quinta-feira, 22 de abril de 2010

DISPARAM PREÇOS DE PEÇAS E SERVIÇOS AUTOMOTIVOS

Não bastasse a forte expansão da frota de veículos, que resultou em um crescimento expressivo no número de clientes, as concessionárias, mecânicas e fabricantes de autopeças estão, agora, abarrotando o caixa com a onda de recalls. Mas, se as empresas só têm a comemorar, os consumidores não podem dizer o mesmo. Com demanda de sobra, fornecedores e prestadores de serviços têm reajustado os preços muito além da inflação. E, pior, vêm dilatando os prazos de entrega.

Em Santarém, o precário estado de conservação das ruas contribui para que a demanda por peças e serviços automotivos aumente, forçando, também, a elevação dos preços. Um amortecedor que custava 215 reais, no mês passado,na terça-feira já era vendido a 230 reais, em uma loja, e que custava 309 reais, no final de março, na terça-feira estava sendo vendido a 319 reais. Um pivô de suspensão, antes cotado a 50 rais, já está sendo vendido a 55 reais.
Os serviços de conserto registraram alta de 7,05% nos últimos 12 meses. O preço do seguro avançou 7,03%. O custo da lubrificação e de lavagem deu um salto de 11,37% e o de pintura de veículo, de 8,47%. As peças ficaram 4,1% mais caras.

Nos últimos 12 meses, os serviços de manutenção dos carros ficaram, em média, 8,5% mais caros, quase o dobro da inflação no período (4,99%). A disparada de preços coincidiu com o anúncio em massa de recalls - em 2009, foram 46 e, apenas nos quatro primeiros meses deste ano, 13.

Já o tempo de espera por atendimento em concessionárias e mecânicas autorizadas, que variava entre dois e três dias, passou para mais de uma semana. Isso, se as peças forem entregues a tempo.

As empresas dizem que não há muito o que fazer. Estão apenas seguindo as leis de mercado - de oferta e procura. Entre 2001 e 2009, mais 24 milhões de veículos passaram a circular pelas ruas e estradas do país. Na pressa, porém, de satisfazer o sonho de consumo dos brasileiros, as montadoras aceleraram a produção e o controle de qualidade caiu. O reflexo desse movimento foi explicitado no faturamento da indústria de autopeças, que cresceu mais de 200% nos últimos oito anos, passando dos U$$ 40 bilhões no ano passado.

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