quinta-feira, 4 de março de 2010

REDE PÚBLICA NÃO TEM TAMIFLU

A orientação da diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da Sespa, Ana Helfer, de que os médicos devem prescrever logo Tamiflu em pacientes suspeitos de gripe suína, sem esperar o resultado dos exames, não será obedecida no município. O Hospital Municipal de Santarém e nem os postos de saúde não dispõem do medicamento e o Hospital Regional do Baixo-Amazonas só utilizará o tratamento com o remédio em casos confirmados da doença. A Sespa dispõe de pequeno estoque de Tamiflu no Oeste do Pará.
Ana Helfer, disse que o Pará já vive a segunda onda de casos de Gripe A e que o vírus H1N1, responsável pela doença, é o atual causador de todas as gripes. Somente este ano foram contabilizados 11 diagnósticos positivos e seis mortes. Acredita-se que houve um relaxamento na prevenção. Agora, cerca de 160 mil doses de vacina já estão com a secretaria para a campanha que começa dia 8.
O chefe da divisão epidemiológica da Sespa em Santarém, Jorge Eymar, garantiu que há estoque suficiente de Tamiflu para ser prescrito apenas nos casos confirmados da doença, o que ainda não foi registrado em nenhum município do Oeste do Pará. "O Hospital Municipal nem o Regional dispõem do medicamento porque este é controlado pela Sespa, mas caso seja necessário prescrever a pacientes internados o remédios era liberado imediatamente ao hospital.
Questionado sobre a orientação dada por Ana Helfer, Jorge Eymar minimizou a eficácia dessa estratégia. "O nosso quadro é diferente de Belém. Aqui não há surto da doença e não é necessário que os médicos prescrevam Tamiflu apenas por causa de uma suspeita da doença, cujos sintomas podem ser confundidos com os da gripe comum', ressaltou.
A diretora do Hospital Municipal, médica Marina Chainne, informou que o Tamiflu não será receitado aos pacientes que procurarem o HMS. "Não temos o remédio em estoque e nos casos de suspeitos da doença estes serão encaminhados ao Hospital Regional, uma vez que o hospital municipal não trata de casos com essa gravidade", esclareceu.
Procurado, o Hospital Regional do Baixo-Amazonas informou, através da infectologista Mariana Quiroga, que o "hospital receberá só aqueles casos que requeiram internação (casos graves ou com fatores de risco). Os casos "suspeitos" sem sinais de gravidade serão atendidos no HMS e orientados para tratamento sintomático domiciliar". Segundo ela, o "HRBA é o único Hospital da região que tem quartos de isolamento com as características preconizadas pelo Ministério da Saúde.

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