sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Conselho vai intermediar diálgo em Juruti

Nayara Pereira

Um grupo de representantes de todos os segmentos da sociedade com o objetivo de observar e discutir as ações desenvolvidas na cidade. É assim que vai funcionar o Conselho Juruti Sustentável, instituição criada na tarde de quinta-feira (14) durante a II Oficina de Integração do município localizado no oeste do Estado. 'O Conselho é a garantia de diálogo permanente. A busca por representatividade, principalmente da sociedade, foi alcançada', declarou o prefeito de Juruti, Henrique Costa.
O Conselho, que está sendo estudado desde setembro de 2007, quando foi realizada a primeira edição da Oficina, é formado por representantes de três empresas privadas, três do poder público e nove de movimentos sociais de Juruti. No total, são 15 conselheiros e 15 suplentes.
'Durante os últimos meses debatemos, discutimos. Quero que as pessoas saibam que estamos trabalhando pelo Conselho mais acertado, que mais represente a sociedade. Sinto que a transparência está acontecendo, as entidades estão aparecendo e com vontade de participar', resume João Moraes, do Conselho Tutelar de Juruti.
A criação da nova instituição em Juruti é considerada, por muitos, um novo exemplo a ser seguido em outros municípios. 'A palavra ‘diálogo’ resume bem o que estamos fazendo junto com as empresas e a sociedade civil', declarou Antônio João Campos, Secretário de Governo municipal. 'Estamos construindo, ou melhor, estamos reconstruindo Juruti a partir da implantação do projeto da Alcoa. Buscando uma cidade mais gostosa de viver a partir de um desejo comum pelo desenvolvimento sustentável'.
Uma nova jurisprudência em termos de diálogo social foi o principal argumento defendido por Maurício Macêdo, gerente de Sustentabilidade e Assuntos Institucionais da Alcoa. 'Demos mais um passo para um novo modelo, para mostrar que Juruti não quer ser um município minerador, mas também uma cidade com suas próprias habilidades sociais e econômicas'.
Trabalhadoros de vários setores da economia, da agricultura ao comércio também estão representados. Sessenta por cento do Conselho é formado por movimentos sociais do próprio município. Reginaldo Melo, que representou no evento os oito mil agricultores filiados ao STTR (Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Juruti), ganhou cadeira titular entre os movimentos sociais no Conselho. 'Nossa expectativa é de que esse Conselho tenha a responsabilidade de discutir ações de desenvolvimento. Vamos participar ativamente propondo e discutindo'.
No encerramento do evento, Maurício Macêdo, destacou a importância das ações que serão tomadas. 'É importante medir a qualidade de vida, considerando a presença da empresa entre tantos outros atores sociais. É preciso criar uma interdependência para que o empreendimento da Alcoa participe da vida do município, mas que a própria comunidade conquiste e construa suas condições de sustentabilidade', diz.

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