segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Seminf derruba 12 mangueiras da avenida Borges Leal

Cilícia Ferreira
Da Redação


Na última terça-feira foram derrubadas 12 mangueiras situadas na Av. Borges Leal, no bairro do Caranazal, logo depois da Av. Cuiabá. A responsabilidade pela derrubada foi da Secretaria de Infra-Estrutura por intermédio de uma empresa prestadora de serviços que está executando a obra no local.
Alguns moradores estavam inconformados com a situação. Eles disseram à reportagem que foram pegos de surpresa. "Simplesmente chegaram e cortaram, não perguntaram se podia ou não", afirma um morador. Outra moradora, a senhora Maria do Carmo Silva possui uma banca de tacacá em frente de casa e relatou que ficou muito triste com o ocorrido. "Moro nesta rua há doze anos, e desde que cheguei aqui as mangueiras já estavam. Na minha opinião não era para tirar as árvores, mas arrumar um jeito de deixar 'elas' aí. Agora o calor só vai aumentar!". Ainda segundo dona Maria a perda de clientes na sua banca foi inevitável, pois "quem vai querer tomar tacacá no sol?".

Prefeita diz que árvores atrapalhariam o trânsito

Em uma entrevista coletiva dada na última quarta-feira, na Prefeitura de Santarém, a prefeita Maria do Carmo quando questionada pela reportagem de O Estado do Tapajós a respeito da derrubada indiscriminada das mangueiras, alega que as mangueiras não podiam permanecer no local, pois as árvores não estavam centralizadas na rua, impossibilitando, segundo ela, a segurança no trânsito. Maria disse que houve uma conversação entre a prefeitura e a comissão de moradores responsável em fiscalizar a obra, contradizendo os moradores da avenida.

Um comentário:

Secundarista do Dom Amando disse...

Isso lembra os anos "duros", quando o capitão Elmano de Moura Melo, por soberana vontade de alcaide mandou decapitar todas as mangueiras da São Sebastião, nos deixando ir pra escola debaixo de um sol escaldante.
As da Rui Barbosa não o foram por motivação dos moradores locais, que fizeram prevalecer sua vontade popular. Assim tivemos um caminho pra transitar na sombra.
E as graciosas santaclaristas deixaram de nos ver debaixo da mangueira da esquina...
Agora temos um Elmano de saias na cidade.
Que menosprezo à memória do Everaldo pai.