segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Rede Record anuncia cobertura do Çairé 2012

“Já está incluída na nossa programação de 2012 a cobertura do Çairé, que acontece em Alter-do-Chão, em Santarém”, anunciou Paulo Batista, novo diretor executivo da TV Record, em visita ao governador Simão Jatene.

Para o ano que vem, a emissora está com uma novidade que pretende valorizar ainda mais o Pará.  

Jatene agradeceu pela visita e falou sobre a importância da parceria com a emissora. “A Record é um veículo de comunicação que tem crescido a cada dia. Sem dúvida seremos parceiros no que pudermos para valorizar o paraensismo. Nosso Estado tem coisas maravilhosas que devem ser mostradas e divulgadas para o mundo inteiro”, disse.  Com informações de Bruna Campos – Secom)

Seminário ensina empresas de Santarém a serem mais competitivas


Como aperfeiçoar uma empresa e torná-la mais competitiva? A resposta estará no “Seminário tecnologia e inovação”, promovido pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Santarém, oeste do Pará. Quarta-feira (23), profissionais dos setores de hotelaria, restaurantes, comércio e outros empresários poderão aprender como usar a Propriedade Intelectual, da Qualidade e do Empreendedorismo para aprimorar suas atividades econômicas e seus produtos.

Segundo a coordenadora de Tecnologia Industrial Básica da Secti, Magáli Coelho, o objetivo do evento é disseminar, no interior do Estado, a cultura da inovação e do empreendedorismo, por meio do estímulo ao uso dos recursos tecnológicos da qualidade e da propriedade intelectual para a construção de relações comerciais mais duradouras.

A programação do evento é composta por três palestras que abordarão temas como marcas e desenho industrial, tecnologia industrial básica para qualidade em produtos, processos e serviços e atendimento ao cliente. O evento é gratuito e aberto ao público em geral. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (91) 4009-2548.(Ascom Secti)

Pobre futebol paraense

Por LEANDRO SANTIAGO GARCIA*

Seis títulos brasileiros.
Terra do único clube da regiao Norte que esteve em uma Copa Libertadores.
O futebol paraense já foi grande.
Já foi.
Neste domingo  amargou mais um fracasso.
Pelo quinto ano, o Paysandu tentou sair da Série C.
Após cinco meses de disputa, intrigas e três técnicos, teve o destino óbvio.
Fracassou.
Quanto ao Remo, não fracassou nos últimos meses.
Até porque nem teve onde fracassar.
Sem vaga na Série D, virou um time itinerante, que roda pelo interior do Pará em busca de algum respeito.
Algo que perdeu faz tempo.
Bravo mundo novo da bola que falou aos quatro ventos qual era a nova ordem do futebol.
Remo e Paysandu se fizeram de surdos.
Sócio-torcedor?
Não sabem não querem saber e tem raiva de quem sabe.
Também não sabem por que são desprezados por patrocinadores.
Valorização das categorias de base?
Praticamente um palavrão.
Preferem investir em jogadores veteranos a sua imagem e semelhança.
Atletas que assim como eles, já foram grandes.
Hoje não são.
Preferem ouvir empresários, que ano após ano, empurram jogadores de qualidade duvidosa e salários astronômicos.
Salários que ao longo do tempo, não são pagos.
E os dirigentes viram reféns de atletas de profissionalismo nulo.
“Nossa torcida nos levará ao acesso”, pensam eles.
Não leva, porque não há paixão que bata tanto amadorismo.
O “presidente-coronel”, que invade vestiários para dar esporro em atleta, ainda existe.
A segunda bicolor era pra ser de segunda.
Será de terceira.
Há cinco anos, os bicolores gritam a frase “Vamos subir, Papão”.
E continua sendo apenas isso.
Uma frase.

*Leandro Santiago Garcia é jornalista.

Pontes amazônicas e o “outro lado”


Lúcio Flávio Pinto

Ao inaugurar a ponte ligando por terra Belém ao balneário de Mosqueiro, em 1976. o general-presidente Ernesto Geisel perguntou ao governador Aloysio Chaves o que havia na ilha que justificasse a obra. Pensava numa atividade produtiva que precisasse da ligação para se desenvolver melhor ou do efeito multiplicador do investimento em infra-estrutura. Desacostumado ao lazer, o hierático presidente cobrava resultados que garantissem retorno à aplicação de dinheiro público.

Por vias tortas, o tempo daria dose imprevista de razão ao general neo-prussiano. A ponte só piorou a ilha de Mosqueiro. Não por algum atavismo maligno da modernidade e do “desenvolvimento”. Simplesmente porque houve uma invasão da ilha por gente necessitada de moradia, especuladores e aproveitadores. E a fuga do poder público, responsável pela regulação da vida em sociedade e a aplicação das leis. Mosqueiro está sendo saqueada e dilapidada.

Mas tanto a presidente Dilma Rousseff quanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva podiam fazer o mesmo questionamento ao governador Omar Aziz (do PMN) em relação à ponte do rio Negro, no Amazonas, que inauguraram no dia 24. A ponte, com quase 3.600 metros, ligando Manaus a Iranduba, é duas vezes e meia mais extensa e muito mais sofisticada do que a de Mosqueiro. Seu custo passou do bilhão de reais, 90% a mais do que estava previsto no seu orçamento inicial, incluindo obras complementares. Levou quatro anos para ser concluída.

Mas o que tem do outro lado? De significativo ou importante, nada. A ponte não dinamizará os fatores endógenos do outro lado. Será, pelo contrário, um instrumento de invasão, a serviço da expansão de Manaus, com todos os efeitos danosos do seu crescimento caótico. A conurbação ocorrerá não por uma fusão, mas pela intrusão unilateral, o que significa expandir os problemas ao invés de agregar as soluções. E a um preço extremamente alto. Embora tenha se tornado um ponto de atração para os manauaras e com possibilidade de reforçar o prestígio do governador na indicação do candidato à sua sucessão (ele já está no segundo mandato).

No fim, guardadas as devidas diferenças, a ponte do Rio Negro, a maior já construída sobre águas fluviais no Brasil, poderá ter as mesmas conseqüências da pobrezinha ponte do Mosqueiro. Quem viver, verá.