sexta-feira, 28 de março de 2008

NÍVEL DO RIO TAPAJÓS JÁ ESTÁ SÓ A 1 CM DA CHEIA DE 2006

Gisele de Freitas
Repórter

Dados fornecidos pela Delegacia Fluvial de Santarém indicam que as águas do rio Tapajós estão um metro acima do nível registrado no mesmo período do ano passado e a um centímetro de diferença do nível registrado durante a maior enchente dos últimos anos, que aconteceu em 2006. Para o delegado da Marinha em Santarém, Capitão Evandro de Oliveira Sousa, a enchente já alcançou nível significativo devido ao período de chuvas ter chegado mais cedo e atingido a cidade com mais intensidade.
Comparando os dados estatísticos, a enchente deste ano caminha a fim de superar a cheia de 2006, que alcançou pico de 8,60 centímetros, alagando casas, bairros e ruas como a Avenida Tapajós. Em 25 de março daquele ano, a régua instalada no porto da CDP registrava 7,67 cm. No mesmo dia deste ano, o nível do rio está a um centímetro de diferença, isto é, 7,66 cm. O delegado da Marinha alega que não há necessidade alarme. "A verdade é que as chuvas estão caindo de uma vez só, diferentemente do ano passado, que caiu pausadamente, enchente devagarzinho. Este ano, a previsão é de não supere 2006. As águas do Tapajós podem parar de subir até o mês de maio", destacou Evandro.
O capitão Evandro esclarece que a delegacia fluvial está alinhada com os demais órgãos que compõem a Defesa Civil a fim de evitar acidentes nos rios da região, posto as fortes chuvas que estão caindo nos primeiros meses do ano. "Estamos fazendo fiscalizações móveis em vários municípios da região, levando instruções para que os comandantes de embarcações tomem cuidado e não desobedeçam as normas de navegação."Estamos em conexão. Assim que a Defesa Civil alerta que temporais seguem para a região, alertamos as embarcações para que procurem abrigo e evitem naufrágios", garantiu o comandante.
Alenquer - Quanto às denúncias de que o dono da embarcação Almirante Monteiro, que naufragou próximo ao município de Itacoatiara, teria alugado outra embarcação para continuar com a Linha Alenquer/Manaus, o comandante garantiu que a delegacia investigará a denúncia. "A verdade é que a embarcação deverá passar por dois pontos de fiscalização. O primeiro em Itacoatiara e o segundo em Manaus. A nós cabe a fiscalização móvel que será realizada durante a semana", disse o comandante acrescentando que os denunciantes deveriam evitar com que a embarcação suspeita de superlotação e falta de bomba para retirar a água de dentro do transporte, saísse de Alenquer. "A população deve ser a primeira a repudiar essas atrocidades no rio. Quem por ventura encontrar quaisquer irregularidades tem que denunciar", falou.
Entretanto, as informações dão conta que a delegacia fluvial de Santarém foi acionada pelos moradores daquele município a fim de que fiscalizassem a embarcação. Porém, a resposta dada aos reclamantes era de que a Marinha não dispunha de transporte no momento para averiguar o fato. Diante disso, o comandante explicou que a lancha estava quebrada, mas atualmente já está em funcionamento.

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