quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Oficial doBEC que se perdeu com alunos do CDA é punido

Miguel oliveira
repórter

O tenente Rezende, do 8º BEC, sediado em Santarém, foi punido ao final do inquérito aberto por determinação do coronel José Silveira Ribeiro para apurar se houve ou não negligência do oficial na missão de acompanhar os alunos do colégio Dom Amando pelas matas da Br-163., que acabaram perdidos por cerca de cinco horas, na noite do dia 20 de novembro do ano passado.
Os diretores do colégio afirmam categoricamente na ocasião que todos os procedimentos para a realização da trilha foram corretos e dentro do que havia sido planejado. No entanto, afirmam, em nota, que o erro foi dos guias, oficiais detentores de cursos de sobrevivência na selva.
Desde o episódio, o comando do 8º BEC, também por meio de nota, afirmava que a caminhada foi conduzida por militares preparados e equipados para a realização das atividades em ambiente de selva, com a estrita observância de todos os quesitos de segurança. Sobre o incidente, o Exército informou que passado o horário previsto do retorno do grupo, o comando do Batalhão montou equipes de resgate que incursionaram na mata com o objetivo de realizar a busca ao grupo e que durante toda a ação o BEC e vários pais de alunos mantiveram contato telefônico com o oficial instrutor e com os próprios alunos, obtendo informações sobre a situação física e condições em que o grupo se encontrava.
O Comando do 8º Batalhão instaurou inquérito para apurar se houve negligência do oficial encarregado da missão.O tenente Rezende, oficial do 8º BEC que guiava o grupo de 45 alunos da 8ª Série do Colégio Dom Amando, que era acompanhados dos professores Carlos Mota e Albaniza Shirley dos Santos, não dispunha de nenhum aparelho localizador(GPS) e nem portava rádio-comunicador.
Após contatos através de aparelhos celulares dos próprios estudantes, os alunos só foram resgatados por uma patrulha do próprio batalhão por volta das 22 horas e chegaram sãos e salvos à sede do quartel, na serra do Piquiatuba, por volta de 1 hora da madrugada.
O tenente, que se perdeu do grupo após sair para buscar ajuda, reapareceu no bairro da Nova República, mais perdido do que cego em tiroteio.
À reportagem de O Estado do Tapajós, o coronel Ribeiro não quis revelar a intensidade da punição sofrida pelo oficial, informando, apenas, que o tenente já foi transferido para outra unidade militar.
Ribeiro revelou, entretanto, que desde o incidente as trilhas pelas matas do BEC não mais estão sendo realizadas, mas o Exército continua recebendo visita de estudantes às instalações do quartel, no alto da serra do Piquiatuba.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ainda tem gente preocupada com isso? Deveriam se preocupar com o processo da madeira da Estância Alecrim que está para ser apreciado pelo Juiz Federal de Santarém faz mais de um ano e meio. Dentro de poucos meses o crime ambiental vai prescrever e, mais uma vez, a justiça se fará cega.
Há quem diga que a tal sindicãncia foi forjada por ordem do Coronel Ribeiro.
Quanto ao Tenente Resende, este passou a sofrer represálias de todo o tipo, em particular do subcomandante do batalhão, e acabou por fim, sendo licenciado das fileiras do Exército.
Outros militares também sofreram e ainda sofrem diversos tipos de humilhação por parte do comando do 8º BEC.