quinta-feira, 3 de junho de 2010

Barcos intermunicipais desistem de reajustar passagem

Aritana Aguiar

Mesmo com o aumento autorizado pela Agência de Regulação de Serviço Público do Estado do Pará (ARCON), para as viagens intermunicipais as embarcações de Santarém não fizeram nenhum reajuste de passagens até o momento.

O aumento deveria ser de 7, 93%(1ª parte), a partir do dia 16 deste mês, Hamilton Diniz um dos proprietários de uma embarcação, afirma que há quatro anos não foi reajustado a passagem para Itaituba. "Mesmo sendo muito tempo sem aumento os passageiros, reclamam do preço atual(R$ 49,50), e pedem desconto,"declarou.

"Há mais de dois anos não houve reajuste da passagem para Monte Alegre, apesar de ser 25 reais, os passageiros, questionam achando caro e somos obrigados a dar desconto para não perder o cliente", afirmou Elizete Sadala, sócia de uma embarcação. E completa: "desde a abertura das lanchas, a venda caiu um pouco e isso tem prejudicado".

Os preços de passagens da lancha não diferenciam muito das embarcações. Um barco que faz linha para Oriximiná teve reajuste de passagens há mais de um ano, e está cobrando 40 reais, enquanto na lancha o valor é de 52 reais. Para Monte Alegre os barcos cobram 25 reais, na lancha 32 reais.

De acordo com a ARCON em 1º de dezembro deverá ser permitido o segundo reajuste completando um aumento de 16,06%.

Jailson Caetano, tripulante e vendas, afirma que mesmo havendo aumento isso dificulta a venda de passagens. "Para Monte Alegre, a passagem que custa 25 reais, tiramos cinco de desconto; para Almeirim, deixamos por 50 reais a passagem que custa 60", e completa: " os clientes reclamam, acham que o preço da passagem está alto".

Calendário proposto pela Seduc para repor os 18 dias parados:

O secretário de Estado de Educação, Luiz Cavalcante, apresentou a proposta do calendário de reposição dos 18 dias parados com a greve dos professores, e garantiu que todos os alunos da rede estadual de ensino não serão prejudicados, pois terão aula nos 200 dias letivos determinados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).

Término do ano para quem não grevou: 1º/02/2011

Término para quem grevou: 25/02/2011

Período da reposição: 02 a 25 de fevereiro de 2011

Período da recuperação: serão utilizados três sábados - 28/02 a 19/03/2011

Sábados que serão utilizados: 5, 12 e 19/03/2011

Recesso dos professores: 20/03 a 03/04/2011

Início do ano letivo de 2011 para quem não grevou: 14/03/2011

Início do ano letivo de 2011 para quem grevou: 04/04/2011 (Seduc)

Sombra às margens do rio Tapajós neste feriado


Foto: Larissa Oliveira

Mês junino, alegria que custa caro

Aritana Aguiar
Free lancer


Com a chegada do mês de junho, aumentam as vendas de artigos juninos. Isso é bom para o comércio, mas chega a ser um problema para muitos pais, pois são obrigados gastar um dinheiro extra com a fantasia dos filhos.

Em Santarém, um vestido de quadrilha simples, chega custar de 60 a 70 reais, as tiaras de 3,50 a cinco reais, o meião de 15 a 18 reais. "Não vale a pena comprarmos a roupa, dançamos uma vez na escola, e não temos como reaproveitar, por isso preferimos alugar, até mesmo por sair mais barato", afirmou Nyara Helen(15), estudante.

Uma camisa custa entre 18 e 20 reais, chapéu simples cinco reais. A calça é sempre uma jeans de uso do aluno, mas é preciso inserir acessórios para ficar padronizado na dança. "É mais barato alugar do quer comprar ou mandar fazer, já tive colegas que desistiram da dança por não terem condições de pagar a mão-de-obra da roupa", contou Magno Costa (15), estudante.

Santarém possui 32 grupos de quadrilhas de rua, as roupas podem ser alugadas para os estudantes, o valor é entre 15 a 30 reais. No feminino inclui: vestido, meião, shortão, tiara ou chapéu; masculino: camisa, calça, chapéu e jaqueta, os valores dependem do modelo e outros acessórios inclusos.

Além desses problemas ainda possui a despesa de ensaios para aqueles que moram longe da escola. "Além do gasto com a roupa, ainda tenho despesa com transporte para ir aos ensaios por serem em outro horário, e isso dificulta o entusiasmo em participar", revelou Luan Siqueira (15), estudante. Aqueles que não se inserem em nenhuma dança precisam colaborar com o colégio. "Quem não dançar tem que ajudar a escola, doando algum produto, pra ajudar nas vendas ou materiais de ornamentação, pra decoração da festa", reclamou Sarah Sousa (16), estudante.

QUADRILHAS DE RUA

Não só os alunos das escolas públicas possuem dificuldades com roupas e transporte. Jackson do Folclore, presidente da quadrilha Big Ben, que se mantém há 10 anos, afirma a falta de apoio governamental. "O grupo sobrevive com o aluguel das fantasias usadas nos anos anteriores, e mais algumas promoções realizadas, o dinheiro arrecadado paga as roupas feitas todos os anos", disse.

Waldir Lima, coordenador e instrutor da quadrilha Explosão Paraense, existente há três anos, conta que "a quadrilha se mantém com a ajuda dos participantes, fazendo colaborações e promovendo eventos, para conseguirmos comprar roupas de grupos de dança de outras cidades, se mandarmos fazer, fica caro, e alugamos as que usamos no ano anterior".

Como a quadrilha Big Ben representa Santarém, até fora do estado, é preciso investir nas fantasias. Segundo o presidente, toda roupa feminina (vestido, anágua, shortão, meião, luva, tiara, perneira e braceira), custa de 170 a 200 reais, a masculina (camisa social, jaqueta, blazer, gravata, calça, chapéu), custa 150 reais. "As roupas não feitas com material simples, é muita fita, brilho, E.V.A, lantejoula e até espelhinho no chapéu, por isso fica caro", declarou. Manter a tradição não é fácil, com as greves nas escolas públicas, o grupo chega a ter um prejuízo de cinco mil reais.

Além disso, como o grupo chega a fazer seis apresentações diárias no mês de junho, alugam um ônibus, pagando 200 reais a diária, mas essa despesa é arcada pelos próprios integrantes da quadrilha. O mesmo acontece com o Explosão Paraense, o transporte fica por responsabilidade do grupo.

Para os ensaios as quadrilhas encontram mais dificuldades. A Explosão Paraense conseguiu a quadra de uma igreja, a Big Ben, possui colaboração de área, mas maior parte dos ensaios é realizada na rua, ou seja, no areião.

Mesmo com feira nova, tablado continua feio e sujo


Aritana Aguiar
Free lancer


Segundo a prefeita Maria do Carmo Martins nem todas as barracas do tablado serão remanejados para a nova feira do peixe. A declaração foi feita em uma visita na última terça-feira (25), a feira do pescado,[ na foto, ao fundo] que será inaugurada para o aniversário de Santarém, juntamente com o restaurante popular.

"Todos os vendedores de peixes, e alguns de farinhas e verduras serão transferidos para a nova estrutura", afirmou. Mas todos os vendedores de comida e frutas, juntamente com o restante de farinha e verdura permanecerão no tablado. A prefeitura tem um projeto sem data para ampliar o Mercadão 2000, onde possam ser inseridos os que irão ficar.

Mesmo remanejando o restante para outra possível estrutura, a prefeitura não tem certeza se futuramente retira ou não o tablado. "Estou pensando em transformá-lo numa garagem para os carrinhos, podendo deixar a orla desocupada", disse.

Há mais de um ano a PMS, tem avisado para que ninguém se instale no tablado, pois não será cadastrado e nem beneficiado com o novo mercado do peixe.

Uma das grandes preocupações da prefeitura é a estação de tratamento que está sendo montada fora do estado, e que logo chegue para instalação. A prefeita afirma que a água servida para os vendedores não será jogada diretamente no rio. "A água vai para uma pequena estação de tratamento, e 95 % dela será devolvida ao rio com pureza", completou.

A seleção de remanejamento está sendo feita pela Z-20, em conjunto com a Secretaria Municipal de Agricultura.

“O cara”

Lúcio Flávio Pinto:

No ano passado o Brasil pagou juros reais positivos (descontada a inflação) de 12,57% a quem comprou seus papéis e recebeu, nas aplicações das suas reservas, que eram de 246 bilhões de dólares, juros negativos de 3,8%. O mercado financeiro internacional teve um ganho real nessa relação de 16,37%, ou em torno de US$ 40 bilhões, segundo os dados oficiais, que o professor Ricardo Bergamini costuma divulgar, sem provocar a reação devida.

Não é a toa que o presidente Lula é “o cara”.

Cosanpa admite atraso de obras do PAC em Santarém

Da redação

Através de ofício encaminhado ao presidente da Câmara José Maria Tapajós (PMDB), o presidente da Cosanpa Eduardo de Castro Ribeiro Junior, admitiu pela primeira vez que as obras do PAC sob responsabilidade da companhia estão atrasadas em Santarém.

No ano passado, durante sessão da Câmara, Eduardo Ribeiro garantiu que essas obras seriam concluídas no final do mês de abril, o que não ocorreu. O atraso nas obras da Cosanpa repercuiu na Cãmara após publicação de nota no site do jornal O Estado do Tapajós.

Na sessão de quarta-feira, Tapajós leu correspondência de Eduardo Ribeiro informando que até 30 de julho ficou firmado o compromisso com o consórcio construtor, para a entrega dos setores Elcione, Conquista, Irurá e Centro, consistindo de captação, adutoras, reservação, subestações elétricas e estações elevatórias. No setor Livramento, a Cosanpa está prevendo a entrega do tratamento e reservação, até o inicio de setembro. Quanto a rede de distribuição, “a mesma já se encontra com cerca de 10.000 metros executados, faltando executar ainda aproximadamente 45.000 metros, a previsão de conclusão dessa rede é para o mês de dezembro de 2010”, afirma o documento.

“Com relação à rede de distribuição estão previstos no setor Elcione, 20 quilômetros, e já estão implantados 18”.

O oficio esclarece que o não cumprimento do cronograma de obras previsto inicialmente para o mês de abril, sofreram atrasos decorrentes da falta de materiais e equipamentos não fornecidos em tempo hábil. “Ressaltamos que o Governo do Estado autorizou a Cosanpa a encaminhar nova carta consulta ao Ministério das Cidades, solicitando mais R$ 50.000.000 (cinqüenta milhões de reais), para ampliação do sistema de abastecimento de água para a área da grande Nova República”, finaliza o ofício.

Feira agropecuária do Baixo-Amazonas mostrará mapeamento de terras

Aritana Aguiar

Uma empresa santarena irá mostrar inovação tecnológica de mapeamento de terra na 33º Exposição de Feira Agropecuária e Industrial do Baixo Amazonas, que acontecerá entre os dias 3 e 8 de agosto. "Este ano a parte de agricultura de precisão é a grande tecnologia do momento. Em Santarém existe uma empresa que presta serviço no estado do Pará, fazendo o mapeamento de terras," declarou Tony Filter, presidente do Sindicato Rural de Santarém - Sirsan, durante solenidade de lançamento da feira, no auditório do Banco da Amazônia.
Outra novidade na feira será um leilão em que os criadores irão vender uma genética de ponta, de nível nacional. Além disso, virão novos produtos para o setor primário (rural), tanto na agricultura familiar, ou no pequeno empresário, como: automóveis, máquinas e até eletrodoméstico.
Para as atrações musicais de nível nacional estão confirmados o Forró do Muído e Paula Fernande. "Infelizmente a parte de shows ficou inflacionadda. O aumento foi de 40 mil reais, um valor alto, as atrações para este ano estão de acordo com nossas possibilidades", lamentou o presidente.
Passa de 50 o número de empresas confirmadas para exposição. "Estamos querendo fechar todos os estandes bem antes do tempo, nos últimos anos, fica completo quando faltam 10 dias para a feira", relembrou o presidente.
O Sirsan espera para este ano um público de 100 mil pessoas conforme ano passado. Quanto o fechamento de negócios a expectativa seja no mínimo o mesmo valor de 2009, cerca de 15 milhões de reais. "Estamos trazendo linha de crédito especial dentro da feira, para que não dificulte a compra", afirmou Tony Filter.
Ele observa que, ano passado, o balanço foi positivo apesar de terem tido problemas com recebimento de alguns convênios. "Apesar da dificuldade financeira, fizemos o possível para que a feira ocorresse da melhor forma", concluiu o presidente do Sirsan.