terça-feira, 4 de maio de 2010

Ganso, orgulho paraense

Gerson Nogueira

No espaço tradicional das terças-feiras, Fernando Maia desfia todos os adjetivos e superlativos para enaltecer Paulo Henrique Ganso, maestro do Santos campeão paulista. “Vi, sem sombra de dúvidas, que o Pará tem atualmente o melhor jogador brasileiro em atividade, o Paulo Henrique Ganso. Não podemos mais dizer que ele é um futuro craque, pois ontem (domingo) deu uma prova de que já é realidade. Mostrou frieza, maturidade, além de uma categoria fora do comum”.
Encantado com as proezas do camisa 10, Maia destaca o passe de letra para Neymar fazer o segundo gol do Santos. Aplaude também a demonstração de maturidade de Ganso, recusando-se a deixar o campo e preferindo liderar seu desfalcado time nos minutos finais da decisão.
“Quando Robinho e Neymar se apagaram no jogo, o herdeiro de Giovanni no alvinegro praiano assumiu a responsabilidade pegou a bola e prendeu no ataque, sofrendo faltas e ganhando escanteios. Quase fazendo um gol de falta do meio de campo, para coroar a sua atuação”, descreve.
Diz, ainda, que alegra-se em ver que Ganso não ficou em Remo ou Paissandu, onde “certamente não iria servir para jogar nos nossos clubes, já que é um jogador da terra, e nós não gostamos disso”. Conclui rogando aos céus que Dunga tenha visto o mesmo jogo e, atendendo ao clamor de milhões de brasileiros, leve Ganso e Neymar para a Copa.
Ninguém, em sã consciência, haverá de discordar do apaixonado torcedor. Tomo a liberdade de acrescentar que, desde Sócrates no auge, o Brasil não produzia um meia-armador clássico, canhoto, com o talento objetivo de Ganso e sua destreza para os passes de primeira. É uma preciosidade que nenhum time (ou seleção) no mundo pode esnobar.

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