Curuá-Una: história
A história da hidrelétrica de Curuá-Una, velha aspiração dos santarenos, começou em 1952, quando a prefeitura de Santarém, na administração Santino Sirotheau Corrêa, contratou a empresa de consultoria Servix para os estudos iniciais e o projeto básico. Mas faltou dinheiro para a continuação do cronograma.
Em 1963, atendendo solicitação do deputado federal Sílvio Braga, o presidente João Goulart determinou à SPVEA (Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia, antecessora da Sudam) que declarasse a obra de primeira prioridade. Em outubro foi constituído o Grupo Executivo de Hidreletrificação de Curuá-Una, integrado por um representante da própria Spvea e outro da Comissão Estadual de Energia, com a assessoria técnica do futuro ministro de Minas e Energia, Mário Thibau. A empresa Grubima, de São Paulo, foi a vencedora da concorrência para a elaboração do projeto da usina, que ficou pronto em abril de 1964.
O Fundo de Valorização Econômica da Amazônia financiou a construção da via de acesso ao rio Curuá-Una, que utilizou o trecho inicial da estrada municipal para a colônia de Mojuí dos Campos. A principal obra era uma estrada de ponte. Os 50 quilômetros foram concluídos em janeiro de 1964. O relatório da SPVEA registrou com surpresa a presença humana na área da nova estrada e o seu estado de abandono:
"Ficamos deveras admirados com a alta densidade de população nas terras marginais da estrada, onde a fertilidade da terra é muito boa, porém quase inútil, pois essa estrada não permite o escoamento da safra".
Mas as obras entraram, a partir daí, numa fase de desativação.
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