esta mudança? ?O Dr. Francisco Aguiar (cardiologista), é hoje um médico muito requisitado em Santarém, não só por sua vivência e seus conhecimentos na sua área de atuação, como também pela maneira cordial e altaneira com que trata seus clientes e amigos. Com a sua esposa, Dra. Eliane (ginecologista), forma um par do mais alto gabarito. *** Li, no Impacto, a respeito de um médico ignorante e mal educado que trata abusivamente seus clientes. Este fato causa-me revolta, lembrando que para profissionais assim, a carreira é bem curta. *** Cada dia que passa, vejo mais carros importados e nacionais, novinhos em folha, com placas de Manaus. Volto a bater na mesma tecla: algo estranho está acontecendo com a vinda desses veículos para Santarém, principalmente se forem consideradas as isenções fiscais concedidas naquele Estado. *** Certa instituição de ensino superior não perde a prática de convidar pessoas que exercem cargos de destaque para serem professores, principalmente se for da magistratura. Quer com isso usar os nomes dos profissionais para se projetar no mercado. Eu, heim! *** Uma corrente de dentro da Policia Federal entende que, se o delegado Protógenes Queiroz (Operação Satiagraha) sofrer punição severa por estar sendo acusado de quebra de sigilo funcional, desobediência, usurpação de função pública, prevaricação, filmagem e grampos clandestinos, vai desestimular os policiais federais nas grandes operações. Acho que defender tal tese é ser favorável às investigações que violam a lei. Investigar é um direito dos policiais, porém, em obediência aos limites legais. *** Foi muito bom o papo na casa do advogado Jefferson Brito que recepcionou amigos para comemorar a 1ª Eucaristia das duas filhas do casal. *** Em conversa com o dinâmico Juiz Dr. Gabriel Veloso, fui informado de que ele pretende pedir remoção para uma Comarca mais próxima de Belém (Castanhal). Se isto acontecer, perderão os jurisdicionados e os advogados pela celeridade que o ilustre Magistrado impõe aos processos. *** Estou sabendo que a Prefeita pretende - se continuar no cargo - no próximo mandato criar a Secretaria do Meio Ambiente, assim como também me sopraram que será o Dr. Helenilson o titular da nova Secretaria. Não acredito. Será? *** Vi na Orla, alguém sem pedigree abandonado ao relento, quiçá lembrando do passado que não volta mais.

Os tucanos apóiam Juvenil de olho em 2010. Com Jader.

Do Espaço Aberto:

Engana-se quem pensa que a adesão dos tucanos à candidatura do deputado peemedebista Domingos Juvenil a presidente, em segundo mandato, vai se limitar aos restritos círculos de uma eleição para escolher a nova Mesa Diretora da Assembléia Legislativa.
Engana-se redondamente quem pensa assim.
Essa aliança é um aperitivo para o que ainda virá.
E o que virá, tudo indica, é uma aliança entre PSDB e PMDB para o governo do Estado em 2010.
Uma aliança que teria Simão Jatene (PSDB) para o governo do Estado, o atual prefeito peemedebista de Ananindeua, Helder Barbalho (PMDB), para vice e o deputado Jader Barbalho, presidente regional do PMDB, como candidato a uma vaga ao Senado Federal.
Para ontem à tarde, aliás, especulava-se que Jader e Jatene se encontrariam. Oficialmente e primordialmente, tratariam sobre os últimos detalhes acerca da eleição para a Mesa da Assembléia.
Quando acabassem de tratar sobre esse assunto específico, falariam sobre o quê?
Vocês acham que Jader e Jatene falariam sobre o quê?
Sobre um meio de salvar Remo e Paysandu, condenados à bancarrota?
Sobre a última pesquisa referente às conseqüências do efeito estufa na estrutura geológica do fundo dos mares?
Sobre a possibilidade de o Íbis, o pior time do mundo, vir um dia a disputar o campeonato mundial de clubes?
O que vocês acham que Jader e Jatene discutiriam antes, durante e depois de conversarem sobre a questão da Assembléia?
O blog, vale dizer, não conseguiu confirmar se o encontro houve e se ambos se encontraram pessoalmente ou se falaram apenas por telefone.
Mas não há dúvidas de que Jader e Jatene, mais cedo ou mais tarde, se encontrarão. Se é que já não se encontraram mesmo.
Os bigodes são apenas um detalhe
Os deputados do PSDB não embarcaram na candidatura Juvenil porque se encantaram, digamos, com os bigodes bem aparados do atual presidente da Assembléia.
Pode até ser também por isso, mas não simplesmente por isso.
É que o apoio a Juvenil sinaliza os meios que vão garantir a viabilização das despesas com a eleição de candidatos tucanos em 2010. Isso porque, vocês sabem, sem apoio do Estado e sem prefeituras, estão todos a perigo.
Afinal, o já gordo orçamento da Assembléia Legislativa vai aumentar ainda mais no ano que vem. “Quando Ana Júlia acordar, será tarde demais. A bancada do PT é totalmente desagregada, cada um por si de Deus por todos”, diz uma fonte antenadíssima ao blog. E cita um exemplo – apenas um: “O Faleiro [Airton Faleiro, líder da bancada do governo na AL] é simpático, mas não lidera ninguém, menos ainda as ditas bancadas de sustentação ao governo.”
Registre-se.
Para que se possa conferir mais tarde.

Olho gordo

Os mesmos atores que conspiraram, boicotaram e até inventaram 'pesquisa' de intenção de voto para o Congresso Nacional, em Santarém, de modo a tentar, sem sucesso, que Lira Maia não ultrapassasse a barreira dos 100 mil votos, em 2006, como de fato aconteceu, começam a colocar as manguinhas de fora em vista ao próximo pleito, em 2010.
Lira Maia já está em campanha à reeleição, ancorado numa estrutura em 11 municípios onde seu grupo político foi vitoroso para prefeito, vice-prefeito e câmara de vereadores. Sem contar com Santarém, onde, apesar de lutar contra a compra de votos, pressões espúrias e uso da máquina obteve mais de 60 mil votos para prefeito.
Em 2010, Lira Maia diz que sua campanha terá muito mais estrutura política, ao contrário de 2006, quando contou apenas com o apoio partidário de um prefeito da região Oeste do Pará.