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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Foto-retrô: Pai do prefeito Alexandre Von foi chauffeur
O senhor Lauri Von, marido de dona Célia, foi um dos chauffeurs pioneiros de Santarém.
Na foto acima, tirada da década de 1950, o pai do prefeito Alexandre Von posa ao lado de seu automóvel sedam.
Foto: Arquivo do Jornal O Estado do Tapajós.
Por que a Eletronorte não tem sede no Pará?
Lúcio Flávio Pinto
Articulista de O Estado do Tapajós
Em março, Adilson Barbosa, do Instituto de Tecnologia da
Universidade Federal do Pará, me enviou a seguinte mensagem:
Ao ler seu livro sobre a hidrelétrica de Tucuruí, tomei conhecimento de
algumas coisas que fugiam ao meu conhecimento. Um exemplo é a Eletronorte.
Saber do fato de a empresa ser a única subsidiária da Eletrobrás cuja sede não
fica na região em que atua, foi muito interessante, tanto quanto saber a
explicação dada quando se reivindicou a vinda da mesma para Belém, um tempo
atrás.
Munido dessas informações, enviei um e-mail à Eletronorte fazendo
algumas indagações.
A resposta do e-mail chegou-me nessa quinta-feira, dia 15.
Vou compartilhar contigo o que me enviaram.
A resposta da Ouvidoria-Geral da Eletrobrás Eletronorte ao
Adilson foi esta:
Sua manifestação foi encaminhada ao Gabinete da Presidência que após
análise, emitiu o seguinte esclarecimento:
“Se faz necessário entender que o local da sede de
uma empresa, como da Eletrobras Eletronorte não é de competência dela, mas sim
da empresa controladora, ou seja, a Eletrobras ou em última instância o Governo
Federal.
Ressalta-se que a legislação atual do setor
elétrico, não determina a área de atuação das empresas. Atualmente, a
Eletrobras Eletronorte não atua exclusivamente na Amazônia, bem como não é a
única empresa do Sistema Eletrobras a atuar na Região Norte. Como é de
conhecimento público, a Eletrobras Eletronorte, hoje, tem empreendimentos nas
regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste e, em se tratando da empresa
controladora (Sistema Eletrobras), Furnas, Chesf e Eletrosul também têm
empreendimentos de geração e transmissão de energia elétrica na Amazônia. Dessa
forma, considerando-se a atual legislação do setor elétrico brasileiro,
entendemos não ser correto denominar a Amazônia como “área de Jurisprudência da
Eletrobras Eletronorte”.
É relevante mencionar também que, sendo uma empresa
relativamente jovem comparada às congêneres, a Eletrobras Eletronorte não é a
maior subsidiária do Sistema Eletrobras, uma vez que Furnas e Chesf têm maiores
volumes de ativos e de faturamento comparado a esta empresa.
Quanto às questões sobre o porquê de não ter havido
a transferência da Eletrobras Eletronorte para Belém, conforme mencionado,
desconhecemos tais tratativas e, se houve elas escaparam do nosso domínio.
Independentemente dessa questão, contudo, deve-se
ressaltar que, sendo originária dos esforços para integrar a Amazônia ao setor
elétrico brasileiro, a Eletronorte sempre buscou realizar seus empreendimentos
e ações em alinhamento com os anseios e necessidades da região e tem o
compromisso de continuar com esta estratégia, mesmo sendo a realidade de hoje
distinta da realidade da época de nossa criação”.
Agradecemos por contatar esta Ouvidoria, bem como, consideramos a
presente manifestação encerrada.
Percebe-se
o mal disfarçado tom de irritação na resposta, além do autoritarismo, que tem
sido uma das marcas da Eletronorte. A resposta sofisma e omite. Sofisma quando
não esclarece que muitos anos se passaram, desde a criação da Eletronorte, em
1979, até que a administração do setor estatal de energia fosse centralizado,
sob o comando da empresa-mãe, a Eletrobrás.
Durante
esse tempo os dirigentes da mais nova das estatais regionais rechaçaram os
pedidos, pressões e protestos pela transferência da sede para Belém, capital do
Estado no qual a Eletronorte extraía 90% da energia que distribuía ao mercado.
Alegar desconhecimento desse histórico é tapar o sol com peneira.
É
verdade que Furnas tem sua sede no Rio de Janeiro, embora sua principal fonte
de energia esteja em Minas Gerais. Mas os dois Estados pertencem à mesma
região, o Sudeste. A Eletronorte, porém, está no distrito federal, no âmbito do
Centro-Oeste. E até a eliminação das barreiras regionais, que acabou com as
antigas jurisdições (questão que merece ser mais bem esclarecida), a posição da
Eletronorte só tinha uma explicação: sua função principal era a de oferecer
energia do Pará ao sistema nacional, tornando o Pará o terceiro maior
exportador de energia bruta do país. Um título que só faz mal ao Estado.
E vem aumento de diesel por aí. Qual o impacto para o custo de frete?
Marco Antonio Oliveira Neves
Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda.
A Petrobras sinaliza um novo aumento do diesel para 2013, estimado em 15 por cento. Não se sabe ainda se esse aumento será realizado em uma única parcela ou em dividido em duas ou mais vezes; a presidente Dilma aguarda as projeções econômicas feitas pelo Ministério da Fazenda para avaliar o impacto dessa medida sobre a inflação.
Seja qual for o aumento, obviamente existirá impacto sobre o custo do frete,já que o diesel é um dos principais (senão o principal) itens de custo para o transporte de cargas. O diesel, como custo variável, está atrelado à quilometragem rodada do veículo, portanto, quanto mais o veículo rodar, maior será o impacto do diesel sobre o custo total de transporte.
Mas qual o impacto desse aumento para as Transportadoras e consequentemente para os Embarcadores ou tomadores de frete? Para simplicar o cálculo,vamos considerar um aumento do diesel de 10 por cento.
Em operações de distribuição urbana, na qual são utilizados veículos de pequeno e médio porte como utilitários, VUCs (Veículo Urbano de Carga,com comprimento máximo de 5,50 metros) e VLCs (Veículo Leve de Carga, com comprimento máximo de 6,30 metros), os custos fixos sobressaem sobre os custos variáveis, devido às pequenas distâncias percorridas.
É raro um veículo de coletas ou entregas ultrapassar 100 km rodados em um dia realizando entregas (e até coletas) na região metropolitana que envolve as grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Curitiba, Florianópolis, Joinville, Blumenau, Porto Alegre, Caxias do Sul, Recife, Salvador, Fortaleza, Manaus, Belém, Brasília, Goiânia, etc.
O componente tempo tem maior peso sobre o componente distância percorrida. É comum os veículos permanecerem muito mais tempo parado, em descarga ou aguardando descarga, do que realmente rodando, se deslocando de um ponto para outro, fora o tempo perdido em trânsito, nos costumeiros congestionamentos que ocorrem com cada vez mais frequência nas cidades mais populosas do Brasil.
No caso de um veículo terceirizado, que cobre uma diária de entrega entre 250,00 e 400,00, o diesel representará no máximo algo entre 15 por cento e 20 por cento do
custo operacional total. Portanto, para um aumento de 10 por cento no valor do diesel, o impacto no frete de distribuição urbana será de 1,5 por cento a 2,0 por cento. Basta multiplicar 10 por cento por 15 por cento (ou 20 por cento) para obtermos o índice de correção do preço do frete.
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Leia o artigo na íntegra, aqui
Governo Maria: propaganda e realidade 1
O Hospital Municipal e o Pronto Socorro de Santarém vão de mal a pior.
O prefeito Alexandre Von tomou um susto ao encontrar ali, um mamógrafo sucateado e um outro, novo, sem uso.
Sem falar no risco de novo desabamento do teto.
Curativo encobria corte na testa do novo prefeito
Foto: Von Simpatizantes |
Não pensem que o curativo na testa do prefeito Alexandre Von foi provocado pela ex-prefeita Maria do Carmo, na hora de lhe transmitir o cargo, anteontem, por causa de rusgas havidas na campanha eleitoral.
Von foi vítima, isso sim, de um acidente doméstico.
Um quadro se desprendeu da parede próximo do local onde o prefeito estava sentado, atingindo-lhe a testa, momentos antes dele se dirigir à Câmara de Vereadores para tomar posse.
Um curativo foi providenciado às pressas para que o corte ficasse protegido.
Apesar do band-aid tamanho XG afixado sobre o supercílio direito, nada tirou do semblante do prefeito o sorriso de felicidade por assumir o cargo máximo da política de Santarém.
Pirarucu e queijo do Marajó
Foto: chitchatbabel.wordpress.com
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Nélio Palheta
Jornalista
Ganhei duas peças de pirarucu defumado produzido em Santarém. Foi um
belo presente de Natal. Rendeu um prato maravilhoso na ceia de ano novo.
Certa vez, comprei salmão defumado em Santiago, embora não seja um
produto típico para se trazer na mala de turista; mas é vendido no
mercado central da capital chilena como um souvenir tipo exportação,
numa embalagem a vácuo, aluminizada, com marca, garantia de origem e
tudo mais de um bom marketing. Como se sabe, o Chile é um dos maiores
produtores de salmão do mundo todo. O peixe do Pará, entretanto, fica
por aqui mesmo e levar na bagagem é impraticável, principalmente o
salgado.
Preparando o pitéu de Pirarucu defumado com banana
comprida, na tarde do dia 31, pensei: esse é um produto que poderia se
tornar marca registrada do Pará. Mas, o peixe que sai de Santarém,
embora saboroso, é artesanal, com uma apresentação horrível, sem nenhum
apelo, e precisa ser congelado, inclusive.
A mesma coisa acontece
com o Queijo do Marajó. Esses dois produtos poderiam ser mais
qualificados, com produção profissional, mesmo sendo artesanais,
valorizando-se o terroi, tais as características únicas, exclusivas do
Tapajós, do Amazonas e do Marajó, respectivamente. Há notícias de que a
Sagri estaria incentivando produtores do Marajó a qualificarem a
produção de queijo, para assim conquistarem certificação sanitária.
Sofisticar esses produtos, assim como o açaí, deveria ser uma
estratégia do governo. O açaí tem sérios problemas sanitários que
prejudicam a imagem do Estado; em meados de setembro passado conversei
com uma patologista do Laboratório Central do Estado que me disse ter
sido cem por cento positivas para Trypanosoma Cruzi - o protozoário que
causa a Doença de Chagas - as amostras de açaí recolhidas em Belém,
naquele período.
Eliminar problemas como esse significa criar
imagem positiva para o Estado. Não há dúvida que a produção qualificada
de Queijo do Marajó e de Pirarucu Defumado gera renda e ocupação para
mais pessoas em regiões tão pobres do Estado como o Marajó e o Baixo
Amazonas. Não sou especialista no assunto, mas pelo que andei
pesquisando na internet, e pelo que vi em Vigia, onde um empreendedor
defumava gurijuba, não custa muito caro implantar infraestrutura
artesanal, porém com tecnologia, que é elementar.
Entretanto,
talvez seja mais difícil a burocracia que defumar peixe no Baixo
Amazonas e fabricar queijo em Cachoeira do Arari. O que falta para
decolar o aproveitamento de produtos tipicamente regionais,
dando-lhes qualidade, garantias sanitárias, marketing? Já pensou,
pirarucu defumado da Amazônia ganhando as melhores cozinhas do mundo?
Mas não é assim, infelizmente. Detalhe: já tem empresa do Mato Grosso e
do Tocantins, onde também ocorre o Pirarucu, embora em menor quantidade,
industrializando o peixe e exportando-o.
Enquanto isso,
continuamos pedindo para os amigos trazerem de Santarém uma posta de
pirarucu defumado, ou comprando, a versão salgada, no Ver-o-Peso e nas
demais feiras da cidade, nas piores condições de higiene e sanitárias
visivelmente precárias.
No Marajó não se fabrica mussarela de leite
de búfala, mas os supermercados de Belém vendem esse queijo produzido
em São Paulo e no Rio Grande do Norte, enquanto compramos o
saborosíssimo Queijo do Marajó clandestinamente, em Belém, desde que um
promotor resolveu proibi-lo, dadas as condições de produção. Imagine se o
mesmo promotor, agora secretário de Economia de Belém, resolve proibir a
venda de pirarucu salgado, processo secular, muito antes de os jesuítas
montarem suas fazendas no Marajó, onde produziam peixe salgado para
exportação.
Enquanto isso, vou preparando as minhas receitas: Fatias
de pirarucu defumado ao forno com batata, generosas rodelas de cebola e
pimentões, fatias e banana comprida e boa dose de azeite de
qualidade. Para acompanhar, arroz com Castanha do Pará e passas. Ficou
bacana no réveillon.
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