quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Cachoeira da Fumaça




No rio Trombetas existem mais de 50 cachoeiras e corredeiras. Na foto, a Cachoeira da Fumaça. Foto: Imazon

Projeto de escola estadual de Santarem é finalista do Prêmio Nacional de Educação Fiscal

Por Marcelo Andrade
 
Foto Febrafite
Direção Nacional da FEBRAFITE com Grupo de Representantes da Escola Frei Ambrósio
A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Frei Ambrósio foi classificada entre as 10 finalistas no Prêmio Nacional de Educação Fiscal – Edição 2012, promovido pela Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais – FEBRAFITE, em parceria com o Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF.

Concorrendo com 218 projetos de 21 Estados da Federação, o Projeto SOL CIDADÃO LEGAL”, implantado em parceria com a AAPS – Associação dos Amigos do Projeto SOL, ficou em 4º lugar na classificação geral.

A solenidade de premiação ocorreu terça-feira (20), em Brasília, e contou com a participação do Prefeito Mirim de Santarém Ronilson Cardoso, da Vereadora Mirim Thais Teles, da Professora Eliana Mara (Coordenadora do Projeto) e da Professora Eurenice Silva (Vice-Diretora da Escola).

O Projeto “SOL CIDADÃO LEGAL” contempla várias ações que visam inserir o jovem nas discussões dos temas sociais que interferem diretamente na cidadania e na qualidade de vida de nossa população.

Através dos temas TEM IMPOSTO NO MEU PRATO”, “TEM IMPOSTO LÁ EM CASA” e “POLÍTICO MIRIM”, é oferecido aos alunos da Escola Frei Ambrósio aulas de teatro, oficinas com o tema de participação política, o que gerou a criação da Prefeitura Estudantil da Escola Frei Ambrósio. Os alunos organizaram eleições diretas para políticos mirins – envolvendo toda a comunidade escolar – e elegeram o primeiro prefeito e os vereadores mirins de Santarém.

A posse do Prefeito mirim e dos Vereadores mirins ocorreu na Câmara Municipal de Santarém e este colegiado possui a responsabilidade de promover a participação estudantil nos problemas da escola e da cidade onde moram.

Ainda durante a visita a Brasília, o Prefeito Mirim, a Vereadora Mirim e as Professoras Eliana e Eurenice visitaram o Congresso Nacional e foram recebidos em Audiência pelo Deputado Lira Maia e pelo Prefeito eleito de Santarém Alexandre Von. Foi o primeiro encontro entre o Prefeito eleito Alexandre Von e o Prefeito mirim Ronilson Cardoso.

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Vereadora Mirim Thais Teles, Professora Eliana Mara(Coordenadora do Projeto), Professora Eurenice Silva(Vice-Diretora da Escola) Prefeito eleito Alexandre Von, Deputado Lira Maia, Prefeito Mirim Ronilson Cardoso e Aline Sauer 

O Prefeito eleito de Santarém Alexandre Von parabenizou as Professoras e a Escola Frei Ambrósio ressaltando “a importância de projetos educacionais desta natureza, fundamentais para formação dos jovens”.

       Já o Deputado Lira Maia enfatizou a “importância da iniciativa, fundamental para a construção e a conscientização política e social da juventude, através da participação, e na busca de soluções dos problemas sociais”.

Populismo eletrificado

A intenção do governo aparentemente é muito boa: reduzir a conta de luz em 20% para a população e a indústria.

Mas o que poderia ser feito com medidas como redução de impostos e do custo Brasil pode ocorrer na marra, na intervenção pura e simples no mercado. Por uma medida provisória, a 579, a pretensão é abaixar os preços na canetada.

O resultado está aí. Em três dias, a Eletrobras, maior geradora de energia elétrica do hemisfério sul, perdeu um terço de seu valor de mercado. Apenas na última segunda-feira a queda das ações da estatal foi de 15,4%.

Os acionistas simplesmente perceberam que quando as novas regras entrarem em vigor a empresa não terá condições de pagar dividendos. Nas inexoráveis regras do mercado a consequência foi lógica: vender os papeis, e quanto mais rápido melhor.

O preço das ações da Eletrobras caiu ao nível de agosto de 2005. A Eletrobras perdeu R$ 1,8 bilhão em valor de mercado somente anteontem e assistiu ao desaparecimento de R$ 7,9 bilhões desde 11 de setembro, quando foi publicada a MP 579. Ao longo deste ano, a estatal já perdeu R$ 15,2 bilhões em valor de mercado.

- Ontem, foi a vez das ações da Eletrobras caírem na bolsa de Nova Iorque em 6,6%. 

De acordo com os analistas do setor, a única saída para a Eletrobras é a capitalização da empresa. Mas se o aporte ocorrer por meio de recursos públicos o governo estará fazendo a tradicional cortesia com chapéu alheio. Por um lado a população paga menos pela energia e por outro subsidia uma estatal deficitária por meio de impostos.  

Como é controlada pela União, a Eletrobras não tem saída. Precisará aceitar as regras do governo contidas na MP 579. Além disso, de acordo com as novas determinações, os R$ 31 bilhões que precisaria receber do governo por investimentos já feitos e ainda não amortizados serão reduzidos para R$ 14 bilhões.

A colunista de O Globo, Miriam Leitão fez os cálculos: até 2017 a perda da Eletrobrás será de 20 bilhões em perda de receitas e R$ 17 bilhões na falta de indenizações. A soma é de R$ 37 bilhões. Em outras palavras, a empresa está praticamente quebrada. 


O prejuízo se estende a outras operadoras, como a Cemig e a Cesp. Por uma política populista, o governo pretende fazer uma ação de terra arrasada. Ontem, o senador Aécio Neves praticamente bateu boca com o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Marcio Zimmermann, um dos idealizadores das mudanças no setor.

Em entrevista publicada hoje na Folha de S. Paulo, o ex-presidente da Eletrobras, Luiz Pinguelli Rosa diz que apoia a luta da presidente Dilma Rousseff para abaixar as tarifas, mas condenou os métodos utilizados pelo governo.  Para ele, se nada for alterado, nem o consumidor vai obter a almejada redução de tarifas.  

“O governo deveria voltar atrás, rediscutir as tarifas e talvez atacar por outro lado. Tem que discutir qual a remuneração mínima para ter uma sobrevivência econômica adequada das empresas”, afirmou Rosa.

Diminuição de tarifas sim, mas sem destruir o patrimônio público e privado do brasileiro. Dessa maneira o barato tende a sair muito caro. Os apagões, no caso, podem até ser uma consequência menor.

Fica a pergunta: com uma mudança de regras tão brusca e feita dessa maneira, que empresário terá coragem de investir no setor elétrico brasileiro daqui para frente?(Rede Democratas)

Cassada liminar que suspendeu eleição da OAB-Pará

A decisão judicial que suspendeu as eleições da OAB foi cassada e as eleições ocorreram hoje, a partir das onze horas, segundo informa o advogado José Carlos Lima.

Fotografias de The Beatles: memória


 
Esta  é uma das fotos da última sessão de fotografias em que os BEATLES foram fotografados juntos, como uma banda. Ela ocorreu na então recém adquirida casa de John and Yoko, Tittenhurst Park, em Ascot. Os fotógrafos Monte Fresco e Ethan Russell tiraram estas imagens icônicas em 22 de agosto de 1969.

Fonte: The Beatles: fotos da última sessão com os quatro juntos http://whiplash.net/materias/news_833/168069-beatles.html?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter#ixzz2CrS9S3wl
Esta foi a última sessão de fotos em que os BEATLES foram fotografados juntos, como uma banda. Ela ocorreu na então recém adquirida casa de John and Yoko, Tittenhurst Park, em Ascot. Os fotógrafos Monte Fresco e Ethan Russell tiraram estas imagens icônicas em 22 de agosto de 1969

Fonte: The Beatles: fotos da última sessão com os quatro juntos http://whiplash.net/materias/news_833/168069-beatles.html?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter#ixzz2CrPyyzaS
Esta foi a última sessão de fotos em que os BEATLES foram fotografados juntos, como uma banda. Ela ocorreu na então recém adquirida casa de John and Yoko, Tittenhurst Park, em Ascot. Os fotógrafos Monte Fresco e Ethan Russell tiraram estas imagens icônicas em 22 de agosto de 1969

Fonte: The Beatles: fotos da última sessão com os quatro juntos http://whiplash.net/materias/news_833/168069-beatles.html?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter#ixzz2CrPyyzaS

A destruição amazônica: constante, ontem e hoje

Lúcio Flávio Pinto
Articulista de O Estado do Tapajós



O milionário americano Daniel Keith tinha 70 anos quando começou, em 1967, uma aventura equiparável à do seu compatriota, Henry Ford, empreendida 40 anos antes no vale do Tapajós. Ford tentou adensar pés de seringueira na mata nativa amazônica, na qual essa espécie teve origem, para que a produção se tornasse comercialmente rentável. Mas fracassou.
Ludwig iria substituir as árvores da Amazônia por uma espécie asiática quase desconhecida. A característica da gmelina arbórea era crescer mais rápido e dar muito mais celulose do que as fontes tradicionais dessa fibra, o pinho e o eucalipto.

Ludwig montou um exército de homens e máquinas jamais visto na região para colocar abaixo milhares e milhares de árvores, à média de 10/12 mil hectares por ano, empregando em média oito mil peões. Cem mil hectares da típica floresta tropical, com a maior diversidade de espécies vegetais do planeta, abrigariam uma floresta plantada de uma única espécie – e exótica. A gmelina, até então nunca usada para a produção de celulose, iria servir ao “pulo do gato” de Ludwig sobre os concorrentes, surpreendendo-os e os vencendo.

O pulo deu tão errado quanto o de Ford. O solo fraco não foi uma boa base para o desenvolvimento da árvore asiática, exigente de nutrientes. Nas manchas de terra fértil seria um desperdício plantá-la. A homogeneização de uma floresta tão intrincada levou a efeitos nefastos. A gmelina foi arrancada, a enorme custo, e substituída pelo eucalipto.

No auge do desmatamento do Projeto Jari, que o milionário imaginava alcançar 3,6 milhões de hectares entre o Pará e o Amapá (as terras legalizáveis somavam “apenas” 10% dessa pretensão), os peões tinham ao seu dispor 700 motosserras no almoxarifado, estoque renovado anualmente, o maior da América do Sul.

Quando entravam na mata, era uma barulheira infernal. Acidentes se repetiam porque, ensurdecidos pelo barulho, alguns trabalhadores não escutavam o barulho das árvores caindo. Vários morreram esmagados. Diz a tradição oral que um por cada mil hectares desmatados.

Na Amazônia de hoje essa cena, de verdadeira guerra contra a floresta, não se repete mais. No entanto, continua a prática de queimar ou derrubar floresta virgem para abrir espaço a outros tipos de cultivo do solo, como a pastagem para o gado e a soja extensiva. É a guerrilha antifloresta.

Uma simples consulta a qualquer publicação decente sobre a Amazônia revelará ao interessado que a árvore em pé vale muito mais. Podia render incomparavelmente mais do que a pecuária e a agricultura se o pioneiro, aquele que mais desmata, soubesse ou pudesse explorar a floresta, praticar a silvicultura ou ter acesso a outras formas de utilização do seu potencial. Como não tem, faz o que está acostumado a fazer: trocar a cobertura vegetal por gado e plantas menores, culturas de ciclo curto.

A cena de um desmatamento é para horrorizar e revoltar aquele que conhece a Amazônia. Era para não ser mais repetida. O vazio aberto na região pelos desmatadores na antiga mata densa (e em outras formas de vegetação) é três vezes maior do que o Estado de São Paulo, reduto de um terço da riqueza nacional, o PIB (Produto Interno Bruto). É mais do que suficiente: é um exagero, uma ofensa à inteligência humana, um escárnio, uma violação à soberania nacional.

Quem quiser ver já pode acompanhar a queda de uma árvore através de imagens reais. Há algumas delas no excelente clip Earth (Terra), de Michael Jackson. Mas agora há uma imagem ainda melhor: a queda de uma enorme árvore é registrada por uma microcâmera instalada em seu tronco, que a acompanha até o solo.

Só alguém do reino mineral não se tocará por essa imagem, uma das muitas que levam ao deslumbramento no documentário Amazônia eterna, do carioca Belisário Franca, apresentado pela primeira vez na Rio + 20.

Os desmatadores, é claro, não se sensibilizam. Em setembro eles colocaram abaixo 431 quilômetros quadrados (ou 43 mil hectares, quatro vezes mais do que a média insensata das derrubadas anuais no reino de Mr.Ludwig) de floresta nativa. Foi 154% a mais do que no mesmo mês de 2011. Para o poeta T. S. Elliot, abril é o pior dos meses. Para a “terra arrasada” da Amazônia em 2012, foi setembro, divisor entre o verão e o inverno.

Setembro já devia ser de desmatamento declinante. Mas a estiagem forte e o debate passional sobre o novo Código Florestal, que pretendia impor mais limites à devastação amazônica, estimularam apetites especulativos e mercantis, liberaram os piores instintos, deixaram a inteligência do lado de fora dos limites amazônicos.

Os índices, divulgados pelo Imazon, instituto de pesquisas com sede em Belém, desta vez permitem ver sem qualquer sofisma o núcleo da destruição: 68% dos desmatamentos aconteceram no Pará, enquanto Mato Grosso, em segundo lugar, sofreu “apenas” 14%.

Os cinco municípios mais desmatados estão todos no Pará, que abriga oito dos 10 primeiros em destruição florestal na Amazônia. O alvo principal foi Altamira, onde 126 km2 foram destruídos (em Cumaru do Norte, no 2º lugar, foram 28,3 km2). Três dos oito municípios mais desmatados no Pará estão na área de influência da hidrelétrica de Belo Monte, prevista para ser a terceira maior do mundo.

Quem possui olhos para ver sabe que essa destruição tão bem localizada e concentrada é produto das ondas de indução que escapam às estatísticas quantitativas, à versão oficial e ao discurso dos que agem como querem, ignorando a particularidade do território sobre o qual intervêm. Mesmo que ele seja de dimensão amazônica.

Pobre Amazônia. Até quando?