segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Presidente do PT faz críticas ao Judiciário e à aplicação da Lei da Ficha Limpa

Folha.com

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, criticou nesta segunda-feira o Judiciário em discurso feito à bancada de deputados federais do partido. Ao dizer que há uma "judicialização da política", citou dois exemplos: decisões recentes do Supremo Tribunal Federal de dar posse a suplentes do partido, não da coligação, e a aplicação da Lei da Ficha Limpa para punir atos ocorridos antes de sua entrada em vigor.

"Para não falar que minha posição é partidária, disse a eles [deputados do PT] que a lei não poderia ter sido aplicada nem ao Paulo Rocha nem ao Roriz. O problema do Ficha Limpa é a retroatividade. Existe uma conquista da civilização, de que nenhuma lei pode retroagir para prejudicar a pessoa. Se isso acontece na política, daqui a pouco acontecerá em qualquer coisa", afirmou Dutra, após deixar a reunião, que ocorreu a portas fechadas.

O presidente do PT se referia ao ex-deputado Paulo Rocha (PT-PA), que renunciou ao cargo durante o escândalo do mensalão, em 2005, e que, devido a isso, teve o seu registro de candidatura ao Senado, ano passado, negado pela Justiça eleitoral. E ao ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC), que renunciou ao cargo de senador em 2007. Devido à lei, ele abandonou em 2010 a candidatura ao governo do DF.

A crítica à posse de suplentes do partido e não da coligação também foi feita pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), outro que participou da reunião com os deputados petistas. Ele disse que a Câmara continuará dando posse aos suplentes da coligação, apesar de o STF já ter decidido em duas ocasiões que a vaga pertence ao partido. 

Na reunião, os petistas também decidiram que irão defender maior tempo de discussão para que entre em votação o projeto que reformula o Código Florestal. Acordo feito com Maia e a bancada ruralista na Câmara previa votação até o final do mês que vem. 

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Nota da Redação:

O presidente do PT é de um cinismo enorme. A emenda que permitiu a dúbia interpretação de que a lei do ficha limpa pode retroagir foi apresentada pelo petista Cândido Vacareza, justamente para atingir Joaquim Rozi, Jackson Lago, Jader Barbalho e Ronaldo Cunha Lima, entre outros.

Sespa é multipartidária


Ao contrário do que diz o PPS paraense, a Secretaria de Estado de Saúde Pública(SESPA não é feudo daquele partido.

Hélio franco, apesar de filiado ao PPS, é secretário da 'cota pessoal" de Jatene.

A secretária-adjunta de saúde é Rosemary Góes, indicada para o cargo pelo PSDB.

A chefe de gabinete do titular da Sespa é Eneida Almeida, indicada pelo Democratas.

E as regionais da Sespa no interior será ocupadas por técnicos indicados por vários partidos que apóiam o governo na Assembléia Legislativa do Estado.

Farmácias podem fechar em Santarém

O Estado do Tapajós
Da redação

O cumprimento de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado entre o Conselho Regional dos Farmacêuticos do Pará, Ministério Público Estadual e empresários proprietários de farmácias, pode ocasionar o fechamento de várias farmácias em Santarém.

O TAC aumenta o tempo de permanência obrigatório dos farmacêuticos nas farmácias. Atualmente, cada profissional deve permanecer duas horas por dia no referido estabelecimento. Somente aqueles que vendem os medicamentos controlados regidos pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 344/98 é que tem um tempo de permanência maior: seis horas diária. A RDC/344 dispõe sobre as normas para a prescrição e venda de psicofármacos, os populares remédios controlados.

O problema da determinação estabelecida no acordo é que o município de Santarém não dispõe de profissionais suficientes para atender a demanda das farmácias existentes na cidade.

"O farmacêutico deve ficar em tempo integral, mas como não tem profissional em Santarém foi assinado esse TAC. Sabemos que é para o bem da cidade, mas não temos como cumprir de imediato", explica Stael Rejane Silva, presidente da Associação dos farmacêuticos de Santarém.

A presidente explica que a Associação defende a proposta de que o cumprimento da carga horária permaneça do jeito que estar pelo menos até a conclusão da primeira turma de Farmácia que existe em uma universidade do município. "É a única universidade que possui o curso e a saída desses profissionais pode ajudar a equilibrar o mercado e cumprir a determinação do TAC", argumenta Stael, Rejane.

O TAC determina que carga horária de duas horas seja elevada para quatro horas e a de quatro horas, em caso de estabelecimentos que vendam os controlados, a permanência do farmacêutico seja de seis horas. "Se acontecer o que está previsto no TAC. Nós vamos ter de fechar farmácias na cidade. Alguns profissionais têm outras atribuições que não vão poder deixar para se dedicarem apenas às farmácias. Para outros, financeiramente não compensa", explica a presidente.

A Associação reuniu nesta última quarta-feira (02) em sua sede para discutir o assunto. Uma comissão de cinco associados foi criada para levar as reivindicações ao presidente do Conselho Regional de Farmácia do Pará que vai está em Santarém no próximo dia 17 de fevereiro. "Temos cerca de 25 associados e em toda Santarém temos de 40 a 50 farmacêutico. É muito pouco", argumenta Rejane.
 
Stael Rejane explica ainda que em abril deste ano as farmácias existentes na cidade têm de renovar as suas licenças de funcionamento perante aos órgãos competentes. É a partir dessa renovação que o TAC terá de começar a ser cumprido em Santarém. "Se não conseguimos prorrogar nosso prazo para adequá-lo a nossa realidade, as farmácias que forem flagradas pela fiscalização sem o farmacêutico terão de fechar as portas", finaliza a presidente.
 
O gerente de farmácia Mocyr Pereira diz que os órgãos competentes de levar em consideração em suas decisões a realidade de cada região. Ele afirma que já existe algumas farmácias pequenas fechando, pois não têm condições de pagar farmacêutico em tempo integral. "Vamos tentar contratar mais um profissional, mas sei que é difícil. Nossa realidade deveria ser levada em consideração pelos órgãos competentes na hora de tomarem suas decisões", critica Moacyr Pereira.

Belo Monte: Helenilson Pontes está entrando em canoa furada

Paulo Leandro Leal*

O governo do Pará criou um Grupo de Trabalho (GT) para acompanhar as questões envolvendo a hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Sudoeste do Pará. Foi nomeado para o cargo o vice-governador Helenilson Pontes, pessoa da mais alta competência e um dos tributaristas mais renomados do Brasil. A despeito de sua capacidade pessoal, o vice-governador iniciou os trabalhos com o pé esquerdo e está entrando em uma canoa furada.
Em suas primeiras entrevistas sobre o assunto, Helenilson demonstrou desconhecer um processo de mais de 30 anos que já estava em andamento antes de ele assumir a sua nova função. Cumpre lembrar, o mundo já existia antes do novo governo tomar posse, e, assim como muitos outros projetos, já havia uma discussão e uma série de definições a respeito do tema. O ilustre vice-governador não se lembrou nem mesmo de consultar as lideranças da região e acabou falando bobagem.
Mas isso é o de menos. Falar bobagem e demonstrar desconhecimento de causa pode até ser aceitável para alguém que acaba de assumir uma função e precisa se manifestar para a opinião pública. E no caso de Belo Monte, que enseja tantas polêmicas, erros como este são perdoáveis. Mas daí partir para ações práticas com bases em suposições ou no conhecimento alheio  já é um caminho perigoso. E é exatamente este o caminho que parece ter escolhido Helenilson Pontes.
O arrematado idiota ambiental e político dos mais fisiológicos Zé Carlos, do PV, anunciou em seu blog que na próxima segunda-feira, dia 7, uma comissão formada pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por ele mesmo, o conselheiro Mauro Santos e o vice-governador Helenilson Pontes será recebida pelo presidente do Ibama e pelo Ministro das Minas e Energia. E que a OAB vai apresentar seus protestos pela liberação da licença parcial de instalação de Belo Monte.
Que a OAB se digne a fazer proselitismo ambiental e que o Zé Carlos se aproveita disso para aparecer, tudo bem. Mas que um vice-governador de Estado entre nesta canoa furada, ai já é demais. Antes de tomar qualquer medida neste sentido, Helenilson Pontes teria que se informar melhor sobre a questão. E não poderia fazer isso sem ir à região do Xingu, conversar com as lideranças, prefeitos, vereadores, presidentes de comunidades e a classe empresarial. Saber o que pensam e se cercar de todos os cuidados para não fazer um gol contra o Estado do Pará.
Que o vice, na condição de coordenador do GT Belo Monte, ouça a OAB e suas lamentações verdes, tudo bem. No entanto, esta não é a única entidade civil do Estado com credibilidade e moral para debater o assunto. Aliás, seria bom o distinto vice-governador ouvir o que a OAB de Altamira tem a dizer sobre Belo Monte. Ouvir a sociedade da região deveria ter sido o primeiro compromisso de Helenilson à frente deste Grupo de Trabalho. Por suas ações, parece que o Pará, mais uma vez, será governado de costas para o seu povo.
Como frisei, Helenilson tem uma imensa capacidade intelectual, credibilidade e seriedade. Mas no terreno da política, parece demonstrar certa ingenuidade.  Do contrário, saberia que aparecer ao lado de figuras como o Zé Carlos do PV pode não ser bom para a sua imagem. O nosso vice-governador precisa se lembrar que não está mais em São Paulo. E que o Pará, definitivamente, não se resume a Belém.

*Empresário e Jornalista

André Cavlacante deveria ser eliminado do futebol




O advogado-almofadinha André Cavalcante, principal responsável pela derrocada do São Raimundo desde a eliminação da Copa do Brasil, deveria ser excluído do futebol após as cenas de agressão cometida por ele contra um torcedor do Pantera, após o empate do time com a Tuna por 3 a 3.

Sebastião Rocha, que foi dispensado do comando do São Raimundo, embora tenha generalizado em suas críticas, falou uma verdade aos jogadores, com raras exceções: "- Os diretores do São Raimundo são uma merda".

Novo Código Florestal pode prejudicar mercado brasileiro


A votação do novo Código Florestal deve ser uma das primeiras demandas a serem votadas pelo plenário da Câmara dos Deputados. A matéria deve impor longa discussão e produzir emendas, uma vez que, de certa maneira, opõe diferentes interesses como o dos investimentos estrangeiros em contraposição aos ambientalistas, o que pode afetar a vinda de investimentos internacionais para o Brasil. “Hoje já existe um movimento eficiente de vincular a compra de commodities agrícolas e carne ao atendimento às leis e critérios de sustentabilidade atinentes às questões florestais, de biodiversidade e climática. Portanto, a alteração do Código Florestal, do ponto de vista do mercado internacional, significará sim um risco de perda de competitividade para o setor agropastoril, e certeza de perda de credibilidade para nosso sistema de proteção ambiental”, aposta Werner Grau(foto), especialista em direito ambiental e sócio do Pinheiro Neto Advogados. 

O advogado, que também é presidente do Conselho Consultivo da The Nature Conservancy – TNC no Brasil, explica que, se houver desmatamento adicional, mesmo que sob previsão legal –com a alteração do Código Florestal–, não será bem recebido no mercado comprador das commodities agrícolas e carne do Brasil, pelos efeitos de perda de biodiversidade e clima, além dos efeitos incidentes sobre as comunidades tradicionais e povos indígenas.
Para Werner Grau, se o novo Código for aprovado, as empresas precisarão buscar outras ferramentas de demonstração de postura para não perderem espaço no mercado internacional.

“Daí a afirmação da perda de competitividade, já que o Brasil, com a alteração do Código Florestal, estará caminhando em direção inversa à pressão internacional e aos movimentos de preservação de biodiversidade e clima”, destaca o advogado.

Ele acredita que o resultado principal da alteração do Código Florestal é a perda de credibilidade do sistema legal brasileiro de proteção ambiental e florestal no cenário internacional. “Com isso, cada vez mais as empresas deverão adotar critérios ‘extralegais’ como parâmetro de condução, para poderem se inserir no mercado internacional”, recomenda.

Queda-de-braço
 
Atualmente existe uma pressão muito grande sobre o Brasil, no plano internacional, por conta de uma questão que se divide em duas: biodiversidade e mudança do clima. O foco é sempre a Amazônia brasileira, já que o Brasil é o único País em que as emissões de Gases de Efeito Estufa são primordialmente geradas pela queimada e desmatamento, e não, como a maioria dos países, pela queima de combustíveis fósseis. 


Assim, a briga sobre a aprovação ou não do Novo Código Florestal atinge discussões além do território nacional.
“O antagonismo entre os ambientalistas e os ruralistas parece politicamente insuperável; no momento os ruralistas parecem levar vantagem nessa disputa. O dilema ‘preservação versus desenvolvimento’ se mostra falso; fruto do acirramento da disputa e da falta de profundidade nas discussões”, explica Armando Monteiro Bisneto, advogado membro da Área de Relações Governamentais e Assuntos Legislativos, também do escritório Pinheiro Neto.

Após a possível aprovação na Câmara, o projeto seguirá para o Senado. A senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), deverá ser uma das protagonistas dessa discussão, defendendo o ponto de vista majoritário do setor agrícola.

Por isso, as audiências públicas realizadas no Senado deverão ser definidoras. Caso o Senado promova alterações no projeto, ele deverá retornar à Câmara para nova votação em dois turnos.
“Certamente será um dos temas mais quentes e controversos da pauta do Senado neste ano”, projeta Bisneto.

Prioridade na aprovação
 

Confirmado como presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) disse nesta semana que tem pressa com a aprovação do Código Florestal.

Segundo a Agência Câmara, ele afirmou que tem um compromisso com a bancada ruralista para que o projeto seja votado com rapidez para evitar que a instabilidade da legislação ambiental prejudique tanto o agronegócio quanto as políticas de preservação ambiental.

As denúncias de corrupção na SEMA.

Edilza Fontes

Neste fim de semana fomos surpreendidos com matérias no "Diário do Pará" sobre as operações da policia federal na Sema. A leitura da matéria de ontem, domingo , e a de hoje, segunda levanta muitas duvidas mas nos deixa uma certeza a de que a estrutura funcional da secretária é pequena e não houve por parte dos governos uma preocupação com a secretária arrecadadora do estado, a segunda, depois da SEFA.
 
 Ficamos sem saber o que foi mudado no governo Jatene e até mesmo no governo Ana Júlia para fiscalizar a saída dos recursos, a corrupção.

 Fico pensando que mais uma vez o PT e o Governo Ana Júlia fica na berlinda, a dever uma explicação sobre estas investigações.

 Pessoas como o ex-secretário Picanço, o senhor Cláudio Cunha não foram nunca militaram no PT, não são quadros partidários. Como chegaram a ter tanto poder e influência no governo Ana Júlia?.

 Não avalio que a nota ou os esclarecimentos dos deputados resolvam a questão, que no meu entendimento não é só policial ou jurídica. È politica. Esta investigação, será utilizada, faz parte de um processo de descredênciamento do PT como um partido ético e parte da exposição de suas referências publicas. È a história do PT no Pará que está em jogo.

 O PT tem que dar uma resposta segura e firme e nós esperamos uma resposta também do governo estadual no sentido de explicar as mudanças pensadas para conter o problema.

 Fiquei sabendo que a tabela de propina na Sena era algo conhecido. Tinha preço de cinco mil e de cinquenta mil. Até uma pequena serraria de esquina, em Redenção por exemplo pagava a cota de cinco mil por mês.

 Na campanha fui procurada por um senhor dizendo que estavam cobrando 50 mil para libertação de uma licença e eu questionei quem estava cobrando. A resposta foi muito direta.

 Denunciei o cobrador e depois o vejo envolvido no esquema de fraudes, foi um dos presos.
 
 O certo é que neste episódio, um dos pontos importantes é termos a certeza que será um episódio e que uma nova forma de fiscalizar e defender a floresta foi pensada e  que os corruptos sejam denunciados e respondam por seus atos na justiça.

SUS adota novas regras para uso de remédios em hospitais

Preocupado com os altos custos de operação da rede hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS) e com a segurança dos pacientes, o governo federal decidiu reformular o funcionamento das farmácias dos hospitais públicos do país, nos âmbitos federal, estadual e municipal.

Com a portaria 4.283, em vigor desde o início do ano, o Ministério da Saúde prevê a modernização das farmácias hospitalares e a racionalização e economia no consumo de medicamentos. Além disso, a portaria obriga a contratação profissionais especializados para atuar nas unidades farmacêuticas dos hospitais do SUS, da administração direta e também aqueles conduzidos por entidades privadas e filantrópicas. A nova política, que substitui diretrizes fixadas em 1977, foi discutida e aprovada em parceria com entidades dos setores de saúde e farmacêutico.

O consumo de remédios e materiais médicos - próteses, injeções, luvas, suturas - pode representar entre 30% e 40% do orçamento de um hospital, dependendo da complexidade dos procedimentos realizados na unidade.

Na avaliação de Tércio Egon Kasten, presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde de Santa Catarina e vice-presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNS), melhorias na gestão das farmácias podem até reduzir o valor de alguns procedimentos. "A portaria altera toda a questão da gestão da farmácia como um grande setor do hospital, que influencia muito o custo da unidade hospitalar, inclusive a formação do preço dos procedimentos e clínicos e cirúrgicos", opina Kasten.

José Miguel do Nascimento Júnior, diretor de assistência farmacêutica e insumos estratégicos do Ministério da Saúde, destaca a distribuição mais racional de medicamentos aos pacientes em tratamento na unidade hospitalar.

"O resultado prático esperado é que a saúde tenha melhor desempenho. Em alguns hospitais será necessário mais investimento, mudança do processo de trabalho, um sistema informatizado", diz Nascimento. "A gestão deve ser mais racional: é preciso ter 13 tipos de anti-inflamatórios no estoque? Não dá para trabalhar com 8 ou 6? O paciente deve ter melhor orientação e tomar apenas o que o farmacêutico prescreveu.".

Nascimento diz que há muito desperdício e riscos ao paciente por causa de erros no fornecimento e na prescrição de medicamentos, devido à falta de profissionais qualificado nas farmácias hospitalares. As antigas diretrizes de funcionamento das unidades farmacêuticas, de 1977, exigiam a presença de farmacêuticos apenas em hospitais com mais de 200 leitos, o que foi revogado com a nova portaria. As farmácias dos pequenos hospitais eram consideradas dispensários de remédios.

Ao longo dos anos, essa interpretação mudou, e o Brasil não acompanhou a tendência. Os hospitais ficaram menores e mais complexos. "Temos muitos hospitais com 20, 30 leitos fazendo cirurgias cardíacas, neurológicas, com departamento de oncologia. Eles demandam drogas de grande complexidade, que precisam ser controladas por alguém especializado. Não é o médico nem o enfermeiro que cuida disso", explica Kasten. Segundo ele, um hospital do porte do Albert Einstein, em São Paulo, tem uma farmácia com mais de 40 pessoas. "Enquanto isso, temos hospitais no interior que não têm sequer um farmacêutico. Essas unidades manipulam medicamentos fortes e caros, como antidepressivos, antineoplásicos e radiofármacos."

A portaria 4.283 também servirá para organizar a formação de pessoal do setor, como campo de estágio e treinamento para estudantes e novos profissionais.
(Fonte: VALOR – SP)

Maiorana: agora, no meio da rua

Lúcio Flávio Pinto
 
Bastou o Diário do Pará fazer jornalismo para provocar furor sem igual dos seus competidores e inimigos. O jornal do ex-deputado federal Jader Barbalho publicou matéria sobre a realização da primeira audiência a que os irmãos Ronaldo e Romulo Maiorana Júnior têm que comparecer, perante a justiça federal, para responder por desvio de recursos da Sudam. Desde então, O Liberal publica reportagens, editoriais e notas diárias em suas colunas sobre a corrupção do PMDB, nacional e local, que tem Jader Barbalho como o seu maior símbolo.

Até então, a principal arma do Diário contra os Maioranas era o insulto. No velho estilo dos pasquins e jornais partidários, o jornal divulgava notas ofensivas à família, incluindo a matriarca, Déa Maiorana. A última matéria, saída num domingo, 16, relatava fatos a propósito da instrução do processo em que o Ministério Público Federal cobra a devolução do dinheiro dos incentivos fiscais desviado pelos irmãos através de um projeto para a industrialização de sucos regionais.

A denúncia foi aceita e o processo iniciado, mas os Maiorana deixaram de comparecer a duas audiências, alegando viagem. A próxima estava marcada para o dia 1º. Novamente os Maioranas estariam viajando. Mas o juiz Antônio Campelo ameaça tomar providências caso a ausência se repita.

O destaque dado ao assunto (publicado antes neste jornal) criou uma expectativa reforçada sobre a audiência. Talvez tenha abortado a estratégia dos donos do grupo Liberal para escapar da tomada dos seus depoimentos. Atrairá a atenção do restante da imprensa para o acontecimento, no qual pessoas acostumadas a impedir o acesso de terceiros ficarão expostas à curiosidade pública na condição de réus.

A ira dos irmãos se refletiu nos editoriais que se repetiram tanto em O Liberal quanto no Amazônia, o jornal mais novo da “casa”. numa linguagem agressiva, visando um objetivo claro: atingir a pessoa de Jader Barbalho. O ataque parecia ter uma vantagem adicional: dizia-se que o ex-governador, que sofre de hepatite, estaria também com diverticulite, doença que o levara a uma consulta e tratamento em São Paulo.

Estaria, portanto, para uma resistência mais baixa a um ataque massivo. Mas, assim como o ex-ministro costuma reagir quando acusado de corrupção, os Maioranas também nada disseram sobre o conteúdo da reportagem do adversário. Nesses momentos, ambos os inimigos só têm razão quando acusam. Por isso, preferem não exercer sua defesa, exceto para aplicá-la segundo a regra de que a melhor defesa é o ataque.

As seguidas e cada vez mais violentas referências a Jader e ao PMDB tinham ainda um segundo propósito: continuar a pressionar o governador Simão Jatene, do PSDB, a voltar atrás no compromisso assumido com o ex-senador peemedebista, que resultou na entrega de alguns cargos na linha de frente da administração estadual. Além de estender as críticas aos representantes do PMDB no governo Jatene, O Liberal bate pesado no secretário de ciência e tecnologia, Alex Fiúza de Melo, ex-reitor da Universidade Federal do Pará.

Alex se tornou persona non grata aos Maioranas desde que depôs em meu favor nas ações que os irmãos propuseram contra mim na justiça, depois que Ronaldo Maiorana me agrediu fisicamente (a agressão completou seis anos no dia 5). Pedi o testemunho de Alex porque O Liberal, depois de lhe atribuir irregularidades durante sua gestão à frente da UFPA, não lhe concedeu o direito de resposta.

Os Maioranas, que se consideram acima do bem e do mal, também se arvoram a proprietários da opinião pública. Parece que a situação está mudando. Agora, eles também têm que entrar na chuva. E quem vai à chuva, se molha.

Escaparam da sova


Por muito pouco os 'diretores' André Cavalcante e Sandicei Monte escaparam de levar uns cascudos de torcedores do São Raimundo, após o empate de ontem contra a Tuna, por 3x3, na reabertura do Barbalhão.

Corretores estão impedidos de entrar no IML durante realização de exames

Belém- Portaria emitida pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chave, publicada na edição de hoje do Diário Oficial do Estado,  estabelece medidas para coibir e reprimir práticas ilícitas nas dependências do órgão. 

A portaria proíbe a entrada de corretores de seguros e de quaiquer outras pessoas nas salas de perícia durante a realização de exames. 

A Portaria define condições para obtenção de cópias de laudo pericial e o acesso às informações.(Fonte:DOE)

Milicos, boquiabertos, miravam altura de árvore na Transamazônica

Foi no governo do general Emílio Garrastazú Médici que se construiu a rodovia que, segundo os críticos da época, ligava o nada a coisa nenhuma: a Transamazônica - BR-230, projetada para ter 8 mil quilômetros de extensão - começa em Cabedelo, na Paraíba, e deveria terminar em Benjamim Constant, na fronteira com o Perú - não foi inteiramente concluída. A inauguração do primeiro trecho se deu em 1972. Na verdade, houve várias inaugurações. Uma delas aconteceu dois anos depois, no meio da selva, entre as cidades de Altamira e Itaituba, no Pará. Lá estava todo o alto escalão governamental para descerrar a placa comemorativa encravada no tronco de uma gigantesca castanheira. Em manga de camisa, tomaram parte da festa os ministros Mário Andreazza, Costa Cavalcanti e Carlos Alberto Fontoura. Além deles, o general João Figueiredo que, boqueaberto, mirava a altura das árvores. (Foto Orlando Brito)

Decifra-me ou eu te devoro


Alguém mata esta charada aqui?

O que o ministro Padilha tem em Santarém além do domicílio eleitoral e o grupo de amigos do Paju?