Marcos Sá Corrêa Saiu mais uma edição das pérolas do Exame Nacional do Ensino Médio. Este ano, na série de antologias do humor involuntário, traz uma seleta de bobagens sobre o meio ambiente. E gravita pela internet na órbita do Enem como a cauda luminosa de um cometa. Ela é, de novo, tão engraçada que não parece autêntica, mas uma caricatura feita por profissionais do riso, do tempo em que Stanislau Ponte Preta assinava o Efebeapá. É engraçada demais para ser obra de amadores. E, como diria o presidente Lula, vem carregada daquela “transcendência incomensurável” típica das idéias que brigam com os fatos que acabaram de encontrar pela primeira vez, na fronteira remota e bravia do conhecimento humano. |
domingo, 10 de maio de 2009
A estréia do Enem na luta pela Amazônia
Malária: Freio na contaminação de humanos
Sheila Machado, Jornal do Brasil
RIO - O combate à malária, que mata mais de 1 milhão de pessoas por ano no mundo, avançou um passo com a descoberta recente de cientistas da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos: uma bactéria que vive no estômago de alguns mosquitos vetores Anopheles gambiae tem o poder o inibir a infecção do inseto pelo Plasmodium falciparum, o parasita que causa malária nos humanos.
A pesquisa do Bloomberg School's Malaria Research Institute usou antibióticos para remover dos mosquitos a bactéria, que faz parte da flora microbial. Eles ficaram mais suscetíveis à infecção pelo plasmódio devido à falta de estímulo imune, segundo o estudo Implication of the mosquito midgut microbiota in the defense against malaria parasites, publicado na edição de ontem do jornal PLoS Pathogens.
O mosquito faz parte do ciclo de transmissão da malária ao ingerir o parasita quando se alimenta do sangue de uma pessoa contaminada. O plasmódio, então, se desenvolve dentro do inseto e é transmitido aos humanos no momento em que o mosquito infectado volta a se alimentar do sangue de outra pessoa.
– Nosso estudo sugere que a flora microbial dos mosquitos estimula a atividade imunológica que os protege da infecção pelo plasmódio. Os mesmos fatores imunes necessários para controlar a microbiota também defendem os mosquitos da contaminação pelo parasita da malária – explicou George Dimopoulos, autor-sênior da pesquisa e professor do Instituto de Pesquisa de Malária da Johns Hopkins. – A interação entre a bactéria e o sistema imunológico do vetor tem implicações significativas na transmissão da malária. Teoricamente, a bactéria pode ser introduzida nos mosquitos para aumentar sua imunidade e torná-los resistentes e incapazes de transmitir a doença.
Dimopoulos explica que, para o estudo, a bactéria foi inserida no trato estomacal dos insetos por meio de "refeições de açúçar".
– Os Anopheles se nutrem de açúcar quando não conseguem obter sangue de homens ou animais.
Alguns deles já têm a bactéria, naturalmente, em seus estômagos.
Na primeira fase da pesquisa, os cientistas trataram os mosquitos com antibióticos que matam a bactéria dentro do estômago. Livres de bactérias, os insetos ficaram mais suscetíveis ao plasmódio ao se alimentarem de sangue infectado do que aqueles que não receberam o antibiótico. Para verificar os resultados, a flora microbial dos mosquitos tratados foi reposta. O resultado foi que eles se tornaram mais resistentes ao plasmódio.
Vida mais curta
Outra constatação percebida foi que 60% dos insetos que receberam a bactéria morreram mais cedo do que aqueles infectados pelo plasmódio.
– O parasita da malária precisa viver dentro do mosquito por cerca de duas semanas para completar seu ciclo de vida e ser transmitido a uma pessoa. O fato de a bactéria diminuir o tempo de vida do mosquito é uma boa notícia a mais – disse Dimopoulos. – O plasmódio não consegue chegar ao estágio infeccioso, no qual estaria pronto para afetar humanos.
Uma das primeiras soluções que vêm à mente é infectar os Anopheles com a bactéria para interromper a transmissão da malária. Mas Dimopoulos alerta: ainda é cedo para pensar nisso:
– Nossas descobertas são iniciais e precisamos de mais dados antes de desenvolver métodos de biocontrole do mosquito.
Em sua fase atual, a pesquisa do Malaria Research Institute trabalha para identificar quais bactérias disparam a mais forte resposta de defesa imunológica do mosquito contra o parasita da malária.
Além de Dimopoulos, o estudo é assinado por Yuemei Dong e Fabio Manfredini.
A maior parte dos casos de malária está entre crianças da África. No Brasil, a doença ocorre no Nordeste e no Norte e afeta milhares de pessoas por ano. Não há cura para esta que é a principal parasitose tropical do mundo. Mas a comunidade médica espera uma vacina para 2010.
José Olivar: Pontuando
São Raimundo à procura de reforços
O meia Michell está com um pé na Curuzu e o centroavante Hélcio, artilheiro do Parazão, ainda não renovou e nem sabe se vai. 'Conversei com os dirigentes do Paysandu, mas ainda não assinei nada. Meu foco estava somente na decisão', disse Michell. 'É bom ter o trabalho reconhecido. Sinal que estou no caminho certo', completou o jogador.
Hélcio garante que não tem proposta alguma por enquanto, nem do próprio São Raimundo. 'Por enquanto não houve uma conversa oficial. O pessoal comenta aqui que seria interessante minha permanência. Mas por hora nem o São Raimundo ou outro time me procurou', explicou o centroavante, negando também que teria sido sondado pelo Águia.(Amazônia)
Lúcio Flávo Pinto: Eclusa cara
Agora já se sabe que a hidrovia Araguaia-Tocantins custará quase 2,3 bilhões de reais. Também já se sabe que, até entrarem em operação, no final do primeiro semestre do próximo ano, as eclusas da hidrelétrica de Tucuruí terão consumido R$ 851 milhões, contados somente a partir de 2007, quando as obras foram retomadas, depois de nove anos de paralisação. Isso quer dizer que a transposição da barragem no rio Tocantins sairá por bem mais de R$ 1 bilhão. Ou muito mais, não se sabe ao certo, porque o preço final nunca é revelado oficialmente. Por esse parâmetro, porém, já há motivos suficientes para uma verificação nas contas, devidamente atualizadas, porque a obra poderá custar muito mais do que o previsto – e do que seria possível: não menos do que R$ 1,5 bilhão.
Quando os serviços foram reiniciados, dois anos atrás, a versão oficial era de que a complementação iria exigir R$ 500 milhões, valor considerado exagerado por uma fonte do setor que consultei na época. A última previsão é R$ 350 milhões mais cara. A transposição da represa, atrasada um quarto de século em relação à hidrelétrica e a ser concluída 30 anos depois de iniciada, é obra essencial para o Estado do Pará e toda região. Mas é preciso saber se, nesse clima de festa e regozijo, alguém não levou mais do que devia.
Ação ilegítima
O cronograma das eclusas de Tucuruí – se é mesmo para valer – não será afetado por mais uma ocupação do canteiro de obras, como o do mês passado. A Polícia Militar adotou uma nova tática em relação ao movimento: lavrou o flagrante contra os responsáveis pela instalação de 300 ou 400 pessoas na eclusa de jusante, que está com 60% das suas obras civis realizadas, segundo os seus responsáveis. Até então, em situações semelhantes, essa atitude nunca fora adotada. Os presos foram imediatamente transferidos para Belém e autuados no inquérito policial.
Logo surgiram os protestos e foi questionada a competência formal da polícia estadual para atuar em área controlada por uma empresa federal, como a Eletronorte, e que é reserva. Trata-se de filigrana formal, que pode ser discutida à exaustão, sem eliminar um fato: foi uma decisão de governo sobre um problema de segurança pública, logo, de competência estadual. Se é também questão de segurança nacional (hipótese não suscitada na ação) e se há conflito jurisdicional, é questão de outra indagação, como gostam de dizer os advogados.
Alguns dos itens da plataforma apresentada pelos movimentos sociais para justificar a ocupação da eclusa estão em procedimento regular, outros ainda podem ser resolvidos através de negociação e há alguns que não têm qualquer relação com a eclusa ou a hidrelétrica. A ação tinha clara caracterização como abusiva. Mesmo sujeita a excessos e erros, a ação do governo foi, desta vez, legítima e legal.
Os movimentos sociais precisam começar a distinguir as ações que promovem para não se precipitarem em iniciativas artificiais. Parece que, independentemente do objetivo a alcançar e do estado de coisas contra o qual se insurgem, estão enfrentando um governo (ou um establishment) de exceção, ou mesmo uma ditadura, que se movimenta à margem – e acima – da lei. O parâmetro legal precisa ser considerado e respeitado, ainda quando para questioná-lo ou negá-lo. E não esses movimentos partirem do pressuposto errado, de que não há um regime legal e democrático estabelecido no país.
Há outra questão: uns poucos líderes estão acumulando muitos poderes à frente desses movimentos. Tão desembaraçados se encontram que já assumem a postura de donos do movimento, abstraindo-o ou substituindo os demais líderes. É um passo perigoso para a extrapolação da liderança e a corrosão da causa defendida.
PMDB estica a corda pelo rompimento
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Receita Fedeal bloqueia FPM de Óbidos
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Aos pedaços
O goleiro Labilá era o mais festejado por cerca de 20 torcedores que compareceram ao aeroporto para esperar o vôo da TAM.