quarta-feira, 25 de junho de 2008

Memória de Santarém - Lúcio Flávio Pinto

Mercado e junta

Em 29 de dezembro de 1963 foi inaugurado o novo mercado municipal. A obra, projetada pelo então vereador Joventino Lira, foi iniciada por Ubaldo Corrêa e concluída por Everaldo Martins. À inauguração compareceu o então governador Aurélio do Carmo, do mesmo partido do prefeito, o PSD.
Na mesma época foi instalada a Junta de Conciliação e Julgamento de Santarém, órgão da justiça do trabalho. Célio Rodrigues Cal foi seu primeiro presidente.

Trânsito ordenado

Como o tráfego de veículos já era mais intenso em algumas ruas da cidade, o comissário de trânsito de Santarém, Ademar Pinto Guimarães, decidiu, no final de 1963, fazer mudanças na ordenação das vias públicas, com o respaldo da Delegacia Estadual de Trânsito. A partir de 1º de dezembro, os motoristas de praça e particulares só poderiam descer a Travessa Barão do Rio Branco, a Travessa 15 de Agosto e a Travessa Francisco Corrêa, enquanto o sentido da Travessa dos Mártires e da 15 de Novembro era apenas de descida (claro que as duas direções tomando o rio Tapajós como referência, o que a portaria se eximiu de esclarecer, dava a obviedade na época, numa cidade voltada para o seu litoral).
Já a Rua João Pessoa, a principal do comércio, passava a ter um só sentido de tráfego, "conforme as Setas Encarnadas", dizia a portaria. As demais ruas e avenidas teriam "dois sentidos de mão". De uma forma confusa, o documento estabelecia ainda que nas travessas o estacionamento teria que ser à direita, enquanto "Nas Ruas e Avenidas, para os carros serão a Direita".
Advertia ainda os motoristas a "prestar a prestar a máxima atenção nas Setas Vermelhas, que estão em vigor para melhor orientação do dito itinerário do trânsito".

Caridade estudantil

Estudantes do Ginásio Dom Amando fundaram, em 1957, a Sociedade Estudantil de Assistência Social. Passaram a auxiliar 500 famílias pobres da cidade, protegendo-as debaixo da Árvore da Caridade, construída através da caridade pública. Grupos de estudantes, a pé ou em bicicletas, percorriam a cidade recolhendo donativos da população.
A SEAS surgiu por inspiração do estudante Leôncio Coimbra Lobato, que depois se mudou para São Paulo. Na direção ficaram Antônio Guimarães e Ítalo Freire Fernandes. Em 1961 a sociedade recebeu uma significativa doação de Manuel de Jesus Moraes, chefe da firma comercial M. J. Moraes & Cia.

Mal de Hansen

Em 5 de dezembro de 1963 foi criada a Associação de Assistência aos Lázaros, uma entidade civil com o objetivo de enfrentar um dos graves problemas de saúde da cidade: a lepra ou mal de Hansen. Seu primeiro presidente foi Luci-valdo Figueira Tapajós. Da diretoria participavam ainda Francisco Coimbra, Izaías Marinho, Dagomar Macedo, Joaquim da Costa Pereira e Evandro Vasconcelos.

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