No Amazônia:
As empresas que prestam serviço à Celpa foram orientadas pela concessionária de energia a reduzir 30% do quadro funcional em cada setor. Em Belém, são sete as empresas prestadoras de serviço que se viram forçadas a demitir funcionários. A justificativa para a demissão maciça é a crise financeira mundial. Por conta dessa medida existem hoje em Belém aproximadamente 800 funcionários cumprindo aviso prévio e há previsão de que mais pessoas fiquem nessa situação nos próximos dias.
Revoltados com o quadro, os funcionários que estão com o emprego em risco ensaiaram um protesto em frente à sede da Celpa, na rodovia Augusto Montenegro, ontem à noite. A manifestação não ocorreu por orientação do sindicato dos eletricitários da Celpa (Sindicel). A mudança de planos foi resultado da reunião que houve ontem entre a diretoria da Celpa, gestores das terceirizadas e representantes do sindicato.
Segundo o secretário geral do Sindicel, Luis Jarbas Trindade, a notícia da demissão em massa foi repassada aos funcionários no dia 17 deste mês. 'Desde o dia 17 alguns funcionários já cumprem aviso prévio. Só na Endicon, empresa onde trabalho, são 368 pessoas que trabalham com a certeza de que perderão o emprego no próximo mês. Desde então, o sindicato tem tentado conversar com a Celpa para reverter ou, pelo menos, amenizar essa situação. Também gostaríamos de uma explicação melhor para essa demissão em massa', alegou.
Jarbas informou que durante a reunião a diretoria da Celpa em Belém não pôde fazer nenhuma promessa antes de entrar em contato com a matriz em São Paulo. O prazo dado pelos funcionários para que a Celpa apresente respostas às suas reivindicações se encerra dia 5 de novembro, quarta-feira. 'Caso a Celpa não nos procure para conversar acionaremos a Casa Civil para que a governadora Ana Júlia interceda por nós. E isso não será nada bom para a Celpa', alerta Trindade.
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