domingo, 25 de outubro de 2009

Bolsa Família parece acomodar as famílias que recebem o benefício no Nordeste

O Globo

"O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência direta de renda com condicionalidades, que beneficia famílias em situação de pobreza (com renda mensal por pessoa de R$ 70 a R$ 140) e extrema pobreza (com renda mensal por pessoa de até R$ 70), de acordo com a Lei 10.836, de 09 de janeiro de 2004 e o Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de 2004. O PBF integra a estratégia FOME ZERO, que tem o objetivo de assegurar o direito humano à alimentação adequada, promovendo a segurança alimentar e nutricional e contribuindo para a erradicação da extrema pobreza e para a conquista da cidadania pela parcela da população mais vulnerável à fome".

Exatamente desta forma é definido o Programa Bolsa Família no site oficial do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Apesar disso, na prática não é bem assim que as coisas estão ocorrendo em algumas áreas do país, principalmente no Nordeste. De acordo com a matéria principal do jornal "O Globo", na edição deste domingo, o benefício vem servindo como uma forma de acomodação das famílias e com o medo de perder a ajuda do governo, algumas pessoas deixam de buscar conhecimentos ou especialização profissional. Nas 85 cidades do país com maior cobertura do Bolsa Família, somente 1,3% da população trabalha com carteira assinada. Este é outro problema que assola esta região do país.

A baixa escolaridade não permite que funcionários consigam empregos formais. Em entrevista ao "O Globo", a secretária de Assistência Social da Prefeitura de Presidente Vargas, no Maranhão, admitiu que demorou a concluir que o benefício estava acomodando as famílias, mas chegou a essa conclusão. O programa mantém as crianças na escola e oferece uma gratificação entre R$ 22 e R$ 200 às famílias.

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