Adenauer Góes
adenauergoes@gmail.com
Chegamos a mais um final de ano, nada mais natural do que fazer uma rápida avaliação do setor. Foi um ano marcado por crises,recessão e gripe suína, e dentro deste contexto o mercado brasileiro teve um desempenho que pode ser considerado surpreendente.A principal lição aprendida foi a de que não se pode de forma alguma desprezar o mercado doméstico,foi graças a ele que a aviação comercial,operadores de turismo,agências de viagem e hoteleiros puderam ter saldo positivo este ano.
O crescimento ficou abaixo de anos anteriores, porém não aconteceram abalos significativos, mesmo na baixa estação. A maior prova dos bons resultados se reflete nos bons resultados da temporada de verão, aquecida pela queda do dólar e que acabou por amenizar os impactos negativos das viagens ao exterior, prejudicadas principalmente pela pandemia da gripe suína. Ainda assim, o mercado demonstrando maturidade, reagiu rápido e buscou nas promoções saídas alternativas. A última delas direcionada ao mercado europeu, num leque de promoções que permitiu ás grandes operadoras chegarem ao final do ano com bons motivos para comemorar.
Mas houve também quem sentisse mais os impactos da crise, como o mercado de incentivo e o segmento de turismo de negócios. A queda de turistas estrangeiros acabou compensada pela entrada de divisas com o aumento de gastos. Da mesma forma que o Brasil passou a despertar o interesse do mercado internacional atraindo novas companhias aéreas que iniciaram suas operações em vôos regulares, como foi o caso da israelense EL AL e a Turkish, entre outras.
Algumas companhias ampliaram seu número de freqüências como a Taca e Continental Airlines, outras alteraram seus horários de vôos como a Tap.Tudo com o objetivo de aproveitar o bom momento do Brasil, favorecido pela economia e pela projeção de grandes eventos para os próximos anos.Nunca se discutiu tanto a necessidade de investimentos em infra-estruturar,está patente que caso não avancemos brevemente neste quesito, o País vai simplesmente emperrar.
Também está patente a necessidade de melhorarmos a qualificação de mão de obra e os serviços de receptivo. Ainda existem barreiras burocráticas sérias a serem ultrapassadas, como a questão da flexibilização dos vistos. Mas é fato que com base nos resultados obtidos, num ano cheio de turbulências, o turismo nacional pode comemorar. È importante que se aprenda com os erros, as lições positivas e negativas não devem ser esquecidas, até porque as projeções e perspectivas para 2010 são bem melhores, quando se analise sob a ótica de tudo que aconteceu neste ano que já se foi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário