sábado, 7 de junho de 2008

Hospital regional de Santarém já tem equipamentos estragados

Gisele de Freitas e Alessandra Branches
Repórteres

Após 18 meses de sua inauguração o Hospital Regional do Baixo Amazonas começa a dar sinais de que vai funcionar em sua plenitude. Durante a audiência pública realizada na última sexta-feira (6) pela Associação dos Municípios da Transamazônica (Amut) em Santarém, a secretária de saúde Laura Rosseti garantiu que nunca fez promessas para população santarena, mas afirmou que o hospital regional irá funcionar até ofinal do ano. "O hospital vai funcionar sim e com segurança para todos os seus usuários. A situação atual já é bem melhor do que encontramos a tempos atrás, em maio o hospital internou 113 pacientes, um crescimento de 59% em relação ao mês de abril" destacou.
Laura ainda relatou que a maior dificuldade é colocar em funcionamento serviços como os de hemodiálise, que necessita de água suficiente para não prejudicar aos pacientes e as máquinas. A radiologia também depende de um médico que seja físico para instalar o equipamento, profissional difícil de conseguir. A secretária ainda se posicionou a respeito da falta de energia no hospital e afirmou já ter cobrado providências da rede Celpa. "Este hospital tem de ser exemplo para o país" destacou Laura.
A secretária estadual de Saúde Laura Rosseti e o médico diretor do HR Marcelo Bitencourt afirmaram que em 25 dias após a Pró-Saúde assumir o comando do hospital já se percebe uma melhora no atendimento, mas ainda há muito o que fazer para que o hospital venha a funcionar em sua plenitude. Dia 20 de junho a direção do hospital se comprometeu a entregar o conograma completo do funcionamento do hospital.
A audiência resultou no compromisso de que o hospital venha a funcionar totalmente até dezembro deste ano e de que o governo inclusive dos municípios da região fiscalize a aplicação do dinheiro público. Além de serem atendidas as propostas feitas por Von e Megale.
Os deputados estaduais José Megale e Alexenadre Von pediram explicações sobre a aplicação de R$ 12 milhões no hospital durante a gestão da última administradora, Oscip CIAP e querem responsabilizar quem contratou esta administradora. Von e Megale querem explicações sobre R$ 2 milhões gastos em limpeza e jardinagem e porque os contratos eram feitos sem licitação.
Os deputados resolveram pedir explicações após o atual diretor do hospital, Marcelo Bitencourt afirmar que encontrou equipamentos que deveriam ser novos estragados e que a unidade não continha nem enxoval médico o que engloba luvas, jalecos e até lençóis. Bitencourt entregou a Von um relatório feito pelo Pró-Saúde da situação do hospital como foi encontrado.
O deputado ainda exigiu que a secretaria estadual de saúde faça um cronograma de funcionamento do hospital informando quando cada setor estará funcionando e que a secretaria realize uma espécie de prestação de contas, divulgando aos municípios quanto gastou no hospital
A secretária falou sobre a folha de pagamento dos funcionários que é de R$ 1 milhão mensal. Ela garante que os profissionais estão fazendo cursos de capacitação para melhor atender aos usuários. Em relação ao acordo assinado com a Pró-Saúde a secretária garantiu que quando a administradora não cumpre as metas é penalizada pelo governo, o que assegura um melhor empenho.
Finalizando seu discurso Laura garantiu que Santarém vai receber em breve um repasse de verba, já publicado no Diário Oficial, para reformar o Hospital Municipal. "Vamos repassar esta verba para as obras de reparos nos setores de urgência e emergência comecem logo. Não podemos esquecer que os hospitais de Santarém atendem 19 municípios, o regional é só para casos especiais, portanto temos de melhorar o atendimento básico no municipal" destacou.
O coordenador do Ministério Público Estadual em Santarém, Paulo Roberto, afirmou que uma grande preocupação é com o uso das verbas públicas. Para ele no início o MP tinha dificuldades de aceitar que um órgão público fosse administrado por uma instituição privada, mas o MP entendeu que trocar a administração do hospital para pública acarretaria em mais demora e prejuízos para a população que já não tem um atendimento como deveria. Roberto destacou que o MP estará fiscalizando a aplicação do dinheiro público no hospital pois a demanda é altíssima. "Normalmente o que se vê no país em administração de hospitais públicos é a famosa lavagem de dinheiro, mas eu acredito que isto não vá acontecer aqui. Mesmo assim estamos atentos e acho que o governo em geral, incluindo os demais municípios devem cobrar e fiscalizar" afirmou.
O deputado federal Lira Maia concordou com Paulo Roberto e afirmou que vai cumprir a sua tarefa de cobrar da administração do hospital como está o uso do dinheiro público. "Vou cobrar e espero que o governo estadual e dos municípios da região façam o mesmo". O deputado afirmou que se o hospital se encontra na situação colocada pelo médico Marcelo Bitencourt e pela secretária Laura são os primeiros sinais de que a unidade está começando a funcionar e se continuar assim, pode-se acreditar que ela irá funcionar em sua plenitude

4 comentários:

MARCOS disse...

MEU NOME É MARCOS, SOU TÉC. EM RADIOLOGIA.
O HRS FOI CONSTRUIDO PARA ATENDER A POPULAÇÃO DA REGIÃO PRÓXIMA. QUANDO CONSTRUIDO HOUVE A SESPA REALIZOU CONCURSO E EU FUI UM DOS QUE PASSEI, ESTAVA CONTENTE EM TARBALHA EM UM HOSP. DE GRANDE PORTE. QUANDO FOI TERCERIZADO PARA À EMPRESA PRO-SAUDE (JADER BARBALHO), PENSEI NÃO VAI FUNCIONAR COMO DEVERIA, POR QUE A "EMPRESA" NÃO ESTÁ INTERESSADO COM A SAÚDE DA POPULAÇÃO E SIM COM O DINHEIRO QUE HRS PODE PROPORCIONAR PARA A EMPRESA.
QUANDO ACABAR O CONTRATOR, VAM REPASSAR O HRS PARA O ESTADO SEM A MINIMA CONDIÇÃO DE USO. AÍ COMEÇA A DOR DE CABEÇA PARA A POPULAÇÃO E OS FUNCIONÁRIOS DO HRS, POR QUE NÃO HAVERAR CONDIÇÕES DE TRABALHO, PRINCIPALMENTE COM A ÁREA DE DIAGNÓSTICO, POR SE TRATAR DE UM CUSTO MUITO ELEVADO.
UM EXEMPLO É A SANTA CASA DE MISERICÓRDIA, ONDE NOSSAS CRIANÇAS MORREM, SEM A MÍNIMA CONDIÇÕES DE CUIDADOS.
ESPERO QUE A EMPRESA PRO-SAUDE, TENHA CUIDADO COM O HRS, E QUE A POPULAÇÃO SAIA GANHANDO COM ESSE HOSPITAL QUE É DE GRANDE PORTE.

Karla disse...

sou Karla tec. de Enfermagem, já trabalhei no Hosp. Reg. de Altamira, lá também se encontra no mesmo estado de Santarem e tb é a pro-saúde q administra, atrazam o salário dos funcionarios, estão diminuindo o quadro de colaboradores, clinicas estão sendo fechadas, como obstetricia, fisioterapia e ambulatório espero q os politicos resouvão tb o problema deste hospital.

Anônimo disse...

oi meu nome e elis tb fui
+uma que passou no concurso da sespa p trabalhar no HRS fiquei muito feliz.mal sabia que era +um golpe nos cofres da uniao.agora estou em manaus trabalhando na area da saude como tec.em enfermagem em uma empresa terceirizada tipo a pro-saude.ate kand irao levar a serio a questao saude!

Anônimo disse...

oi meu nome e elis tb fui
+uma que passou no concurso da sespa p trabalhar no HRS fiquei muito feliz.mal sabia que era +um golpe nos cofres da uniao.agora estou em manaus trabalhando na area da saude como tec.em enfermagem em uma empresa terceirizada tipo a pro-saude.ate kand irao levar a serio a questao saude!