quinta-feira, 29 de abril de 2010

Emprego e turismo

Adenauer Góes
adenaergoes@gmail.com

Tenho insistido na tecla de que apenas o trabalho e o respectivo pagamento pelo mesmo podem conferir dignidade ao cidadão, nada contra as bolsas, mas sim ao excesso delas, sem que haja uma política clara de desenvolvimento através da geração de postos de trabalho e conseqüentemente de incentivo á atividade produtiva. Particularmente nas regiões mais pobres, as pessoas acabam por ser induzidas a não trabalhar para fazer jus ás bolsas.
No turismo, fica muito clara a falta de investimento no setor. O Órgão Oficial do governo que é a PARATUR, teve seu aporte financeiro gradativamente diminuído, passando de 13 milhões no orçamento para ser executado em 2007 até chegarmos aos 2 milhões para o ano de 2010, quando a lógica seria um incremento gradativo á medida que a Paratur desenvolvesse os itens preconizados no plano de desenvolvimento turístico do estado.Mas,infelizmente não foi isto que aconteceu até agora, o planejamento foi colocado de lado, a divulgação e promoção do estado diminuíram drasticamente,mais uma vez manda a lógica que aumentássemos a participação em feiras e eventos nacionais e internacionais, mas o que aconteceu foi justamente o contrário.
A verba descentralizada que é rateada junto aos estados pelo Ministério do Turismo,com a finalidade de estimular os estados a promoverem seus produtos turisticos e que foi viabilizada através de acordo negociado pelo Fórum Nacional de Secretários Dirigentes de Turismo em 2002 tinha o Pará em situação intermediária exatamente igual ao que recebia o Estado do Amazonas, hoje nossa situação é critica, estamos como se diz no popular no rabo da fila, somente a frente do Piauí e Tocantins, é só entrar no site do Ministério do Turismo e conferir, ou então pedir informações á Paratur.
Os empresários estão completamente desiludidos com o tratamento dado ao Órgão Oficial de Turismo. Efetivamente não entendo qual é a visão de nossa autoridades.É preciso construir etapa por etapa a proposta do turismo como atividade produtiva.Investir em infra-estruturar, melhorar a qualificação de quem presta serviços no setor,ter credibilidade junto ao empresariado para que ele possa investir e avançar cada vez mais na formatação dos arranjos produtivos e nas interpelações entre os setores.
Nosso estado tem tudo para crescer na atividade turística desde que não se ande de marcha à ré. Com planejamento e investimento milhares de empregos podem ser gerados.O estado necessita no entanto ter uma política clara para o setor e o empresariado é fundamental para gerar negócios, sem eles não há emprego e quanto menos emprego menos dignidade para o cidadão.

Um comentário:

Eric Vasconcelos disse...

Há alguns meses atrás, havia postado um comentário sobre a minha desilusão com relação a atividade turística em nosso estado, e englobando o município, e novamente outro post é colocado no site apenas para reafirmar a minha colocação anterior de desilusão no ramo turístico, temos que olhar a realidade, e o investimento em uma universidade que foi alto, necessita de um retorno, e dentro do cenário do turismo não vejo esse retorno, e é por isso que passei a focar em outros ramos e buscar a tão sonhada "independência" dos pais, não to dizendo que ninguém que faça a área do turismo vá viver na miséria, porém, esta atividade necessita muito, mas muito, de apoio de nossos entes públicos, de parcerias, pois a burocracia que é encontrada para se criar algo dentro do setor é grande, aliado com a concorrência de pessoas que não cursaram a determinada área, pois nossa profissão ainda não é regulamentada, e ainda a falta de investimento do setor público, dái se dá o momento caótico do setor,resumido nesta matéria.