terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Inacreditável

Todo mundo sabe que o papel do sindicato, privado ou público, é lutar pelos direitos de seus associados, quase sempre em antagonismo com os patrões. Isso não significa que a relação dos sindicatos com empresas ou governa seja uma guerra.
Em Santarém, vive-se uma situação esdrúxula, para dizer o mínimo.
A luta pela realização de concurso público é uma bandeira dos sindicatos de servidores e da sociedade em geral que veem nessa medida uma possibilidade de vedação de acesso aos empregos públicos através do nepotismo dos governantes.
Mas aqui, em terras tapajônicas - acreditem por que é a pura verdade -, o sindicato dos servidores públicos municipais encaminhou ofício ao prefeito José Maria Tapajós solicitanto que os candidatos aprovados no último concurso da PMS não sejam chamados. Isso mesmo: que não sejam chamados imediatamente.
Espera o sindicato, com essa manobra vergonhosa, manter os funcionários temporários, a maioria admitida por apadrinhamento político.
A desculpa esfarrapada para o adiamento da admissãos dos concursados é que Santarém vive uma 'situação política atípica'.
Mas afinal, o que uma coisa tem a ver com a outra?
Não é a adminstração pública impessoal?
Pelo menos deveria ser.
A cidade não possui um prefeito?
Pelo menos o presidente da Câmara assumiu o cargo.
No caso do sindicato santareno, o que a entidade quer é 'proteger' temporários que não foram aprovados e classificados. Chamar os concursados significa que a prefeitura terá que demitir os reprovados imediatamente.
Nem que isso seja para o sindicato santareno uma demonstração de peleguismo sindical às avessas.

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