segunda-feira, 15 de junho de 2009

Adenauer Góes: E a copa não veio


Recentemente escrevi sobre este tema, a questão é pertinente, pois além de ter mexido muito com o imaginário das pessoas, tem tudo a ver com turismo, marketing e infra-estruturar urbana. Abordei entre outros aspectos, o fato de que se fosse o espírito desportivo e conseqüentemente do futebol que norteasse a decisão, Belém receberia a copa, mas se assim não fosse, dela estaríamos alijados. Infelizmente, a copa não veio, à tarde de domingo passado não teve um bom resultado para o futebol paraense, na realidade, nem sabemos ao certo porque perdemos.

Ainda com aquele fio de esperança, como diz o caboclo fui até os dois pontos de concentração preparados pelo Governo do Estado e pela Prefeitura em frente ao Teatro da Paz e na Doca de Souza Franco, na Praça da Republica até que havia certo clima de esperança que em muito aproveitava a própria concentração normal dos domingos naquele logradouro, mas na Doca a ausência das pessoas e o silêncio já prenunciavam o que viria, a partir do anuncio lá nas Bahamas.

A sensação que tive foi de frustração, conversei com um, com outro, e o desânimo, misturado com certa irritação estava estampado no rosto e nas palavras de todos aqueles que pude ver e ouvir. Embora as últimas noticias veiculadas pela imprensa não fossem alentadoras,todos esperavam que o resultado oficial trouxesse realidade diferente e favorável á nosso estado, mas tal não ocorreu. Perdemos a partida. O que será que realmente aconteceu? Faltou empenho? Entramos de sapato alto? Faltou melhor estratégia, melhor planejamento, melhor preparo físico? O treinador não conhecia tanto quanto deveria o time adversário? O fato é que perdemos, e a decisão era em um único resultado, não tem segunda chance.

A cidade vai deixar de receber quantidade significativa de investimentos e visibilidade. Não foi uma derrota qualquer, até porque ela mostrará seus efeitos a curto,médio e longo prazo, teremos cinco anos para acompanhar a distância os preparativos, com a história registrando este dia a dia.

Uma das alternativas para ajudar a superar esta frustração será vivenciar cada vez mais a chama da paixão clubistica e futebolística que o paraense culturalmente construiu, não há como deixar de reconhecer o clima que um Paissandu X Remo é capaz de produzir, são quase cem anos de uma trajetória sem igual, e que não tem páreo nem de longe em toda a Amazônia. Esta energia que vem de dentro de cada torcedor,haverá de prevalecer, com novas vitórias e conquistas, pois bem pior seria não termos sequer nos credenciado. Pior do que perder ,é o medo de competir.

adenauergoes@gmail.com

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